quinta-feira, 29 de julho de 2010

Orelha de Topo Gigio



Quem até hoje não ouviu alguém zoar com outra pessoa chamando-lhe de “orelha de Topo Gigio”, pelo simples fato dele(a) ter orelhas grandes ou demasiadamente levantadas? Quem sabe até você mesmo(a)? São raras as pessoas que nunca ouviram falar no Topo Gigio, até meu filho de treze anos, me disse, já ter ouvido falar no ratinho.

Creio que muitos quarentões como eu, já curtiram as peripécias ingênuas deste herói infantil que encantou as crianças do Brasil inteiro, há 39 anos atrás. Eu tinha lá meus 7 ou 8 anos, dava meus primeiros passos na escola, que por sinal, de grandes recordações, o Colégio Dom Sebastião Leme, que depois passaria em definitivo a se chamar Escola Estadual Professor Alfredo Freyre, na Rua Zeferino Agra, Àgua Fria, bairro da zona norte do Recife. Após às aulas seguia até a rua do Bom Conselho, bem próximo a escola, onde ficava a residência antiga da minha avó paterna Senhara, pois era muito garoto e meu pai não permitia que fosse para casa sozinho, já que eu morava um pouco longe, na rua Trinta e Cinco (atual Rua Arapixuna), no Bairro da Bomba do Hemetério. Ali permanecia durante todo dia, quando a noitinha, ao retorna do trabalho meu pai me apanhava.

Neste intevalo, que eu permanecia na casa da minha avó, lembro-me do primeiro programa infantil que adorava assistir, que por sinal eu juntamente com um dos meus primos, que eu não lembro qual, íamos até a casa da vizinha, já que na casa da minha avó não havia ainda televisão para nos encantar com Topo Gigio.

Afinal de contas quem era Topo Gigio? Topo Gigio, era um ratinho, uma criação de 1958, da italiana Maria Perego e media 20 centímetros. Estréou no Brasil em 1969, na Rede Globo, no Programa Mister Show onde dividia a telinha com o humorista Agildo Ribeiro. Ficou no ar até 1971, um ano após o falecimento da minha avó Senhara. Topo Gigio adorava cantar e dançar, sua canção preferida era “meu limão meu limoeiro” e antes de terminar o programa aparecia de pijama, rezava e ia dormir.

Em 1983, a Rede Bandeirantes reestreou Topo Gigio, sendo um grande fracasso de audiência, provando que as crianças já não eram mais ingênuas, como as crianças do início dos anos 70, como eu, que acreditavam em papai Noel, em cegonhas trazendo bêbes em seus longos bicos e nas bobagens do ratinho Topo Gigio.

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