sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Sport Recife vence o Santa Cruz de virada em jogo espetacular

Uillian Correia marca Rógerio sob o olhar de Léo Moura. Foto: Diário de Pernambuco.

10 de setembro de 2016 (Sábado)

No oitavo e último duelo entre Sport e Santa Cruz no ano que marcou o centenário do Clássico das Multidões, o melhor jogo entre os rivais na temporada. Uma partida que fez jus a tradição do encontro, com muita rivalidade, provocação, polêmica e, principalmente, gols. Cinco pelo lado do Leão apenas em um segundo tempo eletrizante. A vitória, de virada, por 5 a 3 sobre os corais, que dá um fôlego novo aos rubro-negros na luta contra o rebaixamento. E deixa a missão tricolor ainda mais perto do impossível. De quebra, o triunfo valeu ao Sport o Troféu Givanildo Oliveira, concedido em homenagem aos cem anos do clássico.

Para a partida, a maior surpresa na escalação veio do Sport. Mesmo sem tempo para treinar, o técnico Oswaldo de Oliveira pela primeira vez desde a sua chegada ao clube por um esquema com três volantes, com a volta de Paulo Roberto ao lado de Rithely e a manutenção de Neto Moura. Já do lado coral, o já esperado retorno de Néris à zaga, após mais de um mês se recuperando de lesão, o que deu maior qualidade defensiva ao time. Assim como Derley, aumentando a pegada no meio.

E no primeiro tempo, a tentativa de surpreender por parte do Sport não deu resultado. Isso porque, com os três volantes, Neto Moura e Paulo Roberto se revezavam na função de chegar a frente, porém, ambos sem a devida qualidade para a função. Além disso, com a nova postura do time, Diego Souza acabou atuando de costas para zaga, sendo sacrificado e assim tendo uma atuação discreta na primeira metade do jogo.

Com o Sport sem se adaptar à nova formação, coube ao Santa tirar proveito. E abrir o placar logo aos seis minutos, com um belo gol de Keno. Principal jogador tricolor no momento, o atacante aproveitou bobeada da defesa rival e com direito a drible em Paulo Roberto finalizou sem defesa para Magrão.
Com a vantagem no placar no início da partida, o Santa passou a jogar como gosta. Fechado e buscando surpreender em saídas rápidas para o ataque. No entanto, mesmo tendo oportunidade em alguns momentos, o tricolor não soube encaixar os contra-ataques. E com o Santa recuado, o Sport, mesmo jogando mal, conseguiu pressionar e poderia descer para o vestiário com o empate. Não fosse, mais uma vez, o goleiro Tiago Cardoso, que cresce diante dos rubro-negros. Foram pelo menos três grandes defesas do camisa 1. 

Nos minutos finais do primeiro tempo, Paulo Roberto deixou o campo lesionado. Com isso, Oswaldo abriu mão da sua estratégia e colocou em campo Éverton Felipe, com o Sport voltando a atuar com Diego Souza armando o time, de frente para a defesa rival. Já o Santa, retornou sem alterações. Assim, os dois times fariam um segundo tempo eletrizante.

E assim como no primeiro tempo, o tricolor foi cirúrgico na chance que teve. Logo aos quatro minutos, após grande jogada individual de Uillian Correia, a bola sobrou para João Paulo, que de fora da área, tirou do alcance de Magrão, ampliando para o Santa. No entanto, dessa vez, a reação do Sport veio de forma quase imediata, com Durval empatando de cabeça, livre de marcação, aos sete, em falha da defesa coral. Gol que esquentou de vez o clássico. Dessa vez com os dois times buscando o ataque. Com direito a bola no travessão de João Paulo.

Mas seria o Sport a reencontrar o gol. E em jogada internacional, com Ruiz cruzando para Rodney Wallace, praticamente sem ângulo, chutar entre a trave e Tiago Cardoso para empatar a partida, aos 24 minutos. E quando o cenário se desenhava favorável aos donos da casa, o Santa Cruz voltaria ficar em vantagem na Ilha. Após belo cruzamento de Keno, Bruno Morais subiu entre Durval e Rodney Wallace para testar para a meta de Magrão. Clássico decidido? Longe disso.

Ainda havia tempo do Sport explorar mais uma vez a principal deficiência da defesa tricolor. As bolas aéreas. E assim, Ruiz, de cabeça, mais uma vez deixou tudo igual no marcador. Dessa vez, mas do que empatar, era a senha para a incrível virada rubro-negra. Que ocorreu com os dois times com um jogador a menos, após as expulsões de Derley e Diego Souza, que trocaram ofensas e provocações em campo.

A explosão rubro-negra veio aos 44 minutos, com Vinícius Araújo completando cruzamento sem marcação. Ainda atordoado, o Santa Cruz levaria o quinto. E dessa vez com um golaço de Éverton Felipe, tocando por cima de Tiago Cardoso. Com cinco gols no segundo tempo, o Sport fechou o placar em 5 a 3, no melhor clássico do ano.

Ficha do jogo

Sport Recife 5
Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Rodney Wallace; Rithely, Paulo Roberto (Éverton Felipe) e Neto Moura (Apodi); Rogério (Vinícius Araújo), Diego Souza e Ruiz. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Santa Cruz 3
Tiago Cardoso; Léo Moura, Néris, Danny Morais e Allan Vieira; Uillian Correia, Derley, João Paulo e Pisano (Arthur); Keno (Jádson) e Bruno Moraes (Wallyson). Técnico: Doriva.

Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS). Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi e Lúcio Beirsdorf Flor (RS). Gols; Keno (6 min do 1º), João Paulo (4 min do 2º) , Durval (7 min do 2º), Rodney Wallace (24 min do 2º tempo), Bruno Morais (26 min do 2º), Ruiz (34 min) e Vinícius Araújo (44 min do 2º tempo) e Éverton Felipe (46 min do 2º tempo). Cartões amarelos: Ruiz, Apodi (S), Derley (SC). Expulsões: Derley (SC) e Diego Souza (S) Público: 12.682 

Por: Diário de Pernambuco.

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