tag:blogger.com,1999:blog-46484669572895160152024-03-28T08:22:25.663-03:00vozes da zona norteDestina-se a informar fatos curiosos e relevantes relacionados a Pernambuco e principalmente da Zona Norte do Recife e Olinda. De povo batalhador, cultura expansiva e história esquecida. UM FORTE ABRAÇO!Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.comBlogger649125tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-77747972748454030292024-02-03T01:08:00.004-03:002024-02-07T18:09:49.393-03:00Luiz Zago, o primeiro jogador profissional registrado na F.P.F.<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTsfV2V79qaxIFKXzhW9N9KH-PzRaBHXsNI4Lg0rLNKepcpY9cAvt5Sbb_ojbGqeJbucQgue0IR3cvVQyPOhHgiUKkNFQX52mXVsqOc7RNudkHRGd7Yb2L35ci7g3qVDchVaM_-dzvaJB7_rdCmoGYYzbKdPYA8EuIKeXGmJZ3uBLURk6DlTB7fYT47b2F/s1205/ZagoTreinoSport.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1205" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTsfV2V79qaxIFKXzhW9N9KH-PzRaBHXsNI4Lg0rLNKepcpY9cAvt5Sbb_ojbGqeJbucQgue0IR3cvVQyPOhHgiUKkNFQX52mXVsqOc7RNudkHRGd7Yb2L35ci7g3qVDchVaM_-dzvaJB7_rdCmoGYYzbKdPYA8EuIKeXGmJZ3uBLURk6DlTB7fYT47b2F/s320/ZagoTreinoSport.png" width="191" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago, o primeiro jogador profissional registrado na Federação Pernambucana de Desportos (atual F.P.F.) em 1937. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário da Manhã/CEPE.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a chegada da delegação do
América Futebol Clube do Rio de Janeiro ao Recife, o primeiro clube do sudeste a
jogar em Pernambuco, em 10 de novembro de 1915, onde realizou quatro amistosos
contra combinados formados por jogadores ingleses residentes na capital
pernambucana e contra o selecionado pernambucano. Foram todos goleados. O
poderio do esquadrão rubro carioca despertou nos dirigentes do Sport Club do
Recife e do nosso América Futebol Clube a ideia de importar jogadores de
centros mais desenvolvidos para as disputas finais do Campeonato Pernambucano,
que não era ilegal, mas que provocou protestos dos demais clubes e parte da
imprensa, apenas o Jornal Pequeno, expressivo jornal da época, concordava com a
ideia. Já o Diário de Pernambuco teceu diversas críticas contrário a esta
inovação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No Campeonato Pernambucano de
1916, o </span><span style="color: #04ff00;">Sport Recife</span><span style="color: #ffa400;"> chegou à final contra o Santa Cruz e trouxe do </span><span style="color: #04ff00;">América</span><span style="color: #ffa400;"> do
Rio de Janeiro, o jogador </span><span style="color: #04ff00;">Paulino</span><span style="color: #ffa400;">, que era jogador profissional, mas que veio
camuflado com sendo um jogador amador e que exercia uma profissão paralela,
sendo ele, linotipista (operador de máquina) do jornal carioca Correio da
Manhã. O Sport Recife sagrou-se campeão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1917, o </span><span style="color: #04ff00;">Sport Recife</span><span style="color: #ffa400;"> repetiu a
dose e novamente ganhou o campeonato, sendo bicampeão. Desta feita, o Sport
Recife trouxe do </span><span style="color: #04ff00;">Botafogo</span><span style="color: #ffa400;"> carioca, o atacante profissional </span><span style="color: #04ff00;">Ciro Werneck</span><span style="color: #ffa400;">, que o
clube rubro-negro já o havia inscrito junto a Liga Pernambucana de Desportos
(atual F.P.F) dois meses antes da final, conforme exigia o regulamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1918, O </span><span style="color: #04ff00;">Sport Recife</span><span style="color: #ffa400;"> tentou
contratar jogadores no sul do país para disputar às finais contra o América-PE,
como não conseguiu, enfrentou uma maratona incrível para que chegasse em tempo
hábil, o jogador uruguaio </span><span style="color: #04ff00;">Pedro Mazullo</span><span style="color: #ffa400;">, que veio de Montevidéu. Por outro
lado, o </span><span style="color: #04ff00;">América</span><span style="color: #ffa400;"> foi mais esperto, e trouxe de São Paulo, </span><span style="color: #04ff00;">três jogadores:</span><span style="color: #ffa400;">
Bermudes, Alex e Peres, e foi campeão pernambucano de futebol pela primeira
vez.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;">, deu início ao futebol
profissional em Pernambuco, quando firmou o primeiro contrato de um jogador de
futebol registrado na Federação Pernambucana de Desportos (Atual F.P.F),
contratado pelo </span><span style="color: #04ff00;">Central Sport Club</span><span style="color: #ffa400;">, de Caruaru-PE.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Saiba um pouco da história deste
grande jogador, que chegou para revolucionar o futebol pernambucano:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2B1BrTcBuxNNTH9u4AI81uJoODZtD9k3vaKatQG1jthaDoCejws3TblXzGVwFvrEvG1nv_BJwodCweYyo7VN8YylAX0iB2ujpYvTMlLLKeh4bc201_FCuThXxQzztWcynoNluZJWQX80J9Z3EvUNVsnLF1us9dFjb5tV0PttotwFMXzxg97SwyRKrgtwy/s702/ZagoSirio34.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="536" data-original-width="702" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2B1BrTcBuxNNTH9u4AI81uJoODZtD9k3vaKatQG1jthaDoCejws3TblXzGVwFvrEvG1nv_BJwodCweYyo7VN8YylAX0iB2ujpYvTMlLLKeh4bc201_FCuThXxQzztWcynoNluZJWQX80J9Z3EvUNVsnLF1us9dFjb5tV0PttotwFMXzxg97SwyRKrgtwy/s320/ZagoSirio34.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago (centro), quando jogava no Sírio-SP em 1934. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Correio de São Paulo.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;">, nasceu em 1914, na
cidade de </span><span style="color: #04ff00;">Ribeirão Preto</span><span style="color: #ffa400;">, São Paulo. Jogava de lateral-direito e quarto-zagueiro
e meio campista. Descendente de italianos, desejava jogar no futebol italiano,
algo que nunca aconteceu. Tinha 1,79 de altura, calçava chuteiras 41. Quando
veio jogar no Central, pesava 75 quilos. Começou sua carreira futebolística no
juvenil da </span><span style="color: #04ff00;">Portuguesa de Desportos-SP</span><span style="color: #ffa400;"> em 1933. Em 1934, Luiz Zago disputou o
Campeonato Paulista pelo </span><span style="color: #04ff00;">Esporte Clube Sírio</span><span style="color: #ffa400;">, como quarto-zagueiro, ao lado de
Turillo e Russinho. O Sírio foi o pior time do campeonato com doze derrotas,
sendo oito goleadas sofridas e uma vitória diante do fraco E. C. Paulista. Neste
mesmo campeonato, em 24 de junho, o Sírio vencia o São Paulo por 2 a 0, mas o
clube do Morumbi reagiu e virou o jogo para 3 a 2. </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;"> e o são-paulino
</span><span style="color: #04ff00;">Zarzur</span><span style="color: #ffa400;"> entraram em luta corporal dentro de campo, sendo expulsos pelo árbitro.
Luiz Zago, recebeu uma punição de dois jogos de suspenção e uma multa de 50 mil
réis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1935, Luiz Zago passou por um
período de teste no </span><span style="color: #04ff00;">Comercial</span><span style="color: #ffa400;"> de Ribeirão Preto, ficando no clube até ser
negociado ao Atlético Mineiro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 31 de janeiro de 1936, o jornal
Correio de São Paulo, anunciou que o </span><span style="color: #04ff00;">Atlético Mineiro</span><span style="color: #ffa400;"> havia contratado o quarto-zagueiro,
Luiz Zago, para um período de testes, onde veio a ser aprovado e formado a
linha de zaga com Alcindo e Bala. O Atlético Mineiro foi campeão mineiro deste
ano, com 5 vitórias e uma derrota, num campeonato bastante tumultuado, onde
durante as disputas, três clubes: Palestra Itália, América e Vila Nova, por
divergências com a então, Associação Mineira de Futebol, abandonaram o
campeonato e perderam todos os pontos conquistados. Mesmo conquistando o
título, Luiz Zago foi negociado com o Central Sport Club-PE.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhereTQgQS3Yn0hqw9URvOTCViRIPtebvxP-UI3hcYD6877lCBwDJk81UgTBK92Kp3stQ8T7Pbc61kZjw_yoSg0piHfSeU6djMUWh8YQxQdu-wRxx8M53wxu9zwqBT9TOJ3VcBGzL9YwRndzB4uFjT7em2Dt2AvetLwlUZ6z93HflufieYXoi7nwU-94SkO/s1267/Zago.Central37.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="884" data-original-width="1267" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhereTQgQS3Yn0hqw9URvOTCViRIPtebvxP-UI3hcYD6877lCBwDJk81UgTBK92Kp3stQ8T7Pbc61kZjw_yoSg0piHfSeU6djMUWh8YQxQdu-wRxx8M53wxu9zwqBT9TOJ3VcBGzL9YwRndzB4uFjT7em2Dt2AvetLwlUZ6z93HflufieYXoi7nwU-94SkO/s320/Zago.Central37.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago no Central de Caruaru em 1937. Ele é o último jogador, perto do dirigente de terno branco.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 11 de junho de 1937, desembarcava do navio
Itaquicé, no porto do Recife, o lateral-direito e quarto-zagueiro, </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;">,
contratado pelo </span><span style="color: #04ff00;">Central Sport Club</span><span style="color: #ffa400;">, e registrado na Federação Pernambucana de
Desportos, sendo o primeiro atleta a assinar um contrato salarial com um clube
como jogador profissional, dando início ao futebol profissional em Pernambuco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Após o término do Campeonato
Mineiro de 1936, onde o Atlético Mineiro sagrou-se campeão, Luiz Zago, recebeu
uma carta de seu amigo, o jogador paulista, </span><span style="color: #04ff00;">Agostinho Serrano</span><span style="color: #ffa400;">, que jogava pelo
Great Western-PE, e ficou sabendo que o Central de Caruaru estava formando uma
equipe para disputar pela primeira vez o certame pernambucano e estava
precisando de um </span><span style="color: #04ff00;">jogador</span><span style="color: #ffa400;"> que exercesse também, a função de </span><span style="color: #04ff00;">técnico</span><span style="color: #ffa400;">. Então,
procurou a diretoria da patativa e informou-o que, Luiz Zago havia sido campeão
mineiro pelo galo e que estava à disposição do clube. A diretoria do Central de
Caruaru, resolveu contratá-lo. No dia 11 de junho de 1937, Luiz Zago,
desembarcava no porto do Recife, do navio Itaquicé e foi recebido pelo
presidente do Central José Victor de Albuquerque e pelo diretor de futebol,
Walfrido Pereira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Luiz Zago, recebeu dois contos de
luvas e um salário mensal de 600 mil réis, durante seis meses. Ele foi inscrito
na Federação Pernambucana de Desportos em 27 de junho de 1937. O Central de
Caruaru nesta temporada não fez um bom campeonato, ficou na 5ª colocação, com
13 pontos em 15 jogos: 6 vitórias, 1 empate e 8 derrotas, marcou 44 gols e
sofreu 37 gols.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Segundo Luiz Zago, o
Central teve um bom desempenho, mas foi prejudicado pela arbitragem,
principalmente nos jogos envolvendo Sport Recife, Santa Cruz e Náutico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 20 de janeiro de 1938, o Sport
Club do Recife contratou, Luiz Zago. No dia 3 de abril, ele estreou pelo
Campeonato Pernambucano na vitória do Sport Recife sobre o Great Western, por 4
a 2. Luiz Zago foi seis vezes campeão pelo Sport Club do Recife: 1938,1941
(invicto), 1942, 1943,1948 e 1949. Entre setembro de 1942 e maio de 1943, Luiz
Zago jogou pelo Vasco da Gama. Em janeiro de 1944, retornou ao Vasco, mas em
abril, já estava jogando pelo Sport Recife novamente. Permaneceu no clube
durante 12 anos. No dia 8 de maio de 1949, jogou seu último jogo, na vitória do
Sport Recife contra o Flamengo-PE por 7 a 1. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZEx34qtrrhvEi2hyn9HsUT-K4bZX7v2kyqQJbcMyNDPOkuWpS9zENS7S5vkPJJX8wUy-PCKQ-d-bsn0sM0VgPD2DYbg7jpQpfsdlSoT9ynjmHIEfNeaHSOqxa_yjmcJP2LbOvk9pPdfP0RDOu2jLv7_1ays_OwFp2s4okkj6W4tglLk5ONMZ4PCcHwFuF/s672/ZagoNoSport42.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="672" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZEx34qtrrhvEi2hyn9HsUT-K4bZX7v2kyqQJbcMyNDPOkuWpS9zENS7S5vkPJJX8wUy-PCKQ-d-bsn0sM0VgPD2DYbg7jpQpfsdlSoT9ynjmHIEfNeaHSOqxa_yjmcJP2LbOvk9pPdfP0RDOu2jLv7_1ays_OwFp2s4okkj6W4tglLk5ONMZ4PCcHwFuF/s320/ZagoNoSport42.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Time do Sport Recife de 1942 que encantou o sudeste e o sul do país.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Luiz Zago, contou uma história
que aconteceu após o jogo Vasco da Gama 4 x 5 Sport Recife, no campo do América
(RJ), no dia 1º de março de 1942, durante a grandiosa excursão rubro-negra ao
sudeste e sul do país. Ele contou: “Vencemos o Vasco por 5 a 4, no campo do
América, porque São Januário estava em obras. Mas a nossa concentração era no
próprio estádio do clube da Cruz de Malta. Ficamos esperando que chegassem os
dirigentes com o dinheiro da renda para irmos jantar. As horas foram passando e
nada deles aparecerem. A fome aumentando e com todo mundo liso, encontrei a
solução. Procurei Florindo, zagueiro do Vasco, que tinha jogado comigo no
Atlético Mineiro, e como sabia que ele tinha o mesmo tamanho do meu pé
vendi-lhe um sapato por 25 mil réis. Com esse dinheiro saímos em busca de uma
barraca, onde compramos palmas de banana e dezenas de laranjas. Quando o
diretor do Sport apareceu, quase às 11 horas, estávamos com a barriga cheia e
dormindo. No outro dia, a imprensa brasileira estava glorificando os heróis do
clube da Ilha do Retiro, sem imaginar o drama vivido por nós no Rio de
Janeiro”. (Entrevista concedida em 1972).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 9 de setembro de 1945, </span><span style="color: #04ff00;">Luiz
Zago</span><span style="color: #ffa400;">, após um amistoso contra o Íbis, retornava para sua casa, no Pina,
dirigindo um veículo de um amigo, quando perdeu o controle da direção e veio a
colidir contra o balaústre da ponte do Pina, sofrendo um profundo </span><span style="color: #04ff00;">corte na
cabeça</span><span style="color: #ffa400;">. Luiz Zago, só voltou a jogar, no segundo turno do Campeonato
Pernambucano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 20 de janeiro de 1948, na Ilha
do Retiro. A torcida do Sport Recife fez uma grande homenagem a Luiz Zago pelos
10 anos vestindo a camisa rubro-negra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 25 de maio de 1949, Luiz Zago,
deixou a direção técnica do Sport Recife. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na época de </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;">, ainda não
existia as competições nacionais de clubes. Desde 1923, vinha sendo disputado o
Campeonato Nacional de Seleções Estaduais. O bom desempenho de Luiz Zago no
Sport Recife, fez com que ele integrasse a </span><span style="color: #04ff00;">Seleção Pernambucana</span><span style="color: #ffa400;"> de 1938 até 1950,
a maior parte atuou como quarto-zagueiro, nos dois primeiros anos, como lateral-direito.
A partir de 1947, atuou como assistente técnico.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdbFRHTi8HFG-0itV416Ls9so9HazT0BRqtqeAGnRy0bwFrxsExN0To8tCd1oWSz5qVKtJA2D8PG1RaAzvBonTdY1pwSUfInCBp9pO_55YhVwGE-CNuRpI7ujBxgag9quPhx1tNA7ZVcZ9VsMF2ENpoJ8WgzvAQ-wryPymJGliwGgawoczmjMqhJPD6Dkn/s869/Zago1942.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="869" data-original-width="494" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdbFRHTi8HFG-0itV416Ls9so9HazT0BRqtqeAGnRy0bwFrxsExN0To8tCd1oWSz5qVKtJA2D8PG1RaAzvBonTdY1pwSUfInCBp9pO_55YhVwGE-CNuRpI7ujBxgag9quPhx1tNA7ZVcZ9VsMF2ENpoJ8WgzvAQ-wryPymJGliwGgawoczmjMqhJPD6Dkn/s320/Zago1942.png" width="182" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago em 1942. Ele foi jogador, técnico e árbitro de futebol. jogou durante treze anos no futebol pernambucano e foi seis vezes campeão pernambucano pelo Sport Recife. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário da Manhã.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em dezembro de 1950, </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;">,
torna-se </span><span style="color: #04ff00;">árbitro</span><span style="color: #ffa400;"> da Federação Pernambucana de Futebol.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Zago disse que não foi difícil assumir a
condição de árbitro de futebol, pois antes de deixar de ser jogador, sempre
conversava muito com os principais árbitros do Estado: Sherlock, Leon Markman,
Batista da Conceição Galindo e José Mariano Carneiro Pessoa, conhecido como
Palmeira. Luiz Zago adiantou que, ser árbitro foi a profissão mais ingrata que
ele exerceu. Foram apenas seis anos, sendo os últimos dois anos pela Federação
Baiana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O motivo de ter deixado de apitar
em Pernambuco, foi a incompreensão dos dirigentes de futebol, que culpa o juiz
pelo fracasso em campo de seu time, foi o que aconteceu com o </span><span style="color: #04ff00;">Náutico</span><span style="color: #ffa400;">. O clube
dos Aflitos </span><span style="color: #04ff00;">vetou</span><span style="color: #ffa400;"> seu nome para integrar um trio que dirigiria um clássico
contra o Santa Cruz, decidindo o segundo turno do certame de 1953. Com o veto
do Náutico ao seu nome, Zago resolveu deixar o futebol pernambucano indo para a
</span><span style="color: #04ff00;">Bahi</span><span style="color: #ffa400;">a, onde encerrou também sua carreira de apitador.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como todo árbitro, Luiz Zago,
também teve seus </span><span style="color: #04ff00;">momentos difíceis</span><span style="color: #ffa400;"> na direção de uma partida. E isso aconteceu
em Salvador, quando dirigiu um clássico </span><span style="color: #04ff00;">Bahia e Vitória</span><span style="color: #ffa400;">, na Fonte Nova, isto
devido à grande rivalidade entre os dois clubes baianos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Foi a partida mais difícil que
apitei em toda minha carreira, porque foi muito catimbada e seu final terminou
com um grosso sururu entre os jogadores de ambos os times. Resolvi </span><span style="color: #04ff00;">deixar o
apito</span><span style="color: #ffa400;"> em 1956, para não fazer mais inimigos, porque como árbitro não tem quem
não faça inimizades porque cada torcedor quer a vitória de seu clube e os
próprios dirigentes, quando seu clube não tem condições, lançam toda culpa no
juiz. É realmente uma profissão ingrata. Concluiu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Desde que veio para o Central em
1937, </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;">, sempre </span><span style="color: #04ff00;">acumulava as funções </span><span style="color: #ffa400;">de jogador e técnico. E até mesmo
como assistente técnico no Sport e na Seleção Pernambucana. Depois dos seis
anos na arbitragem, Luiz Zago seguiu sua carreira de técnico, mas </span><span style="color: #04ff00;">nunca deixou
de apitar jogos</span><span style="color: #ffa400;">. Há vários registros entre 1958 e 1961, onde Luiz Zago foi
convidado para apitar em Pernambuco, Paraíba, Ceará, Pará, além de ser
convidado pelo Sport Club do Recife para apitar seus jogos na excursão feita em
Paramaribo, no Suriname, em março de 1961.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como </span><span style="color: #04ff00;">técnico de futebol</span><span style="color: #ffa400;">, Luiz
Zago teve sua grande oportunidade no </span><span style="color: #04ff00;">Paysandu</span><span style="color: #ffa400;">, onde permaneceu por vários anos
e foi campeão estadual em 1959 e 1965. Dirigiu também, o Fast Clube e o Rio
Negro de Manaus e o CRB de Alagoas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJm2Bdw25dkcLZ2ZybAs081GAxI1CwQrunR-EOzEdYZwmMq_Hj-irW_xvomlKkLIYPGxWXAql7OgyUTX-XVqJ1-atIzjBwS9xwhpOjDHbQ5vcrXqoC4I-rILgxRdJd4AD-ETcxneA40uBIUMXcaxHWxpt9UOR-Bke5GQqfjMCAMFsHicIrJb6cnYYIgk2L/s1132/ZagoPort72.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1132" data-original-width="615" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJm2Bdw25dkcLZ2ZybAs081GAxI1CwQrunR-EOzEdYZwmMq_Hj-irW_xvomlKkLIYPGxWXAql7OgyUTX-XVqJ1-atIzjBwS9xwhpOjDHbQ5vcrXqoC4I-rILgxRdJd4AD-ETcxneA40uBIUMXcaxHWxpt9UOR-Bke5GQqfjMCAMFsHicIrJb6cnYYIgk2L/s320/ZagoPort72.png" width="174" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Em 1972, o técnico Luiz Zago foi dirigir o Portimonense. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em fevereiro de 1972, viajou para
a cidade de Portimão, no Algave, província de Portugal, para dirigir o
</span><span style="color: #04ff00;">Portimonense</span><span style="color: #ffa400;"> que estava na 2ª divisão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 24 de novembro de 1980, o
Diário de Pernambuco publicou uma matéria que </span><span style="color: #04ff00;">chocou o público</span><span style="color: #ffa400;"> esportivo
pernambucano, onde informava que </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;"> estava </span><span style="color: #04ff00;">ficando cego</span><span style="color: #ffa400;"> e estava
passando por dificuldades financeira e precisando de apoio de todos: jogadores,
dirigentes e torcida. Luiz Zago, declarou que, quando deixou o mundo da bola,
trabalhou como gerente do famoso </span><span style="color: #04ff00;">“Bar Mustang”</span><span style="color: #ffa400;">, que existe até hoje na Conde da
Boa Vista. Mas começou a ter problema na visão que o obrigou a deixar o
trabalho. O atestado médico feito no Hospital da Polícia Militar de Pernambuco
por solicitação dos médicos: Pedro Lira e Fernando Ventura indicava que Luiz
Zago, apresentava baixa visão em ambos os olhos, devido a processo retiniano
degenerativo central, irreversível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Após a publicação da matéria, o
ex-goleiro </span><span style="color: #04ff00;">Manuelzinho</span><span style="color: #ffa400;">, que jogou com Zago no Sport, foi o primeiro a se
mobilizar para ajudar seu velho amigo. A Torcida Organizada </span><span style="color: #04ff00;">Bafo do Leão</span><span style="color: #ffa400;">,
também se mobilizou em campanhas para conseguir recursos para ajudar seu grande
ídolo do passado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">À época, </span><span style="color: #04ff00;">Luiz Zago</span><span style="color: #ffa400;"> residia no
</span><span style="color: #04ff00;">Ibura de Baixo</span><span style="color: #ffa400;"> e recebia uma modesta aposentadoria do INPS. Estava viúvo pela
segunda vez e morava com sua filha solteira. Tinha mais dois filhos casados. Um
deles, Luiz Zago Filho, atacante, jogou no América-PE em 1964, depois jogou no
Paysandu. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA
NORTE<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco,
Diário da Manhã/CEPE, O Jornal (RJ), Jornal Pequeno, Correio de São Paulo,
Gazeta Popular, Biblioteca Nacional (RJ).</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-31828887202334836322024-01-01T19:56:00.001-03:002024-01-01T19:56:53.637-03:00Katarina Real, a embaixadora da cultura pernambucana<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9p4zLIuolnQuolFNLZjQCROdnkmRUOe-shoVUbG-XREOgfZq9S5ajMWKy-SLBXh5KQwuNZUgdtVQnk20kW131wqGnRM7G4wC3rZr6Sfg4xajWXjgjE5zJibGDBOUJeI3EgYuXH4w8-IhfsO5yOwOl7vVmOR2Nny4rGkC8hMmN9ihyphenhyphenfZYAy8Bzcbbe2upW/s777/Screenshot_20211221-183837.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="777" data-original-width="586" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9p4zLIuolnQuolFNLZjQCROdnkmRUOe-shoVUbG-XREOgfZq9S5ajMWKy-SLBXh5KQwuNZUgdtVQnk20kW131wqGnRM7G4wC3rZr6Sfg4xajWXjgjE5zJibGDBOUJeI3EgYuXH4w8-IhfsO5yOwOl7vVmOR2Nny4rGkC8hMmN9ihyphenhyphenfZYAy8Bzcbbe2upW/s320/Screenshot_20211221-183837.png" width="241" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">A antropóloga e historiadora norte-americana Katarina Real, uma apaixonada pela cultura popular pernambucana. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Fundaj.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Foi durante minhas pesquisas, sem
querer, que descobri a figura desta genial personagem norte-americana,
conhecida em nossa cidade Recife como </span><span style="color: #04ff00;">Katarina Real</span><span style="color: #ffa400;">. Uma mulher apaixonada pela
cultura popular e suas raízes em toda a América. O que me fascinou em Katarina
Real, que era antropóloga, foi sua ousadia e predestinação em busca da essência
e os elementos culturais de cada região e lugarejos remotos, onde poucos
arriscariam transpor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Aos 24 anos, após se casar aqui
no Recife, com o agrônomo e conterrâneo, </span><span style="color: #04ff00;">Robert Cate</span><span style="color: #ffa400;">, que fazia trabalho de
pesquisa no Brasil, passou a se chamar </span><span style="color: #04ff00;">Katherine Royal Cate</span><span style="color: #ffa400;">, mas que era
conhecida aqui na terra do frevo como Katarina Real. Ela </span><span style="color: #04ff00;">nasceu</span><span style="color: #ffa400;"> em 12 de agosto
de 1927, na cidade de Annapolis, em Maryland (EUA). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esteve na capital pernambucana
pela primeira vez, ainda recém-nascida a bordo do Cruzador Milwalkee da Marinha
Americana, comandado por seu pai, o almirante </span><span style="color: #04ff00;">Forrest Betton Royal</span><span style="color: #ffa400;">, que veio ao
país para instruções navais com a Marinha do Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1949, formou-se em Artes e Estudos
Luso-Brasileiro pela </span><span style="color: #04ff00;">Stanford University</span><span style="color: #ffa400;">. Neste período, conheceu a obra de
Gilberto Freyre, Casa Grande & Senzala, traduzida para o inglês por Samuel
Putman. Katarina Real ficou muito impressionada com o que leu, principalmente
com a influência do negro africano na cultura nordestina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Aos 27 anos, Katarina Real,
apresentava um programa cultural na </span><span style="color: #04ff00;">rádio</span><span style="color: #ffa400;"> da Universidade de Stanford sobre a
cultura Pan-Americana, onde em sua programação, exibia músicas folclóricas e
regionais do Nordeste brasileiro e entrevistas. Numa dessas entrevistas,
conheceu o jornalista pernambucano, </span><span style="color: #04ff00;">Luiz</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Beltrão</span><span style="color: #ffa400;">, onde construiu grande amizade.
Luiz Beltrão enviou inúmeras correspondências com informações sobre a cultura
pernambucana, gravações de frevo, maracatus e ritmos pernambucanos para serem disseminados
na rádio americana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Katarina Real </span><span style="color: #04ff00;">esteve em
Pernambuco</span><span style="color: #ffa400;"> diversas vezes durante as décadas de 1950 e 1960 e fez várias
visitas entre as décadas de 1980 e 1990. Entre suas idas e vindas ao Brasil, Katarina
Real esteve no Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Brasília. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em Pernambuco, Katarina Real,
viajou pelo interior do Estado, visitando povoados e cidades em busca de
elementos culturais existentes em cada localidade como: maracatus rurais,
reisados, caboclinhos, cirandas, papangus, pastoris etc. No </span><span style="color: #04ff00;">Recife</span><span style="color: #ffa400;">, subiu
morros, caminhou por alagados e córregos, conheceu as comunidades carentes, fez
amizades e registrou tudo em seus rascunhos e fotografias coloridas, o
folclore, a tradição, o habitat de cada localidade visitada, algo que poucos
pesquisadores e historiadores pernambucanos ousaram fazer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Katarina Real, foi brilhante,
ousada, destemida e humana. Uma gringa que amou o nosso carnaval, nossa cidade
e nosso Estado e que merece toda nossa reverência. Conheça um pouco de sua
história e trajetória, além de uma </span><span style="color: #04ff00;">entrevista</span><span style="color: #ffa400;">, numa matéria registrada
magistralmente pelo Diário de Pernambuco em </span><span style="color: #04ff00;">26 de fevereiro de 1989</span><span style="color: #ffa400;">, concedida
a jornalista Lêda Rivas, e que o Blog Vozes da Zona Norte reproduz para você.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">No Caminho da volta</span></b><span style="color: #ffa400;"> (Dizia o
título) – Diferente de uma boa parte de seus compatriotas que tende a
considerar todo o tipo de vida inventiva abaixo do rio Grande como uma imensa
massa uniforme, sem nenhuma identidade cultural, </span><span style="color: #04ff00;">Katharine Royal Knight </span><span style="color: #ffa400;">(nome de solteira) conseguiu, em algumas décadas de vida, trabalho e emoção, detectar algo mais
que exótico, o burlesco e o caricaturável deste lado desta pobre dilacerada América.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Master of Arts e doutora em </span><span style="color: #04ff00;">Antropologia
Cultural e Folclore</span><span style="color: #ffa400;">, esta norte-americana – que, certamente, por equivoco </span><span style="color: #04ff00;">nasceu</span><span style="color: #ffa400;">
nas imediações da baía de Chesapeake, mas bem poderia ter vindo ao mundo às
margens do Capibaribe – tornou-se, em pouco tempo, uma das maiores conhecedoras
dos carnavais do mundo e na mais confiável expert – e a avaliação é feita por
</span><span style="color: #04ff00;">folcloristas ilustres</span><span style="color: #ffa400;"> do porte de Olímpio Bonald Neto e Evandro Rabello – do
carnaval pernambucano. A mais característica das nossas festas populares é,
para ela, uma surtíssima atividade intelectual, à qual dedicou anos de estudos
e pesquisas e que veio a consagrá-la como a autora do mais completo livro sobre
o assunto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Foi exatamente para atualizar
suas investigações antropológicas e preparar uma segunda edição, revista, do
seu </span><span style="color: #04ff00;">“O Folclore no Carnaval do Recife”</span><span style="color: #ffa400;">, o mais importante livro publicado sobre
o tema, como nos adverte Evandro Rabello – que Katharine voltou ao Recife. Os
que dela os recordam – que são muitos, entre expressões de nossa cultura
erudita e representantes do pensamento popular – viram-na misturar-se com a
massa, ao som do frevo e ao ritmo do passo, no início deste mês, inacreditavelmente
multiplicada em várias pessoas, presente ao mesmo tempo, na passarela da Dantas
Barreto, nas ruas de Olinda, na amplidão oceânica de Boa Viagem.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“Eu tinha tanta saudade do Recife...”,
revela, emocionada até às lágrimas, lembrando que é tanto o seu amor pela
cidade que fez grafar o nome do Recife na sua aliança de casamento. Tanto é o
seu amor por tudo o que lembre a ibero e a luso-América, que chegou – no tempo
em que fazia um programa sobre o folclore latino na </span><span style="color: #04ff00;">KGEI,</span><span style="color: #ffa400;"> Universidade do Ar na
Califórnia, - aportuguesar seu próprio nome, passando assinar-se Katarina Real.
Ainda não liberta de toda heráldica que a conferência familiar (por parte do
pai, </span><span style="color: #04ff00;">Royal</span><span style="color: #ffa400;">, por parte da mãe, </span><span style="color: #04ff00;">Knight</span><span style="color: #ffa400;"> lhe impunha, viria, mais tarde, a
acrescentar o sobrenome do marido, </span><span style="color: #04ff00;">Cate</span><span style="color: #ffa400;">, ao nome.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esta </span><span style="color: #04ff00;">Katarina Real-Cate</span><span style="color: #ffa400;"> que todos
conhecemos tem um forte e longínquo vínculo com as terras brasileiras. Aqui
aportou, nos últimos anos da década de 1930, pelas mãos do pai, um oficial da Marinha
norte-americana transferido para o Rio de Janeiro, vindo do Estado de Maryland,
na costa leste dos Estados Unidos. “Em 1939, </span><span style="color: #04ff00;">sem saber</span><span style="color: #ffa400;"> uma palavra em </span><span style="color: #04ff00;">português</span><span style="color: #ffa400;">,
eu cantava marchinhas carnavalescas e sambava, fazia o corso, com confetes e
serpentinas na avenida Rio Branco”, recorda. O samba abria caminho, nas veias
da menina </span><span style="color: #04ff00;">parecida</span><span style="color: #ffa400;"> com a atriz Shirley Temple, para que o frevo lhe corresse,
depois, no sangue. Foi o interesse pelas nossas manifestações folclóricas que
fez Katarina retomar, muitas vezes, o caminho da volta. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Mas primeiro aprimorou o
aprendizado da língua e da cultura brasileira, no seu país de origem, estudando
na </span><span style="color: #04ff00;">Universidade de Stanford</span><span style="color: #ffa400;">, onde especializou-se em estudos latino-americano,
com ênfase no Brasil e no mundo luso-brasileiro. Contratada pela Embaixada dos
Estados Unidos no Rio de Janeiro aqui chegou em 1950 para servir de intérprete
e tradutora, atuando imediatamente ligada a um jovem diplomata recém-chegado de
um posto desafiante em </span><span style="color: #04ff00;">Calcutá</span><span style="color: #ffa400;">. Transferida em seguida para </span><span style="color: #04ff00;">Washington</span><span style="color: #ffa400;">, estava,
então, irreversivelmente ligada não só ao país como ao jovem diplomata, um
talentoso especialista em ciências do solo, </span><span style="color: #04ff00;">Robert Cate.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Recife</span><span style="color: #ffa400;"> do final dos anos de 50
foi o cenário do </span><span style="color: #04ff00;">casamento</span><span style="color: #ffa400;"> de Robert e Katarina. Desligado de suas funções na
Embaixada, o casal voltou ao Estados Unidos para cursos de pós-graduação na
Universidade da Carolina do Norte, andou – por força de estudos dela e do trabalho de Bob como agrônomo – em várias partes da América (o norte do Brasil
incluído) e, finalmente, por exigência de uma bolsa concedida em 1961, a
Katarina, pela Organização dos Estados Americanos, regressou ao Recife por um
período que se prolongou por </span><span style="color: #04ff00;">oito anos.</span><span style="color: #ffa400;"> Começavam aí as pesquisas que dariam
</span><span style="color: #04ff00;">origem ao livro</span><span style="color: #ffa400;"> “ O Folclore no Carnaval do Recife”, publicado pelo Ministério
da Educação e Cultura, através da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O tempo em que residiu no Recife
o sr. e a srª Cate transformaram o seu apartamento, no edifício Duarte Coelho
na </span><span style="color: #04ff00;">“Torre do Frevo”,</span><span style="color: #ffa400;"> numa clara alusão ao espaço que ali se concedia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a todos os amantes da folia. E tanta
importância teve a participação de Katarina nos estudos antropológicos da
Região que, em 1967 – ano da publicação do seu livro – ela foi indicada como
representante do então prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucena</span><span style="color: #ffa400;"> na Comissão Organizadora do
Carnaval do Recife (1965/1966) e secretária-executiva da Comissão Pernambucana
de Folclore.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">última vez</span><span style="color: #ffa400;"> que Katarina esteve
no Recife foi em 1977 (obviamente, no período carnavalesco). Doze anos depois,
retorna (o </span><span style="color: #04ff00;">marido Bob</span><span style="color: #ffa400;"> ficou em La Jolla, na costa pacífica, onde o casal mora
“numa casa à beira mar, cercada de pedras, e onde se ouvem fantásticas
tempestades) e onde – e aí alimenta a nossa inveja – “se comem maravilhosos
crabs gigantes”, não só para atualizar seu interessante livro – totalmente
esgotado – como para doar a </span><span style="color: #04ff00;">Fundação Joaquim Nabuco</span><span style="color: #ffa400;">, instituição que lhe serve
de anfitriã, seu fichário e publicações raras alusivas ao carnaval pernambucano.8<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Até meados de abril,
possivelmente, Katarina Real estará entre nós. Entre os seus, para usar uma
expressão que lhe agrada. Estudando, fazendo pesquisa de campo, revendo lugares
queridos, falando de carnavais passados e lembrando os amigos, “tantos os que
já estão no céu”, como </span><span style="color: #04ff00;">Dona Santa”</span><span style="color: #ffa400;">, aquela linda rainha do maracatu. E é isto
que encanta nesta gringa recifencizada: o amor sincero e quase obsessivo que
sente pelas manifestações populares e pela imensa massa anônima que faz a nossa
história.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Num </span><span style="color: #04ff00;">bate-papo informal</span><span style="color: #ffa400;"> sob a lua
cheia e ao embalo de doces recordações – </span><span style="color: #04ff00;">Katarina fala</span><span style="color: #ffa400;"> de seu trabalho, do seu
amor pelo Brasil, do seu interesse pela nossa cultura (“lá em casa temos
estantes para os livros brasileiros e estantes de livros americanos e as
pessoas ficam ali olhando, abismadas, perguntando “você lê português?”) e eu,
feliz, dizendo: “Eu não só leio, como escrevo em português”), do seu </span><span style="color: #04ff00;">carinho
pelos animais</span><span style="color: #ffa400;"> ( tem dois cães pomerânios lulus, “Xangô” e “Oxalá”, sucessores
de “Urso Folião” e “Seu Pimenta”, que haviam ocupado o lugar de “Frevo e
“Maracatu”), do seu profundo conhecimento do carnaval do mundo inteiro, em
especial o nosso. São revelações apaixonadas – sensibilíssima – Katarina não
raras vezes </span><span style="color: #04ff00;">chega às lágrimas</span><span style="color: #ffa400;">, principalmente quando fala dos que já se foram
ou quando relembra (off the record) trajetórias distantes, como quando ela e
Bob adentraram o sertão e desembocaram na caatinga, para descobrir milhares de
</span><span style="color: #04ff00;">belos passarinhos</span><span style="color: #ffa400;"> de todas as cores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Vale a pena ouvir Katarina Royal
Cate. Vale a pena aprender com ela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Katarina, por que o
interesse pelo carnaval pernambucano?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Porque o carnaval
pernambucano é o mais interessante de todo o Brasil, principalmente do ponto de
vista de seus aspectos folclóricos. Eu disse no meu livro que o carnaval do
Recife é o mais folclórico do mundo. Mas eu gosto do carnaval em geral no
Brasil, porque representa a verdadeira alma do brasileiro e considero-me um
pouco brasileira. Gosto de beleza, música, dança, festividade, fantasia. Sou
aliás, uma bailarina frustrada. Então, me dá uma felicidade imensa todo mundo
nessa euforia carnavalesca e, às vezes, danço um pouco, caio no passo, caio no
passo, e até faço o meu sambinha. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Qual a manifestação
carnavalesca mais autêntica e original que você conhece?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Pergunta bastante difícil.
Não há dúvida que os maracatus, caboclinhos, os folguedos folclóricos são os
mais interessantes. Diria também que o urso brincante pela rua, os bois, cavalo
marinho, Mateus, todas essas figuras do folclore nordestino enriquecem o
carnaval e são muito originais. Também citaria a presença desses caboclos de
lança com suas golas bordadas. Há muita coisa no carnaval que é completamente
original, que não existe em outra parte do Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – E como vê o carnaval na
cultura brasileira – a se admitir que exista uma cultura caracteristicamente
brasileira?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Eu diria que é uma das
pedras fundamentais da rica cultura brasileira popular e até certo ponto de
vista, intelectual. O carnaval do Brasil produz obra de arte, literatura,
escultura, até sua própria arquitetura – o sambódromo do Rio de Janeiro - , o
carnaval é tão interligado na cultura brasileira que é difícil imaginar um
Brasil sem o carnaval. É uma pedra tão fundamental na cultura brasileira como o
futebol, o jogo do bicho, feijoada no sábado à tarde, todas essas tradições
tipicamente brasileiras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Falando em carnaval...dentro
das manifestações populares brasileiras você estabeleceria algum paralelismo
entre o carnaval e o futebol, as duas grandes paixões de massa no país?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR - Estão tão interligados que
cada vez que o Brasil ganha um jogo de futebol sai um grupo carnavalesco
festejando. Também há muitos jogadores de futebol, principalmente nas escolas
de samba do Rio, e aqui no Recife, integrados ao carnaval. Ambos, o carnaval e
o futebol, expressam e revelam essa extraordinária e exuberância da
personalidade brasileira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Você me disse que antes de
aprender a falar português, você cantava nossas músicas, sem saber nada da
língua, e dançava o samba. Sei também que você é muito versada no passo e lhe
pergunto: Como uma grande conhecedora da coreografia do passo, você acha que
este poderia chegar a ser um dos elementos configuradores de um possível balé
brasileiro?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Bem, seria um balé de
bailarinos bastante individualistas porque não se pode colocar uma fila de
passistas fazendo a mesma coisa. O passista faz o que quer. Agora, por exemplo,
nos desfiles dos clubes, que vão colocando as alas dos passistas, isto funciona,
é uma beleza, é um balé folclórico na passarela. Será então levar o que
acontece na passarela para o palco – e isto será um balé. Mas um balé de todo o
mundo fazendo coisas diferentes, que é uma das características do passo. E é
balético, não há dúvida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Eu tenho uma curiosidade em
relação ao trabalho que você realizou aqui e qual foi o feito – palavras suas –
nos morros e mangues da cidade: como uma gringa era tratada, então, no meio de
nossa mulatice?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – (risos) Oh,
maravilhosamente! Isto foi a coisa mais estranha que me aconteceu aqui. Digo no
meu livro que foi das coisas mais divertidas. Quando eu andava lá pelo </span><span style="color: #04ff00;">alto</span><span style="color: #ffa400;"> de
Nossa Senhora de Fátima (antigo </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">), parece que as pessoas nunca tinham
visto uma criatura como eu. Todo mundo se aglomerava em torno de mim,
principalmente os meninos, e eu ouvi alguém dizer (sem saber que eu estava
escutando), que eu era </span><span style="color: #04ff00;">“a senhora galega da fala estranha”</span><span style="color: #ffa400;">. Eu achei isso uma
beleza. O povo sempre me aceitou maravilhosamente. E isso eu achei até
milagroso. Você veja, uma mulher estrangeira aparecer na porta de um barraco,
segurando um caderno, fazendo uma porção de perguntas, algumas até indiscretas,
e o povo receber tão bem. Não sei explicar, o povo sempre me tratou com a maior
gentileza e sempre lhe serei gratíssima por isso. Para mim uma das maiores
experiências da minha vida foi este contato, esse entrosamento, esse amor do
povo maravilhoso dos subúrbios recifenses.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3whiyGSxXWVD9ht1e4FRQau67Az9QuR7SLLcQWgScq-S470JrF7Zc6PCm29DspGtYJl2h4warGTYkvWH9oon25Zj_HyKafzaimYiyfu0gTGyKpsashBjQ-wvzFcZpYfTAqrF0C8XnBUpBDbshLwfuSottCJNZN0nhKsaT8gVcmHTOYEq4eArgU0kDJMto/s736/DonaSanta.Maracatu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="736" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3whiyGSxXWVD9ht1e4FRQau67Az9QuR7SLLcQWgScq-S470JrF7Zc6PCm29DspGtYJl2h4warGTYkvWH9oon25Zj_HyKafzaimYiyfu0gTGyKpsashBjQ-wvzFcZpYfTAqrF0C8XnBUpBDbshLwfuSottCJNZN0nhKsaT8gVcmHTOYEq4eArgU0kDJMto/s320/DonaSanta.Maracatu.jpg" width="320" /></a></b></div><b><span style="color: #04ff00;">Dona Santa, uma lenda do carnaval pernambucano. Fundou o Maracatu Estrela do Oriente, dirigiu os maracatus Leão Coroado e durante 16 anos, o Nação Elefante. Foi coroada rainha do maracatu em 1947. Faleceu em 1962, aos 85 anos. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Fundaj.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – E desse tempo que lembranças
você guarda com mais emoção?</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Tantas lembranças, Por
várias noites visitei </span><span style="color: #04ff00;">Dona Santa</span><span style="color: #ffa400;"> na sede do seu maracatu, na época que ela
estava saindo toda trajada de rainha com seu cortejo para visitar outro clube
popular. Tive a honra e o privilégio de acompanhá-la nessas visitas. Uma vez
fui lá no </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Céu</span><span style="color: #ffa400;"> (Beberibe), subi a pé porque não havia caminho
pavimentado e era um dia de calor infernal. Subi e estava morta de cansaço e de
sede, e as pessoas ali bem rústicas, a maioria era do Interior, mandaram vir
água mineral, café com leite para servir a uma pessoa completamente estranha.
Eu achei uma generosidade inacreditável. Momentos como esse são inesquecíveis.
E a coisa mais linda que eu conheço é a </span><span style="color: #04ff00;">vista da cidade</span><span style="color: #ffa400;"> do Recife desde os
altos, como o </span><span style="color: #04ff00;">Morro da Conceição</span><span style="color: #ffa400;">, o </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Mandu</span><span style="color: #ffa400;">. O Recife lá longe, brilhando
ao luar. É uma lembrança fantástica. E sobre isso eu posso falar horas e horas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Você assistiu ao nosso
carnaval agora, depois de ficar tanto tempo longe do Brasil. E certamente
observou que o carnaval mudou em algo, surgiram agremiações e carnavalescos
novos, e surgiu um grupo muito forte, que arrasta uma multidão extraordinária,
que é o Galo da Madrugada. Você acha que o </span><span style="color: #ffa400;">Galo da Madrugada</span><span style="color: #04ff00;"> é o aburguesamento
do carnaval?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – O carnaval tem de mudar com
o tempo e tem de aburguesar-se também...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP - ... ou a burguesia de
carnavalizar-se ...</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – (risos) Exatamente. Um ou
outro. Mas um carnaval que não está em plena evolução, mantendo seu dinamismo,
é condenado a decadência ou ao desaparecimento. Aliás, isso aconteceu em certos
dos antigos carnavais da Europa, que tornaram-se arcaicos, não combinavam com
os tempos, e o povo perdeu interesse. O aburguesamento do carnaval é uma
exigência de sua vitalidade. Claro que a burguesia não faz coisas tão lindas
como o povo, isto é um ponto de vista pessoal. Mas carnaval é para todo o
mundo, carnaval é para brasileiros, e até para Katarina Real. Todo mundo pode
participar a sua própria maneira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – A propósito dos carnavais
europeus, você teve a oportunidade de conhecer e/ou de fazer estudos
comparativos entre o nosso carnaval e o de outros países, não necessariamente
da Europa?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Umas das minhas
especialidades é o estudo de carnavais do mundo inteiro, no espaço e no tempo.
Minha tese de doutoramento foi um grosso volume estudando as origens do
carnaval, desde as </span><span style="color: #04ff00;">Saturnálias de Roma</span><span style="color: #ffa400;"> e as festas pagãs da </span><span style="color: #04ff00;">Grécia antiga</span><span style="color: #ffa400;">, do
</span><span style="color: #04ff00;">Egito</span><span style="color: #ffa400;">, da </span><span style="color: #04ff00;">Babilônia</span><span style="color: #ffa400;">. E até as </span><span style="color: #04ff00;">Saturnálias dos</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">judeus</span><span style="color: #ffa400;">, que era a </span><span style="color: #04ff00;">Festa do Purim</span><span style="color: #ffa400;">.
Moramos vários anos nas Caraíbas e fiz uma pesquisa sobre o carnaval de
Trinidad e das Guianas. </span><span style="color: #04ff00;">Trinidad</span><span style="color: #ffa400;"> tem esses músicos maravilhosos dos grupos de
tambores de aço. Fiz pesquisa entre eles. Não quero criticar, mas os pretos que
tocam tambores de aço não me trataram com a gentileza do povo brasileiro. Foram
gentis de alguma forma, mas não houve o entrosamento que tive aqui. Há também o
carnaval de Nova Orleans, o </span><span style="color: #04ff00;">Mardi Gras</span><span style="color: #ffa400;">, um carnaval bem diferente do
brasileiro, bastante afrancesado, mas que tem a sua parte popular – os negros
das orquestras de jazz desfilam, por exemplo. Em suma, sempre que haja um
carnaval para pesquisar, estou lá com meu caderno. Mas de todos esses carnavais
que conheço, não tenho dúvida de que o do </span><span style="color: #04ff00;">Brasil</span><span style="color: #ffa400;"> é o mais interessante, o mais
vibrante e o mais dinâmico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – O que mudou no carnaval
pernambucano, na sua opinião?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Na sua estrutura, nas suas
características e na sua personalidade não vejo muita diferença. O carnaval de
Pernambuco desde a década de 1960 tem crescido fantasticamente. O crescimento
do carnaval em si, o crescimento do </span><span style="color: #04ff00;">número de integrantes</span><span style="color: #ffa400;"> em todas as
agremiações, clubes, blocos, maracatus, caboclinhos, as escolas de samba. Eu
fiz um fichário enorme, na década de 60, com uma ficha sobre cada clube
carnavalesco. As fichas iam de 1961 a 1968. Trouxe-as agora para o Recife. E
veja que interessante: aparece uma escola de samba, por exemplo, creio que
Império do Samba, ou Império do Asfalto, onde registrei a observação: “Escola
de samba enorme. Duzentas pessoas. Batucada de cinquenta pessoas”. Esse mesmo
grupo saiu este ano com duas ou três mil pessoas. Isso é só para citar um
exemplo do crescimento. A coreografia dos grupos, hoje, é mais desenvolvida.
Tem mais grupo em cada categoria. Eu me alegro em ver que o dinamismo do
carnaval continua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Na sua opinião o apelo
erótico é válido nos desfiles carnavalescos?</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Ah, bom, um brasileiro muito
inteligente me disse há alguns anos: “Olhe Katarina, o brasileiro foi formado
de três raças, duas das quais andavam quase que inteiramente nuas, o índio da
floresta tropical e o africano. Então, o europeu ia botar roupa nesse povo, num
país tropical? O índio na sua nudez permitida é a criatura mais feliz do mundo.
Bote roupa nele e ele morre de calor, com qualquer chuva pega um resfriado, ou
pneumonia, e morre em poucos minutos”. Então eu acho esse negócio de nudez
próprio do brasileiro, que volta a sua própria natureza. Vamos tirar toda essa
roupa do carnaval (risos)... Bem, isso é mesmo surpreendente para os que vêm de
fora. Mas eu acho uma beleza tudo o que o povo faz, se é do seu gosto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP – Você deve ter visto alguma
coisa, este ano, pela televisão, do carnaval do Rio de Janeiro.</span></b><span style="color: #ffa400;">..<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Sim, eu conheço o carnaval
do Rio desde a década de 1930. Até parece que estou ficando bem velhinha. Mas
estive aqui ainda menina. E depois, na década de 1950, tive a oportunidade de
ver o crescimento das escolas de samba. E vi na </span><span style="color: #04ff00;">TV Manchete</span><span style="color: #ffa400;"> o desfile das
escolas de samba até altas horas da madrugada, quando devia estar dormindo para
me recuperar de outro dia de pesquisa de campo no Recife. Todo mundo sabe que o
desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro é um dos grandes espetáculos do
mundo. Cada vez fica maior e mais fantástico. Eu não sei onde vai parar. Tudo
muito bonito e crítico...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DP - ... talvez o povo seja o
maior crítico social...</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">KR – Sim, Eu </span><span style="color: #04ff00;">gostei</span><span style="color: #ffa400;"> imensamente
da </span><span style="color: #04ff00;">Beija-Flor</span><span style="color: #ffa400;"> com aquele negócio de “luxo e lixo”. Muitas dessas belezas do
carnaval deveriam ser vistas nos Estados Unidos. Mas há um ponto interessante
que acho que os brasileiros não sabem e vale a pena anotar: o carnaval
brasileiro vai influindo nos Estados Unidos bastante. Quase todas as cidades
norte-americanas têm baile de carnaval brasileiro, muito frequentados pela
população. Em San Diego, na Califórnia, onde moro, há uma sociedade brasileira
que todo o ano promove um baile de carnaval, de que sempre participo. Enche-se
não somente de brasileiros e americanos, mas de toda colônia latina e de boa
parte dos negros dos Estados Unidos, que raramente é vista num baile social. Os
negros americanos naturalmente adoram o carnaval. Los Angeles tem três ou
quatro </span><span style="color: #04ff00;">bailes de carnaval brasileiro</span><span style="color: #ffa400;">, San Francisco também, Nova York acho que
tem pelo menos uns dez. E o que eu acho mais interessante ainda é que San
Francisco estão surgindo escolas de samba, formadas de estudantes que se reúnem
uma vez por semana para afinar a batucada. E aí você pode ver moças de cabelos
louros e olhos azuis tocando tamborim, pandeiro etc. Há um grande desfile de
escolas de samba em San Francisco, em junho, que já tive oportunidade de ver.
Aliás, muitos deles são ensaiados por uma bailarina brasileira que mora em San
Francisco. Saem escolas com porta-estandartes e ala de malabaristas. Não é tão bem-feito
como no Brasil, mas o americano está tentando. (Finalizou).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Katarina Real, </span><span style="color: #04ff00;">faleceu</span><span style="color: #ffa400;"> em 6 de
junho de 2006, na cidade de Tucson, no Arizona (EUA), aos 79 anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA
NORTE<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco e
Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).</span></b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-31638436625418268142023-06-26T14:25:00.001-03:002023-06-26T14:25:29.376-03:00A difícil vida dos mocambeiros<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdTEW6AOgAkHySRYbQCgPtnpuyCCYXzG0Q_tyskV-12aLBfaZyBcPNyj9n4vjVvoihqxdkvtynBWNHJpv_CSQz2NOQjE7rzb8-q9QulupMmDRM9RwqvI0ychHDNwRlFJssyCw4AkpYD7ETq8A95SADfrT1gBUr7ubT--D9Nm1MEUWk-fkl-SadRjsWBulh/s1184/MulherMocambo45.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1184" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdTEW6AOgAkHySRYbQCgPtnpuyCCYXzG0Q_tyskV-12aLBfaZyBcPNyj9n4vjVvoihqxdkvtynBWNHJpv_CSQz2NOQjE7rzb8-q9QulupMmDRM9RwqvI0ychHDNwRlFJssyCw4AkpYD7ETq8A95SADfrT1gBUr7ubT--D9Nm1MEUWk-fkl-SadRjsWBulh/s320/MulherMocambo45.png" width="195" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O desolamento de uma mulher em seu mocambo, num olhar distante, sem perspectiva de melhores dias.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Coleção Josebias Bandeira/Fundaj.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Não foi fácil para os moradores
dos mocambos do centro do Recife, receberem à notícia de que seriam
expropriados pela nova política de modernização da cidade. A chamada </span><span style="color: #04ff00;">“campanha”</span><span style="color: #ffa400;">
promovida pela Liga Social Contra o Mocambo no governo do interventor federal,
Agamenon Magalhães, não cumpriu seu papel social como estava escrito. A Liga,
que depois passou a ser Serviço Social Contra o Mocambo (SSCM), preocupou-se
mais em combater as investidas do Partido Comunista e suas ramificações nas
comunidades, do que, propriamente, da real situação de miséria em que se
encontravam as famílias carentes, moradores dos mocambos. Houve uma grande
negligência nos assentamentos que vieram a surgir, e nas invasões em massa provocados
por essas pessoas nas regiões de encostas, morros, córregos e alagados. Foram
expostos a própria sorte. Sem transportes, escolas, postos médicos, água
encanada e energia elétrica, além de serem lesados na hora de indenizá-los. O
extinto </span><span style="color: #04ff00;">Jornal Pequeno</span><span style="color: #ffa400;">, em 27 de dezembro de 1945, publicou uma matéria que
mostrava essa triste realidade e que o blog Vozes da Zona Norte, reproduziu na
íntegra para os leitores:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Mais mocambos e maior abandono, a
obra social do sr. Agamenon</span><span style="color: #ffa400;"> (Dizia o título).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Enquanto o sr. </span><span style="color: #04ff00;">Agamenon Magalhães</span><span style="color: #ffa400;">
atirava-se furiosamente contra os mocambos de </span><span style="color: #04ff00;">Santo Amaro</span><span style="color: #ffa400;"> e de outros pontos
mais centrais, milhares e milhares dessas humildes choupanas iam surgindo
diariamente nas zonas suburbanas transplantando-se para longe a paisagem que os
olhos do ex-interventor não podiam contemplar. O morador do mocambo após
assistir á derrubada impiedosa de residência, partia em busca de outras plagas,
onde pudesse construir uma tapera para o seu lar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As casinhas apareceram menores
com um aspecto de miséria mais impressionante, porque o dinheiro era também
mais curto. Não foram poucos os mocambos avaliados em cinco e mais milhares de
cruzeiros e a famigerada “campanha” indenizava por duzentos ou trezentos. E não
deixavam nada, nem mesmo a madeira para o morador.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX51oTX9D2Bil9imure-ZaVpo7q_qvU1cPI80FibePlOlxANqW7sR5S6g3ef6JpBCQW8mrW_SCfzbt2QnJahiFRAvEStSGyFjJaLxFDBqhtCi_PmPZ65qR0-55P5LyRkaulT-jMIHCIPOa9bDv5Bk6SkDafccujaxOXVYmav7og2W3CiBuoNR-nVwcZwVF/s720/Mocambos45.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="720" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX51oTX9D2Bil9imure-ZaVpo7q_qvU1cPI80FibePlOlxANqW7sR5S6g3ef6JpBCQW8mrW_SCfzbt2QnJahiFRAvEStSGyFjJaLxFDBqhtCi_PmPZ65qR0-55P5LyRkaulT-jMIHCIPOa9bDv5Bk6SkDafccujaxOXVYmav7og2W3CiBuoNR-nVwcZwVF/s320/Mocambos45.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Os mocambos foram retirados do centro do Recife e tomaram rumo dos acostamentos de barreiras, morros, córregos e alagados da periferia. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Josebias Bandeira/Fundaj.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Em Olinda</span><span style="color: #ffa400;"> – Na vizinha cidade do
norte, por exemplo, o número de mocambos construídos nestes últimos anos,
atinge cifras sem precedente, como se pode deparar do quadro abaixo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #ffa400;">1939 – Existiam 2.552 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #ffa400;">1940 – Existiam 3.664 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #ffa400;">1941 – Existiam 4.740 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #ffa400;">1942 – Existiam 5.359 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #ffa400;">1943 – Existiam 5.586 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="color: #ffa400;">1944 – Existiam 6.093 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">1945 – Existiam 7.925 mocambos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esses dados foram colhidos na
</span><span style="color: #04ff00;">Prefeitura de Olinda</span><span style="color: #ffa400;">, e não correspondem, exatamente, á verdade. É pelo menos o
que deixa crer o lançador daquela municipalidade, o qual nos informou que
“inúmeros mocambos vêm escapando à caneta tendo muita gente construído o seu
casebre até sem licença”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Entrando ou não nas contas da
Prefeitura, a verdade é que os mocambos em Olinda, são cada dia mais numerosos
espalhando-se de preferência, na Estrada de Beberibe, Salgadinho, Matumbo,
Sapucaia, Caenga, Campo de Goiás, Ladeira do Monte, Estrada do Cemitério,
Estrada do Rio Doce, Praia do Rio Doce, Muntrizes, Jatobá, Caravelas, Forno da
Cal, </span><span style="color: #04ff00;">Peixinhos</span><span style="color: #ffa400;">, Avenida Nova, Sítio Novo, Sítio dos Arcos e no Istimo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nas ruas sem nome e nos becos
intricados desses pontos longínquos, o morador do mocambo, batido de sua antiga
residência, foi construir o novo lar. Muitos desses tugúrios, naturalmente,
escaparam às vistas dos fiscais da Prefeitura. Muitos outros hão de ter faltado
á estatística, num arranjo de última hora, para não mostrar tão claros os
efeitos desastrosos da “campanha”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esses efeitos estão estampados na
fisionomia dos que habitam os mocambos, na sua voz arrastada, no seu desespero
sem remédio. Expulsos do centro usurpados nos seus direitos e explorados na sua
economia, eles guardam o ódio, alimentado pelas contingências, à espera de um
dia melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Falam os moradores de mocambos</span><span style="color: #ffa400;"> –
Logo ali, perto do Matadouro, em Peixinhos, no local que dá entrada para uma
zona toda cheia de mocambos; o repórter encontrou três moradores da rua da
Areia. Os três palestravam sobre a falta de bondes e esconjuravam a vida do
pobre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- </span><span style="color: #04ff00;">“Vida de cachorro, essa da
gente”,</span><span style="color: #ffa400;"> sem se esquecerem de citar Agamenon e sua “campanha”, no meio da
discussão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Falamos a seguir com seu Inácio,
residente ali há mais de dez anos. Disse-nos ele que, quando comprou o seu, havia
por ali, poucos mocambos. Porém, de 1940 para cá, construíram-se mais de mil.
Gente ainda das bandas de Santo Amaro, que teve seus mocambos derrubados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ouvimos também, a senhora
Severina, moradora da rua São Sebastião, em </span><span style="color: #04ff00;">Peixinhos</span><span style="color: #ffa400;">. Declarou-nos essa senhora
que perdeu dois mocambos, um dos quais havia custado mais de 5 mil cruzeiros e
foi indenizado por 600 cruzeiros. E ao chegar em casa, notou, conferindo o
dinheiro, que o sr. Alfredo...lhe dera 590 cruzeiros em vez de 600. Referiu,
também, que muitos morreram de desgosto, longe dos seus mocambos devastados
pela febre de destruição do então governante. Que outros enlouqueceram e,
ficaram de mãos erguidas para o céu, diante de seus mocambos reduzidos a
montões.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhZQqyXBHDNOq9wOiAa6Qe1xTx3QnXprqoQKu-b8e-Dzs45JgsgiX6uxo5MYfBgyfNjzHXbActRJ3Zk7EOIu3FVZ0oWqrQREBQCd2d4mzu7O4EGkjRNvcU8vjmZpFykr43PJASF6LrCIHiQYHOK-KQzKaPFcUDUgNEEKSR8m4X3mqNA3lgjKqhXGCnRAST/s671/Crian%C3%A7asMocambo45.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="434" data-original-width="671" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhZQqyXBHDNOq9wOiAa6Qe1xTx3QnXprqoQKu-b8e-Dzs45JgsgiX6uxo5MYfBgyfNjzHXbActRJ3Zk7EOIu3FVZ0oWqrQREBQCd2d4mzu7O4EGkjRNvcU8vjmZpFykr43PJASF6LrCIHiQYHOK-KQzKaPFcUDUgNEEKSR8m4X3mqNA3lgjKqhXGCnRAST/s320/Crian%C3%A7asMocambo45.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Crianças, moradores dos mocambos da antiga rua da Areia, em Peixinhos. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jornal Pequeno/1945.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Os pequenos </span><span style="color: #ffa400;">– É, esses mocambos
também são moradia de garotos, crianças nascidas na lama, habituadas ao charco.
Vivem assim, como nasceram, sem que mereçam dos poderes competentes uma atenção
qualquer. Era Peixinhos, zona habitada por grande número de famílias, não há
uma só escola pública – nem estadual, nem municipal. Um só estabelecimento de
ensino, onde aquelas crianças possam assegurar-se o direito de saber alguma
coisa, não existe em toda aquela redondeza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A escola dos meninos pobres de
Peixinhos é o alagado fétido, onde vão pescar siris e caranguejos. Este é, sem
dúvida, um dos mais dolorosos efeitos dessa “campanha contra o mocambo”, a qual
na verdade, foi dirigida contra o morador do mocambo. Em outros locais menos
distantes, os garotos podiam matricular-se num grupo escolar, frequentar as aulas,
aprender a assinar o nome. Arrancando-lhes essa possibilidade e atirando-os ao
charco, o ex-interventor apenas, levantou-se impunemente contra essas pobres
crianças, tornando-lhes mais difícil o caminho da vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Registe-se este e outros fatos
aqui citados, como testemunhos irrefutáveis do ódio que foi a bandeira de
governo do sr. Agamenon Magalhães e que ele fez tripudiar, especialmente sobre
a mágoa dos pequeninos e desamparados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA NORTE.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Jornal Pequeno.</span></b><o:p></o:p></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-31653668005803588162023-06-18T09:41:00.005-03:002023-06-18T09:53:40.269-03:001969- Quem ia ao Cinema no Recife?<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1YyhZetTVZ6q8yADp8VKhqsRtlIxo57h0U6MyX8kboc4AarKopkuqQEA_McxmTMLfcEmWj6k7bhnJxKwkHZ2JGq6Yx_4V9Am-HC75TZzNRDxfYHmTqmzFFZoliEMoGhLQZXmhC-NM5fim2eX47NCPfRut2xggTa1EYG6-Y2V_urSkMp6dS0JZ3lf6qA/s634/cinemaS%C3%A3oLuiz1952.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="629" data-original-width="634" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1YyhZetTVZ6q8yADp8VKhqsRtlIxo57h0U6MyX8kboc4AarKopkuqQEA_McxmTMLfcEmWj6k7bhnJxKwkHZ2JGq6Yx_4V9Am-HC75TZzNRDxfYHmTqmzFFZoliEMoGhLQZXmhC-NM5fim2eX47NCPfRut2xggTa1EYG6-Y2V_urSkMp6dS0JZ3lf6qA/s320/cinemaS%C3%A3oLuiz1952.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O Cinema São Luiz foi inaugurado em 6/9/1952. O preferido dos recifenses.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Unicap/autor desconhecido/1952.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os cinemas existentes no Centro e
nos subúrbios recifenses já foram grandes atrações para os amantes da sétima
arte. Já viveu seus melhores momentos até o final da década de 1980. Depois
surgiram as locadoras de fitas VHS, os filmes em CDs e os médios e grandes
shoppings e suas diminutas salas de cinema, e agora, as TVs por assinaturas e
as empresas de filmes online. O avanço tecnológico enterrou de vez, o saudoso e
romântico encontros nas salas dos antigos cinemas recifenses.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Diário de Pernambuco</span><span style="color: #ffa400;">, em 17 de
agosto de 1969, em uma matéria do jornalista Enéas Alvarez, sobre a frequência
do público recifense nas 28 principais salas de cinemas do Centro do Recife e
dos subúrbios, já alertava sobre a necessidade de inovações que já vinham
acontecendo no Sul do país no sentido de atrair mais público para as salas de
projeções. A publicação do Diário dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Quem vai ao cinema no Recife</span></b><span style="color: #ffa400;">
(Dizia o título). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Um levantamento interessante foi
feito, recentemente, pela Delegacia do Instituto Nacional do Cinema, em
Pernambuco, sobre a </span><span style="color: #04ff00;">frequência média diária</span><span style="color: #ffa400;"> dos expectadores nos </span><span style="color: #04ff00;">28 cinemas</span><span style="color: #ffa400;"> do
município. O mapa nos dá uma ideia geral do interesse que desperta a Sétima
Arte entre os recifenses, salientando-se a percentagem que frequenta salas
exibidores cinematográficos, igual a 1,5% da população total. Assim é que
ficamos sabendo a média-diária: 15.709 pessoas vão ao cinema diariamente no
Recife.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As predileções do nosso público
são pelo </span><span style="color: #04ff00;">Cinema São Luiz:</span><span style="color: #ffa400;"> 1.147 ingressos inteiros e 1.027 entradas
meias são vendidos por dia, naquele cinema. Em segundo lugar, vem o </span><span style="color: #04ff00;">Cine
Moderno</span><span style="color: #ffa400;">, com uma média de 1.094 inteiras e 824 meias, diariamente. O terceiro
lugar coube ao </span><span style="color: #04ff00;">Art Palácio</span><span style="color: #ffa400;">, que vende por dia 928 inteiras e 680 meias. Para a
surpresa nossa, o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Glória</span><span style="color: #ffa400;">, no pátio do Mercado de São José, ocupa o quarto
lugar, em frequência, no Recife: 909 inteiras e 76 meias, por dia, notando-se
que lá, na praça do mercado, há poucos estudantes. O </span><span style="color: #04ff00;">Boa Vista</span><span style="color: #ffa400;">, o</span><span style="color: #04ff00;"> Eldorado</span><span style="color: #ffa400;"> e o
</span><span style="color: #04ff00;">Trianon</span><span style="color: #ffa400;">, empataram em quinto lugar de preferência, vendendo respectivamente,
504, 516 e 508 inteiras e 348, 241 e 383 meias. O número de estudantes ali
sensivelmente, com relação ao </span><span style="color: #04ff00;">Eldorado</span><span style="color: #ffa400;"> no Largo da Paz (Afogados).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Se preferirmos fazer uma
comparação por bairros, comecemos por </span><span style="color: #04ff00;">Casa Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, que tem quatro cinemas: O
</span><span style="color: #04ff00;">Rivoli</span><span style="color: #ffa400;"> bate o recorde, vendendo cada dia, 438 inteiras e 239 meias. Logo após
os casamarelenses frequentam o </span><span style="color: #04ff00;">Albatroz</span><span style="color: #ffa400;">, em número de 337 inteiras e 148 meias.
O Cinema de Arte </span><span style="color: #04ff00;">Coliseu</span><span style="color: #ffa400;">, infelizmente, recebe poucas pessoas e assim mesmo,
pouco habitantes do bairro. Fica provado que o nosso público não gosta do
cinema de arte, visto que o maior cinema de Pernambuco, com 1770 poltronas,
vende em média cada dia, 293 inteiras e 169 meias. O pessoal do </span><span style="color: #04ff00;">Alto José do
Pinho</span><span style="color: #ffa400;"> prestigia o </span><span style="color: #04ff00;">Cinema Guarani:</span><span style="color: #ffa400;"> 161 inteiras e 75 meias, diariamente. Em </span><span style="color: #04ff00;">Água
Fria</span><span style="color: #ffa400;">, o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Olímpio</span><span style="color: #ffa400;"> empata com o </span><span style="color: #04ff00;">Cinema Império</span><span style="color: #ffa400;">, vendendo, respectivamente,
221 e 292 inteiras e 134 e 117 meias. Perde nas inteiras, mas ganham nos meios
ingressos. Em </span><span style="color: #04ff00;">Afogados</span><span style="color: #ffa400;">, o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Central</span><span style="color: #ffa400;">, com ar-condicionado, perde para o
</span><span style="color: #04ff00;">Eldorado</span><span style="color: #ffa400;">, que se situa em frente, sendo ambos da mesma empresa. O </span><span style="color: #04ff00;">Cine Central</span><span style="color: #ffa400;">
recebe 314 inteiras e 177 estudantes, enquanto seu vizinho (vide acima) o
supera. No </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro</span><span style="color: #ffa400;">, o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Brasil</span><span style="color: #ffa400;"> é o preferido, enquanto o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Cordeiro</span><span style="color: #ffa400;">
demonstra um aumento sensível de público. O </span><span style="color: #04ff00;">Cine Brasil</span><span style="color: #ffa400;"> vende por dia, 308
inteiras e 171 meias, enquanto o porteiro do Cine Cordeiro, rasga
diariamente120 ingressos inteiros e 56 meio-ingressos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em </span><span style="color: #04ff00;">Campo Grande</span><span style="color: #ffa400;">, o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Vera
Cruz</span><span style="color: #ffa400;">, com lotação igual à do </span><span style="color: #04ff00;">Arte Palácio</span><span style="color: #ffa400;">, vende 153 inteiras e 100 meias,
enquanto o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Eden</span><span style="color: #ffa400;"> tem a frequência de 74 inteiras e 58 meias. Os demais
cinemas não têm concorrentes nos seus bairros: o </span><span style="color: #04ff00;">Atlântico</span><span style="color: #ffa400;">, no Pina; o </span><span style="color: #04ff00;">São
José</span><span style="color: #ffa400;">, em Coqueiral; o </span><span style="color: #04ff00;">Espinheirense</span><span style="color: #ffa400;">, no Espinheiro; o </span><span style="color: #04ff00;">Santo Amaro</span><span style="color: #ffa400;">, em Santo
Amaro e o </span><span style="color: #04ff00;">Torre</span><span style="color: #ffa400;">, na Torre. Onde há predominância de estudantes é na </span><span style="color: #04ff00;">Zona Sul:</span><span style="color: #ffa400;"> o
</span><span style="color: #04ff00;">Cine Guararapes</span><span style="color: #ffa400;"> (sozinho) para Areias, Barro, Tejipió, São Miguel, Ipsep, etc,
vende por dia 24 estudantes e 154 inteiras. O </span><span style="color: #04ff00;">Cine Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> também é soberano
no seu bairro e o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Recife</span><span style="color: #ffa400;"> na Encruzilhada, vende mais ingressos para
estudantes, do que para adultos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em resumo, os porteiros dos </span><span style="color: #04ff00;">28
cinemas do Recife</span><span style="color: #ffa400;"> inutilizam diariamente, 9.825 ingressos inteiros e 5.917
meias entradas, num total de 15.769 bilhetes rasgados e colocado nas urnas. Por
sua vez, as bilheteiras lutam para arranjar troco para quinze mil e tantas
pessoas, que representam 1,5% da população total da cidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Multiplicando-se por 180 dias o número
diário, obtemos a média de frequência num semestre. Por isso, no primeiro
semestre de 1969, dois milhões, setecentos e quarenta e dois mil e setecentas e
oitenta e quatro pessoas foram aos cinemas do Recife, onde riram, choraram,
chuparam bombons, passaram o tempo, xingaram os filmes, namoraram, tiveram
problemas com trocos e com filas, ganharam cultura ou roncaram tranquilamente
deitados nas poltronas. O número citado (2.742.764) representa quase três vezes
a população total do Recife, que, em seis meses, vai três vezes ao cinema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os preços variam de NCr$ 0,30
(</span><span style="color: #04ff00;">Guarani</span><span style="color: #ffa400;">) até NCr$ 2,40 (Dois cruzados novos e quarenta centavos) nos cinemas
do Centro, sob os olhos da Sunab. No subúrbio, a média é NCr$ 1,00, que não dá
problema de troco, mas, o </span><span style="color: #04ff00;">Espinheirense</span><span style="color: #ffa400;"> ainda cobra NCr$ 0,60 e o </span><span style="color: #04ff00;">Coliseu</span><span style="color: #ffa400;">, NCr$
1,80. O </span><span style="color: #04ff00;">Boa Vista</span><span style="color: #ffa400;">, depois de discussões permaneceu em NCr$ 2,00, satisfazendo
mutuamente ao público e ao Órgão controlador de preços.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">ingresso padronizado</span><span style="color: #ffa400;"> está
prestes a ser instalado no Recife. No Sul, os números triplicaram, com a adoção
do ingresso governamental, graças aos sorteios periódicos feitos entre os
habituês. Oxalá, o Recife, a exemplo de outras capitais se comporte do mesmo
modo: vamos ao cinema! Para ganhar prêmios! O futuro virá e eu voltarei a
comentar com vocês se houve, ou não, aumento de público. Peçam a Deus para sobreviverem
até lá.<o:p></o:p></span></p><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span></b><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA NORTE</span><p></p><p><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span></b><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco/Texto de Enéas Alvarez.</span></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-14700659721748919892023-06-11T10:29:00.003-03:002023-09-02T06:48:08.955-03:00Antigos conflitos políticos de Beberibe<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpQNvhVeAuU4DoWHBxeCWYmbeHWV_tMhG5-QFfLqMQT299PpV5FRNTOAhrcgwtZSLXX8xCU05v54LpMHW3hQ0qnV4rEECSfwZxQZzi2ZPMD9YsSaU17WIP1dlvY8T9QNSMx_AcrDgH-1E0KM9YAtiyzwRE9RFhTQ0PvnHHAy201Vlpkpv46Klyu0_8ZA/s720/HomemnaPonteBeberibe1904.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="662" data-original-width="720" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpQNvhVeAuU4DoWHBxeCWYmbeHWV_tMhG5-QFfLqMQT299PpV5FRNTOAhrcgwtZSLXX8xCU05v54LpMHW3hQ0qnV4rEECSfwZxQZzi2ZPMD9YsSaU17WIP1dlvY8T9QNSMx_AcrDgH-1E0KM9YAtiyzwRE9RFhTQ0PvnHHAy201Vlpkpv46Klyu0_8ZA/s320/HomemnaPonteBeberibe1904.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Aspecto do povoado de Beberibe em 1904. Homem sobre uma ponte do rio Beberibe. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Cartão Postal Brasil/28.6.1904.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O coronel Luciano Eugênio de
Mello era considerado na segunda metade do século XIX, um dos homens mais
poderosos e influentes de Beberibe. Possuía várias propriedades de terra, inúmeros imóveis e
dezenas cabeças de gado. Foi ele que cedeu o terreno na </span><span style="color: #04ff00;">Estrada do Caenga</span><span style="color: #ffa400;"> para
a construção do novo cemitério público de Beberibe (atual Cemitério de Águas
Compridas), que foi inaugurado por ele em 1888, onde firmou um contrato com a
Câmara Municipal de Olinda, com o direito de cobrar por todos os sepultamentos.
Os opositores, não perdoavam. O acusavam de abuso de poder; de não enterrar os
indigentes; manter o cemitério como propriedade particular; de criar o gado
solto, prejudicando as plantações dos pequenos agricultores que tinham as suas
plantações destruídas pelos animais do coronel, e por praticar o desmatamento
para produzir carvão. O coronel Luciano Eugênio, sempre rebatia às críticas com
notas no Diário de Pernambuco, mas a oposição ferrenha, sempre contra-atacava
sem piedade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Para muitos, o coronel </span><span style="color: #04ff00;">Luciano
Eugênio de Mello</span><span style="color: #ffa400;">, era um bom homem que ajudava muita gente e trazia muitos
benefícios para o povoado de Beberibe. Para outros, era uma pessoa arrogante,
intransigente, autoritário e explorador. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Luciano Eugênio de Mello, </span><span style="color: #04ff00;">nasceu</span><span style="color: #ffa400;">
em 1838, em Beberibe e </span><span style="color: #04ff00;">faleceu</span><span style="color: #ffa400;"> no mesmo povoado, em 1º de janeiro de 1911 aos
73 anos. Foi oficial da Guarda Nacional do Império, chegando ao posto de
coronel. Foi prefeito de Olinda, presidente do Conselho Municipal de Olinda e
subdelegado de Beberibe. Era casado com a Sra. Maria Alves de Mello e teve
cinco filhos. Até hoje, a Família Eugênio de Mello é reconhecida,
principalmente no bairro de Caixa D’Água, onde seus descendentes eram grandes
proprietários de terras. Há uma escola no bairro que leva o sobrenome da
família através de outro ilustre membro: Valeriano Eugênio de Mello (coronel
Vavá). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A liderança e o prestígio
político do coronel </span><span style="color: #04ff00;">Luciano Eugênio de Melo</span><span style="color: #ffa400;"> renderam algumas críticas
contundentes de seus opositores na Câmara Municipal de Olinda conferidas pelos senhores,
Manoel Lopes Machado Júnior e Veritas, publicadas pelo </span><span style="color: #04ff00;">“Jornal do Recife”</span><span style="color: #ffa400;"> na
segunda metade do século XIX :<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Jornal do Recife</span><span style="color: #ffa400;">, em 10 de julho
de 1889, publicou as críticas conferidas pelo Sr. Manoel Lopes Machado Júnior,
da seguinte forma:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Sr. Luciano Eugênio de Mello
labora num equívoco quando diz na sua publicação de ontem no Diário de
Pernambuco, que o </span><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> (atual Cemitério de Águas Compridas) é
propriedade particular, e que por isso os cadáveres dos indigentes devem ter
sepultura no cemitério público.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em Beberibe não há outro
cemitério público senão o que com a Câmara Municipal de Olinda, contratou o Sr.
Luciano de Mello em virtude da lei nº 1862, declarando esta que o contrato
ficaria sujeito à aprovação do poder competente (Assembleia Provincial).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Não sei, pois, como vista daquela
lei o cemitério é particular e tenha o Sr. Mello o direito de recusar sepultura
aos pobres. É certo que Sua Senhoria escolheu do </span><span style="color: #04ff00;">patrimônio da igreja</span><span style="color: #ffa400;">
(católica) para a construção do dito cemitério, mas também é certo que procurou
para levantá-lo a efeito o concurso dos pobres.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Que ele cedesse em favor da
igreja os proventos que devia auferir em razão do contrato, faz o seu dever
indenizando a da renda do terreno, que, sem deliberação da irmandade serviu-se
dele, mas que daí queira inferir que o cemitério é particular, é o que ser-lhe
difícil explicar. (Finalizou).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJBHfsa-slBAcMQ9jT4ksPpU8nEVpxw-RS89fqQWqlhU-kUleQK64fDizSXztwkybxKSeiuTyrmvw2VfnX1SFjAbEVIrp2yeUHF0pEJV94RdUU4JXVNc-fModxeUnaaIh4fMHL6RyIbeqQPAs8BivfEv7Mknv6y6f85xSQ18wX62udGqANHEB47BelAA/s1122/ManoelTondella.Beberibe1905.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1122" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJBHfsa-slBAcMQ9jT4ksPpU8nEVpxw-RS89fqQWqlhU-kUleQK64fDizSXztwkybxKSeiuTyrmvw2VfnX1SFjAbEVIrp2yeUHF0pEJV94RdUU4JXVNc-fModxeUnaaIh4fMHL6RyIbeqQPAs8BivfEv7Mknv6y6f85xSQ18wX62udGqANHEB47BelAA/s320/ManoelTondella.Beberibe1905.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Crianças caminhando nas águas do rio Beberibe em 1908. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Manoel Tondella.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Jornal do Recife</span><span style="color: #ffa400;">, em 26 de
janeiro de 1890, publicou as críticas conferidas pelo Sr. Veritas, da <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>seguinte forma:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">freguesia de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> como
parte componente do município de Olinda, não podia deixar, por sua vez, de sentir
os efeitos da desídia criminosa do ex-representante da Câmara em prejuízo dos
pacíficos e laboriosos habitantes, e sempre em proveito do mandão local.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Devastadas as matas pela
indústria do carvão, onde Luciano de Mello auferia grandes lucros, foram esses
campos transformados em campo de criação contra a expressa determinação da lei
que as considerou campos agrícolas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em Beberibe, para que possam
lucrar os poucos agricultores as suas lavouras, </span><span style="color: #04ff00;">são forçados</span><span style="color: #ffa400;"> a construir cercas
com grande trabalho e despesas para as garantir contra o gado solto, o que
muitas vezes não é bastante, tendo de se conformar em ver mudos e quedos as
suas lavouras destruídas, resultado de tantos dias de labor, para não incorrer
no desagrado de Luciano de Mello, o grande explorador da indústria pastoril
naquele lugar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Dr. Ernesto de Aquino, membro
da intendência, morador ali, conhece de perto da verdade, e confiando no seu
critério e independência do caráter, muito poderá fazer em bem daqueles
infelizes e em respeito à lei. Nessa povoação mora o </span><span style="color: #04ff00;">ex-vereador Reis</span><span style="color: #ffa400;">, o
celebre capitão da barca de Noé, que conhecendo todos esses fatos nunca
procurou tomar providência para minorar os prejuízos daqueles laboriosos
habitantes! Porque sendo como era feitura de Luciano de Mello nada podia fazer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A lavagem de roupa se fazia além
da represa da </span><span style="color: #04ff00;">Companhia Santa Tereza</span><span style="color: #ffa400;">, seguindo as águas sujas para o
abastecimento de Olinda. No rio Beberibe são lançadas sem o menor escrúpulo
materiais fecais, animais mortos e toda sorte de imundices, tornando-se quase
que imprestáveis as águas límpidas e puras daquele rio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os taberneiros têm duas medidas e
dois pesos, uns servem para comprar farinha, milho, feijão e aguardente aos
almocreves e outros para vender aos incautos que lá se fornecem, iludindo
criminosamente no seu comércio a uns e outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Tendo sido constantemente
reclamada ao poder competente a necessidade de um cemitério em Beberibe, foi
pela Assembleia Provincial autorizado tal melhoramento nas disposições gerais
da lei do orçamento municipal Nº 1862, artigo 18 e seus parágrafos; a
construção desse cemitério a Câmara contratou Luciano de Mello, exorbitando,
porém, das faculdades da lei para conferir-lhe vantagens que não se podia
conceder, tornando desta sorte nulo o contrato em sua essência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Luciano Eugênio de Mello</span><span style="color: #ffa400;"> lançando
mão de terrenos da irmandade de Nossa Senhora da Conceição de Beberibe, aí
edificou o cemitério em péssimas condições higiênicas, com o auxílio dos
moradores do lugar, uns facilitando meios pecuniários, outros voluntariamente o
seu trabalho e finalmente outros, compelidos criminosamente pela polícia a
trabalhar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Concluídas as obras, querendo
Mello arredar de si a convivência no no escândalo praticado pela Câmara, fez
doação à irmandade referida do cemitério, doando aquilo que não lhe pertencia
somente. Os cadáveres dos indigentes que eram remetidos pela polícia para ali
afim de serem inumados, foram muitos deles devolvidos, porque Mello não consentia enterrar quem não tivesse com que pagar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Até com os mortos autorizava a
Câmara a especulação! Cidadãos intendentes, examinai este contrato que se deve
encontrar nos arquivos da Câmara e uma vez com ele na mão vos haver de
convencer da verdade das minhas asserções.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Procurai um outro agente
municipal que seja capaz de cumprir as nossas determinações, e substituí o
atual fiscal desse lugar que não vos poderá auxiliar, porque sendo sobrinho de
Luciano Eugênio de Mello e vivendo com ele na maior intimidade e dependência,
procura por todos os meios iludir a vossa boa fé. Finalizou Veritas.<o:p></o:p></span></p><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA NORTE</span></b><p></p><p><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Jornal do Recife.</span></b></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-42261060270340422102023-06-01T19:47:00.001-03:002023-06-04T01:23:16.467-03:00O Viajante inglês "O Retorno"<p> </p><p class="MsoNormal" style="tab-stops: 276.45pt; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxF0h_YV5N6r5c7i_QP2MbBZMlP_moeLlRrqoVq3Gg5nxWVwIkluG4Ap5ayx7-uLJ_7BQplRLzl2rtq4D5EYlEL8QQ894ZC6QjD6ZgvJjVY5-62TG5qbu6qNpP62J8OgeF7Zu4RnHVenA_PB1bXDeDwAAb3KmYQSf3xE0iJKvctNLpL9wjq94ILBMkWw/s891/O%20viajante.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="891" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxF0h_YV5N6r5c7i_QP2MbBZMlP_moeLlRrqoVq3Gg5nxWVwIkluG4Ap5ayx7-uLJ_7BQplRLzl2rtq4D5EYlEL8QQ894ZC6QjD6ZgvJjVY5-62TG5qbu6qNpP62J8OgeF7Zu4RnHVenA_PB1bXDeDwAAb3KmYQSf3xE0iJKvctNLpL9wjq94ILBMkWw/s320/O%20viajante.png" width="259" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Há mais de 200 anos, o viajante inglês Henry Koster, retornava da Ilha de Itamaracá durante o inverno de 1815, enfrentando os morros e as matas de Paratibe, Mirueira, Beberibe e Água Fria, em seu retorno para o Recife. </span><span style="color: #ffa400;">Gravura: Ilustrativa.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="tab-stops: 276.45pt; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O texto a
seguir, retrata a trajetória do viajante inglês Henry Koster, no inverno de
1815, quando deixava a Ilha de Itamaracá rumo a Água Fria. Koster faz uma
narrativa das dificuldades enfrentadas por ele e seu guia, Manuel, montados em seus
cavalos num percurso cheio de obstáculos provocados pelas chuvas e os detalhes minuciosos
da região dos povoados de Paratibe, Mirueira, Beberibe e Água Fria e locais que
ainda nem existiam como povoados é o caso de: Santa Casa, Alto da Conquista,
Águas Compridas e Alto do Pascoal, através da antiga Estrada da Boiada. Além de
detalhes sobre a fauna, como personagens que enriquece esta história que
aconteceu há mais de 200 anos. Acompanhe parte dessa linda aventura extraída do
livro<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Travels in Brazil” de Henry
Koster, traduzido por Luiz da Câmara Cascudo em 1942 com o título: “Viagens ao
Nordeste do Brasil”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="tab-stops: 276.45pt; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antes do
começo das chuvas em 1815, deixei </span><span style="color: #04ff00;">Itamaracá</span><span style="color: #ffa400;"> com Manuel, pelas 4 horas da tarde,
bem retardado por ocorrências imprevistas. A temperatura era boa e a lua se
devia erguer brevemente. Esperava uma noite agradável, mas quando estávamos a
umas três léguas da ilha a chuva começou a cair abundantemente, chegando à
plantação de inhame, meia légua adiante, estávamos completamente molhados.
Imediatamente depois desse lugar o caminho tem ao lado uma alta colina, e a
água se precipitava em grande quantidade, cobrindo até os joelhos dos cavalos,
e não obstante, alcançamos a estrada das boiadas e paramos em uma venda á
margem do percurso. Comprei uma grande dose de aguardente e a despejei sobre
minha cabeça e ombros e nas minhas botas, fazendo Manuel o mesmo, e bebemos uma
boa parte. Esse processo é geral. Tendo-o em seguido há algum tempo e mesmo ficando
exposto às chuvas no correr do ano, nada sofri, nem mesmo padecendo outro
ataque de febre, mas é possível atribuir-se o fato as precauções mais a excelência
do clima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Quando atingimos a povoação de
</span><span style="color: #04ff00;">Paratibe</span><span style="color: #ffa400;"> a noite estava fechada. Encontrei Antônio, o homem a quem haviam
armado uma emboscada quando eu residia em </span><span style="color: #04ff00;">Jaguaribe</span><span style="color: #ffa400;">, e pediu-me que ficasse em
sua choupana, mas preferi seguir, embora estivesse ensopado pela chuva. Subindo
a colina além de Paratibe, tinha eu a esperança de uma linda noite porque a lua
clareava, mas só apareceu alguns instantes. No </span><span style="color: #04ff00;">Vale da Mirueira</span><span style="color: #ffa400;"> a chuva nos
apanhou novamente e com relâmpagos, e fomos pela floresta, através do vale,
numa treva tão imensa que impedia avistar o cavalo de </span><span style="color: #04ff00;">Manuel,</span><span style="color: #ffa400;"> enxergando apenas
pelo clarão dos relâmpagos, embora o animal fosse de uma cor cinzenta,
aproximando-se do branco, e eu estivesse tão vizinho que o encontrava, tocando-o.
Quando chegamos perto da colina que desce para os arredores de do Recife,
recomendei tomar à esquerda porque há um precipício perigoso na direita da
estrada. Não me ouviu ou seu cavalo era teimoso, e seguiu muito pela direita, escorregando
e caindo num ponto a poucas jardas do lugar que devia evitar. Desmontei para
auxiliar Manuel, vendo o que passava apenas pela luz dos relâmpagos. Perguntei
por ele mesmo, seu cavalo e sua pistola e recebi como resposta que tudo ia bem.
Disse-lhe: “Onde está o caminho?” porque volteara tanto, em pontos diversos e
tantas vezes, para socorrê-lo, que não tinha noção do rumo que deveria tomar
para reencontrar a estrada, e, indeciso, por um momento formei a ideia de ficar
no local até que o dia rompesse. Mas, falando a Manuel se ele tinha uma certa
lembrança sobre o caminho seguro, respondeu-me com voz áspera, porque estava
molhado e contundido: “Vejo o caminho, não tenha receio âmo!” Seguiu, e eu
acompanhei-o levando cada qual o seu cavalo. Descemos por uma orla porque a
estrada estava muito escorregadia, devido à chuva e não era possível avançar
doutra maneira. Meu cavalo bateu-me com a cabeça várias vezes e pouco faltou
para que tombasse. A estrada teria seis pés e num lado havia o fundo precipício
formado pelas torrentes na época chuvosa, determinando ao solo desmoronamentos
e, na margem oposta, a declividade é menor, mas é coberta de bosques de arvores
onde é possível perder-se sem luz. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Chegamos ao pé da colina sem
acidentes e quando atingimos a </span><span style="color: #04ff00;">povoação de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> a chuva cessara, a noite
estava clara, não obstante a lua continuar oculta. Cruzamos vagarosamente a
colina além de Beberibe e alcançamos </span><span style="color: #04ff00;">Água Fria</span><span style="color: #ffa400;">, residência de um dos meus
amigos, a duas léguas do Recife, entre uma e duas horas da madrugada. Se o
tempo estivesse bom, teríamos chegado às 8 ou 9 horas da noite anterior. O
instinto (se o posso assim chamar) que os indígenas possuem, assim com grande
número de negros e de mulatos, de encontrar o caminho certo, sempre me
surpreendeu, mas não tanto como nessa ocasião. Eu nada podia enxergar, mas
Manuel estava certamente convicto de conhecer a estrada, ao contrário não
falaria de modo tão arrogante. Ele possuía uma grande reserva de coragem mais
era sempre frio e prudente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Passei em </span><span style="color: #04ff00;">Água Fria</span><span style="color: #ffa400;"> uma das horas
mais agradáveis da minha residência no Brasil. O dono é um cavalheiro inglês ao
qual devo muitas obrigações. Erámos amigos íntimos e me sentia à vontade em
Água Fria como em Itamaracá. O lugar estava em situação desoladora quando ele
tomou posse, e mesmo que o solo não fosse muito propício, o sítio prosperava.
Construíra uma boa casa, edificando galpões, fazendo cercas e plantando árvores úteis e ornamentais. O lugar era infestado pelas f</span><span style="color: #04ff00;">ormigas</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">vermelhas</span><span style="color: #ffa400;">, mas, com
muito trabalho, as destruíra, escavando o solo para matar os formigueiros.
Detrás da residência havia um lago, de considerável extensão, formado por um
riacho cujo curso parara pelo entulho de areia solta e branca na parte onde
passa a estrada, sendo esta, de uma banda, mais elevada que o lago assim como
os terrenos onde o riacho antigamente corria. Quando as águas descem pelo
inverno o lago transborda e alaga a estrada, mas durante a maior parte do ano o
caminho é seco ou quase seco. Se esse lago fosse drenado, a propriedade de </span><span style="color: #04ff00;">Água
Fria</span><span style="color: #ffa400;"> valeria dez vezes mais o que vale atualmente, porque seus limites são
dados pelo mesmo canal do riacho. O lago é coberto de juncos, caniços e ervas,
cujas raízes entrelaçadas formam uma espécie de tecido a flor d’água, não
suportando o peso de um homem, mas exigindo muito esforço para abrir-se uma
brecha através dele. Nesse lago há numerosos </span><span style="color: #04ff00;">jacarés</span><span style="color: #ffa400;"> ou </span><span style="color: #04ff00;">aligátores</span><span style="color: #ffa400;"> (tipo de
jacarés encontrados na América do Norte e na China), tornando perigosa a
operação de cortar os juncos, necessária para abrir um espaço para bebida e
banho dos cavalos, assim como para guardar a erva seca que será alimento para
os animais no verão. Vou mencionar, entre outras, a família dos lagartos. O</span><span style="color: #04ff00;">
camaleão</span><span style="color: #ffa400;"> pode ser citado assim como o teju Assú, que penso ser a” lacerta
teguixin”, esse último é muito comum. Há também o calangro, menor que os outros
dois, e essas espécies são comidas pela gente do povo. A </span><span style="color: #04ff00;">vibra</span><span style="color: #ffa400;"> e a </span><span style="color: #04ff00;">lagartixa</span><span style="color: #ffa400;">
são duas espécies pequeninas de lagartos, podendo ser vistas em todos os
lugares, nas casas, nos jardins e nos matos. Fazem mais benefícios que males,
devorando moscas, aranhas, etc, e são, para os meus olhos, lindas criaturas.
Sua atividade, e ao mesmo tempo, sua timidez, agradavam-me.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Viajando para o Recife, através
das matas da </span><span style="color: #04ff00;">Mirueira</span><span style="color: #ffa400;">, ouvi várias vezes o rouco coaxar do </span><span style="color: #04ff00;">“sapo</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">cururu”</span><span style="color: #ffa400;"> e também
o</span><span style="color: #04ff00;"> “sapo boi”</span><span style="color: #ffa400;"> ambos de voz bem desagradáveis e particularmente sonoras, durante
as noites invernosas que descrevi. Os gritos constantes dos </span><span style="color: #04ff00;">grilos</span><span style="color: #ffa400;">, logo que o
sol se põe, raramente deixa de aborrecer os recém-vindos a esse país.
Recordo-me da primeira noite que passei na região, quando da minha chegada a
Pernambuco. Conversando, detinha-me várias vezes, esperando que o rumor
cessasse, depois prosseguia (como sucedeu a várias pessoas) e finalmente já não
ouvia o barulho nem que se fizesse em minha presença. Quando um desses grilos
se instala numa habitação não há sossego antes que o desalojem, devido à
insistência do seu apito...</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA NORTE.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Livro: Travels in Brazil, Henry Koster.</span></b></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-54041565910937141102023-05-30T17:59:00.003-03:002023-05-30T17:59:41.917-03:00O Viajante inglês<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm6auFZG2zHMJch7I4mFRZMdqCKBnHxNLbfxdzz0vGclL7HBHuW0FCSIv6XmuqMQtvRUS4GYRnwHPR1Yi2EZ_1kAz-LhUs6cqbtW_TeriGEBa2WEBZG0O7jUQvkBqchuJiG0Me-ODX91D_hCJO7XbGhIsgwQ2rPoie_mfUK3XuELcPK7YL7-iATDlxOA/s4483/IMG_20220602_192257606_MF_PORTRAIT.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2649" data-original-width="4483" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm6auFZG2zHMJch7I4mFRZMdqCKBnHxNLbfxdzz0vGclL7HBHuW0FCSIv6XmuqMQtvRUS4GYRnwHPR1Yi2EZ_1kAz-LhUs6cqbtW_TeriGEBa2WEBZG0O7jUQvkBqchuJiG0Me-ODX91D_hCJO7XbGhIsgwQ2rPoie_mfUK3XuELcPK7YL7-iATDlxOA/s320/IMG_20220602_192257606_MF_PORTRAIT.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O viajante inglês Henry Koster em 1810, saiu da Tamarineira e passou pelos povoados de Beberibe, Mirueira, Paratibe, Igarassu e Goiana. </span><span style="color: #ffa400;">Gravura: Thomas Ender (Ilustração).</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O texto a seguir, mostra uma
viagem fascinante realizada em lombos de animais de um aventureiro inglês
chamado </span><span style="color: #04ff00;">Henry Koster</span><span style="color: #ffa400;"> e sua caravana, partindo do lugar </span><span style="color: #04ff00;">Cruz das Almas</span><span style="color: #ffa400;"> (na
Tamarineira) em direção à Goiana, cortando morros, cruzando rios e riachos,
enfrentando o calor escaldante e estradas intermináveis de locais pitorescos,
vilas e povoados da zona norte da grande Recife. Passaram pela estrada velha de
Beberibe (atualmente estrada velha de Água Fria), </span><span style="color: #04ff00;">Caminho das Boiadas</span><span style="color: #ffa400;"> (estrada
que cortava os atuais Alto do Pascoal, Alto Deodato, Alto dos Coqueiros e saía
na atual Praça da Convenção em Beberibe), passou pelo </span><span style="color: #04ff00;">povoado de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> e
atravessaram o rio Beberibe e logo depois o riacho Lava-tripas (Águas
Compridas) e subiram o atual Alto da Conquista e desceram na </span><span style="color: #04ff00;">Mirueira</span><span style="color: #ffa400;">, e daí,
seguiram por </span><span style="color: #04ff00;">Paratibe</span><span style="color: #ffa400;"> até atingir </span><span style="color: #04ff00;">Goiana</span><span style="color: #ffa400;">. Veja a na íntegra o relato do
viajante inglês registrado na Revista do Instituto Arqueológico e Geográfico de
Pernambuco que foi extraído do livro “Viagem pelo Nordeste do Brasil”:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nutria eu grandes desejos de
fazer uma extensa viagem nos lugares menos povoados e menos cultivados daquela
região. O engenheiro e chefe formara o projeto de visitar todas as fortalezas
do seu vasto distrito e teve a bondade de permitir que eu o acompanhasse;
infelizmente, porém e em virtude de dependências de seu cargo teve de adiar a
sua partida até a próxima estação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ignorando, eu se seria obrigado a
voltar logo para a Inglaterra, não podia demorar-me tanto; em vista do que,
pedindo informações aos amigos e conhecidos, soube que o irmão de um morador de
Goiana estava preste a partir para aquela cidade e que provavelmente iria mais
longe pelo interior do país a negócios comerciais que tinha em vistas. Eu
tencionava ir até o Ceará, e pedindo facilmente obtive do governador um
passaporte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na tarde de </span><span style="color: #04ff00;">19 de outubro de
1810</span><span style="color: #ffa400;">, alguns amigos acompanharam-me à minha casa, na </span><span style="color: #04ff00;">Cruz das Almas</span><span style="color: #ffa400;"> a fim de
assistirem a minha saída, que devia realizar-se na noite seguinte. O Sr. Félix,
meu companheiro chegou depois trazendo o seu guia, que era um preto livre.
Achando-se concluídos os preparativos de nossa viagem, posemo-nos a caminho por
volta de uma hora da madrugada, ao sair da lua, o Sr. Félix, eu e meu criado
inglês, todos a cavalo, armados de espadas e pistolas; o guia preto, também a
cavalo, mas sem cela e sem freio, levando um pequeno bacamarte, tangia na sua
frente um cavalo carregado de bagagens com um mulatinho montado entre os
viajantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os meus amigos ingleses,
despediram-se desejando-nos boa viagem quando saímos da </span><span style="color: #04ff00;">Cruz das Almas</span><span style="color: #ffa400;">
(lugarejo da Tamarineira), e ficaram em minha casinha, que eu pusera à
disposição de um deles, durante a minha ausência. Passara eu pouco antes pelo
caminho que seguíamos ao clarão da lua e que antes percorrera tantas vezes que
bem poderia servir de guia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante ¾ de léguas marcharmos
por um caminho arenoso e depois entramos a subir uma ladeira íngreme</span><span style="color: #04ff00;"> (Caminho
das Boiadas),</span><span style="color: #ffa400;"> cujos lados e o planalto eram cobertos de arvoredos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A povoação de </span><span style="color: #04ff00;">Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> está
situada no pé do oiteiro oposto; um riozinho (rio Beberibe) d’água por extremo
límpida a atravessa; no verão várias famílias vão aí habitar. Meia légua além
de Beberibe atravessamos outro pequeno rio (rio Lava-Tripas) e logo depois
começamos a galgar a ladeira do Quebracú; a estrada (Alto do Conquista) em
diferentes lugares é bastante inclinada e estreitíssima, tendo de um lado um precipício
e do outro um terreno muito alto (</span><span style="color: #04ff00;">Monte Berenguer</span><span style="color: #ffa400;">, atualmente conhecido por
Alto da Bondade) coberto de matos. O cume escarpado da colina é inteiramente
plano e a vereda continua por meia légua entre elevados arvoredos e um solapado
impenetrável. Descemos ao comprido e estreito </span><span style="color: #04ff00;">Vale da Merueira</span><span style="color: #ffa400;"> (atual Mirueira)
que é fertilizado por um regato que não seca nunca; os planaltos laterais são
cobertos de espessas capoeiras; na planície avistam-se cabanas aqui e ali,
hortas de bananeiras, roçados de mandioca e um imenso cercado onde pastam os
animais. O declive do lado oposto a esse lindo vale, é bastante rápido; o
caminho ao lado da esplanada, assemelha-se ao que havíamos atravessado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Tornamos logo a descer e ao
chegar embaixo entramos na solitária povoação de </span><span style="color: #04ff00;">Paratibe</span><span style="color: #ffa400;">, onde as plantações
de mandioca, tanchagem e fumo, são por entre habitações. Os moradores na maior
parte, consistem em trabalhadores livres, brancos, pardos e negros. As casas
são construídas aos lados da estrada, à certa distância uma das outras, por
espaço de uma milha. Um riacho que corre no centro da estação pluviosa
transborda inundando as margens em considerável distância.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXb47e8YHEMVIbP57RhDss1Cn_LNRPOGvdS44PIDJWvrL5tZXRzSUzSp55tvisQfLT83MmqKUKCqbJi1zqlWtdDTd6tcvP1_koZrDJoPi5G6Xqe4BcD7Klkxw5N-SxF-_zmO72_LJZluuNJEsyFHWCbzJJrM2u4JqnwNrb0wN0yefyTpWH60rzRgjU8g/s664/Transporte%20de%20algod%C3%A3o1810.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="664" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXb47e8YHEMVIbP57RhDss1Cn_LNRPOGvdS44PIDJWvrL5tZXRzSUzSp55tvisQfLT83MmqKUKCqbJi1zqlWtdDTd6tcvP1_koZrDJoPi5G6Xqe4BcD7Klkxw5N-SxF-_zmO72_LJZluuNJEsyFHWCbzJJrM2u4JqnwNrb0wN0yefyTpWH60rzRgjU8g/s320/Transporte%20de%20algod%C3%A3o1810.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Cavalo transportando algodão, cena vista por Henry Koster ao deixar o povoado de Paratibe. </span><span style="color: #ffa400;">Gravura: Henry Koster.</span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Depois dessa povoação a estrada é
bastantemente plana, mas, todavia, diversificada por pequenas e desiguais
elevações. Descobrem-se desse ponto diversos engenhos de fazer açúcar e
numerosas cabanazinhas. O trânsito de matutos tangendo </span><span style="color: #04ff00;">cavalos carregados de
algodão</span><span style="color: #ffa400;">, peles e outros produtos do país, que levam ao Recife, donde voltam com
outras espécies de mercadorias, tais como peixes, carne seca, etc. É, por assim
dizer, incessante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">Vila de Igarassu</span><span style="color: #ffa400;"> onde entramos
em seguida, foi já mencionada num dos precedentes capítulos. É uma das mais
antigas fundações daquela parte da costa; distante do mar duas léguas e está
nas proximidades de uma pequena baía. Os matos que marginam as veredas e as
estradas, são tão espessos e solapados, que se tornam impraticáveis mesmo para
um homem a pé, a menos que não leve consigo uma foice ou um machadinho com que
possa abrir o caminho vencendo os obstáculos que se lhe oponham a passagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">De tais obstáculos o mais
formidável é o </span><span style="color: #04ff00;">cipó</span><span style="color: #ffa400;">, planta formada de compridos e flexíveis ramos que se
enrolam nas arvores; as </span><span style="color: #04ff00;">vergonteias</span><span style="color: #ffa400;"> que não se tenham agarrado ainda a algum
pau, são impelidas pelo vento aqui e além; pregam-se às arvores que lhes ficam
próximas; e como essa operação continua por muitos anos sem interrupção,
forma-se uma espécie de filamento aparentemente irregular através do qual a
passagem é bem difícil. Há muitas variedades dessa planta, a que tem o nome de
cipó cururu é a mais apreciada pelo comprimento das hastes, pela fortidão e
grande flexibilidade; empregam-se muitas qualidades de cipós na construção das
paliçadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Parte da </span><span style="color: #04ff00;">Vila de Igarassu</span><span style="color: #ffa400;"> é alta,
a outra parte é baixa e regada por um rio sobre o qual há uma ponte
indispensável, visto como subindo a maré até ali tornaria bastante difícil a
comunicação entre as duas partes da vila.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">É fácil de imaginar que ela
disfrutou maior fortuna do que a de que hoje se pode lisonjear. Inúmeras casas
são de dois andares; mas acham-se presentemente estragadíssimas e algumas caem
em ruínas. As ruas são calçadas, mas em péssimo estado e a erva cresce em
diversos lugares. Possui diferentes igrejas, um convento, um recolhimento ou
retiro para mulheres, uma casa da Câmara e prisão. O lugar é delicioso semeado
de engenhos, casas e fertilizado por muitos rios; passamos em seguida as
</span><span style="color: #04ff00;">aldeias</span><span style="color: #ffa400;"> do </span><span style="color: #04ff00;">Bu</span><span style="color: #ffa400;"> e de </span><span style="color: #04ff00;">Fontainhas</span><span style="color: #ffa400;">; depois desta última a estrada segue um plano
arenoso, quase descampado até descobrir-se o </span><span style="color: #04ff00;">Engenho Bugiri</span><span style="color: #ffa400;">, rodeado de campos
e de verduras; além dessa fazenda corre o </span><span style="color: #04ff00;">rio</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Goiana</span><span style="color: #ffa400;">, que é preciso atravessar
a vau, a maré sobe até ali. A ponte de madeira que havia outrora está em ruínas
e é perigosa passagem para cavalos, pelo que entregamos os nossos ao guia, que,
sem apear-se do seu fê-los atravessar o rio enquanto que nós, passamos sobre
traves soltas. Esta operação não nos consumiu muito tempo e entramos logo na
cidade entre 4 e 5 horas da tarde. Goiana dista do Recife, 15 léguas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em </span><span style="color: #04ff00;">Igarassu</span><span style="color: #ffa400;">, tive depois
diferentes ocasiões de demorar-me nessa hospedaria. Uma vez sucedeu-me pedir
sal, que nunca botam na mesa. O dono da casa com a familiaridade habitual do
país, pareceu surpreendido do meu pedido, entretanto trouxeram-me e não se
falou mais em semelhante coisa, isso passou-se pela manhã, pouco depois da
nossa chegada. Ao jantar, com grande desapontamento nosso, a sopa e as demais
iguarias, tinham tão forte dose desse desgraçado ingrediente que mal se podia
comer. Queixamo-nos ao dono da casa, que respondeu: “Mas que eu pensava que os
senhores gostavam de sal”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A cidade de </span><span style="color: #04ff00;">Goiana</span><span style="color: #ffa400;">, uma das
maiores e mais florescente da capitania de Pernambuco. Está situada nas margens
do rio do mesmo nome, o qual quase que rodeia pelo circuito que faz nesse
lugar. As casas com uma ou duas exceções tem apenas o pavimento térreo. As ruas
não são calçadas, mas são largas; a principal o é de tal forma que se pôde
edificar uma igreja numa das extremidades e deixar ainda cômoda passagem de
cada lado. A cidade possui um convento de carmelitas e vários outros edifícios
destinados ao culto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os habitantes sobem a 4 a 5 mil e
a população aumenta todos os dias. Há muitas lojas e o comercio com o interior é
considerável. Veem-se sempre nas ruas muitos </span><span style="color: #04ff00;">matutos</span><span style="color: #ffa400;"> que vão vender seus
produtos ou comprar mercadorias manufaturadas e objetos de consumo. Nas
vizinhanças acham-se muitas plantações de cana. Creio que se pode classificar
às terras dessa zona entre as melhores da Província.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span></b><span style="color: #ffa400;"> <b>Jânio Odon/VOZES DA ZONA
NORTE</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span></b><span style="color: #ffa400;"> <b>Revista do Instituto
Arqueológico de Pernambuco.</b></span><b><o:p></o:p></b></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-59740865665254419042023-05-26T09:07:00.002-03:002023-05-26T09:54:27.332-03:00O Cemitério de Beberibe e seus tormentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjvc3uI1cU49pS1dhfLoLcDVbaaRr6KGukBdt86bDAmB8669nqgJ_CStrRIet3r4lsykGSYwnDl6lbhYubpR5nRrYgufzPH2TZiz2lwTYm7iYOYvzww0xwAGtOsmBGuV88DmoqBE9S0BSr4MTchc2upYoATSVMQdnwo8uBu2XeD1A1YftNMKsjx7kfKA/s780/escultura.cemit%C3%A9rio.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="780" data-original-width="599" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjvc3uI1cU49pS1dhfLoLcDVbaaRr6KGukBdt86bDAmB8669nqgJ_CStrRIet3r4lsykGSYwnDl6lbhYubpR5nRrYgufzPH2TZiz2lwTYm7iYOYvzww0xwAGtOsmBGuV88DmoqBE9S0BSr4MTchc2upYoATSVMQdnwo8uBu2XeD1A1YftNMKsjx7kfKA/s320/escultura.cemit%C3%A9rio.png" width="246" /></a></div><p><b><span style="color: #04ff00;"> Os descasos das autoridades governamentais com o Cemitério de Beberibe causaram grande sofrimento ao povo da região de Beberibe. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Ilustrativa/Pinterest.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">O Cemitério de Beberibe
foi inaugurado em abril de 1888, atualmente denominado </span><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Águas
Compridas,</span><span style="color: #ffa400;"> localizado à noroeste de Olinda. É um cemitério de grande
importância para os moradores da região de Águas Compridas e de Beberibe
(Recife). Neste ano, </span><span style="color: #04ff00;">completou </span><span style="color: #ffa400;">135 anos de existência. Poucas pessoas conhecem
a sua história e muito menos os tormentos enfrentados pela população de
</span><span style="color: #04ff00;">Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> no início do século XX, fatos como: abandono de cadáver no portão do
cemitério (1907) que passou três dias, sem que as autoridades governamentais
tomassem qualquer providência. Um delegado inconsequente que autorizou o
enterro de um cadáver com doença contagiosa, numa rede (1914), colocando em
risco a saúde da população e de uma epidemia; além do fechamento do cemitério
em 1933, por falta de espaço, que causou grande sofrimento a população da
região que tinha que caminhar a pé, por mais de uma légua para enterrar seus
entes queridos no cemitério de Santo Amaro e que só foi reaberto dez meses
depois. Um fato cruel e desumano. São histórias reais, retratadas nos
principais jornais da época e que o Blog Vozes da Zona Norte reconta para vocês.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Jornal Pequeno, </span><span style="color: #ffa400;">5 de
abril de 1907 – Há três dias, acha-se colocado à porta do Cemitério de
Beberibe, no Caenga, o cadáver de um homem de cor preta. Já em estado de
putrefação, fedentina que dele se desprende constitui sério perigo para os
habitantes daquelas redondezas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">O cadáver não se enterra
porque não tem o respectivo atestado. O escrivão não dá porque o morto é
miserável e não há quem possa pagar o atestado. O </span><span style="color: #04ff00;">subdelegado,</span><span style="color: #ffa400;"> sargento
Vasconcelos, não é encontrado porquanto mora no Arruda, onde é estabelecido com
venda.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Quanto ao prefeito, um
tal sr. Veloso, mora em Beberibe e não dá sinais de vida, de forma que, pelo
visto, o cadáver será devorado pelos urubus. Esta notícia nos foi dada por um
habitante do lugar </span><span style="color: #04ff00;">Caenga </span><span style="color: #ffa400;">e que está ameaçado de uma seria infecção por morar
perto do cemitério. (Finalizou).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Jornal Pequeno,</span><span style="color: #ffa400;"> 24 de
novembro de 1914 – </span><span style="color: #04ff00;">Uma reclamação</span><span style="color: #ffa400;"> (dizia o título) – Esteve hoje em nossa
redação o </span><span style="color: #04ff00;">tenente Altino Manta</span><span style="color: #ffa400;">, residente no lugar </span><span style="color: #04ff00;">Caenga</span><span style="color: #ffa400;">, distrito policial de
Beberibe, e contou-nos o fato abaixo, para o qual pede providências, então
fazendo-se intérprete de muitos outros moradores do lugar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Ontem, às 4 horas da tarde,
com o consentimento do subdelegado do Arruda, </span><span style="color: #04ff00;">capitão Bento Borges Leal, </span><span style="color: #ffa400;">foi
feita a condução, do </span><span style="color: #04ff00;">Arruda</span><span style="color: #ffa400;"> até o cemitério de Beberibe, do cadáver em rede, de
uma </span><span style="color: #04ff00;">varíola </span><span style="color: #ffa400;">de caráter hemorrágico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">À frente, gritando para
que fechasse as portas das casas, ia um sr. </span><span style="color: #04ff00;">João dos Santos</span><span style="color: #ffa400;">, que dirigia o
enterro. No momento, disse-nos o tenente Manta, a estrada em todo seu longo
curso, estava cheia de criancinhas que brincavam e assim se expuseram ao
terrível mal. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Em</span><span style="color: #04ff00;"> Beberibe</span><span style="color: #ffa400;">, afirmou-nos
ainda que o queixoso, quando lá chegou o enterro o subdelegado local, sr.
</span><span style="color: #04ff00;">Carlos Moraes</span><span style="color: #ffa400;">, condenou o proceder de seu colega do Arruda, fazendo conduzir a
pestosa, aquela hora do dia, sem os requisitos precisos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Realmente, acrescentamos
nós agora, é inacreditável que tendo o Estado carros especiais para a condução
de </span><span style="color: #04ff00;">pestosos</span><span style="color: #ffa400;">, de tanto sabendo e podendo solicitar qualquer autoridade policial,
o subdelegado Borges Leal não o tivesse feito e agisse a expor dezenas de vidas
à tão cruel doença. Precisa um corretivo o caso. (Finalizou).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Jornal Pequeno</span><span style="color: #ffa400;">, 7 de
julho de 1933 - A Diretória da Fazenda Municipal do Recife torna público que
não havendo mais espaço para enterramentos no </span><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> (atual
Cemitério de Águas Compridas), a Prefeitura resolveu fechá-lo até ulterior
deliberação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Jornal do Recife</span><span style="color: #ffa400;">, 26 de
setembro de 1933 - Há cerca de oito meses foi </span><span style="color: #04ff00;">fechado</span><span style="color: #ffa400;"> o cemitério de Beberibe,
por não ter mais espaço. A grande população daquele subúrbio vem sofrendo
bastante com essa situação. Não se pode avaliar o suplício que representa para
o pobre, fazer o enterramento de um ente querido, puxando a pé de Beberibe até
o cemitério de Santo Amaro. São </span><span style="color: #04ff00;">três horas de caminhada</span><span style="color: #ffa400;"> sob sol inclemente. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Ao que soubemos, o
capitalista </span><span style="color: #04ff00;">Thomaz Comber</span><span style="color: #ffa400;"> já doou o terreno necessário ao novo cemitério. Seria
para desejar que a Prefeitura providenciasse com urgência para preparar
convenientemente o novo corpo santo daquele subúrbio.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Jornal do Recife, </span><span style="color: #ffa400;">18 de
novembro de 1933 - <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>São muitas as queixas
que temos ouvido. Elas andam na boca do povo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">- Isto é o castigo do
corpo! Puxa! Aí que ninguém aguenta! Antes caçar Lampião. E é assim
ordinariamente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Domingo passado, dez do
corrente, sol a pino, saía de </span><span style="color: #04ff00;">Passarinho</span><span style="color: #ffa400;">, lá para dentro de Beberibe o enterro
de um popular, cujo óbito ocorrera na véspera às onze horas. Seis homens do
povo, camaradas daquele que já agora se imortalizará para sempre, conduziam seu
cadáver encerrado no caixão de pinho. Dali <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao </span><span style="color: #04ff00;">cemitério de Santo Amaro</span><span style="color: #ffa400;">, aqui, como se
sabe de sobra, na cidade do Recife.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">De trecho a trecho do
caminho um não pequeno número de quilômetros, uma parada. Uma parada a
reclamações, reclamações a esmo, porque afinal não havia ali quem estivesse em
condições de as ouvir tomando-as na devida consideração, que era e é o que
importa para que cesse o motivo determinante dessa caminhada.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Após a parada, em marcha
novamente. Marcha forçada com o intuito de se vencer a longa distância.
Verdadeiro </span><span style="color: #04ff00;">suplício</span><span style="color: #ffa400;"> dos vivos na condução de cadáveres!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Está fechado, é público e
notório devido a uma nota da </span><span style="color: #04ff00;">Prefeitura do Recife,</span><span style="color: #ffa400;"> o cemitério de Beberibe,
passando o enterro da gente que morre naquele populosíssimo distrito e no do </span><span style="color: #04ff00;">Arruda</span><span style="color: #ffa400;">, também populoso e suas adjacências, a ser feito no de Santo Amaro. Imagine-se!
A razão disso? - Ora, por não mais comportar o terreno nenhum cadáver, isto é –
não haver mais espaço devoluto; ora, diz porque...em Beberibe, tão especial
seria o seu clima, tão bom seu estado sanitário, que raríssimos seriam os
óbitos. A terra ideal, onde já não se morre...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">cemitério de Beberibe
</span><span style="color: #ffa400;">conta quase cinquenta anos de utilidade pública, tendo sido até há pouco tempo
</span><span style="color: #04ff00;">pertencente</span><span style="color: #ffa400;"> a municipalidade de Olinda, que o construíra. Há uns oito anos foi
reformado. Está lá à entrada na parede frontal da saleta da administração a
lousa com a inscrição assinaladora, que é esta:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">“Aumentado e reformado na
administração do coronel </span><span style="color: #04ff00;">José Cândido de Miranda</span><span style="color: #ffa400;"> (1925- 1928). Sendo
</span><span style="color: #04ff00;">administrador </span><span style="color: #ffa400;">deste cemitério </span><span style="color: #04ff00;">Sabino José da Silva</span><span style="color: #ffa400;">”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Fomos visitá-lo domingo
último buscando subsídios para essa reportagem, que era necessária por se
tratar de assunto de interesse público o que se nos impunha, uma vez que já nos
chegavam aos ouvidos as reclamações populares à cerca do suplício a que estão
sujeitos os habitantes dos distritos mencionado, já toda vez que se tem de dar
sepultura ao corpo de quem tenha morrido ali.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">O cemitério é construído
na </span><span style="color: #04ff00;">Estrada do Caenga,</span><span style="color: #ffa400;"> “um bom pedaço” partindo da praça da Conceição, ponto
terminal da linha. A estrada não é larga, nem também estreita. Regular e
habitada. O portão dessa casa dos mortos fica defronte da casinha nº 556.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">É uma casinhola mesma. De
taipa e coberta de folhas de zinco. Arreando-se dum lado. A frente dando-lhe
sombra. Uma mangueira e um florido de “papoula vermelha”. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">O tipo perfeito da
espécie de habitação da nossa gente humilde, casa, cuja existência é um
arrastão penoso de indemências sem fim. Lançamos um olhar ao seu interior.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Moveis? - Nem sombra!
Dois caixões de querosene a um lado. A parede esquerda, um “alcoviteiro”. Ao
fundo, visível portando do lado de fora, num quadro tosco o retrato do
presidente mártir João Pessoa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Dissemos mentalmente: -
Quanto é sincera a homenagem do povo! Em seu coração as conveniências não
penetram, de modo que seu culto é inalterável, incorruptível. Conseguimos
encontrar o encarregado do cemitério, </span><span style="color: #04ff00;">José “do Caenga”.</span><span style="color: #ffa400;"> Com ele nos entendemos
sobre o fim que nos levava até ali.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Respondendo a nossa
pergunta, o bom homem nos disse:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">- Trabalhava aqui
vizinho, nem ajudante tinha. Eram de cinco a oito enterramentos diários de
adultos e crianças. Morre muita gente aqui (Beberibe), no Arruda e por esse
mundo todo. ( E a ilusão da terra, onde já não se morre¿...) Por isso o “doutô
perfeito” (referindo-se ao prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Antônio de Góis Cavalcanti</span><span style="color: #ffa400;">) mandou fechar indo os enterros para Santo Amaro. Mas vai aumentar.
“Seu” </span><span style="color: #04ff00;">Thomaz Comber</span><span style="color: #ffa400;"> cedeu uma faixa de terra. “Pega” a minha casinha. É aqui,
hoje, dum lado! Um engenheiro da “Perfeitura” veio saber por quanto vendo a
minha casinha, levantando, eu, uma nova noutro lugar. O “perfeito” tem pressa
em abrir de novo o cemitério. Disse ser em janeiro. Finalizou José do Caenga.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Segundo as explicações
acima, explicado fica porque foi fechado o cemitério aludido. É bem assim, que
a municipalidade do </span><span style="color: #04ff00;">Recife</span><span style="color: #ffa400;"> vai abri-lo logo que tenha procedido ao seu
necessário argumento, que de fato – seu espaço é exíguo. Aliás, se o
alargamento não exceder do ponto que vai de seu muro lateral até a casinha do
</span><span style="color: #04ff00;">José do Caenga</span><span style="color: #ffa400;">. Ponto esse, encravado em terras de propriedade de mister
Comber, cuja opulenta vivenda, numa colina, fica em sentido fronteiro ao
cemitério e em posição magnifica, encravado e doado (já o referido não será
grande coisa).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Em futuro não longínquo,
nova ampliação será imprescindível, tendo-se em vista que </span><span style="color: #04ff00;">Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Arruda</span><span style="color: #ffa400;">,
cada dia que passa, mais populosa ficam e que no primeiro desses distritos,
muito grande que é, tendo outrora contado com sítios extensos, hoje, porém,
subdivididos em lotes de terras vendidos a prestações e onde estão sendo feitas
edificações, a densidade da população há de ser um fato inconteste.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Não padece dúvida; não
pode perdurar muito o fechamento daquele cemitério, pois é uma </span><span style="color: #04ff00;">estupidez</span><span style="color: #ffa400;"> de
caminhar e se trazer um corpo daquele Beberibe ao cemitério de Santo Amaro.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Em </span><span style="color: #04ff00;">bonde</span><span style="color: #ffa400;">, do Recife até
lá, regula quarenta a quarenta e cinco minutos. Ora o enterro de gente do povo
é invariavelmente feito a mão. Que suplício não é, pois, vir dali, senão de
</span><span style="color: #04ff00;">“Passarinho”,</span><span style="color: #ffa400;"> até o nosso cemitério?!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Por isso será de todo
interessante que a Prefeitura o reabra o mais depressa possível. (Finalizou)<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Jornal Pequeno</span><span style="color: #ffa400;">, 5 de
janeiro de 1934 – </span><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> (dizia o título) – Os moradores de
Beberibe apelam, mais uma vez, para o prefeito da capital, no sentido de ser
reaberto o cemitério local.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Não se compreende que a
população do velho subúrbio, na sua maioria paupérrima fique eternamente
compelida ao doloroso sacrifício de trazer um morto querido para sepultamento
em Santo Amaro. Não só as despesas duplicam como ressalta a </span><span style="color: #04ff00;">desumanidade</span><span style="color: #ffa400;"> do percurso,
a pé, de mais de uma légua.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Não se compreende a
demora da reabertura do </span><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;">, quando o capitalista </span><span style="color: #04ff00;">Thomaz
Comber </span><span style="color: #ffa400;">já fez doação do terreno necessário para aquele fim. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">Gratos pela publicação.
Moradores de Beberibe. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400;">O Cemitério de Beberibe
só </span><span style="color: #04ff00;">voltou a funcionar</span><span style="color: #ffa400;"> em 6 de abril de 1934.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><b><span style="color: #04ff00;">Por: </span><span style="color: #ffa400;">Jânio Odon/ VOZES DA
ZONA NORTE<o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.5pt; line-height: 107%;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Jornal Pequeno e
Jornal do Recife.</span></b><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-78078851604074111492023-05-21T07:37:00.000-03:002023-05-21T07:37:14.079-03:00Capitão Luciano Eugênio de Mello conta como foi construído o Cemitério de Beberibe<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvns_BSPhZkjTYpJRVB0TeRMfy1krnJE00Znjw2kqO8-wcVPaj-P_pATzy8J3GX30arTFaq9o2nWw_AjY-FIwEnVci2wNioI9K0qP4hEU041WYN9nKoRsBpQSd1YP4sDJtp_vfHs_QbiFsQIIsc4JKaSUVtNvui843ErEtjhwoKFR4KaKQXyZBBp386w/s643/Cemit%C3%A9rioBeberibe1933.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="643" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvns_BSPhZkjTYpJRVB0TeRMfy1krnJE00Znjw2kqO8-wcVPaj-P_pATzy8J3GX30arTFaq9o2nWw_AjY-FIwEnVci2wNioI9K0qP4hEU041WYN9nKoRsBpQSd1YP4sDJtp_vfHs_QbiFsQIIsc4JKaSUVtNvui843ErEtjhwoKFR4KaKQXyZBBp386w/s320/Cemit%C3%A9rioBeberibe1933.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Beberibe (atual cemitério de Águas Compridas) no Caenga em 1933. Foto: </span><span style="color: #ffa400;">Jornal do Recife.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Luciano Eugênio de Mello, era um
homem de grande prestígio social e político no </span><span style="color: #04ff00;">povoado de</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Beberibe</span><span style="color: #ffa400;">, dono de
grandes propriedades e criador de gado. Durante as crises sanitárias no povoado
de Beberibe em 1857 e 1878, provocada por animais, que derrubavam a cerca de
arame do antigo </span><span style="color: #04ff00;">cemitério de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;">, que ficava próximo a igreja e ao leito
do rio, para pastarem, e deixavam em exposição, restos cadavéricos que exalavam
no ar, um odor putrefato, além de poluir o rio com restos mortais. Uma
verdadeira calamidade pública que se prolongou por mais de duas décadas sem que
as autoridades governamentais da Província tivessem tomado quaisquer
providências. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante do apelo popular, o então
capitão </span><span style="color: #04ff00;">Luciano Eugênio de Mello</span><span style="color: #ffa400;">, católico fervoroso, cedeu parte do terreno no
Caenga em 1882, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa Provincial, que
liberou a quantia de 4:304$913 (quatro contos, trezentos e quatro mil,
novecentos e treze réis). Em maio de 1885, liberou mais 2:000$000 (dois contos
de réis), além de contar com a ajuda de colaboradores do povoado de Beberibe,
segundo relatou o capitão Luciano Eugênio. O Cemitério de Beberibe </span><span style="color: #04ff00;">(atual
cemitério de</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Águas Compridas) </span><span style="color: #ffa400;">foi inaugurado num domingo, em 15 de abril de
1888.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Jornal do Recife</span><span style="color: #ffa400;"> em 18 de abril
de 1888, publicou uma carta enviada pelo capitão Luciano Eugênio de Mello,
respondendo a uma crítica de um morador do povoado de Beberibe, pelo qual o classificou
de </span><span style="color: #04ff00;">“máscara”</span><span style="color: #ffa400;"> por manter-se no anonimato, disse que o capitão contou para as
pessoas que foi ele que construiu o cemitério com seus próprios recursos, sem
ajuda de ninguém. O capitão Luciano Eugênio rebateu a crítica escrevendo uma
carta a redação que dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Acudo ao reclamo feito por um
morador de Beberibe, que sinto não ter ele querido descobrir-se para ser
conhecido, se é um dos que não concorreram para a construção do cemitério, cuja
necessidade se impunha a todos os moradores daquele lugar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Pergunta-me o máscara se o
</span><span style="color: #04ff00;">Cemitério de Beberibe</span><span style="color: #ffa400;"> foi feito somente a minha custa, e me atribuo ter
afirmado, que fora edificado só por mim! Não fiz no cemitério, e em qualquer
outro lugar semelhante declaração, e não duvidaria, que recebi de alguns
distintos moradores de Beberibe a importância a de 336 mil réis, que me fizeram
obsequio de remeter a minha casa, deixando de receber de outros, que assinaram
e não pagaram.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Recebi também o auxílio de um dia
do mestre de pedreiro Manoel Rodrigues, na última semana; José Paulo Pedreiro,
dois dias e Manoel dos Santos, que preferiu ter o salário de dois mil réis
diários, embora não se contasse o sexto dia<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>e receber mil e seiscentos diários, conforme lhe propus; alguns
serventes preferiram trabalhar a mil réis, com perda de um dia, a trabalhar por
oitocentos réis diários, os quais são moradores<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>em minhas terras, e jamais pagaram renda ou aluguel; e por três vezes
compareceram uns trinta a mais moradores meus, que trabalhavam das nove à uma
da tarde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Foram estes os auxílios que
recebi para construção do Cemitério de Beberibe, no qual trabalhei desde 7 de
janeiro do corrente ano até 4 deste mês, tendo três a quatro pedreiros e perto
de vinte trabalhadores diários, e uma carroça, boi e carroceiro; e ainda não
está de todo concluído o serviço, que a todos apresenta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">E confesso meus agradecimentos a
todos os que me auxiliaram no árduo serviço de que me encarreguei, entre eles o
digno gerente da estrada de ferro, que transportou gratuitamente 400 alqueires
de cal, empregados na obra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Creio, que o auxílio recebido
está bem representado e foi meu propósito não falar, como não procurar amigo
algum fora dos residentes do povoado de Beberibe, e só recebi </span><span style="color: #04ff00;">óbolo</span><span style="color: #ffa400;"> dos que
mandavam levar à minha casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sei, que alguns assinaram e não
pagaram, e outros não concorreram com esportula alguma, e que outros deixei de
dirigir-me.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Entretanto, está feito, bento, e
servindo, e assim satisfeita uma grande necessidade do local. Renunciei os
lucros e vantagens garantidas pelo meu </span><span style="color: #04ff00;">contrato</span><span style="color: #ffa400;"> com a Câmara Municipal de
Olinda a favor da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, ereta na igreja
Matriz. Se o Diário de Pernambuco dando notícia da benção do cemitério atribuiu
a mim só a construção, não foi essa notícia direta ou indiretamente prestada
por minha parte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os que me conhecem e viram o
serviço, sabem, que não sou dos que procuram aparecer a custa, e com sacrifício
dos outros. Aos </span><span style="color: #04ff00;">desafetos</span><span style="color: #ffa400;"> deixo plena liberdade de me julgarem a seu sabor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Não presto contas, porque não sou
obrigado; mas se o máscara quiser, venha com seu nome desafivele o envoltório
de que se serviu e será confundido, como são os </span><span style="color: #04ff00;">zoilos</span><span style="color: #ffa400;">, e invejosos do conceito
alheio, que os mortifica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Basta!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Recife, 17 de abril de 1888. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por: </span></b><span style="color: #ffa400;">Jânio Odon/VOZES DA ZONA
NOTE.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte: </span></b><span style="color: #ffa400;">Jornal do Recife.</span><o:p></o:p></p><b><span style="color: #ffa400;"></span></b><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-44020858302217677162023-05-12T11:02:00.001-03:002023-05-12T11:13:05.034-03:00A importância das escadarias na zona norte do Recife na década de 1960 <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy2dStiE2ivJsas82tTI8HuWQC4KHRyrlepI2qxHNOGM2THsgwdGh6cK84u6mj_If6lYLBx_VrYd-KH7TazHRZjfDKZH6VNP5A2mHPJXZvlnyuLkwE8PIqrSJxPgblGM6mTcaTnMC90gVVjMjs-mKzUTjGSd-GrbTAjZGCyt2F7Yi2hIidFxZ1HizOpg/s649/Escadaria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="649" data-original-width="547" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy2dStiE2ivJsas82tTI8HuWQC4KHRyrlepI2qxHNOGM2THsgwdGh6cK84u6mj_If6lYLBx_VrYd-KH7TazHRZjfDKZH6VNP5A2mHPJXZvlnyuLkwE8PIqrSJxPgblGM6mTcaTnMC90gVVjMjs-mKzUTjGSd-GrbTAjZGCyt2F7Yi2hIidFxZ1HizOpg/s320/Escadaria.jpg" width="270" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Escadaria construída na Zona Norte do Recife na gestão do prefeito Augusto Lucena (1964-1969). </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Revista O Cruzeiro (1967).</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">O texto a seguir, feito pelo
jovem jornalista do Diário de Pernambuco em 1969, Samir Abou Hana. O texto
mostra as dificuldades e o cotidiano da população pobre dos morros da periferia
do Recife no final da década de 1960, onde muitas coisas mudaram. As casas de
taipa, deram lugar as casas de alvenarias e muitas se verticalizaram. As
</span><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">escadarias</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"> surgidas durante a ditadura militar e na audácia do prefeito </span><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">Augusto
Lucena</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">, considerado por muitos, o melhor prefeito que o Recife já teve. Hoje,
as escadarias ganharam corrimões e a qualidade de vida das pessoas em
comparação aos dos anos 60, melhoraram bastante, apesar que muitas pessoas
passam pelas mesmas dificuldades do passado, mas já podemos ver muitas pessoas
com carros e motocicletas e os ônibus subindo o morro. O que nunca mudou foi a
</span><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">superlotação dos ônibus</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">, esses continuam do mesmo jeito de antes. Leia o artigo
publicado pelo Diário de Pernambuco, no sábado de 28 de junho de 1969, e tire
suas próprias conclusões. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">É MAIS FÁCIL SUBIR O MORRO PELA
ESCADA</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"> (Dizia o título). Pouca gente sabe que nas extensas filas que se formam
nas paradas de ônibus, nas horas de maior movimento, estão pessoas que residem
em mocambos pendurados nos morros de Tejipió, </span><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #04ff00;">Casa Amarela, Vasco da Gama, Nova
Descoberta ou Beberibe.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">Nesses bairros, chamados
populares, apesar de existirem casas ajeitadas, onde habita a classe submédia,
em ruas próximas à avenida e ao transporte, as outras mais além não passam de
casebres, onde mora a “raia miúda”, a plebe, a população mais humildes desta
metrópole do Nordeste. São pessoas que saem da fábrica ou do biscate e vão
arrear o corpo enfadado num colchão duro de capim ou numa esteira.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">Mesmo assim o casebre é tão
querido e a soneca tão almejada. É que gastam energia quando descem ou sobem os
morros e altos. Suam no trabalho ou no biscate. Uns cansam da própria caminhada
pela cidade, à procura do ganha-pão! Andam em ônibus lotados, com a impaciência
enervando o corpo, a fome afetando a serenidade e a revolta causando tristeza.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">É nessas horas que o mocambo é
tão querido e o repouso ansiosamente aguardado. O cansaço e a fome pedem a cama
de colchão duro ou a esteira no chão frio e úmido.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">Um exemplo</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"> – No </span><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">Alto do Mundo
Novo</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">, no Vasco da Gama, a ladeira vai subindo, subindo... Parece um nunca
acabar. Dá a impressão de que o fim terminará juntinho do céu... Está lá para
quem quiser ir. Num dos lados há o acesso ao </span><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">Alto Treze de Maio</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">, bem mais
elevado, repleto de mocambos e crianças nuas e barrigudas fazendo astúcias nos
casebres dos vizinhos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">A Prefeitura calcula em três
quilômetros e meio a extensão das duas elevações. Pois, bem: toda essa
caminhada fatigante é percorrida por quase dez mil pessoas que sobrevivem por
aquelas bandas, mas que tentam o ganha-pão no centro da cidade. Empregados,
uns; ambulantes, outros; biscateiros e uma quantidade enorme de pais de família
sem qualificação profissional, perambulando o dia inteiro em busca de uma
viração.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">Escadarias</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"> – Bem-feitas e com
degraus de altura máxima atingindo vinte centímetros. Augusto Lucena (prefeito
anterior) edificou cerca de quarenta escadarias e, agora, o prefeito Geraldo
Magalhães pretende construir outras tantas. Onde não for possível abrir
estradas a Prefeitura fará escadas por entre os mocambos e morros escarpados,
com descansos (espaços mais alongados) após cada lance de dez degraus.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">O que se tem verificado,
ultimamente, é que o aterro dos alagados e a derrubada de favelas, com
modernização dos nossos subúrbios, que vão adquirindo características de
núcleos habitacionais da classe média, os mocambos estão sumindo das zonas
planas. E a pobreza, sempre pobreza, sem meios até de pagar uma prestação de
casa popular do BNH (Banco Nacional de Habitação), vai se mudando de local. É a
peregrinação da miséria que vivia no centro mas que, cada vez mais, sobre os
morros enxotada pela civilização que ainda não beneficiou a todos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">Há favelas em </span><span style="color: #04ff00; font-family: inherit;">Beberibe</span><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">, por
exemplo, onde as casas penduradas em pequenas barreiras. Ameaça permanente de
desabamento e risco de vida a todo instante.<o:p></o:p></span></p><p>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;">Nessa história de mocambaria há um aspecto
interessante. O córrego, a subida e a rua central de cada cimo de alto são
locais privilegiados porque apresentam casinhas já com feições de residências,
bem ajeitadas. Já as casas afastadas da rua, atrás uma das outras, cravadas nas
ladeiras dos morros, montadas em barreiras, de acesso mais difícil, têm
aparência lastimável. A taipa vai caindo e as paredes se apresentam como
esqueletos. Finalizou.</span></span></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; color: #ffa400; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8kAgIxmjqXeB3DCVNGWGYmbBJf3RE0oHejk8s-EXRDbnJyf1RrOt1Lu6-ILwGCBy7kTU2nFhzQcn5WrUjrtydNe_5ejwee6CeAaN-vOpO9ycU0732vANvLuOfgLK4h_MNNFiteK5LiPqR8P3I3irgd2blNsUSjZBzht1TM1sZj8ZbtcZcYfUcWCfOrg/s649/Samir.JovemP&B.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="649" data-original-width="422" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8kAgIxmjqXeB3DCVNGWGYmbBJf3RE0oHejk8s-EXRDbnJyf1RrOt1Lu6-ILwGCBy7kTU2nFhzQcn5WrUjrtydNe_5ejwee6CeAaN-vOpO9ycU0732vANvLuOfgLK4h_MNNFiteK5LiPqR8P3I3irgd2blNsUSjZBzht1TM1sZj8ZbtcZcYfUcWCfOrg/s320/Samir.JovemP&B.png" width="208" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Samir Abou Hana foi secretário de imprensa na gestão do prefeito Augusto Lucena. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo de família.</span></b><p></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><span style="color: #04ff00;">Samir Abou Hana</span><span style="color: #ffa400;">, de origem libanesa por parte de pai e pernambucano de nascimento. O grande comunicador das rádios e televisão pernambucana, ficou conhecido nos meios de comunicação por saudar seus ouvintes com uma "ternurinha" e por acalentar os corações de muitos com o seu "conselho de coração" com sua voz poderosa e única. Por reinvindicar melhorias para a população, que ganhou destaque durante a grande enchente de 1975, ficou conhecido como "O Secretário da Cidade". Samir Abou Hana faleceu aos 79 anos, na sexta-feira, do dia 10 de dezembro de 2021.</span></span></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span></b><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA NORTE</span></span></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span></b><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e Folha de Pernambuco.</span><br /><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"><br /></span></span></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"><br /></span></span></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><span style="color: #ffa400; font-family: inherit;"><br /></span></span></p><p><span style="font-size: 11pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-14307107458375798902023-04-11T23:13:07.606-03:002023-09-30T18:53:12.680-03:00VASCO DA GAMA (RECIFE): A HISTÓRIA DO BAIRRO DO PADRE SEVERINO SANTIAGO<p class="MsoNormal"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSAWyQxwuGgj6usHXD9OT0JhB4Qxf8JFgUvPwSSf9-8u-BZTET3uRGX3wj4N7U7yApbCNB4YQpf6tHGXDcoZu3EaJzRHtCothVQkORBuQzNnbWyr0s_PnyNUAgZITbsjIHXFZXbThURXeTgvbSgzUxZq0wsCSD0fCAa2oU0kfj-UI5HZBc-K7ZbZtwAhw8/s720/Vasco%20da%20Gama.aHist%C3%B3ria.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="486" data-original-width="720" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSAWyQxwuGgj6usHXD9OT0JhB4Qxf8JFgUvPwSSf9-8u-BZTET3uRGX3wj4N7U7yApbCNB4YQpf6tHGXDcoZu3EaJzRHtCothVQkORBuQzNnbWyr0s_PnyNUAgZITbsjIHXFZXbThURXeTgvbSgzUxZq0wsCSD0fCAa2oU0kfj-UI5HZBc-K7ZbZtwAhw8/s320/Vasco%20da%20Gama.aHist%C3%B3ria.jpg" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A Rua Vasco da Gama é a principal e primeira rua do bairro. Ponto de ligação entre Casa Amarela e os bairros de Nova Descoberta e Brejo de Beberibe. </span><span style="color: #ffa400;">Fanpage: Meu Vasco da Gama/2021/Facebook.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esta, com certeza, é a mais completa história sobre o bairro do Vasco da Gama que o leitor irá encontrar. Um trabalho feito com muita dedicação, paixão e muito estudo de pesquisa. Tenho certeza que o morador do Vasco da Gama vai se orgulhar em ler a verdadeira e mais completa obra sobre o seu bairro. Vai saber como tudo começou. A primeira rua; quem era os donos dessas terras; a luta pelo terreno e moradia; quando começou a ser pavimentada; quando chegou a energia elétrica, a água, o transporte, os postos de saúde, as creches, as escolas, as associações comunitárias, esportivas e religiosas. A história e trajetória do padre Severino Santiago e muito mais. Sabemos que nem tudo é possível contar, mas o que foi possível e encontrado nos jornais, revistas, livros e relatos de antigos moradores estão em cada linha deste trabalho. Tenha uma boa leitura.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAcOT1VkeNaqwiYLXGN_udwulcRg2sBqu8cMVwf3Wi3xm_6PcoYgaFj9V9mVAV7aBmfTO91nDKbLDHX9ZHfNgBRlHInNPwiRo6oTVlbBJe8j_uP4VqTETgOOw4T_x5icJvZyf9qRKODkbr1nbWqEwnMEzp5eK2pzdA7LMdwLLf0tYvuUikIQbkrL2mb9Qz/s399/Vasco-da-Gama.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAcOT1VkeNaqwiYLXGN_udwulcRg2sBqu8cMVwf3Wi3xm_6PcoYgaFj9V9mVAV7aBmfTO91nDKbLDHX9ZHfNgBRlHInNPwiRo6oTVlbBJe8j_uP4VqTETgOOw4T_x5icJvZyf9qRKODkbr1nbWqEwnMEzp5eK2pzdA7LMdwLLf0tYvuUikIQbkrL2mb9Qz/s320/Vasco-da-Gama.jpg" width="241" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O nome do bairro foi uma homenagem ao grande navegador português Vasco da Gama.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>A ORIGEM DO NOME</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Não sabemos o por quê, mas o nome do bairro foi uma homenagem ao grande navegador e explorador na era dos descobrimentos, o português Vasco da Gama. O curioso de tudo isso, é que logo após ao bairro do Vasco da Gama, vem o bairro de Nova Descoberta, justamente a missão do navegador na era das caravelas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O<span style="mso-fareast-language: PT-BR;"> bairro do Vasco da Gama fica ao noroeste da cidade do Recife,
foi criado através do Decreto Municipal Nº 14.452 de 26 de outubro de 1988,
sancionado pelo prefeito Jarbas Vasconcelos e ratificada pela Lei Municipal Nº
16.293, de 3 de fevereiro de 1997, sancionada pelo prefeito Roberto Magalhães.
Faz parte da Região Político Administrativa - RPA-3, microrregião 3.2 e fica a
7,79 Km da capital. De acordo com o Censo de 2010, sua população é de 31.025
habitantes, sendo 14.501 do sexo masculino e 16.524 do sexo feminino. Sua
densidade demográfica é de 193,38 habitantes por hectare. Faz divisa com os
bairros de Casa Amarela, Morro da Conceição, Nova Descoberta, Alto José
Bonifácio e Brejo do Beberibe.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Como bairro, ficou delineado da seguinte forma: Começa na Avenida Norte,
na confluência desta com a Avenida Pedro Allain e Largo Dom Luiz, segue pela
Avenida Norte até o encontro com a Rua Paraisópolis, onde deflete à direita em
direção à Rua Arapiraca, onde deflete à esquerda para atingir a Rua Alto da
Favela, onde prossegue até a Rua Alto Mundo Novo; deflete à esquerda
prosseguindo para o Alto das Pedrinhas, prosseguindo para o Alto Treze de Maio
até abraçar a Rua Vasco da Gama; deflete à esquerda até alcançar a Rua
Bemposta, onde segue para o Alto do Eucalipto, daí deflete à direita e segue
até encontrar a Rua Grijalva Costa, onde deflete à direita seguindo até a Rua
vereador Otácílio Azevedo em direção à Rua Ary Peter, defletindo à direita se
encaminhando para a Rua Nossa Senhora de Fátima, onde prossegue até a Rua do
Bambu, deflete à esquerda e segue até a Rua Aratuba, por onde alcança a Rua
Córrego do Ouro; deflete à direita seguindo em direção à Rua Dois de Fevereiro,
onde deflete à esquerda e se encaminha até o Largo Dom Luiz, para defletir à
direita atingindo a Avenida Pedro Allain e Avenida Norte, ponto
inicial.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBxW2wdeFozCLCAnEw33moLl_1B6Ww8s0nVyUO4njOGnkY3YHH4t2NEru3m_sYmWyJXu0idZ46QJozqhhipNwYKW96WeF3fnw5Vky9Qe7BEtsw8cx4MSQGX3GMjnA4P4x07YTncg9yO6zbhIzVSrAPWxZ7gQqtUywuVhfzHoN4NeqphQM1VTCgCS-zcgDA/s841/Trem.Vasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="841" data-original-width="588" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBxW2wdeFozCLCAnEw33moLl_1B6Ww8s0nVyUO4njOGnkY3YHH4t2NEru3m_sYmWyJXu0idZ46QJozqhhipNwYKW96WeF3fnw5Vky9Qe7BEtsw8cx4MSQGX3GMjnA4P4x07YTncg9yO6zbhIzVSrAPWxZ7gQqtUywuVhfzHoN4NeqphQM1VTCgCS-zcgDA/s320/Trem.Vasco.png" width="224" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Com a inauguração da Ferrovia Norte em outubro de 1881, a
população do Vasco da Gama começou a expandir-se rapidamente em direção as
áreas planas e suas colinas.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Ilustrativa/autor desconhecido. </span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">ANTES DO BAIRRO
SURGIR </span></b><span style="color: #ffa400;">
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Planta da Cidade do Recife e seus Arrabaldes, datada de 1855,
organizada pela repartição de obras públicas, sancionada pelo Presidente da
Província de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">José Bento Figueiredo</span><span style="color: #ffa400;"> (Visconde de Bom Conselho),
revela a existência de uma </span><span style="color: #04ff00;">pequena rua</span><span style="color: #ffa400;"> e a sequência de um morro com
uma vegetação extensa e pouco densa e sem nenhuma habitação. Já a Planta da
Cidade de 1875, mostra um ambiente quase inalterado, caso não fosse a
existência das </span><span style="color: #04ff00;">primeiras casas</span><span style="color: #ffa400;"> da pequena rua, que no início do
século XX, viria a ser a </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 7 de março de 1881, a Câmara Municipal do Recife delimitou os 17
quarteirões que faziam parte da </span><span style="color: #04ff00;">Freguesia do Poço da Panela</span><span style="color: #ffa400;">, ficando a
região onde hoje fica o bairro do Vasco da Gama, pertencendo ao 8º Quarteirão,
denominado </span><span style="color: #04ff00;">Arraial.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 24 de outubro de
1881, a empresa inglesa </span><span style="color: #04ff00;">Great Western</span><span style="color: #ffa400;"> inaugurou o primeiro trecho
da Ferrovia Norte, com extensão de 48,8 quilômetros, ligando o Recife a
Paudalho. Com o trem passando na entrada do atual bairro do Vasco da Gama e com
a </span><span style="color: #04ff00;">Estação do Arraial</span><span style="color: #ffa400;"> (que ficava próximo a antiga garagem da CTU). Logo, a região começou a avançar em direção às terras não povoadas e aos morros que hoje
formam o bairro. Outros fatores que contribuiram para o crescimento demográfico da região do Vasco da Gama, foi a busca por melhores oportunidades na capital pelo povo do interior do estado e estados vizinhos, fugindo da seca e da fome. A implantação da fábrica da Macaxeira em 1924, e a expropriação dos mocambos do centro do Recife feito pela Liga e depois, Serviço Social Contra o Mocambo entre 1939 a 1945 no governo de Agamenon Magalhães.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBOsAoSFMbX4PVvh4YftMXAV5OqcdfKgy_2IT_zfJi516BQlpBADRQ1jCNTeSL_J_utiSrI47n8-puVJyOrz6qJdQaSrSSW_bYMyOjBR1rGRjgqbWhHivO92hN1rYaPsmvEY_GDDrxo-G-0z9tw9vc4tmBvwTOSuClLpCjW281c1k3Z3rJJeAJ1cGZ2tLD/s720/Catitus.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="463" data-original-width="720" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBOsAoSFMbX4PVvh4YftMXAV5OqcdfKgy_2IT_zfJi516BQlpBADRQ1jCNTeSL_J_utiSrI47n8-puVJyOrz6qJdQaSrSSW_bYMyOjBR1rGRjgqbWhHivO92hN1rYaPsmvEY_GDDrxo-G-0z9tw9vc4tmBvwTOSuClLpCjW281c1k3Z3rJJeAJ1cGZ2tLD/s320/Catitus.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">Durante as caçadas
nas matas onde hoje fica localizado o Alto da Foice, no final do século XIX,
era comum encontrar inúmeros caititus (porco-do-mato) naquela região. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Museu Nacional (RJ).</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Um antigo morador e caçador da região, sr. Ermelino Julião dos Santos,
nascido em 1881, disse que por volta de 1896, ele era acostumado a caçar onde
hoje fica o Alto da Foice. E adiantou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“- Conheci aqueles morros quando ali se caçava dentre outras espécies de
nossa fauna litorânea o caititus e o veado. Conheci isto aqui como Cabral
conheceu o Brasil. Só não havia onça e índio, mas o resto...O pessoal de Casa
Forte aos sábados e aos domingos vinham dar tiros no matagal que cobria estes
morros todos. Quando voltavam da caça traziam os montes de quatis, preás,
cotias e até mesmo </span><span style="color: #04ff00;">caititus</span><span style="color: #ffa400;">. (Seu Ermelino, era proprietário de uma
barraca de bebidas no terminal de ônibus de Nova Descoberta. A entrevista foi
concedida ao Diário de Pernambuco em 1953).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 8 de dezembro de 1904, era inaugurado o monumento da imagem de Nossa
Senhora da Conceição no “Morro do Arraial”, também chamado de “Morro da Bela
Vista”, que a partir desta data, passou a ficar conhecido como Morro da
Conceição até os dias atuais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a inauguração da santa, e da capela em 1906 no Morro da Conceição,
logo começou a atrair mais moradores e suas encostas ficaram repletas de
mocambos. No início do século XX, </span><span style="color: #04ff00;">a pequena rua</span><span style="color: #ffa400;">, já havia se expandido
além dos limites da linha férrea e tomado rumo das colinas do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">
(atual Alto Nossa Senhora de Fátima). Já era possível subir o Morro da
Conceição pela </span><span style="color: #04ff00;">Rua da Lagoa</span><span style="color: #ffa400;"> (atual Rua Japaratuba), saindo da </span><span style="color: #04ff00;">nova
rua</span><span style="color: #ffa400;">, denominada </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjhCngnQfXF-rYeAYILze8CxWzAmv6jqrBaPOurPeZMysUBNSOzh5CRmutHk3KjyNKNa_AtOwkKpG9vAZdibtVuNhVYG-gqJqzTKmKKdj1wXBCoijlUoyGWio2E6KMatq4YJk8Sz1MVD3GSmef-I2JykZIR1cAZnUbNkF4ePb2IZVb5gjWdWVykLg7W2s5/s320/MiguelArraes.posse98.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="230" data-original-width="320" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjhCngnQfXF-rYeAYILze8CxWzAmv6jqrBaPOurPeZMysUBNSOzh5CRmutHk3KjyNKNa_AtOwkKpG9vAZdibtVuNhVYG-gqJqzTKmKKdj1wXBCoijlUoyGWio2E6KMatq4YJk8Sz1MVD3GSmef-I2JykZIR1cAZnUbNkF4ePb2IZVb5gjWdWVykLg7W2s5/s1600/MiguelArraes.posse98.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O governador Miguel Arraes entrega títulos de posse de terra a moradores
do Vasco da Gama e Nova Descoberta.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Diário Oficial do Estado (1998).</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><b><span style="color: #04ff00;">LATIFÚNDIO, LUTA E CONQUISTA NAS TERRAS DO VASCO DA GAMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A região do Vasco da Gama, no início do século XX, era repleta de
propriedades, chácaras, pequenos sítios, alguns mocambos e uma área de mata
ainda muito densa e de médio porte. Boa parte das terras do Vasco da Gama pertenciam a </span><span style="color: #04ff00;">Propriedade
Marinho</span><span style="color: #ffa400;">, dos herdeiros da família do coronel Marinho de Albuquerque Melo,
tradicional família do período colonial, que depois vieram a criar a
Imobiliária Pernambuco Ltda, pela </span><span style="color: #04ff00;">Família Rosa Borges</span><span style="color: #ffa400;">, fruto da união dessas
duas tradicionais famílias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante décadas, vários moradores do Vasco da Gama </span><span style="color: #04ff00;">pagaram o chão</span><span style="color: #ffa400;"> a esta
imobiliária e vários conflitos foram registrados pela posse definitiva da terra
com o movimento social denominado </span><span style="color: #04ff00;">“Terras de Ninguém”, </span><span style="color: #ffa400;">obrigando o governo
a distribuir inúmeros títulos de posse a população.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSOKxdY6d5g2JVhwa3dyX2SsEcG5ilbaSma6mkZFVB4mfs_N_nHZT2NGTwRy1oQosqUWwUizWpR4ZOHLqze9LnnvzWYO2FAV1FYw4aPMuGnLhBariQ5iLHL-z1JW2MdtdVrwcvUsullLFrq9YgvZNsO9-CvYRDXil7PXTuwa3z8AqeovxDelnr09BGUMk-/s649/MapadoVasco1924.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="649" data-original-width="487" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSOKxdY6d5g2JVhwa3dyX2SsEcG5ilbaSma6mkZFVB4mfs_N_nHZT2NGTwRy1oQosqUWwUizWpR4ZOHLqze9LnnvzWYO2FAV1FYw4aPMuGnLhBariQ5iLHL-z1JW2MdtdVrwcvUsullLFrq9YgvZNsO9-CvYRDXil7PXTuwa3z8AqeovxDelnr09BGUMk-/s320/MapadoVasco1924.jpg" width="240" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Este mapa de 1924, mostra um panorama geral desta área de Casa Amarela e
onde atualmente fica o bairro do Vasco da Gama, ainda pouco habitado e alguns
loteamentos. O (ponto vermelho) indica a junção da Rua Padre Lemos com a linha
férrea (Avenida Norte) e a Rua Vasco da Gama (ponto azul). A Rua da Lagoa
(ponto verde), atual Rua Japaratuba. Alto da Foice (ponto roxo), o Morro da Conceição (ponto branco) e a Estrada de
Nova Descoberta (ponto amarelo). </span><span style="color: #ffa400;">Crédito: Extraído do trabalho acadêmico
do professor da UFPE, Ricardo Leite da Silva.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de dezembro de 1924, a </span><span style="color: #04ff00;">Sr.ª Corina Marinho</span><span style="color: #ffa400;">, herdeira, e que
dirigia os negócios da família, contratou para administrar as terras do
Arraial, pertencente a </span><span style="color: #04ff00;">Propriedade Marinho</span><span style="color: #ffa400;">, da qual as terras do Vasco da Gama
estavam inseridas, o Sr. Luiz de Oliveira Lima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 2 de janeiro de 1926, o administrador da Propriedade Marinho, Luiz de
Oliveira Lima, através de nota em jornais, </span><span style="color: #04ff00;">desautorizou</span><span style="color: #ffa400;">, o </span><span style="color: #04ff00;">Sr. Manoel Alfredo
Marinho do Passo</span><span style="color: #ffa400;">, outro herdeiro da família, que paralelamente vinha cobrando e
recebendo foros ou aluguéis de casas e terrenos da Propriedade Marinho no
Vasco da Gama, como em todo o Arraial.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Luiz, que foi contratado por Corina Marinho, detinha todos os contratos
legais cumprindo determinação do Supremo Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Muitos moradores e foreiros do Vasco da Gama, pagaram duplamente seus débitos e
tiveram sérios aborrecimentos e prejuízos em virtude deste conflito familiar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 12 de julho de 1949, foi realizado na 11ª Vara Cível da Comarca do
Recife, pelo juiz </span><span style="color: #04ff00;">Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley</span><span style="color: #ffa400;">, a partilha dos bens
da Empresa Imobiliária de Pernambuco Limitada, pertencente a </span><span style="color: #04ff00;">Família
Albuquerque Marinho Melo</span><span style="color: #ffa400;">, que inclui as terras de Casa Amarela, Apipucos e
Monteiro.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 24 de dezembro de 1954, a Empresa Imobiliária de Pernambuco Ltda,
expôs à venda, terrenos e loteamentos no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 26 de agosto de 1955, os senhores, Eduardo Gurgel de Araújo, Edmundo
Gurgel, José Deocleciano Dias e Emerson Alves Pinheiro, pôs à venda uma área de
64.008,49m², divididos em oito quadras e cento e noventa lotes,
denominado </span><span style="color: #04ff00;">Jardim Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, à oeste da Propriedade Marinho.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Municipal Nº 1195, de 29 de novembro de 1955,
sancionada pelo prefeito do Recife, Djair Brindeiro. Foi desapropriada por
utilidade pública, a área de terreno medindo 22.658m², necessário para abertura
de ruas, praças, etc. Desmembrada do terreno da </span><span style="color: #04ff00;">Propriedade Marinho</span><span style="color: #ffa400;">, no
Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Municipal Nº 1.672, de 30 de janeiro de 1957,
promulgado pelo prefeito do Recife, Pelópidas Silveira. Foi desapropriado por
utilidade pública os lotes 7 e 8 da quadra “J” do </span><span><span style="color: #04ff00;">Loteamento Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 5.342, de 13 de janeiro de 1959, promulgada
e sancionada pelo presidente da Câmara, Rivaldo Allain Teixeira. Autorizou a
Prefeitura do Recife, a desapropriar a casa de nº 1193, da Rua Vasco da Gama,
para abertura de uma via de acesso no </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto Arthur Correia.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Municipal Nº4028, de 22 de outubro de 1960, sancionado
pelo prefeito Miguel Arraes de Alencar, foi desapropriado um terreno na Rua
Vasco da Gama, medindo 95 metros de frente e de 48.892,70 m², de propriedade
da </span><span style="color: #04ff00;">Imobiliária Pernambuco Ltda</span><span style="color: #ffa400;">. Terreno destinado para edificação de
um Grupo Escolar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Municipal Nº4490, de 6 de dezembro de 1961,
sancionado pelo prefeito Miguel Arraes de Alencar, autorizava a desapropriação
do terreno onde funcionava o </span><span style="color: #04ff00;">chafariz</span><span style="color: #ffa400;"> no </span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama, pertencente ao sr. Manoel Lourenço da Silva.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em janeiro de 1962, a Prefeitura Municipal do Recife, desapropriou uma
área de 40.952,50 m², situados na margem esquerda da Rua Vasco da
Gama e do Alto 13 de Maio, em Casa Amarela, pertencente a Imobiliária
Pernambuco Ltda, da </span><span><span style="color: #04ff00;">Família Rosa Borges.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 16 de maio de 1974, o vereador do Recife, Marcus
Cunha, publicou nos principais jornais da cidade, denúncia de que a Imobiliária
Pernambuco Ltda da família Rosa Borges, estava explorando os seus signatários
da Propriedade Marinho durante décadas, sem comprovar através de documentos
legais, a legitimidade de suas terras. O vereador </span><span style="color: #04ff00;">Marcus Cunha</span><span style="color: #ffa400;"> disse:
Descendentes do sr. Francisco Marinho de Albuquerque Melo, que um século
depois do descobrimento do Brasil foi tesoureiro da Irmandade de São Cosme e
São Pantaleão do Monteiro, continuam a cobrar aluguéis, foro e até imposto de
transmissão de casas e terrenos localizados nos domínios que pertenceram
outrora àquela organização religiosa. Dizem-se os legítimos herdeiros da
irmandade, embora jamais tenham feito prova dessa secular herança.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A propriedade dos Marinho abrange amplas e valorizadas áreas dos bairros
de Casa Amarela, incluindo o </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, Alto José do Pinho, Poço da
Panela, Alto do Pascoal, Monteiro e Água Fria.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A exploração de pessoas humildes continua, pois, a Empresa Imobiliária
Pernambuco Ltda, cobra aluguel ou foro pelas terras que diz serem suas. Esses
</span><span style="color: #04ff00;">aluguéis são aumentados</span><span style="color: #ffa400;"> a arbítrio da firma. Os moradores quando não suportam o
aumento e reclamam, são </span><span style="color: #04ff00;">ameaçados de despejo.</span><span style="color: #ffa400;"> Ultimamente a imobiliária
pretende obrigar muitos dos ocupantes a comprar os terrenos em que construíram
as casas. Inúmeras dessas pessoas moram na </span><span style="color: #04ff00;">Propriedade Marinho</span><span style="color: #ffa400;"> há longos anos,
algumas delas tendo herdados os imóveis de seus antepassados. (Finalizou).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia seguinte, o empresário </span><span style="color: #04ff00;">Roberto Rosa Borges</span><span style="color: #ffa400;">, representando a
Família Rosa Borges, contestou todas as denúncias feita pelo vereador Marcus
Cunha e afirmou que as denuncias tinha cunho político. Que toda história
passada da Família Marinho estava relatada em publicações do século XIX, como
por exemplo: Anais Pernambucano, de Francisco Pereira da Costa. Que foi feito
um </span><span style="color: #04ff00;">inventário</span><span style="color: #ffa400;"> das terras da família em 1916, por iniciativa de
Alfredo Bartolomeu da Rosa Borges, casado com Josepha Marinho Sarmento Borges,
uma das herdeiras, mas que por descaso da família, que nunca teve quem
contestasse a propriedade das terras, só foi registrado em cartório em 1938.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A Família Rosa Borges, criou a Imobiliária Pernambuco Ltda, que na
ocasião (1974) administrava trinta e três condomínios e havia em suas terras,
dez mil famílias. A Propriedade Marinho era </span><span style="color: #04ff00;">dividida</span><span style="color: #ffa400;"> em três glebas: A primeira
pertencia a Empresa Imobiliária de Pernambuco Ltda; a segunda, a herdeiros de
Manoel Alfredo Marinho dos Passos; e a terceira, a </span><span><span style="color: #04ff00;">Othon Bezerra de Melo.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em junho de 1976, foi designado o advogado </span><span style="color: #04ff00;">Clávio Valença</span><span style="color: #ffa400;">, que
defendeu os interesses dos moradores de Casa Amarela, Nova Descoberta, </span><span style="color: #04ff00;">Vasco
da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, Guabiraba, Brejo dos Macacos, Alto do Pascoal, Alto das
Pedrinhas, </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">, do Monteiro à Macaxeira. Sua missão foi viajar
até Portugal para investigar na Torre do Tombo, onde são guardados os
documentos referentes às famílias portuguesas emigradas para o Brasil, a real
situação das terras da Irmandade de São Cosme e São Pantaleão do Monteiro,
compostas por emigrantes portugueses no período colonial e que no período
republicano passou a pertencer a Imobiliária Pernambuco Ltda, da Família Rosa
Borges, que administrava a Propriedade Marinho.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 16 de julho de 1976, é fundado por líderes comunitários de Casa
Amarela, o movimento denominado </span><span><span style="color: #04ff00;">“Terras de Ninguém”.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 7 de março de 1978, publicou uma nota afirmando que o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, evitou a expulsão de várias famílias de um loteamento no Vasco da Gama pelo latifundiário sr. Luís Cavalcanti, que foi denunciado na Câmara Municipal do Recife. A nota dizia o seguinte:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Padre evita expulsão de moradores</span><span style="color: #ffa400;"> - dizia o título - O vereador </span><span style="color: #04ff00;">Otacílio Azevedo</span><span style="color: #ffa400;">, presidente da Câmara Municipal, denunciou ontem, a tentativa de ocupação armada de terrenos no Vasco da Gama, sob o comando do </span><span style="color: #04ff00;">sr. Luís Cavalcanti</span><span style="color: #ffa400;">, que se diz parente do governador Moura Cavalcanti. Acrescentou que a ação foi obstada pelo padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, páraco daquele bairro, e do próprio chefe do Executivo, que, dando crédito aos argumentos do religioso, prendeu os agressores e garantiu, com força policial, a permanência no local dos moradores ameaçados.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O presidente da Câmara levou à tribuna as provas de que os citados terrenos, cerca de 400 lotes, foram legalmente vendidos às pessoas que nele edificaram suas casas. Inclusive exibiu uma procuração da antiga propriedade dos lotes, na qual autoriza o sr. </span><span style="color: #04ff00;">Pedro de Oliveira </span><span style="color: #ffa400;">a proceder a venda desses bens. O documento foi expedido em 1959 e registrado no cartório João Roma. Também apresentou xerox de algumas escrituras de compra e venda, atestando que, de fato, grande parte desses proprietários estão acobertados perante a lei.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Disse o vereador </span><span style="color: #04ff00;">Otacílio Azevedo</span><span style="color: #ffa400;"> que o governador </span><span style="color: #04ff00;">Moura Cavalcanti</span><span style="color: #ffa400;"> não tomou conhecimento do discutível parentesco com o invasor das terras, autorizando, de pronto, a intervenção da polícia que prendeu o arbitrário </span><span style="color: #04ff00;">Luís Cavalcanti</span><span style="color: #ffa400;"> e seus capangas. A medida resultou de bem fundada queixa do padre Severino Santiago ao secretário de segurança. Este, imediatamente, comunicou a ocorrência ao governador, daí, resultando as providências que evitaram a consumação do delito.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Quatro dias depois, o sr. </span><span style="color: #04ff00;">Luís Cavalcanti</span><span style="color: #ffa400;">, emitiu uma nota negando todas as acusações e que jamais disse que era parente do governador. Afirmou que, os lotes era de sua propriedade, registrado no 4º Tabelionato da Capital e que os posseiros e o padre Severino haviam sido notificados. Disse ainda, que se tratando de ano eleitoral, os aproveitadores proliferam, na busca de tirar proveitos de incautos, afirmando direitos inexistentes em favor de uma maioria enganada e permanentemente ludibriada por salvadores do tipo do padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, saudosista de um regime expurgado e do tipo do candidato derrotado a vereador, o indivíduo conhecido por </span><span style="color: #04ff00;">Tune Silva</span><span style="color: #ffa400;">, o "Peixe Frito", além do indivíduo </span><span style="color: #04ff00;">"Nelson da Cachorra"</span><span style="color: #ffa400;">, responsáveis pela invasão de minhas terras. (Finalizou).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 5 de maio de 1978, o agora deputado estadual, Marcus Cunha, recebeu
na Assembleia Legislativa, moradores do Vasco da Gama e demais localidades de
Casa Amarela, que tinham em mãos um abaixo-assinado para ser entregue ao
Presidente da República, </span><span style="color: #04ff00;">João Batista Figueiredo</span><span style="color: #ffa400;">, que reivindicavam a solução
da questão da moradia e contra os abusos praticados pela Imobiliária
Pernambuco Ltda. O teor do documento dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Nós, moradores dos Altos e Córregos dos morros de Casa Amarela, nesta
cidade do Recife, queremos chegar ao conhecimento de Vossa Excelência a nossa
situação, acreditando que essa atitude ajude a colocar um fim na exploração que
há tanto anos estamos enfrentando.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Somos mais ou menos </span><span style="color: #04ff00;">dez mil famílias</span><span style="color: #ffa400;"> de trabalhadores que moram nas
terras conhecidas como “Propriedade Marinho” administradas pela Empresa
Imobiliária de Pernambuco Ltda, do dr. Roberto Rosa Borges. Esta empresa,
que se diz legitima proprietária dessas terras, sem que isso jamais tenha sido
comprovado através de canais competentes, vem exercendo sobre nós, moradores,
diversas formas de exploração, como as que relatamos a seguir:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em primeiro lugar, a empresa cobra, de cerca de cinco mil famílias, uma
taxa mensal conhecida como </span><span style="color: #04ff00;">“foro”, ou “aluguel de chão”</span><span style="color: #ffa400;">, num valor que varia de
Cr$ 8,00 cruzeiros a Cr$ 30,00 cruzeiros, para cada família moradora. De tempos
em tempos, os aluguéis são aumentados, conforme a vontade da empresa. Os
moradores que atrasam o pagamento sofrem pressão, seja através de cartas ou
recebendo intimações e ameaças de despejo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em segundo lugar, a empresa convida, intimida e até força moradores a
comprarem o terreno, que ocupam há tantos anos, pagando aluguel de chão. Mais
de duas mil posses já foram vendidas, com preços que variam de Cr$ 7 mil
cruzeiros a Cr$ 40 mil cruzeiros. O pagamento é parcelado em prestações que
aumentam de valor a cada ano. Quando o morador atrasa o pagamento e não pode
pagar os juros (que são altos), a empresa então desfaz o contrato e o morador
perde tudo o que pagou, e se não quiser voltar à situação foro, tem que assinar
um novo contrato muito mais caro que o primeiro. Há moradores que chegaram a
comprar três vezes o mesmo terreno.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Os que compraram o terreno, conseguindo pagar todas as prestações
recebem um documento particular de posse passado no escritório da empresa. Se o
morador quiser um documento público deve pagar uma taxa de Cr$ 400 cruzeiros a
Cr$ 600 cruzeiros. São bem poucos os que conseguiram registrar sua posse no
cartório de imóveis, e muitos que tentaram não conseguiram. O </span><span style="color: #04ff00;">abaixo-assinado</span><span style="color: #ffa400;">
foi encaminhado ao gabinete da Presidência da República. (Finalizou).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 15 de agosto de 1979, divulgou uma nota
confirmando através de um histórico do período colonial entre a família Marinho
e a união com a família Rosa Borges, além do inventário de partilha
familiar elaborado em 1º de fevereiro de 1916 e registrado anos depois, em 6 de
outubro de 1938, no Cartório de Imóveis do 1º Ofício, Livro: 3AA, fls. 53v,
número de ordem: 9549/38.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 17 de agosto de 1979, divulgou um </span><span style="color: #04ff00;">manifesto
de protesto</span><span style="color: #ffa400;"> e repúdio contra a Secretária de Habitação de Pernambuco, que
baixou uma portaria em que o governo estadual propôs a não desapropriar as
terras da Propriedade Marinho, mas ser apenas intermediário nas negociações
entre moradores e a empresa, pertencente a Família Rosa Borges.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 16 de novembro de 1979, o movimento </span><span style="color: #04ff00;">“Terras de Ninguém”</span><span style="color: #ffa400;"> decidiu
em assembleia com mais de 600 pessoas, que ninguém comprasse, nem pagasse mais
nada. Nem aluguel, nem prestação de terreno à Empresa Imobiliária de
Pernambuco.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 17 de novembro de 1979, publicou a
seguinte nota:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Governo do Estado, Marco Maciel, através da Secretária de Habitação,
comprometeu-se, em reunião realizada na Associação dos Moradores de Casa
Amarela, a declarar de utilidade pública para efeito de desapropriação a área
denominada “Propriedade Marinho” (“Terras de Ninguém”), naquele bairro,
pertencente a Empresa Imobiliária de Pernambuco Ltda.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O secretário </span><span style="color: #04ff00;">José Jorge de Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;"> está convocando os
representantes comunitários do Outeiro, Boa Vivenda, Brejo da Guabiraba, Nova
Descoberta, Córrego da Areia e </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em comissão, a
comparecerem segunda-feira às 9 horas, a sede da Secretária, na Avenida
Agamenon Magalhães, para discutirem o valor a ser oferecido ao expropriado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em reunião movimentada e que contou com a presença de muitos moradores
da chamada Propriedade Marinho, os técnicos: engenheiro João Batista Braga (diretor
de Programas Especiais), economista Romero Jucá (chefe de gabinete),
advogada Rita Carvalho Soares e engenheiro Luiz Alexandre de Almeida membros da
comissão que estuda as soluções para o problema dos altos de Casa Amarela
apresentaram a proposta da Secretária de Habitação, que propunha a
desapropriação das terras. O engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">João Braga </span><span style="color: #ffa400;">destacou a importância da
Associação de Moradores de Casa Amarela na luta em defesa de toda a comunidade.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A comissão formada por técnicos da secretaria ficará em constante
contato com os moradores da Propriedade Marinho para resolver todos os
problemas que surjam a partir da desapropriação e o secretário </span><span style="color: #04ff00;">José Jorge</span><span style="color: #ffa400;"> se
comprometeu para após acertados os valores da indenização publicar
imediatamente no D.O.E o decreto de declaração de utilidade pública daquela
área. Depois de resolvida a questão de posse de terra, será colocada
pela secretaria a disposição dos moradores todas as linha de financiamento para
construção, reforma ou ampliação das casas. O local será urbanizado
procurando-se dotar aquela população de melhores condições de vida, frisou José
Jorge.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Muita luta </span><span style="color: #ffa400;">– Há 30 anos que os moradores das “Terras de
Ninguém” lutam para que o Governo desaproprie aquela área. Eles
consideraram depois de muitos estudos a desapropriação como única forma de se
resolver a difícil situação que atravessam a muitos anos. Um abaixo assinado
contendo cerca de 3 mil assinaturas foi enviado ao Presidente da República
narrando todo o drama dos moradores dos morros de Casa Amarela e pedindo
solução rápida para o problema o que vão conseguir agora com a intervenção da
Secretária de Habitação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Cerca de 10 mil famílias e 50 mil pessoas habitam aquela área na sua
maioria pagando aos proprietários uma taxa mensal conhecida como foro ou
aluguel de chão que é majorada anualmente. Eles acusam a empresa proprietária
de nunca ter realizado em 30 anos uma única benfeitoria no local. Em comissão,
os moradores procuraram o governador </span><span style="color: #04ff00;">Marco Maciel</span><span style="color: #ffa400;"> no início de sua
administração solicitando ajuda necessária para solução ao problema. O
governador prometeu que daria prioridade aquela área, e agora cumpre o
prometido através da Secretária de Habitação, em pouco mais de cinco meses
resolveu-se um problema que se arrastava ao longo de mais de 30 anos.
(Finalizou).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 12.275, de 3 de março de 1982, sancionado pelo
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">, desapropriou os lotes: 8, 9 e 10 da quadra “E”,
situados à </span><span style="color: #04ff00;">Rua Senador Milton Campos</span><span style="color: #ffa400;">, Loteamento Novo Mundo, no Vasco da
Gama, sendo os lotes declarados de utilidade pública.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 6 de julho de 1995, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Miguel Arraes</span><span style="color: #ffa400;"> entregou no Largo
Dona Regina, 1.128 títulos de terra em Casa Amarela, incluindo o
Vasco da Gama, </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Visgueiro</span><span style="color: #ffa400;">, nas áreas conhecida como
“Terras de Ninguém I.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 7 de julho de 1998, publicou a
seguinte nota:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Moradores de Terras de Ninguém conquistam posse definitiva da Terra</span><span style="color: #ffa400;"> –
Dizia o título – 281 famílias de Nova Descoberta e mais 87 do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, na
noite da última quinta-feira, 2/7, a</span><span style="color: #04ff00;"> posse definitiva dos lotes </span><span style="color: #ffa400;">em que moram,
numa ação do Governo Estadual, que através da Cohab, regularizou a situação das
famílias residentes na área conhecida como </span><span style="color: #04ff00;">“Terras de Ninguém”,</span><span style="color: #ffa400;"> que foi
adquirida pelo Governo à Empresa Imobiliária de Pernambuco.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O governador Miguel Arraes fez questão de entregar os títulos, no Largo
Dona Regina, em Nova Descoberta. Arraes disse que o povo de Casa Amarela tinha
uma tradição de luta, que desde 1970, briga pela posse da terra. Casa Amarela
simbolizou durante muito tempo as lutas populares do nosso Estado. Defendemos a
política da maioria.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Governo de Pernambuco até essa data já havia entregue mais de 8 mil
títulos de posse de terras definitiva na zona norte do Recife. Na semana
anterior, havia entregado 1.232 títulos nas localidades de Casa Amarela.
(Finalizou).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b></b></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4zXTR-OaxE3_OSlUE2bfOyi6t-HivhvxT-SXGeUDIETZtFclcd6QvmBKjdbZhd0xfEVCASiDiUboHRkMlu4swAtJWaeTN0Ac3YwG3pkeQDbxxRtL4tk3cLpuVmANPz1bFqR3HenyIS7oGiiiJVMYokgPg9ipeuBd-CF5AR-1ZVTJH8zf14mWu-BY723_O/s4608/Conj.%20Aderbal%20Galv%C3%A3oOriginal.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4zXTR-OaxE3_OSlUE2bfOyi6t-HivhvxT-SXGeUDIETZtFclcd6QvmBKjdbZhd0xfEVCASiDiUboHRkMlu4swAtJWaeTN0Ac3YwG3pkeQDbxxRtL4tk3cLpuVmANPz1bFqR3HenyIS7oGiiiJVMYokgPg9ipeuBd-CF5AR-1ZVTJH8zf14mWu-BY723_O/s320/Conj.%20Aderbal%20Galv%C3%A3oOriginal.jpg" width="320" /></a></b></span></span></div><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O Conjunto Habitacional Aderbal Galvão, foi entregue aos moradores em 2000. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></span></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">CONJUNTO HABITACIONAL ADERBAL GALVÃO</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 9 de julho de 1999, numa sexta-feira, no Palácio do Governo, o
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Roberto Magalhães</span><span style="color: #ffa400;">, participou da assinatura do primeiro contrato do
Programa de Arrendamento Residencial (PAR). O programa beneficiou cerca de 10
mil famílias de baixa renda no Recife e em catorze municípios. Na ocasião da
assinatura do contrato, o prefeito disse que nos próximos dias estaria
iniciando a construção do </span><span style="color: #04ff00;">Conjunto Habitacional Aderbal Galvão</span><span style="color: #ffa400;">, 353, na
Rua Vasco da Gama. Adiantou ainda, que o projeto previa a construção de 64
unidades habitacionais, com sala, dois quartos, cozinha e banheiro e que cada
unidade custaria R$ 19.300,00 reais, financiado em 15 anos e com prestações em
média de R$ 135,00 reais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A solenidade no Palácio do Governo contou com a presença do
vice-presidente da República, </span><span style="color: #04ff00;">Marco Maciel,</span><span style="color: #ffa400;"> do governador, </span><span style="color: #04ff00;">Jarbas
Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, do presidente da Caixa Econômica, </span><span style="color: #04ff00;">Emílio Carrazai</span><span style="color: #ffa400;"> e outras
autoridades.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de junho de 2000, a Prefeitura do Recife, anunciou que o
</span><span style="color: #ffa400;">Conjunto</span><span style="color: #ffa400;"> Habitacional Aderbal Galvão havia sido </span><span style="color: #04ff00;">concluído</span><span style="color: #ffa400;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de junho de 2000, foram feitos os </span><span style="color: #04ff00;">sorteios das 64 chaves</span><span style="color: #ffa400;"> na
sede do escritório de negócios da Caixa Econômica Federal, no bairro da Boa
Vista. (Finalizou). </span></span><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b><span style="color: #ffa400;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A RUA DA LAGOA </span></b><span style="color: #ffa400;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Depois da rua Vasco da Gama, a rua mais antiga do bairro, a </span><span style="color: #04ff00;">Rua da Lagoa</span><span style="color: #ffa400;">
(atual rua Japaratuba) é considerada a segunda rua mais antiga do bairro.
É uma importante artéria que liga o Vasco da Gama ao Morro da Conceição, passando pelo Largo Dom Luiz.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno em 26 de setembro de 1914, publicou a primeira
ocorrência registrada na antiga localidade do Arraial, chamado Vasco da Gama. O
jornal </span><span style="color: #04ff00;">publicou o seguinte: </span><span style="color: #04ff00;">“Casas Incendiadas”</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia a nota –
Às 12 horas do dia de ontem, à </span><span style="color: #04ff00;">rua da Lagoa</span><span style="color: #ffa400;">, no Arraial, incendiaram-se
duas casas de palha. A primeira, foi da residência do sr. João Costa Faria,
funcionário da Great Western e motivado pelo seguinte:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A esposa deste, dona Maria dos Reis Faria, após mandar fazer ligeira
limpeza no terreiro da casa, lançou, ela própria, fogo a umas folhas secas de
bananeiras, cuja fogueira, crescendo, atirou fagulhas ao teto da casa,
destruindo-a completamente e logo comunicando-se a outra vizinha, onde morava
dona Maria Alexandrina.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Os moveis foram salvos por populares e pela polícia local, que
desenvolveu atividade no sentido de extinguir o sinistro. As casas incendiadas
são de propriedade de dona Maria Cabral. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal “A Província” de 4 de outubro de 1929, publicou uma nota, onde
os moradores da </span><span style="color: #04ff00;">R</span><span style="color: #04ff00;">ua da</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Lagoa</span><span style="color: #ffa400;">, pediam providências ao prefeito solicitando
a limpeza e a mudança do nome da rua. </span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"> Os moradores da
rua da Lagoa, no Arraial, Freguesia do Poço, pedem ao prefeito da capital (referindo-se
ao prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Francisco da Costa Maia</span><span style="color: #ffa400;">), que lance as suas vistas para aquela
artéria, mandando fazer uma limpeza geral na estrada, desde a entrada da mesma
rua até o fim da Rua Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Os arvoredos precisam ser podados e a estrada acha-se muito suja de lixo
e capim. Pedem ainda um </span><span style="color: #04ff00;">novo nome</span><span style="color: #ffa400;"> para dita artéria. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>O CRIME DA RUA DO CANGAÇO</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Ermelino Julião dos Santos, se diz ser um dos primeiros moradores
do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">. No início da ocupação, os moradores não se preocuparam
em dá nomes as vielas improvisadas, apenas levantaram os seus mocambos e
asseguraram um lugar para morar. No entanto, após a consolidação do espaço é
que surgiram os primeiros nomes das vielas. Seu Ermelino explica:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">“A estrada nunca teve nome, nem depois que surgiram essas casas. Somente
no início deste século é que, não sei como, apareceu, de uma hora para outra, o
nome de </span><span style="color: #04ff00;">Rua do Cangaço</span><span style="color: #ffa400;">. Antes disso, porém, conhecia-se a estrada do
Cangaço, depois promovida a rua. Em 1917, houve um barulho aqui tão danado que
muita gente se mudou das vizinhanças para Santo Amaro. Num só dia apareceram
quatro pessoas mortas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Diziam que aqui viviam cangaceiros. Depois do Beco da Facada não
existia, no Recife uma região onde se matasse mais gente que nessa estrada”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Ermelino conta, que um </span><span style="color: #04ff00;">crime bárbaro</span><span style="color: #ffa400;"> chocou os moradores do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da
Foice</span><span style="color: #ffa400;">, ocorrido também, na Rua do Cangaço. Um crime que ele nunca
esqueceu. Conta ele: “O crime ocorreu por volta de 1917, por causa
de uma melancia. Naquele tempo se comprava melancia a mil réis o cento em São
Lourenço. Bem, por causa de uma melancia houve uma matança aqui horrorosa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Um mulato paraibano, por necessidade ou por vício deu na roça de um tal
</span><span style="color: #04ff00;">Marcolino Azeite Doce</span><span style="color: #ffa400;">. Marcolino vendia azeite que comprava de contrabando no
cais do porto. O mulato cujo nome não me lembro, roubou a tal melancia, chupou
e não escondeu as cascas. No dia seguinte, Marcolino soube da história e disse
que ia esfregar as cascas na cara do mulato, e esfregou no duro. Depois de dar
uma surra, deixou o mulato de cama por mais de dez dias.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Marcolino Azeite Doce</span><span style="color: #ffa400;">, tinha parte com a polícia e gozava de prestígio.
Todo mundo dizia que o mulato paraibano, tão logo convalescesse da pisa, se
mudasse daqui, mas que nada. Manhoso, o paraibano ficou de cama o tempo
inteiro, até que um dia fez o serviço.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Foi uma cena bárbara. O mulato, de noite, matou Marcolino, a esposa e os
dois filhos e ainda cortou a facão, as pernas do cachorro. E só não fez mais
porque uma pessoa que naquela hora, passava perto da casa de Marcolino, ouviu
os gritos e chamou a polícia para acudir a infeliz gente”. Finalizou. (Ermelino,
nasceu em 1881 e foi entrevistado pelo Diário de Pernambuco em 1953,
aos 72 anos).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A RUA DA PESTE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No início do século XX, os humildes e sofridos moradores do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da
Foice</span><span style="color: #ffa400;"> (atual Nossa Senhora de Fátima) batizavam suas vielas, baseados em
suas próprias tragédias, caracterizadas pela violência e pandemias. Num
ambiente, ainda esquecido pelos poderes públicos, sem a menor infraestrutura e
sem perspectivas por dias melhores, a </span><span style="color: #04ff00;">Rua do Cangaço</span><span style="color: #ffa400;"> representou a violência.
</span><span style="color: #04ff00;">A Rua da Peste</span><span style="color: #ffa400;">, representou uma das maiores pandemias que o mundo já teve,
a gripe espanhola (1918 a 1920), que dizimou milhares de pessoas em todo o
mundo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 2 de outubro de 1953 publicou: ...A </span><span style="color: #04ff00;">Rua da
Peste</span><span style="color: #ffa400;">, pelo fato de ser mais conhecida entre os moradores daqueles morros,
facilmente se pode situar as causas do aparecimento do seu nome. Ao que podemos
colher entre várias pessoas, a rua tornou-se célebre na época da espanhola. A
gripe despovoou completamente aquela modesta artéria do </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Daí porque lhe deram o oportuno não obstante esquisito, nome de </span><span style="color: #04ff00;">Rua da
Peste</span><span style="color: #ffa400;">. Finalizou.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_5tmT76s5ptyNFs7TuHeZQFtEGVIy3p-pgcDMdA_S4SYh3nipJM6VfXR-y2MT7hkJlmVaZbxzbtkw-dTFoHb3ipRDzBjUib3v_0xh4wMLmy9Qg-7LuQKEbjsNvCXesQ_oVEPj-EJA8xcehLStlkPaTIPUFuXRfLPDCcrrbZ9YtWW7w4bOotSiBme9US_K/s2848/%C3%B4nibus.VascodaGama62.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2161" data-original-width="2848" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_5tmT76s5ptyNFs7TuHeZQFtEGVIy3p-pgcDMdA_S4SYh3nipJM6VfXR-y2MT7hkJlmVaZbxzbtkw-dTFoHb3ipRDzBjUib3v_0xh4wMLmy9Qg-7LuQKEbjsNvCXesQ_oVEPj-EJA8xcehLStlkPaTIPUFuXRfLPDCcrrbZ9YtWW7w4bOotSiBme9US_K/s320/%C3%B4nibus.VascodaGama62.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Ônibus do Vasco da Gama da Empresa Borborema.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Diário de
Pernambuco/1962.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>O TRANSPORTE PÚBLICO</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O primeiro transporte público utilizado pelos moradores do Vasco da
Gama, foi o trem. Após a empresa inglesa </span><span style="color: #04ff00;">The Great Western of Brazil Railway
Company Limited </span><span style="color: #ffa400;">haver inaugurado a primeira etapa da Linha Férrea Norte em 24
de outubro de 1881, que ligava o Recife a Paudalho. Os </span><span style="color: #04ff00;">primeiros moradores</span><span style="color: #ffa400;"> do Vasco
da Gama </span><span style="color: #04ff00;">utilizavam os trens</span><span style="color: #ffa400;"> que passavam na atual Avenida Norte até 1952,
quando eles deixaram de circular. Também utilizavam os trens que circulavam na
estrada do Arraial em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 1947, o </span><span style="color: #04ff00;">transporte coletivo</span><span style="color: #ffa400;"> no Recife, contava com </span><span style="color: #04ff00;">70 bondes</span><span style="color: #ffa400;"> e quase
</span><span style="color: #04ff00;">300 ônibus</span><span style="color: #ffa400;">, entre registrados e clandestinos, conhecidos como jardineiras,
beliscadas e sopas. A </span><span style="color: #04ff00;">Pernambuco Tramways</span><span style="color: #ffa400;"> detentora da exploração de bondes no
Recife, exigiu do governo que fossem retirados de circulação todos os ônibus
que circulavam em Beberibe, Caxangá-Várzea, Tejipió e Casa Amarela. Diante
dos protestos da população, o governo não acatou o pedido da Companhia, que
alegava ter muitos prejuízos. O fato é que, com a negativa do governo do
Estado, a Pernambuco Tramways perdeu o interesse pelos bondes, o que causou sua
extinção.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Estadual Nº41, de 11 de dezembro de 1947 e do Decreto
Municipal Nº 74 de 14 de maio de 1948, o serviço de </span><span style="color: #04ff00;">ônibus à diesel foi
regulamentado</span><span style="color: #ffa400;">. Com isso, a </span><span style="color: #04ff00;">Empresa Borborema</span><span style="color: #ffa400;"> passou a servir a
população do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">. Nos anos de 1950, já era possível ver
circulando pelo Vasco da Gama algumas linhas de ônibus, umas regulamentadas,
outras clandestinas, que permitiam que pessoas andassem descalças, conduzissem
animais e mercadorias de feira. Já os ônibus regulamentados como o da
Borborema, era proibido até embarcar utilizando chinelo. </span><span style="color: #04ff00;">Circulavam</span><span style="color: #ffa400;"> ônibus
da Auto Viação Brasileira, Auto Viação Nordestina, Auto Viação Porto Rico, Auto
Viação Gomes, Auto Viação Canadense, Auto Viação Guanabara, Expresso Iracema, Rodoviária
Nossa Senhora das Neves, Auto Viação Gomes & Dalmay e Empresa Nossa Senhora
da Conceição. Muitas dessas empresas de ônibus funcionavam precariamente,
muitas delas possuíam apenas um ou dois ônibus e deixaram de funcionar antes de
terminar a década. Evidente, que as estradas ainda de terra e esburacadas não
facilitava e os ônibus quebravam com frequência, deixando o passageiro na mão.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado de 28 de agosto de 1950, publicou que a linha
do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> era servida por </span><span style="color: #04ff00;">sete ônibus</span><span style="color: #ffa400;"> da Borborema,
classificada como de 2ª classe e que a passagem custava CR$1,00 (Um cruzeiro),
e saía com intervalos de 45 minutos. Além dos ônibus do Vasco da Gama, a
população local contava com ônibus da Macaxeira, Av. Norte e Nova Descoberta
que trafegavam pela Avenida Norte.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno do dia 17 de setembro de 1953, publicou uma nota sobre
a nova linha de ônibus do Brejo de Beberibe, localidade também conhecida à
época por “Brejão”, onde o trajeto passava pela rua Vasco da Gama e servia a
comunidade. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Meio sutil de enganar o povo: Passagem de Cr$ 1,90</span><span style="color: #ffa400;"> – (dizia a
manchete) – No dia 13 do corrente, com festejos e um churrasco, foi inaugurada
a linha de ônibus para o Brejão, localidade situada um pouco além do Vasco da
Gama, no subúrbio de Casa Amarela.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura, atendendo aos reclamos dos moradores do Brejão, mandou
terraplenar a estrada, a partir do Vasco da Gama e autorizou as empresas </span><span style="color: #04ff00;">Borborema</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Suburbana</span><span style="color: #ffa400;"> a
fazerem a linha.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Passando os festejos, veio o desengano, pois aquelas empresas estão
cobrando Cr$ 1,90 (Um cruzeiro e noventa centavos) pela passagem, o que não se
justifica de forma alguma. </span><span style="color: #04ff00;">Camaragibe</span><span style="color: #ffa400;"> fica muito mais distante e a
passagem custa Cr$ 1,50. </span><span style="color: #04ff00;">Dois Unidos</span><span style="color: #ffa400;">, que fica também mais longe do que o
Brejão, é servido por ônibus cuja, a passagem custa apenas Cr$ 1,30.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Não sabemos se as empresas acima, por sua alta recreação, estabeleceram
aquele preço absurdo de Cr$ 1,90 – que lhes dá a possibilidade de na maioria
dos casos cobrar Cr$ 2,00 porque não há de estar sobrando moedas de dez
centavos lá para aquelas bandas, ou se tiveram a necessária autorização da
Diretoria de Fiscalização dos Serviços Públicos Municipais. O fato é que a
passagem dos ônibus do Brejão custa mais cinquenta centavos do que as passagens
mais elevadas das linhas de subúrbio e o serviço de ônibus está na obrigação de
intervir para acabar aquele abuso. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 1957, A </span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária Borborema</span><span style="color: #ffa400;"> instalou sua sede na </span><span style="color: #04ff00;">rua Rosália
Cisneiros,</span><span style="color: #ffa400;"> 170, Vasco da Gama. Já o Diário de Pernambuco em 2 de outubro de
1975, publicou um anúncio onde cita a sede social da Borborema Imperial
Transporte S.A, do empresário </span><span style="color: #04ff00;">Arthur Bruno Schwambach</span><span style="color: #ffa400;">, localizada à </span><span style="color: #04ff00;">rua
Luiz Cesário de Melo,</span><span style="color: #ffa400;"> 65, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em junho de 1960, a recém-criada </span><span style="color: #04ff00;">Companhia de Transportes Urbanos</span><span style="color: #ffa400;"> (CTU) pertencente
a Prefeitura do Recife, resolveu criar e </span><span style="color: #04ff00;">explorar </span><span style="color: #ffa400;">linhas de ônibus
elétricos na região de Casa Amarela, isto gerou um grande </span><span style="color: #04ff00;">descontentamento</span><span style="color: #ffa400;">
por parte das empresas de ônibus particulares que exploravam diversas
localidades deste populoso bairro. A </span><span style="color: #04ff00;">Empresa Borborema</span><span style="color: #ffa400;">, por exemplo, que era
uma grande empresa, pertencente ao empresário Arthur Bruno
Schwambach, e que explorava o transporte coletivo na região desde 1946 e
dominava o perímetro da avenida Norte, </span><span style="color: #04ff00;">foi deslocado</span><span style="color: #ffa400;"> pela CTU para a linha do
Vasco da Gama. Sentindo-se prejudicada, protestou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 14 de maio de 1963, aconteceu um grande </span><span style="color: #04ff00;">boicote das
empresas</span><span style="color: #ffa400;"> de ônibus </span><span style="color: #04ff00;">particulares</span><span style="color: #ffa400;"> em retaliação a CTU, que segundo seu
diretor-presidente Geraldo Porto de Mendonça, cento e oito ônibus particulares
deixaram de circular no Recife. O que representou um déficit de mais de cento e
trinta mil lugares a menos, obrigando a CTU a fazer um grande remanejamento em
diversas linhas. No entanto, era insuficiente e causou grande descontentamento
e revolta da população.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O representante das empresas particulares, Arthur Schwambach,
declarou através de nota, que a </span><span style="color: #04ff00;">CTU</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">agiu de forma arbitrária e abusiva,</span><span style="color: #ffa400;"> não
respeitando os contratos de funcionamento, outrora assinados, ao invadir as
localidades servidas pelas empresas particulares, especialmente a </span><span style="color: #04ff00;">Borborema</span><span style="color: #ffa400;">,
que dominava o transporte público em Casa Amarela, entre elas: Nova Descoberta,
Alto José do Pinho, Brejo, </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e outras mais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Depois de muitas reuniões e debates, as empresas de ônibus particulares
e a CTU, chegaram a um </span><span style="color: #04ff00;">acordo</span><span style="color: #ffa400;">, onde a Prefeitura abriu algumas </span><span style="color: #04ff00;">concessões</span><span style="color: #ffa400;"> o que
flexibilizou a volta da normalidade no transporte público na cidade. A Empresa
Borborema, voltou a servir a comunidade do </span><span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_RukMwBiOJzKdlL8c_rnt-5L0qSKKd6J8sdQ2mSWtGJYSpapC3jrbhjSU5lbv39YLxxI0BMhJFpsJviWP69uvFqBD9su8jRTPclMCW03KWjKu877QCmpr-h6zApcf_S37HbXDTozCMlfohRoRDKDO9OeCY4o30cXz_5Ailaw_f_8LkPlWZIlOaUx4d9qF/s720/%C3%94nibusAzulVasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="374" data-original-width="720" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_RukMwBiOJzKdlL8c_rnt-5L0qSKKd6J8sdQ2mSWtGJYSpapC3jrbhjSU5lbv39YLxxI0BMhJFpsJviWP69uvFqBD9su8jRTPclMCW03KWjKu877QCmpr-h6zApcf_S37HbXDTozCMlfohRoRDKDO9OeCY4o30cXz_5Ailaw_f_8LkPlWZIlOaUx4d9qF/s320/%C3%94nibusAzulVasco.png" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A CTU inaugurou em 1966, a linha Vasco da Gama com seis monoblocos
à diesel, além dos ônibus elétricos, que tinha seu terminal localizado na Rua Vasco da Gama, num largo, próximo a entrada da Rua Assunção .</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Facebook/autor desconhecido.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de novembro de 1966, A Companhia de Transportes Urbanos (CTU)
</span><span style="color: #04ff00;">inaugurou</span><span style="color: #ffa400;"> a linha de ônibus do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"> O Diário de Pernambuco, dois
dias depois, </span><span style="color: #04ff00;">publicou</span><span style="color: #ffa400;"> a seguinte nota:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Linha Inaugurada</span><span style="color: #ffa400;"> – (dizia o título) - Com a presença do prefeito
</span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucena,</span><span style="color: #ffa400;"> general </span><span style="color: #04ff00;">Viriato</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Medeiros</span><span style="color: #ffa400;"> (Presidente da CTU), engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">José
Mário Freire</span><span style="color: #ffa400;"> (Secretário de Viação e Obras), sr. </span><span style="color: #04ff00;">Eduardo Barbosa</span><span style="color: #ffa400;"> (Secretário de
Finanças), auxiliares municipais e mais de </span><span style="color: #04ff00;">duas mil pessoas</span><span style="color: #ffa400;">. Foi inaugurada
a </span><span style="color: #04ff00;">pavimentação</span><span style="color: #ffa400;"> da estrada do Vasco da Gama. Na mesma oportunidade, foi
inaugurada a </span><span style="color: #04ff00;">linha da CTU</span><span style="color: #ffa400;">, naquele populoso subúrbio, que faz parte do plano de
atendimento do circuito rodoviário da avenida Norte.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A nova linha de ônibus do Vasco da Gama será atendida por </span><span style="color: #04ff00;">oito ônibus
elétricos</span><span style="color: #ffa400;">, que farão o percurso via Macaxeira e avenida Norte, e </span><span style="color: #04ff00;">seis
monoblocos</span><span style="color: #ffa400;">, que passarão pela avenida Rui Barbosa. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 25 de novembro de 1966, publicou uma nota,
onde o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucena </span><span style="color: #ffa400;">declarou aos jornalistas que em 1967,
a CTU iria </span><span style="color: #04ff00;">monopolizar</span><span style="color: #ffa400;"> todo o sistema de transporte coletivo do Recife. Que a
Prefeitura era detentora de 99,9% das ações da CTU, portanto, era uma estatal
de fato.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Adiantou que o Presidente da República, general </span><span style="color: #04ff00;">Castelo Branco</span><span style="color: #ffa400;">, prometeu
isentar a CTU de uma dívida alfandegária no valor superior a 500 milhões de
cruzeiros. Augusto Lucena garantiu que após a conclusão da rede elétrica, das
quatro estações retificadoras, necessárias para o funcionamento dos elétricos e
aquisição de 45 ônibus elétricos à </span><span style="color: #04ff00;">Prefeitura de Belo Horizonte</span><span style="color: #ffa400;">, todo sistema
de transporte coletivo seria monopolizado no ano seguinte. O que realmente veio
a acontecer.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Depois de uma </span><span style="color: #04ff00;">batalha judicial</span><span style="color: #ffa400;"> intensa da Rodoviária Borborema contra a
CTU para manter a linha do Vasco da Gama, a </span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária Borborema</span><span style="color: #ffa400;"> acabou
</span><span style="color: #04ff00;">perdendo na justiça</span><span style="color: #ffa400;">, onde o juiz da 14ª Vara Cível, Antônio Dantas, no dia 27
de março do corrente, deu </span><span style="color: #04ff00;">ganho de causa</span><span style="color: #ffa400;"> a CTU. Mesmo assim, resistiu,
obrigando a CTU a recorrer ao Departamento de Concessões e Permissões que
determinou a pronta </span><span style="color: #04ff00;">retirada</span><span style="color: #ffa400;"> dos </span><span style="color: #04ff00;">dezoito ônibus</span><span style="color: #ffa400;"> da linha do Vasco da Gama, que
aconteceu em 10 de abril de 1967.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em nota, a CTU justificou que a Rodoviária Borborema só cobria 700
metros da rua Vasco da Gama até a avenida Norte e que a CTU já vinha operando
em toda extensão da citada avenida até a Cruz Cabugá com 24 ônibus.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">rixa </span><span style="color: #ffa400;">entre a CTU e a Rodoviária Borborema </span><span style="color: #04ff00;">agravou-se</span><span style="color: #ffa400;"> dias depois,
quando ônibus da Borborema insistiu em conduzir passageiros mesmo sem ter mais
a concessão para o Vasco da Gama. Fiscais e guardas municipais da Prefeitura do
Recife </span><span style="color: #04ff00;">apreenderam</span><span style="color: #ffa400;"> ônibus da Borborema.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 3 de março de 1967, publicou uma nota,
informando que a Prefeitura havia iniciado a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de
Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, e assegurou que após a sua conclusão, a CTU implantaria uma </span><span style="color: #04ff00;">nova
linha</span><span style="color: #ffa400;"> de ônibus que passaria pelo local e num futuro próximo, os ônibus
seguiria além do terminal do Vasco da Gama até o Córrego da Areia, em
Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de abril de 1967, o presidente do Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">Elson Pinto Souto</span><span style="color: #ffa400;">, emitiu uma </span><span style="color: #04ff00;">nota de
protesto</span><span style="color: #ffa400;"> que dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Sindicato...vem, de público, protestar veementemente contra a
arbitrária e ilegal apreensão, por parte da CTU, com auxílio de guardas e
fiscais da Prefeitura Municipal do Recife, dos ônibus da Empresa Rodoviária
Borborema, pertencente ao nosso associado </span><span style="color: #04ff00;">Arthur Bruno Schwambach</span><span style="color: #ffa400;">. Tal
arbitrariedade foi praticado quando os ônibus transportavam passageiros entre o
centro da cidade e o subúrbio do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com o flagrante desrespeito às
normas da Lei Nº 5.108 de 21 de setembro de 1966, cujo artigo nº 99 no inciso
1º, dispõe: “A apreensão de veículos não se dará enquanto estiver transportando
passageiros, carga perecível ou que possa vir a causar danos à segurança
pública, salvo se puder danificar a via terrestre ou a sinalização de
trânsito”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Não justifica essa atitude inqualificável, tanto mais quanto à
</span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária Borborema</span><span style="color: #ffa400;"> serve a população do Recife há quase vinte anos, a
contento de todos, sendo o Departamento de Concessões e Permissões do município
o primeiro a reconhecer esses valiosos serviços,...principalmente ressaltando o
grande auxílio público prestado por ocasião do colapso da </span><span style="color: #04ff00;">Pernambuco Autoviária
Limitada.</span><span style="color: #ffa400;"> Esquecendo tudo isso, fica o aludido Departamento a apoiar os
desmandos da CTU, sociedade organizada com base em lei inconstitucional, porque
contraria os princípios que asseguram os direitos adquiridos e de propriedade,
o livre exercício de profissão e a liberdade de iniciativa. O certo seria a </span><span style="color: #04ff00;">CTU</span><span style="color: #ffa400;">
colocar os ônibus elétricos usados e os diesel novos recentemente adquiridos no
sul do país, nas linhas exploradas deficientemente pela mesma companhia.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A par disso, a CTU julga-se com direito de negociar as linhas que não
lhe convém explorar, a fim de aumentar a sua renda e, com isto, poder defender
demagogicamente a manutenção da atual tarifa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Afinal, o repelente monopólio que a CTU pretende exercer contraria os
legítimos interesses da população recifense, sempre aumentar, cada dia mais,
como também vem ferir os direitos das empresas que tão bem tem servido ao
Recife, com longa experiência que possuem no ramo do transporte. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de abril de 1967, foi realizada uma reunião na Prefeitura
Municipal do Recife com as presenças dos senhores vereadores </span><span style="color: #04ff00;">Aristófanes de
Andrade</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Wandenkolk Wanderley</span><span style="color: #ffa400;">; dr. Latache (Procurador da Prefeitura); Coronel
Cavalcanti (Chefe do Departamento de Concessões e Permissões); General Machado
(Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte); General Viriato de
Medeiros, dr. Penha Brasil, Bruno Schwambach e outros empresários.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Foi </span><span style="color: #04ff00;">sugerido</span><span style="color: #ffa400;"> pela Prefeitura, a absorção do pessoal da Rodoviária
Borborema pela </span><span style="color: #04ff00;">CTU</span><span style="color: #ffa400;"> e aquisição de seus dezoito ônibus, sendo </span><span style="color: #04ff00;">oferecida</span><span style="color: #ffa400;"> a linha
da </span><span><span style="color: #04ff00;">Vila do Ipsep.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 7 de janeiro de 1975, a CTU, </span><span style="color: #04ff00;">solicitou</span><span style="color: #ffa400;"> a </span><span style="color: #04ff00;">transferência do
terminal</span><span style="color: #ffa400;"> de ônibus, no bairro do Recife, para o Cais do Porto, alegando que
grande parte dos trabalhadores do Vasco da Gama exerciam suas atividades lá.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 19 de junho de 1976, publicou que a CTU
adquiriu 118 ônibus da Mercedes Benz. Com essas aquisições a frota ficou com
388 coletivos, sendo 105 elétricos, 245 convencionais e 38 opcionais. Adiantou
que, desses, 132 reforçariam as linhas do Córrego do Jenipapo, Córrego do
Euclides, </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e Casa Amarela.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 12 de outubro de 1978, publicou uma nota onde o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Santiago</span><span style="color: #ffa400;"> se queixa da CTU: Segundo o vigário Severino Santiago, os moradores reclamam da CTU, que atende o bairro de maneira bastante inferior ao da empresa de ônibus </span><span style="color: #04ff00;">Borborema</span><span style="color: #ffa400;">, que já serviu o Vasco da Gama. "A diferença é imensa entre as duas empresas e toda a população preferia a Borborema que atendia muito bem e tinha um método de serviço organizado. Finalizou.</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 4 de agosto
de 1980, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">, regulamentou o funcionamento dos
chamados </span><span style="color: #04ff00;">“Taxis-Lotação”</span><span style="color: #ffa400;"> o embrião do transporte complementar no
Recife. A princípio foram criadas oitos linhas: San Martin, Engenho do Meio,
Ibura – UR-2 e UR-11, Peixinhos, Água Fria, Ipsep e </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama,</span><span style="color: #ffa400;"> onde a
passagem custava Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros).</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 19 de dezembro de 1980, foi </span><span style="color: #04ff00;">inaugurada</span><span style="color: #ffa400;"> a linha 546-Vasco da
Gama/Cruz Cabugá, sendo operada por sete ônibus da </span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária</span><span style="color: #04ff00;"> Pedrosa</span><span style="color: #ffa400;"> e a passagem
custando Cr$ 10,00 (dez cruzeiros). O terminal no </span><span style="color: #04ff00;">Visgueiro</span><span style="color: #ffa400;"> e o ponto
de retorno no Cais da Alfandega, no bairro do Recife.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através da Portaria Nº 99 de 16 de janeiro de 1981, a Empresa
Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), cria a linha 108-Vasco da
Gama/Derby, operada pela </span><span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária Pedrosa.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado em 4 de setembro de 1982, publicou o aumento
das passagens dos ônibus do Grande Recife. Os ônibus que faziam a linha do
Vasco da Gama eram servidos pela Rodoviária Pedrosa: 645- Vasco da
Gama (João de Barros), 646- Vasco da Gama (Cruz Cabugá) estes, a passagem
passou a custar Cr$ 38,00 (trinta e oito cruzeiros); 306-Vasco da Gama (Derby)
Cr$ 50,00; e 202- Boa Viagem (Vasco da Gama) que depois passou a ser servida
pela </span><span style="color: #04ff00;">Empresa Borborema</span><span style="color: #ffa400;">, a passagem passou a custar Cr$ 57,00 (cinquenta e sete
cruzeiros). A Rodoviária Pedrosa, ainda mantinha a linha 612- Brejo (Vasco da
Gama), com a passagem à Cr$ 38,00 (trinta e oito cruzeiros).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através da Resolução Nº 022 de 5 de novembro de 1991, o Conselho
Metropolitano de Transportes Urbanos (CMTU) criou a linha 660- Vasco da
Gama/Fereiro, que tinha como </span><span style="color: #04ff00;">destino a feira</span><span style="color: #ffa400;"> de Casa Amarela. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de agosto de 1993, os ônibus da linha </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Refúgio</span><span style="color: #ffa400;">,
vindo de Nova Descoberta, passaram a trafegar pela rua Vasco da Gama, sendo uma
nova opção de transporte para a comunidade, com uma vantagem, os ônibus iam até
a Prefeitura do Recife, uma velha reivindicação dos moradores do Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Lúcia Recena</span><span style="color: #ffa400;">, chefe do Departamento de Programação do Sistema da EMTU,
</span><span style="color: #04ff00;">ressaltou:</span><span style="color: #ffa400;"> - Com a mudança, será possível atender as duas comunidades ao mesmo
tempo. Na inclusão da rua Vasco da Gama, solucionamos a questão de levar os
passageiros do bairro até a Prefeitura sem criar uma outra linha, que
aumentaria o custo do sistema. Finalizou.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYSbAmHbuN3E3ksAlrx1xBuvU5RRxCpxRpyXtoIH_XVAjXtSCReLYm2yBLiPV_DB1xEz3flmTrRvbhq2RydsuPRuzSqpWFs_LERCml0I6LWD__yKzj6wN8Nu4eo1yd6CieYykiXCXwnNODR_2JQTYe1Y3T55nCPu-obQ6BjueXNcffBE_stM-lajxwyaHP/s320/onibusComplementarVasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="223" data-original-width="320" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYSbAmHbuN3E3ksAlrx1xBuvU5RRxCpxRpyXtoIH_XVAjXtSCReLYm2yBLiPV_DB1xEz3flmTrRvbhq2RydsuPRuzSqpWFs_LERCml0I6LWD__yKzj6wN8Nu4eo1yd6CieYykiXCXwnNODR_2JQTYe1Y3T55nCPu-obQ6BjueXNcffBE_stM-lajxwyaHP/s1600/onibusComplementarVasco.png" width="320" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A criação dos ônibus complementares em 2003, facilitou em muito aos
moradores do Vasco da Gama que circulam por todos os locais de difícil acesso
com seus micro-ônibus. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Anderson Miguel.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em abril de 2003, foi aprovada a lei municipal Nº 16.856, regulamentando
o </span><span style="color: #04ff00;">Sistema de Transporte</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Complementar de Passageiros (STCP)</span><span style="color: #ffa400;">, já que o transporte
alternativo vinha sendo feito por meios de kombis, vans e toyotas de
maneira desordenada, causando grandes transtornos nos bairros periféricos e no
centro do Recife. No dia 12 de julho deste ano, todos os veículos que faziam o
transporte alternativos, foram impedidos de entrar nas vias de acesso ao centro
do Recife. A partir do dia 15 de julho, os veículos que descumpriram a lei,
foram apreendidos pela CTTU e removidos ao depósito, sendo aplicadas multas no
valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Com a </span><span style="color: #04ff00;">criação</span><span style="color: #ffa400;"> do transporte complementar, 152 novos ônibus, entraram em
circulação no Recife. No </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, foram criadas as linhas: 106- Alto
Nossa Senhora de Fátima/Vasco da Gama/via Academia da Cidade, e 109- Alto
Esperança/Alto da Favela/Vasco da Gama. Estes ônibus transportam passageiros
dentro do próprio bairro, através de micro-ônibus em locais estreitos e de
difícil acesso.</span></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Atualmente, o bairro do Vasco da Gama, conta com duas importantes vias:
a</span><span style="color: #04ff00;"> rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, sua principal via, pois liga a Avenida Norte à Nova
Descoberta. E a extensa </span><span style="color: #04ff00;">rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, que liga alguns morros locais e
ao Córrego do Euclides. Os moradores do Vasco da Gama são servidos pelos ônibus
das empresas: </span><span style="color: #04ff00;">Transportadora Globo</span><span style="color: #ffa400;"> e a </span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária Pedros</span><span style="color: #ffa400;">a, sendo
beneficiados pelas linhas: 630- Vasco da Gama/Derby, com terminal no Córrego da
Bica, em Nova Descoberta; 680- Vasco da Gama/Afogados; 621- Alto Treze de Maio;
622- Vasco da Gama/via Cruz Cabugá; 623- Vasco da Gama/via João de Barros; 624-
Brejo/via Conde da Boa Vista; Linha Complementar 106- Alto Nossa Senhora de
Fátima/Vasco da Gama/via Academia da Cidade; Linha Complementar 109- Alto
Esperança/Vasco da Gama/via Alto da Favela. (Finalizou).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>A VIRADA DO BONDE</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno, em 12 novembro de 1927, publicou a notícia de um
acidente com um </span><span style="color: #04ff00;">bonde</span><span style="color: #ffa400;"> da Pernambuco Tramways que puxava dois reboques na
entrada do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">. O jornal </span><span style="color: #04ff00;">publicou:</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Um bonde que vira ficando um
passageiro contundido</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia a manchete – Pouco mais ou menos pelas 7 horas da
manhã de hoje, quando fazia curva fechada, da </span><span style="color: #04ff00;">rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em
Casa Amarela, o bonde Nº4 no qual servia um motorneiro o chapa 738, aconteceu
virar o veículo que puxava dois reboques indo ao solo, sem que por cúmulo de
felicidade se verificasse graves consequências, apenas o passageiro de nome
</span><span style="color: #04ff00;">Euclides Luiz de França</span><span style="color: #ffa400;">, branco, solteiro, de 17 anos de idade, suineiro,
residente em Casa Amarela, o qual recebeu várias contusões pelo corpo, sendo
socorrido pela Assistência Pública.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Incontestavelmente o acidente que oras registramos é desses que estão a
reclamar uma punição enérgica para o motorneiro que guiava o carro acidentado,
visto como só um excesso de velocidade, uma imprudência criminosa desta
natureza poderia determinar esse desastre que se passou sem graves
consequências, o qual poderia ter todavia acarretado a morte de muitos
passageiros.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Ao posto da Assistência compareceu poucas horas após o acidente o </span><span style="color: #04ff00;">Dr.
Gomes Porto</span><span style="color: #ffa400;">, advogado da Pernambuco Tramways, que fez transportar a vítima do
desastre para sua residência em seu próprio automóvel, tomando várias providências
para que fosse o seu tratamento feito por conta da Companhia. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Obs: Os bondes nunca circularam pela Avenida Norte na condução de
passageiros, no entanto, alguns eram utilizados pela Pernambuco Tramways para
serviços de manutenção e para reboque de vagões. A empresa mantinha uma oficina
na entrada da rua Vasco da Gama.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJmg5L7zTJzYDqWGP-xt1-_dmBxbFVsCdZB1Jxz6KaJ0qc7aEh8YC6H61l4prwsqDcRfKhxN0LYDDuRrnO_u2Kaz_t0XWZXaR-5athtiAwlHm0MSlNGvC0Fnr9s8HHjAt5vdiPnIKVlBFRF88I2DcoLscB8Oth7tFEMznNE8-TfQB6etantvuSqnMiPhv/s989/GravuraCarnaval1933.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="989" data-original-width="498" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJmg5L7zTJzYDqWGP-xt1-_dmBxbFVsCdZB1Jxz6KaJ0qc7aEh8YC6H61l4prwsqDcRfKhxN0LYDDuRrnO_u2Kaz_t0XWZXaR-5athtiAwlHm0MSlNGvC0Fnr9s8HHjAt5vdiPnIKVlBFRF88I2DcoLscB8Oth7tFEMznNE8-TfQB6etantvuSqnMiPhv/s320/GravuraCarnaval1933.png" width="161" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O animado carnaval de rua do Vasco da Gama, teve os primeiros registros
na década de 1930. </span><span style="color: #ffa400;">Gravura: Ilustrativa/ Fantasia de pierrot/ Diário da
Manhã/1933.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><span style="color: #04ff00;">NOTAS DOS ANTIGOS CARNAVAIS DO VASCO DA GAMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 25 de fevereiro de 1933, publicou a primeira
nota sobre o carnaval no Vasco da Gama. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Baile a fantasia na rua Vasco da Gama </span><span style="color: #ffa400;">- dizia o título – Na residência
do </span><span style="color: #04ff00;">sr. Manuel Câmara,</span><span style="color: #ffa400;"> sita à rua Vasco da Gama, terá lugar hoje, um baile a
fantasia, que pelos seus preparativos promete revestir-se do maior
brilhantismo. Antes de iniciar-se o referido baile, travar-se-á uma animada
batalha de confetes e serpentinas. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 5 de fevereiro de 1941, </span><span style="color: #04ff00;">publicou:</span><span style="color: #ffa400;"> A Troça
Carnavalesca Mista </span><span style="color: #04ff00;">“Carregadores em Folia”</span><span style="color: #ffa400;"> realizará, hoje, o último
ensaio para acerto de marchas, na residência do associado </span><span style="color: #04ff00;">Manoel Júlio</span><span style="color: #ffa400;">, na rua
Vasco da Gama. Sua orquestra, composta de vinte e cinco figuras, executará uma
série de marchas, destacando-se as seguintes: Sorriso de Alzira; Vanise; Brinca
quem pode; Caroá; Cara de urso; Este ano tu não sai; Marcha regresso; e Eu
choro de saudades. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O PRIMEIRO PONTO COMERCIAL</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;"> O Diário Oficial do Estado, em 7 de maio de 1936, publicou nota
sobre o primeiro ponto comercial do Vasco da Gama, registrado na Fazenda do
Estado, foi uma </span><span style="color: #04ff00;">quitanda</span><span style="color: #ffa400;"> montada na rua Vasco da Gama, nº79,
pertencente ao </span><span><span style="color: #04ff00;">sr. Miguel Barbosa.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6tIGSPoW4RYqRvGP4tSJkdfHDtICkFxFALCiLLYp_ILvNTRIScsa9lJyIpeARPC4lz6O5ayyP5J8-bDaWMKPtdZ2hMPkugcQHP3b0lk30GVIQxXTAEcmU6gQ2xZqfCOjhVbVtdc2WJu8R-5Jar8mryUc9Lf3uqK0ZEWpEtLclyMWKBoneNuiwFQB5i_Gq/s320/AnuncioTramways53.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="251" data-original-width="320" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6tIGSPoW4RYqRvGP4tSJkdfHDtICkFxFALCiLLYp_ILvNTRIScsa9lJyIpeARPC4lz6O5ayyP5J8-bDaWMKPtdZ2hMPkugcQHP3b0lk30GVIQxXTAEcmU6gQ2xZqfCOjhVbVtdc2WJu8R-5Jar8mryUc9Lf3uqK0ZEWpEtLclyMWKBoneNuiwFQB5i_Gq/s1600/AnuncioTramways53.png" width="320" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Anúncio de 1953, da antiga companhia pernambucana de eletricidade,
Pernambuco Tramways, responsável pelas primeiras ligações da iluminação pública
no Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Fonte: Jornal Pequeno/Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><span style="color: #04ff00;">ILUMINAÇÃO PÚBLICA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">iluminação pública</span><span style="color: #ffa400;"> na comunidade do Vasco da Gama começou a ser
instalada em 1937, através da companhia de eletricidade, Pernambuco
Tramways. A </span><span style="color: #04ff00;">rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> foi a primeira a receber energia elétrica, de
forma lenta, gradativa, precária e com baixa voltagem. Isso, acarretava danos
aos eletrodomésticos e lâmpadas, que não suportavam as constantes quedas de
energia e queimavam com facilidade.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 14 de setembro de 1937, os moradores do Vasco da Gama,
diante desta situação, se uniram aos moradores das ruas Padre Lemos,
Nova Descoberta, Avenida Norte e Beco do Quiabo, para </span><span style="color: #04ff00;">protestar</span><span style="color: #ffa400;">, pois, passavam
pelos mesmos problemas, e encaminharam à </span><span style="color: #04ff00;">Pernambuco Tramways</span><span style="color: #ffa400;">, o Ofício Nº 994
para as devidas providências.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através do Ofício Nº 1623 de 3 de outubro de 1944, a Prefeitura do
Recife, autoriza a Pernambuco Tramways a instalar iluminação pública na última
travessa da rua Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de fevereiro de 1949, o vereador </span><span style="color: #04ff00;">Heitor Pereira</span><span style="color: #ffa400;">,
apresentou na Câmara Municipal do Recife, o projeto de lei Nº 40, solicitando a
iluminação pública da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. O
projeto foi aprovado no dia 22 de outubro deste mesmo ano.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Requerimento Nº 153, de 17 de maio de 1951, de autoria do
vereador </span><span style="color: #04ff00;">Miguel Mendonça</span><span style="color: #ffa400;">, solicitou que todo arrabalde do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">,
fosse beneficiado com a instalação da iluminação pública.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 126, de 22 de junho de 1951, determinou que a
iluminação pública da </span><span style="color: #04ff00;">rua Aviador Rego Barros</span><span style="color: #ffa400;">, fosse lançado no Programa
de Obras Novas no exercício de 1952. A sessão foi presidida pelo presidente da
Câmara, Wandenkolk Wanderley.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 1590, de 11 de dezembro de 1951, determinou que a
iluminação pública da </span><span style="color: #04ff00;">rua Esperança</span><span style="color: #ffa400;">, transversal a rua Vasco da Gama,
fosse lançado no Programa de Obras Novas do exercício de 1952. A sessão foi
presidida pelo presidente da Câmara, Wandenkolk Warderley.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Através do Ofício Nº 1813, de 15 de julho de 1952, a Câmara Municipal do
Recife, autoriza o prefeito Antônio Pereira, a instalação de iluminação pública
na sequência da </span><span><span style="color: #04ff00;">rua Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Requerimento Nº 153, de 19 de junho de 1953, de autoria do vereador
Sérgio Godói e Vasconcelos, solicitando ao prefeito </span><span style="color: #04ff00;">José do Rego Maciel</span><span style="color: #ffa400;"> a
instalação de </span><span style="color: #04ff00;">seis postes</span><span style="color: #ffa400;"> de iluminação pública em continuação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da
Gama</span><span style="color: #ffa400;"> até o </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Visgueiro</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 2879, de 15 de junho de 1954, autorizou o prefeito
José do Rego Maciel a instalar iluminação pública no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;"> (atual
Alto Nossa Senhora de Fátima). A sessão na Câmara Municipal foi presidida por
Antônio Moury Fernandes.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de setembro de 1958, a Prefeitura Municipal do Recife efetuou o
pagamento a Pernambuco Tramways pela instalação de iluminação pública da </span><span style="color: #04ff00;">Rua
Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de julho de 1964, o governador Paulo Guerra, solicitou ao
secretário de viação e obras para estudar a possibilidade de ser efetuado o
serviço de iluminação pública para o </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Depois de muitos anos de estudos, finalmente o </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de
Fátima</span><span style="color: #ffa400;"> foi beneficiado com a instalação da iluminação pública que ocorreu entre
os dias 19 e 24 de outubro de 1966, na gestão do governador Paulo Guerra, e
custou CR$ 150.511,00 (Cento e cinquenta mil, quinhentos e onze cruzeiros).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em janeiro de 1967, a Prefeitura Municipal do Recife, na gestão do
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucena</span><span style="color: #ffa400;">, troca toda iluminação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, por lâmpadas
a vapor de mercúrio. Em agosto de 1982, a prefeitura começou a trocar as
lâmpadas a vapor de mercúrio pelas de vapor de sódio do tipo
“unalux”. Este sistema contribuiu para aumentar em quase o dobro, a capacidade
de iluminação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 7 de agosto de 1968, </span><span style="color: #04ff00;">publicou</span><span style="color: #ffa400;"> uma nota, onde o
prefeito Augusto Lucena durante os preparativos para a inauguração da
pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, solicitou
que a Celpe fizesse toda a mudança da rede elétrica da referida rua. A nota
dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura do Recife está aguardando apenas que a Companhia de
Eletricidade de Pernambuco (Celpe) retire os postes que estão fora de
alinhamento para proceder a inauguração da pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">rua Dois de
Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. A Celpe por sua vez, já iniciou a solicitação da
Prefeitura, a mudança de toda rede elétrica que servirá aquela artéria, numa
extensão de um quilômetro por sete metros de largura. Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 18 de setembro de 1970, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Geraldo Magalhães Melo</span><span style="color: #ffa400;">,
inaugurou a nova iluminação a vapor de mercúrio do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, no
Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de outubro de 1970, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Geraldo Magalhães Mel</span><span style="color: #ffa400;">o,
inaugurou a iluminação pública do </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b></b></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQIpja7FZs3y6C69Bx5UD9w-9OaogsmF8uroOGA3rBz3hgQ023sy9kjdxRSvZJa7QVpIjJ5o1yJx7EHmx497r3NeYk5g5ZtOcd3rZpudtQ-zZMB_nD_9xe6kV70OvGt1yZYNz6vf9ofubnKfexA0mgttUkSzNYk56dTUqA6tA5hYOddRnI5DpMt1XRSGWP/s4395/original_ff887509-b3d8-44ed-869c-a13cf069941a_IMG_20230715_125751539.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4395" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQIpja7FZs3y6C69Bx5UD9w-9OaogsmF8uroOGA3rBz3hgQ023sy9kjdxRSvZJa7QVpIjJ5o1yJx7EHmx497r3NeYk5g5ZtOcd3rZpudtQ-zZMB_nD_9xe6kV70OvGt1yZYNz6vf9ofubnKfexA0mgttUkSzNYk56dTUqA6tA5hYOddRnI5DpMt1XRSGWP/s320/original_ff887509-b3d8-44ed-869c-a13cf069941a_IMG_20230715_125751539.jpg" width="320" /></a></b></span></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Equipe do Treze do Vasco de 1994 (Esq. para dir.) em pé, Major Roque (vice-presidente) de boné escuro, Vado (diretor de futebol) de boné branco, agachados: Beto (7), Berg (15), Lula (3), os demais, sem identificação. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: arquivo pessoal de Carlinhos do Urso.</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><b><span style="color: #04ff00;">AGREMIAÇÕES ESPORTIVAS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Geralmente, todos os bairros do Recife, tem suas agremiações amadoras de
futebol, o chamado futebol de várzea. No bairro do Vasco da Gama, não foi
diferente, o futebol de várzea sempre foi a principal diversão dos bairros
periféricos, é uma atividade esportiva que não requer muito investimento, basta
apenas uma bola e um campo de terra ou de grama, isto já é o bastante para
iniciar a peleja.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 1940, foi fundado o</span><span style="color: #04ff00;"> primeiro clube </span><span style="color: #ffa400;">de várzea do Vasco da
Gama, o </span><span style="color: #04ff00;">Onze da Vila Esporte Clube</span><span style="color: #ffa400;">. Este clube foi o mais badalado da década.
No ano seguinte, o Onze da Vila conquistou a taça de campeão amador
infantil da cidade do Recife.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de novembro de 1941, o Onze da Vila, inaugurou sua </span><span style="color: #04ff00;">praça de
esportes</span><span style="color: #ffa400;"> na Rua Vasco da Gama. Num dia festivo, foram realizados três jogos
inaugural: Na preliminar, jogaram o juvenil do Santa Cruz contra a Seleção do
Maranhão, e em seguida, jogaram o </span><span style="color: #04ff00;">Onze da Vila</span><span style="color: #ffa400;"> e o Paulicéa, tendo o
time da casa vencido os dois jogos. O segundo quadro venceu por 2 a 1 e a
equipe principal venceu por 2 a 0, gols de Diomedes e Aristides. O árbitro foi
o sr. Américo Lins.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 27 de novembro de 1947, publicou uma triste
nota para os desportistas e moradores do Vasco da Gama. Um dos grandes
destaques da equipe juvenil do </span><span style="color: #04ff00;">Onze da Vila</span><span style="color: #ffa400;">, campeão da cidade do Recife, o
ponta esquerda, </span><span style="color: #04ff00;">Tutu, morreu afogado no açude de Apipucos</span><span style="color: #ffa400;">. A nota
dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Morreu um jogador do Onze da Vila</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia o título – Quando se
banhava, ontem, às 14 horas, no açude de Apipucos, pereceu afogado o jovem
Nelson Antônio de Souza (Tutu), ponteiro-esquerdo do quadro juvenil do
Onze da Vila.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">A dolorosa notícia, logo que foi divulgada, causou geral consternação,
dado o grau de estima em que era tido o moço desportista. Afável, esforçado, e
de exemplar conduta. Nelson constava com a amizade e a verdadeira admiração,
não só de seus companheiros e diretores, como também de inúmeros fãs,
apreciadores do seu jogo de classe.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Inscrito no quadro do Itamaracá, disputaria o campeonato interno de futebol
deste ano, do campeão infanto-juvenil da cidade, onde era figura de destaque,
como excelente jogador, ele tinha 17 anos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O enterramento realizou-se ontem às 16 horas, no </span><span style="color: #04ff00;">cemitério de Casa
Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, saindo o féretro da residência de seus pais, à </span><span style="color: #04ff00;">rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">,
nº55. Antes de baixar o corpo à sepultura, falou o capitão </span><span style="color: #04ff00;">Américo Lins e
Silva</span><span style="color: #ffa400;">, presidente do Onze da Vila, que teve oportunidade de exprimir a saudade
que o jovem Tutu deixava no seio dos seus amigos e companheiros de clube.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Onze da Vila</span><span style="color: #ffa400;"> resolveu suspender imediatamente todas as suas
atividades, decretando luto oficial por oito dias em sinal de pesar. Finalizou.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAFTUgyQYs-xUwoWSskp7DR_t_ckRUe-iZOAvfBBMgKI63rCYSD7k-CDVjhYt0P08t8baHPu-dDTq9twY932NQqBNp_YzrZDOERyv8sxcnVeeICEvbdgPy0FBZUbywBrbKdEhEMuqDIJWOj1juvbmONImIfPo552nivNnc7fufC8IhYcZnu3LkS2EKX0Al/s4404/original_d66c1aa0-85dc-4f09-8737-39742b898b8e_IMG_20230715_130311189.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2966" data-original-width="4404" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAFTUgyQYs-xUwoWSskp7DR_t_ckRUe-iZOAvfBBMgKI63rCYSD7k-CDVjhYt0P08t8baHPu-dDTq9twY932NQqBNp_YzrZDOERyv8sxcnVeeICEvbdgPy0FBZUbywBrbKdEhEMuqDIJWOj1juvbmONImIfPo552nivNnc7fufC8IhYcZnu3LkS2EKX0Al/s320/original_d66c1aa0-85dc-4f09-8737-39742b898b8e_IMG_20230715_130311189.jpg" width="320" /></a></span></div><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><b><span style="color: #04ff00;">Diretoria do Treze do Vasco nos anos de 1990, reunida em sua sede, que recentemente foi demolida. Infelizmente, a agremiação foi extinta. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: arquivo pessoal de Carlinhos do Urso.</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 1º de novembro de 1949, era fundado o </span><span style="color: #04ff00;">Treze do Vasco Futebol Clube</span><span style="color: #ffa400;">,
na Rua Vasco da Gama, nº 360. Há quem diga, que: “quem não conhece o Treze, não
conhece o Vasco da Gama”. O clube no início de suas atividades afiliou-se a Federação Pernambucana de Desportos e participava da Liga Amadora de Futebol, uma especíe de 2ª divisão. Entre 1978 e 1980, foi o representante do bairro no maior torneio de futebol amador do país, a Copa Arizona, patrocinado pela fabricante de cigarros Souza Cruz e teve a cobertura do Diário de Pernambuco. Em 1984, montou uma forte equipe, que disputou a 3ª divisão do Campeonato Pernambucano de Futebol, da F.P.F até a primeira metade dos anos de 1990. Sua sede social viveu seu auge nos anos de 1970 a 1990, com suas noites calorosas da velha gafieira que acontecia nos
finais de semana. Quem pode esquecer dos antigos bregas, guarachas, merengues,
executados no Treze do Vasco. Grandes grupos musicais da região e cantores dos anos de 1970 e 1980, se apresentaram em seus inesquecíveis bailes, como: Conjunto Os Iguais, Conjunto The Birds, Conjunto The Super Star, Eletrobanda, Grupo Raça, Grupo Corrente de Força e os cantores Carlos Alexandre, Paulo Tony, Cosmo Costa, Valéria Vanda e muitos outros. Quem não gostava desses gêneros
musicais, apreciavam os sons das discotecas lá no salão de festas da igreja de São Sebastião, denominado </span><span style="color: #04ff00;">"Conselho"</span><span style="color: #ffa400;">, organizado pelo
</span><span><span style="color: #04ff00;">padre Severino Santiago. </span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 12 de outubro de 1978, publicou uma nota onde o padre Severino Santiago fez uma reclamação em desfavor ao Treze do Vasco, a nota dizia o seguinte:</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span><span style="color: #ffa400;">O padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, falou sobre a barulheira e a molecagem que incomoda os moradores da Rua Vasco da Gama, nas imediações do </span><span style="color: #04ff00;">Clube 13.</span><span style="color: #ffa400;"> "Sempre que há festa naquele local, ninguém dorme pois seus frequentadores falam e gritam alto e sempre há briga e saem bêbados. As queixas são muitas e é necessário que haja policiamento à noite. Finalizou.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6u91S_ZcFJ4NcEBZbNagMzx2F5g8EbIAvFF9sbp2kRIIketqUAgg-5zPGAF08C40x7rASnkU20phIhKODTLwyBjL4pwlI0E-za3tsEXl2VCFPJebo7IhZawP5HFkBa3FqS3CQcGRRcdzXkDCmLk5H4OFtHhLy1tIFXKoFA6H5TyQZYXAH0SCX0FKTQ17_/s1018/Sede13Vasco2011.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1018" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6u91S_ZcFJ4NcEBZbNagMzx2F5g8EbIAvFF9sbp2kRIIketqUAgg-5zPGAF08C40x7rASnkU20phIhKODTLwyBjL4pwlI0E-za3tsEXl2VCFPJebo7IhZawP5HFkBa3FqS3CQcGRRcdzXkDCmLk5H4OFtHhLy1tIFXKoFA6H5TyQZYXAH0SCX0FKTQ17_/s320/Sede13Vasco2011.png" width="226" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">A sede do Treze do Vasco em 2011, quando ainda estava em funcionamento. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2011.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Foi a partir de maio de 2005 a setembro de 2020, que o </span><span style="color: #04ff00;">Treze do
Vasco</span><span style="color: #ffa400;"> começou a enfrentar sérios problemas com a vizinhança. O que era
tolerado nas décadas anteriores, como o barulho, a vizinhança atual já não
consentia mais. O clube já sofreu várias </span><span style="color: #04ff00;">interdições</span><span style="color: #ffa400;"> por descumprimento de
ordem judicial como: falta de alvará de funcionamento, alto nível de pressão
sonora e incômodo a vizinhança. Em 18 de março de 2014, a Secretaria Executiva
de Controle Urbano da Prefeitura da Cidade do Recife, interditou pela segunda
vez, em três meses, o Treze do Vasco, que foi notificado e interditado por não
cumprir as normas de segurança requisitadas pela Prefeitura e pelo Corpo de
Bombeiros e reabrir sem autorização. A multa foi de R$ 3 mil reais. Com todos esses problemas a agremiação fechou suas portas. (Finalizou).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 26 de julho de 1962, era fundada a </span><span style="color: #04ff00;">Sociedade Esportiva Vasco da
Gama</span><span style="color: #ffa400;">, que em 25 de maio de 1979, criou seu novo estatuto com nova denominação:
Associação Esportiva Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #04ff00;">Outros clubes amadores</span><span style="color: #ffa400;"> do Vasco da Gama na </span><span style="color: #04ff00;">década de 1960:</span><span style="color: #ffa400;"> ABC
Esporte Clube (Visgueiro), Agremiação Desportiva Visgueiro, ABC Futebol Clube
(Vasco da Gama), Jovelino Selva Futebol Clube (Vasco da Gama).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 25 de julho de 1978, o sr. Cláudio Cordeiro de Araújo, fundou o </span><span style="color: #04ff00;">Águia
Futebol Clube</span><span style="color: #ffa400;">, com sede na Rua da Raposa, 38, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 8 de dezembro de 1978, os senhores Luiz Octávio da Silva Ramos
(presidente) e Geraldo Lourenço da Silva (vice-presidente) fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Cosmos
Esporte Clube</span><span style="color: #ffa400;">, sua sede funcionava na Rua Major Isidóro, 50, Vasco da Gama. O
Cosmo, representou o bairro, na 1ª Copa de Campeões Interclubes da Cidade do
Recife, em dezembro de 1983.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 25 de janeiro de 1981, os senhores Severino Faustino da Silva
(presidente) e José Edilson Guerra Ferreira, fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Real Madrid Futebol
Clube</span><span style="color: #ffa400;">, com sede no Alto do Eucalipto, 1011, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 7 de setembro de 1981, o sr. Ricardo Lira do Nascimento (presidente)
fundou o </span><span style="color: #04ff00;">Recife Tênis Clube</span><span style="color: #ffa400;">, com sede na Rua Cassatuba, 44, Vasco da
Gama. O clube promovia festividades esportivas, sociais e culturais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 10 de janeiro de 1982, os senhores Severino Faustino da Silva
(presidente) e José Maria Fabrício de Araújo (vice), fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">América
Futebol Clube</span><span style="color: #ffa400;">, situado na Rua Alto do Eucalipto, 760, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 7 de fevereiro de 1982, era fundado a </span><span style="color: #04ff00;">Portuguesa Esporte Clube</span><span style="color: #ffa400;">,
situado na Rua Vasco da Gama, nº 1415.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 2 de setembro de 1982, os senhores José Messias de Almeida
(presidente) e José Rogério Agripino (vice), fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Udinese Futebol
Clube</span><span style="color: #ffa400;">, situado no Alto do Eucalipto, 930, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #ffa400;">Em 27 de abril de 1983, era fundada a </span><span style="color: #04ff00;">Associação dos Clubes Esportivos Amadores de Casa Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, localizada na rua Douradinha, S/Nº, Vasco da Gama.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 22 de abril de 1985, os senhores Guilherme Ferreira da Silva Neto
(presidente) e Eraldo José da Silva (vice) fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Mundial Atlético
Clube</span><span style="color: #ffa400;">, situado na Rua Miguel Carneiro, 77-D, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 12 de julho de 1986, os senhores Laercio Cavalcanti de Oliveira
(presidente) e Paulo Eugênio Lopes da Silva (vice), fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Doze de
Julho Futebol Clube</span><span style="color: #ffa400;">, situado em sede provisória na Rua 12 de julho, s/nº, no
Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;">Em 1º de maio de 1991, os senhores José Cordeiro de Lima (presidente) e
Severino Lima de Araújo (vice), fundaram </span><span style="color: #04ff00;">Fronteira Futebol Clube</span><span style="color: #ffa400;">, situado
em sede provisória no Alto 13 de Maio, 2920, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></span></p>
<div align="center">
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody><tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: 0cm;">
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="color: #ffa400;"><br />O </span><span style="color: #04ff00;">Guarany do Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, representou o bairro do
Vasco da Gama no Peladão Recife 2000, que teve início em agosto de 1999,
organizado pela Prefeitura da Cidade do Recife.</span></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizyKyUuAYXG0GnlftAlq0_0PePY8_N5rZm_fBa7LR3M2qaD6-_iCsI36CIUKsoCZjBaiB32ubRZztP1OGUlru0iVV1xMP8O2OeTRgnakZHr50C8uViacORDkfDn2HSUKP5w9BfAgQdIodvVSZ8WI4uwS0sksJ0Ll43fOc0a2NPw9a036wgaRan_SFPT2po/s320/Ronqueiramh5n.png" style="font-weight: bold; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="235" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizyKyUuAYXG0GnlftAlq0_0PePY8_N5rZm_fBa7LR3M2qaD6-_iCsI36CIUKsoCZjBaiB32ubRZztP1OGUlru0iVV1xMP8O2OeTRgnakZHr50C8uViacORDkfDn2HSUKP5w9BfAgQdIodvVSZ8WI4uwS0sksJ0Ll43fOc0a2NPw9a036wgaRan_SFPT2po/s1600/Ronqueiramh5n.png" width="235" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="color: #04ff00;">A Ronqueira</span></b></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">EXPLOSÃO DA RONQUEIRA</span></b></p></td></tr></tbody></table></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 30 de junho de 1945, publicou uma nota sobre a
explosão de um artefato muito usado nas festas juninas do passado e que
acarretou </span><span style="color: #04ff00;">ferimentos graves</span><span style="color: #ffa400;"> a dois jovens no Vasco da Gama. A nota
dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Vítimas os operários na explosão da ronqueira</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia o título –
Ontem, à noite, à </span><span style="color: #04ff00;">rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela, os operários J. A.S, 18
anos, solteiro, e M.N.F, solteiro, 19 anos, residentes, respectivamente, nos
números 164 e 163 daquela rua, procuraram fazer com que uma ronqueira
explodisse.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">De fato, deu-se a explosão, mas com antecedência e disso resultou saírem
ambos bastante feridos nas mãos. Os acidentados compareceram, momentos depois,
ao Posto da Assistência, a fim de lhes aplicarem os curativos de urgência.
Verificou o médico de serviço, </span><span style="color: #04ff00;">Dr. Rui Batista</span><span style="color: #ffa400;">, que J.A.S sofreu amputação
traumática das extremidades dos dedos da mão esquerda, além de ferida contusa
na região palmar do mesmo, e M.N.F, recebeu contusões nos dedos da mão
esquerda, com esmagamento parcial das 1ª e 2ª falanges.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Depois dos medicamentos a que se submeteram os acidentados retiraram-se
para seus domicílios, tendo o comissário de Casa Amarela recebido comunicação
do caso. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">A ronqueira</span><span style="color: #ffa400;"> é um pequeno artefato feito de um cilindro oco de ferro
em que se coloca pólvora no fundo e que com um prego inserido na sua
extremidade oca era percutido como com um arremesso do cilindro (que era
segurado com um arame) contra a quina do meio-fio, produzindo uma pequena
explosão. A ronqueira era muito usada no período do Brasil Colonial em Minas
Gerais, em festas religiosas como fogos de artifícios, e que depois migrou para
o nordeste brasileiro, onde até o final da década de 1970, era muito usada em
Pernambuco e na Paraíba.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixpI6czanb84vKAjk4MUuTA1p7sam7cMidlMgjDtNnkPG7af2bb1jwVo7phTcMiWQJc_2KVCoGxT-LK3AfnKa16RjpHsXHnye7sJv8zD4sN_6sGqyKLseEXOhd4IHvkak2SDet31VzRapYWqlFWZIJK-6hN45WT4mexQDrvO9N3NG9CCHMoLdRdKLvt6hX/s680/SesidoVasco1948.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="680" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixpI6czanb84vKAjk4MUuTA1p7sam7cMidlMgjDtNnkPG7af2bb1jwVo7phTcMiWQJc_2KVCoGxT-LK3AfnKa16RjpHsXHnye7sJv8zD4sN_6sGqyKLseEXOhd4IHvkak2SDet31VzRapYWqlFWZIJK-6hN45WT4mexQDrvO9N3NG9CCHMoLdRdKLvt6hX/s320/SesidoVasco1948.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span></span></p><div class="separator" style="clear: both; color: #04ff00; text-align: center;"><span><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; color: #04ff00; text-align: center;"><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0YFSLXH_PjIgH-gIA_bZXzmS_4oElRr0b2b-xHaGa0If66TqiAU8VOSEgNAMURi7mil3L6LJuWI5jzrQu1aCjzNj7Dy-6h-sakqXkB6hMM3WBkwlm-Ih-PFuoNqueoAeuYA7BVwcMqpvJfacAbQ_RvNcIY5-EcZCVRe2tF8VhLs7OqLx5kLS23G8Ig0oN/s720/SesiVascoAtual.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="720" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0YFSLXH_PjIgH-gIA_bZXzmS_4oElRr0b2b-xHaGa0If66TqiAU8VOSEgNAMURi7mil3L6LJuWI5jzrQu1aCjzNj7Dy-6h-sakqXkB6hMM3WBkwlm-Ih-PFuoNqueoAeuYA7BVwcMqpvJfacAbQ_RvNcIY5-EcZCVRe2tF8VhLs7OqLx5kLS23G8Ig0oN/s320/SesiVascoAtual.png" width="320" /></a></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">Acima, o Sesi em sua inauguração em 1948. Abaixo, o Sesi em 2023. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>O SESI DO VASCO DA GAMA</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 3 de julho de 1948, era inaugurado o </span><span style="color: #04ff00;">Sesi do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">. No início
de suas de atividades era conhecido como </span><span style="color: #04ff00;">“Sesi de Casa Amarela” </span><span style="color: #ffa400;">ou </span><span style="color: #04ff00;">“Núcleo
Presidente Dutra”</span><span style="color: #ffa400;">. No dia anterior, chegava ao Recife, o Presidente da
República, marechal </span><span style="color: #04ff00;">Eurico Gaspar Dutra</span><span style="color: #ffa400;">, sendo recebido pelo governador de
Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">Alexandre Barbosa Lima Sobrinho.</span><span style="color: #ffa400;"> O Presidente, foi bastante
ovacionado pelo povo recifense e bastante homenageado pelas autoridades locais.
No dia da inauguração do Sesi do Vasco da Gama, o marechal Dutra, percorreu uma
extensa agenda de inaugurações em diversos pontos do Recife e Olinda, que
começou às 7 horas e se prolongou até às 12:30 horas. Nos momentos que
antecederam a inauguração do Sesi do Vasco da Gama, o Presidente Dutra,
fez uma rápida visita a </span><span style="color: #04ff00;">escola do Frei Tadeu</span><span style="color: #ffa400;">, no bairro de Salgadinho em
Olinda. Logo após, seguiu até o bairro do Arruda, onde visitou a tradicional
</span><span style="color: #04ff00;">Cantina Santinha Dutra,</span><span style="color: #ffa400;"> e dando prosseguimento, inaugurou o calçamento em
paralelepípedo da </span><span style="color: #04ff00;">Avenida Beberibe</span><span style="color: #ffa400;">. Por volta do meio-dia, chegou ao Sesi
do Vasco da Gama para a solenidade de inauguração. Depois, seguiu para almoçar
no </span><span style="color: #04ff00;">Clube Internacional do Recife</span><span style="color: #ffa400;"> com o governador do Estado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Atualmente, o Sesi do Vasco da Gama é conhecido como Centro de Atividade
Presidente Dutra, funcionando no mesmo endereço: Rua Vasco da Gama, 145.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Serviço Social da Indústria- SESI, foi criado em 1º de julho de
1946, para atender indústrias e trabalhadores em gestão de segurança e saúde no
trabalho (SST) e na promoção da saúde e educação dos trabalhadores, seus
dependentes e comunidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>ZONA SUBURBANA</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Nº 85, de 8 de janeiro de 1949, sancionado pelo prefeito do
Recife, Manoel César de Moraes Rego, dividiu o Recife em quatro zonas: Central,
urbana, suburbana e rural. O Vasco da Gama, conforme este decreto, era
considerado um povoado pertencente ao bairro de Casa Amarela, enquadrado
na zona suburbana.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCoBE4UMPoyjAeiV1FReyVbO-9MuAB-4rZl9-0RiSW-YbbtfsZ80bdo0KSI91lEqyqhDL4JljGUkNzbErA4-alaA9wFaknQinlr41HThGUjxjfOzKZv4a7SEUZoHIhSMAdAbgMBnEzpymdl1afqrDmf1goh4_NC5GBt1HJTe243txZTectUQtxMY_fU9gs/s2912/Pavimenta%C3%A7%C3%A3oRuaVascodaGama1968.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2263" data-original-width="2912" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCoBE4UMPoyjAeiV1FReyVbO-9MuAB-4rZl9-0RiSW-YbbtfsZ80bdo0KSI91lEqyqhDL4JljGUkNzbErA4-alaA9wFaknQinlr41HThGUjxjfOzKZv4a7SEUZoHIhSMAdAbgMBnEzpymdl1afqrDmf1goh4_NC5GBt1HJTe243txZTectUQtxMY_fU9gs/s320/Pavimenta%C3%A7%C3%A3oRuaVascodaGama1968.jpg" width="320" /></a></b></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">A Rua Vasco da Gama começou a ser pavimentada em 1963 e só foi concluída em 1968, pelo prefeito Augusto Lucena. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1968.</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">PAVIMENTAÇÃO E URBANIZAÇÃO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de agosto de 1949, a Câmara Municipal do Recife fez um apelo
ao prefeito Manuel César de Morais Rego para que fosse feito a terraplanagem
da </span><span style="color: #04ff00;">rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de novembro de 1949, o vereador Antônio Luiz Filho, apresentou
um requerimento na Câmara Municipal do Recife, solicitando a terraplanagem
do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;"> (atual Alto Nossa Senhora de Fátima).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 1294, de 30 de junho de 1951, aprovado na Câmara
Municipal, autorizou o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Antônio Alves Pereira</span><span style="color: #ffa400;">, a construir um </span><span style="color: #04ff00;">pontilhão</span><span style="color: #ffa400;"> ligando
à Rua Dois de Fevereiro à Rua Vasco da Gama, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 1865, de 6 de setembro de 1952, sancionada pelo
prefeito Antônio Alves Pereira, determinou que fosse feito a canalização
das águas e a pavimentação da</span><span style="color: #04ff00;"> rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa
Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 2116, de 12 de março de 1953, sancionada pelo
prefeito José do Rego Maciel, determinou que fosse construído um parque
infantil na</span><span style="color: #04ff00;"> rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 2.255, de 26 de junho de 1953, aprovada na sessão da
Câmara presidida pelo vereador Hilo Lins e Silva, autorizando o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">José
do Rego Maciel</span><span style="color: #ffa400;">, pavimentar a </span><span style="color: #04ff00;">rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;"> a da estrada
do </span><span style="color: #04ff00;">córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;">, bem como, o pontilhão ligando a Rua Vasco da Gama
com a estrada do Córrego do Botijão.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Requerimento Nº 50, de 4 de julho de 1953, de autoria do vereador Sérgio
Godói e Vasconcelos, solicitando ao prefeito José do Rego Maciel, seja feito o
serviço de galeria e meio fio e a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em
Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 2.327, de 18 de julho de 1953, aprovada na sessão da
Câmara, presidida pelo 1º secretário da Câmara, Antônio Batista de Souza,
autorizando o prefeito José do Rego Maciel, a fazer a pavimentação da </span><span><span style="color: #04ff00;">Rua
Frederico Ozanan.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 3.542, de 5 de julho de 1955, aprovada pela Câmara
Municipal, autorizou o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Pélopidas da Silveira</span><span style="color: #ffa400;">, a pavimentar a subida e
as ruas do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de maio de 1960, o vereador Miguel Batista criou um projeto de
lei, propondo a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Requerimento Nº 1855, de 20 de junho de 1960 de autoria do
vereador Luiz de França, solicitou ao prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Miguel Arraes</span><span style="color: #ffa400;"> para que
fosse feito a pavimentação da</span><span style="color: #04ff00;"> rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 13 de julho de 1960, o prefeito Miguel Arraes, através do ofício
Nº 807, informou a Assembleia Legislativa que havia iniciado a concorrência
pública para o início da pavimentação e a construção do canal da
</span><span style="color: #04ff00;">rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de novembro de 1960, o vereador </span><span style="color: #04ff00;">Mário Monteiro</span><span style="color: #ffa400;"> apresentou na
Câmara Municipal, requerimento que autorizava o prefeito Miguel Arraes a fazer
o calçamento da ladeira que dar acesso ao </span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;"> e a
construção de um parque infantil no </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMW2Gp1QGsbo6uLUeRPZUnYfuQQzEh8_Z910mrE6p4Jl-dUr7xyteL6VQM_ATwShVnkEeG9KU_EwiYzGww4CKHBdKi5BLlc3ClZiIrwUuFfCS-lZHKJnjqS_Qryw0aroDGl4yNgMaKOtULY1nWweDyZ_hRtrxTbZqUIiyaMKFXxO8aKXDf5r5q-davJgGT/s961/original_9539d882-f969-4f2c-b109-f9ef31ec71a8_Screenshot_20230716-224300.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="961" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMW2Gp1QGsbo6uLUeRPZUnYfuQQzEh8_Z910mrE6p4Jl-dUr7xyteL6VQM_ATwShVnkEeG9KU_EwiYzGww4CKHBdKi5BLlc3ClZiIrwUuFfCS-lZHKJnjqS_Qryw0aroDGl4yNgMaKOtULY1nWweDyZ_hRtrxTbZqUIiyaMKFXxO8aKXDf5r5q-davJgGT/s320/original_9539d882-f969-4f2c-b109-f9ef31ec71a8_Screenshot_20230716-224300.png" width="240" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O canal do Vasco da Gama começou a ser construído em 1960. trecho do canal no cruzamento da Avenida Norte com a Rua Padre Lemos. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 18 de novembro de 1960, publicou uma nota
sobre o início da construção do canal do Vasco da Gama, que cruza a
Avenida Norte à Rua Padre Lemos e a promessa da pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da
Gama.</span><span style="color: #ffa400;"> A </span><span><span style="color: #04ff00;">nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Canal e bacia de decantação fazem-se no Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> – (dizia o
título) – O </span><span style="color: #04ff00;">canal Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, que a Prefeitura está construindo e deverá
concluir no próximo ano, irá resolver o velho problema das águas pluviais que
descem dos morros, (particularmente do Visgueiro) e inundam, durante o inverno,
toda a artéria do mesmo nome. Em determinadas ocasiões, o regime de enxurrada
faz com que as águas se elevem até meio metro de altura, tornando impraticável toda
espécie de transporte.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A informação foi prestada, ontem, à imprensa, pelo engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">Antônio
Cassundé</span><span style="color: #ffa400;">, diretor da Divisão de Viação do Departamento de Obras. Acrescentou:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Miguel Arraes de Alencar</span><span style="color: #ffa400;"> tem todo o interesse em atacar o
problema, definitivamente. O trecho do canal que está sendo construído mede
cerca de 300 metros, cortando a Avenida Norte, onde construiremos uma ponte de
concreto armado. Nesse mesmo local, está sendo construída uma enorme bacia de
decantação, de 284 metros quadrados de área que receberá os detritos, para que
as águas corram livremente até desembocarem noutro canal, Vasco da Gama –
Peixinhos, iniciado durante a administração do sr. </span><span><span style="color: #04ff00;">Pelópidas Silveira.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Falando sobre a importância social do canal do Vasco da Gama, disse o
sr. Antônio Cassundé que a sua conclusão permitirá que o prefeito Miguel Arraes
inicie, imediatamente, as obras de pavimentação da rua de mesmo nome, que serve
de acesso a um sem números de distritos de Casa Amarela, inclusive o próprio
Vasco da Gama. Por outro lado, a drenagem do canal natural permitirá que toda
aquela área fique definitivamente saneada, resolvendo-se assim, um problema de
saúde pública. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Municipal Nº 6.314, de 5 de setembro de 1963, o
prefeito Pelópidas da Silveira adquiriu recursos na ordem de CR$ 40 milhões de
cruzeiros, para prosseguir a pavimentação de vinte e três logradouros públicos,
entre eles, a </span><span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na sessão da Assembleia Legislativa do dia 2 de setembro de 1964, o
deputado </span><span style="color: #04ff00;">Pedro Duere</span><span style="color: #ffa400;"> apresentou requerimento para que fosse retomada as obras
de pavimentação no subúrbio do Vasco da Gama, que estava paralisado há alguns
meses.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiETi0sMUjuKbrD4UKVmFUf6jqJbweNS98-hXwBtElqfd_EXkW6Gn1a5Z8k0MHbcdLuocYVmpsS4pHRfrbeBZGoQTDn3IFBhLCcM-p_3IFP28rmJPsKR6lZf5d9WxzTG7c4ncgEmIBGaO21ngfelTGctzEitjFkjqh-PZOxiAjucEKxUpJtcSsUX7ZNi7C7/s3991/EscadariaAltoNSddeF%C3%A1tima1974.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2765" data-original-width="3991" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiETi0sMUjuKbrD4UKVmFUf6jqJbweNS98-hXwBtElqfd_EXkW6Gn1a5Z8k0MHbcdLuocYVmpsS4pHRfrbeBZGoQTDn3IFBhLCcM-p_3IFP28rmJPsKR6lZf5d9WxzTG7c4ncgEmIBGaO21ngfelTGctzEitjFkjqh-PZOxiAjucEKxUpJtcSsUX7ZNi7C7/s320/EscadariaAltoNSddeF%C3%A1tima1974.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Escadaria que dar acesso ao antigo Alto da Foice, concluída em 1966. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1974.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 19 de novembro de 1966, publicou um
pronunciamento do secretário de Viação e Obras da Prefeitura Municipal do
Recife, José Mário Freire, fazendo um balanço das obras entregues no período de
19 e 24 de outubro deste ano: as </span><span style="color: #04ff00;">escadarias</span><span style="color: #ffa400;"> que dão acesso ao </span><span style="color: #04ff00;">Alto da
Foice</span><span style="color: #ffa400;">, custaram CR$ 2.833.330,00 (dois milhões, oitocentos e trinta e três mil,
trezentos e trinta cruzeiros); e a do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Artur Corrêa</span><span style="color: #ffa400;"> custou
6.330.082,00 (seis milhões, trezentos e trinta mil e oitenta e dois cruzeiros).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcHFR-d8R-L1_Wr2XpvAjcFGjT4aWzu2jReCBhHJWvsHzGRGUEW8Nyt9yhI9MyDebuuKJYPpx-4zv7OCXZN4FAxwAgsdGdnkA3PEM29jKKUuB9KgWmQmY8wox0z1QzevFlmaRZ0aWoa4s7AHR2JPbmNexdCYsnlMZIBcpmG2UGiy8m_eqS7yMZGGb87Ks/s891/Rua2deFevereiroVasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="891" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZcHFR-d8R-L1_Wr2XpvAjcFGjT4aWzu2jReCBhHJWvsHzGRGUEW8Nyt9yhI9MyDebuuKJYPpx-4zv7OCXZN4FAxwAgsdGdnkA3PEM29jKKUuB9KgWmQmY8wox0z1QzevFlmaRZ0aWoa4s7AHR2JPbmNexdCYsnlMZIBcpmG2UGiy8m_eqS7yMZGGb87Ks/s320/Rua2deFevereiroVasco.png" width="259" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">A Rua Dois de Fevereiro foi pavimentada em 1968.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Google/2023.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 3 de março de 1967, publicou uma nota sobre o
início das obras de pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Pavimentação</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Os trabalhos de pavimentação da</span><span style="color: #04ff00;"> Rua Dois de
Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, que liga o Largo Dom Luiz ao Vasco da Gama, na altura do antigo
terminal dos ônibus, foram iniciados na manhã de hoje, em regime de urgência.
Informação é do secretário José Mário Freire, de Viação e Obras da Prefeitura
Municipal do Recife, que adiantou tratar-se de obra de grande valia para o
tráfego que demanda no sentido cidade-subúrbio, em direção ao Vasco da Gama.
Finalizou.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 7 de agosto de 1968, publicou uma nota onde o
prefeito Augusto Lucena, </span><span style="color: #04ff00;">anunciou a inauguração</span><span style="color: #ffa400;"> da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">,
no Vasco da Gama. A nota diz o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura do Recife está aguardando apenas que a Companhia de Eletricidade
de Pernambuco (Celpe) retire os postes que estão fora de alinhamento para
proceder a inauguração da pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama. A Celpe, por sua vez, já iniciou a solicitação da Prefeitura.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O prefeito Augusto Lucena deseja o quanto antes fazer a entrega dessa
avenida a cidade, em face da sua grande significação ao sistema viário da zona
norte, beneficiando diretamente os populosos bairros do Vasco da Gama* e Casa
Amarela. O prefeito esteve no local vistoriando os trabalhos da pavimentação e
das galerias. Finalizou. (OBS: Nesta época, o Vasco da Gama ainda não era
um bairro, e sim, uma localidade de Casa Amarela).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs19CKxd1wPxkj9zglK2faQLkNro2bJMQN-HtYtEYdNaX_2BA7Gz14A3cRZ3XA0DX4WtGfcy9aM2mA5zQOA5yxawymXAxKrY4cywFrl7OLgVNUwBAaSqdewACH9eaROUJRIV2HgfHqFoE__GcsE0_656RxZDeO7GXMsfqy_6NBcUnVDEQCkJJi8R1ICWSV/s4475/AltoNovoMundo1974.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2869" data-original-width="4475" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs19CKxd1wPxkj9zglK2faQLkNro2bJMQN-HtYtEYdNaX_2BA7Gz14A3cRZ3XA0DX4WtGfcy9aM2mA5zQOA5yxawymXAxKrY4cywFrl7OLgVNUwBAaSqdewACH9eaROUJRIV2HgfHqFoE__GcsE0_656RxZDeO7GXMsfqy_6NBcUnVDEQCkJJi8R1ICWSV/s320/AltoNovoMundo1974.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo foi pavimentado em 1968. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1974.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 10 de novembro de 1968, publica o balanço da
administração do prefeito Augusto Lucena, onde informa que as obras de
pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;"> e do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, no
Vasco da Gama, estão quase concluídas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 10.177 de 3 de novembro de 1969, sancionada
pelo prefeito Geraldo de Magalhães Melo. A praça existente no </span><span style="color: #04ff00;">Loteamento
Jardim Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, passou a denomina-se </span><span><span style="color: #04ff00;">Josefina Marinho
Sarmento Borges.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 18 de setembro de 1970, numa sexta-feira à noite, o prefeito
Geraldo de Magalhães Melo, inaugurou o calçamento do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">. As
festividades de inauguração, estendeu-se até às 23 horas.</span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de outubro de 1970, numa quinta-feira, às 19:30 horas, o
prefeito Geraldo Magalhães Melo, inaugurou o calçamento do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">,
no Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOXweLTA0hu1KcQi22qfD-TelrOWRNT0wBxe420de63n2olW1t8hFwds6zugyFnwyPJTaSVrKszB4eja-Om5qpEqQ0L6e4B3gemU1t9ZJSAOw8BmtkFkLXJCbcPdymlfcqiHTSG5oVfBi62nAJdILNKNF-VEd6Lj7ceDFWtvcqsl50PfbDdh17gscM4WGH/s4490/Alto%20da%20Carola1974.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4490" data-original-width="2787" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOXweLTA0hu1KcQi22qfD-TelrOWRNT0wBxe420de63n2olW1t8hFwds6zugyFnwyPJTaSVrKszB4eja-Om5qpEqQ0L6e4B3gemU1t9ZJSAOw8BmtkFkLXJCbcPdymlfcqiHTSG5oVfBi62nAJdILNKNF-VEd6Lj7ceDFWtvcqsl50PfbDdh17gscM4WGH/s320/Alto%20da%20Carola1974.jpg" width="199" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Escadaria do Alto da Carola inaugurada em outubro de 1974. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1974.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de outubro de 1974, numa quinta-feira, às 20 horas, o prefeito
Augusto Lucena, inaugurou as escadarias da </span><span style="color: #04ff00;">Rua do Carola</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Botijão</span><span style="color: #ffa400;">;
da </span><span style="color: #04ff00;">7ª subida do Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">; e da subida do </span><span style="color: #04ff00;">Alto
Novo Mundo,</span><span style="color: #ffa400;"> todas no Vasco da Gama. A solenidade de inauguração aconteceu num
palanque armado na</span><span><span style="color: #04ff00;"> Rua Frederico Ozanan.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 7 de janeiro de 1975, na sessão na Câmara Municipal do Recife, o
vereador Josué Pinto, solicitou ao prefeito Augusto Lucena a construção de uma
escadaria na </span><span style="color: #04ff00;">Rua das Flores</span><span style="color: #ffa400;">, transversal da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama, e a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Estrada do Visgueiro</span><span style="color: #ffa400;">, que liga o Vasco da Gama a
Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 6 de março de 1975, numa quinta-feira à noite, o prefeito Augusto
Lucena se reuniu com autoridades, políticos e líderes comunitários, num palanque
armado na Rua Oscar de Barros, na Praça do Trabalho, para inaugurar diversas
obras de pavimentação no bairro de Casa Amarela, entre elas: 7ª travessa da </span><span style="color: #04ff00;">Rua
Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 27 de agosto de 1976, </span><span style="color: #04ff00;">publicou</span><span style="color: #ffa400;"> a
seguinte nota:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Secretária de Viação e Obras da Prefeitura Municipal do Recife acaba
de entregar ao tráfego um </span><span style="color: #04ff00;">pontilhão</span><span style="color: #ffa400;"> em concreto armado construído
sobre o </span><span style="color: #04ff00;">canal do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, destinado a resolver a resolver o problema
de acesso ao sistema de abastecimento da Compesa, naquela localidade de Casa
Amarela. A pequena ponte servirá também para dar passagem aos veículos de
pequeno e médio portes dos proprietários residentes nas imediações, que antes
era feito com dificuldades e riscos de danos aos veículos e seus condutores.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 18 de setembro de 1977, publicou uma nota
através do secretário da Secretaria de Viação e Obras (SVO), Gabriel Costa
Bacelar, que o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Antônio Farias </span><span style="color: #ffa400;">aplicou nesse ano, 1,5 milhão e meio de
cruzeiros em obras de escadarias. Adiantou que as escadarias </span><span style="color: #04ff00;">da Rua Manoel
Carroceiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Visgueiro e da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Girassol</span><span style="color: #ffa400;">, estão em andamento.
Enquanto, o da 2ª subida do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;"> já está concluída.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 10 de outubro de 1977, a Prefeitura do Recife, informa a imprensa
que começaram as obras de construção da escadaria da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Girassol </span><span style="color: #ffa400;">e o
calçamento da</span><span><span style="color: #04ff00;"> Rua Japaratuba.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 18 de dezembro de 1977, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Antônio Farias</span><span style="color: #ffa400;">, fez um
pronunciamento à imprensa informando da conclusão da pavimentação do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego
do Ouro</span><span style="color: #ffa400;">, ligando o Córrego do Euclides a </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmjtuzf95MFI6RbN7WjgjYXOq7vMsw-v6OrfbIBo0fxbWQByDQopypfbXnpOsLyTG8F1cfrdyXWBpEYdrGUbiAxc4hplyIHi49zvaD9YRI5cJqgJ7Gyts92YfMwgsVUo5ZTDSdHr6XfpSI_5owfu7P7vHfoXiRcyAjStuxXOYVz3eIVK35HRC2ppkTPiJe/s765/RuaJaparanduba.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="765" data-original-width="690" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmjtuzf95MFI6RbN7WjgjYXOq7vMsw-v6OrfbIBo0fxbWQByDQopypfbXnpOsLyTG8F1cfrdyXWBpEYdrGUbiAxc4hplyIHi49zvaD9YRI5cJqgJ7Gyts92YfMwgsVUo5ZTDSdHr6XfpSI_5owfu7P7vHfoXiRcyAjStuxXOYVz3eIVK35HRC2ppkTPiJe/s320/RuaJaparanduba.png" width="289" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">A Rua Japaratuba (antiga Rua da Lagoa) foi pavimentada em 1978. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2023</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 10 de fevereiro de 1978, publicou uma nota da
Prefeitura do Recife informando sobre a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de
Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, que dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“A </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, terá uma faixa de rolamento
de 6 metros de largura, calçadas com 2 metros e moderno sistema de drenagem em
canaletas retangulares”. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 15 de março de 1978, publicou: A
Prefeitura, através da Secretaria de Viação e Obras, está construindo os canais
da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;"> e do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 4 de maio de 1978, publicou: O prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Antônio
Farias</span><span style="color: #ffa400;"> anunciou o término das obras de pavimentação, redes de galerias,
iluminação pública e arborização em importantes vias da Zona Norte da cidade,
abrangendo os bairros de Casa Amarela, </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">... Informou que breve
serão iniciados os serviços de construção de trechos complementares dos canais
do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;"> e da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da
Gama. As obras possibilitarão a melhoria do sistema de drenagem numa área de
160.000m² em Casa Amarela, permitindo também, o acesso de veículo numa extensão
de 650m nas margens sobre faixa pavimentada. A complementação dos canais
representa mais segurança para as casas situadas nas proximidades, sujeitas ao
risco de desabamento provocado por deslizamentos de barreiras. O prefeito, disse
ainda, que pavimentou diversas ruas em Casa Amarela, entre elas,
a </span><span style="color: #04ff00;">Rua Japaratuba</span><span style="color: #ffa400;"> e o </span><span style="color: #04ff00;">Jardim Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.
Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBLyurEQdVTg9-18zRbppCP_GZAY58hyMUlyKpYHLQIHArMdV-6lkEmTqklXHPVP39BBp5q1P-768YLvw1dID6fPzL2-dDiRRbYb9Etp39-PVUgz8PWjYleHdvrUOL9V7MhuW6cBwzV_n4YglkTDShkBpfWVaqDxBjUpzJkqZFjEZMFXsiEHVHcqSO68zG/s699/Krause.AltoFavela79.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="699" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBLyurEQdVTg9-18zRbppCP_GZAY58hyMUlyKpYHLQIHArMdV-6lkEmTqklXHPVP39BBp5q1P-768YLvw1dID6fPzL2-dDiRRbYb9Etp39-PVUgz8PWjYleHdvrUOL9V7MhuW6cBwzV_n4YglkTDShkBpfWVaqDxBjUpzJkqZFjEZMFXsiEHVHcqSO68zG/s320/Krause.AltoFavela79.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O prefeito Gustavo Krause no Alto da Favela, observando a situação das barreiras com os moradores. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário da Manhã/1979.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 26 de abril de 1980, num sábado, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">,
inaugurou obras de melhoramentos em catorze ruas no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Boa Esperança</span><span style="color: #ffa400;">,
no Vasco da Gama. Foram </span><span style="color: #04ff00;">pavimentadas as ruas: </span><span style="color: #ffa400;">Vinte de Fevereiro, Monte Belo,
Caxambú, Vinte de Agosto, Nordeste e Natividade. Foram </span><span style="color: #04ff00;">feitas as escadarias</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">das
ruas:</span><span style="color: #ffa400;"> Pedra Bonita, Doze de Janeiro, Vinte e Dois de Abril, Dezoito de Março,
Campo Formoso, do Capricho, Travessa Vasco da Gama e do </span><span style="color: #04ff00;">pontilhão</span><span style="color: #ffa400;"> da </span><span style="color: #04ff00;">Rua do
Girassol</span><span style="color: #ffa400;">. O prefeito Gustavo Krause chegou ao Vasco da Gama por volta
das 20 horas, acompanhado de sua esposa, Cléa e secretários municipais. Seguiu
até a Paróquia local de São Sebastião, onde foi celebrada uma missa de
agradecimento, pelo pároco Severino Santiago. Após a missa, o prefeito,
comitiva e moradores, seguiram para o Alto da Boa Esperança, onde Gustavo
Krause foi bastante aplaudido. Em seu discurso, bastante emocionado, falou:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“Quem pode encontrar o caminho da redenção de vocês, são vocês
próprios...as populações carentes precisam estar unidas através de suas
associações de bairros, através de suas paróquias, para lutar por tudo aquilo
que pode melhorar a vida da comunidade”, concluiu. A Orquestra Popular do
Recife, animou a festividade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura havia instalado um barracão da URB no Alto, denominado
Núcleo de Ação Comunitária, onde os moradores determinavam as obras
prioritárias, com a verba destinadas para serem investidas no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Boa
Esperança</span><span style="color: #ffa400;">. Boa parte da mão-de-obra, foram executadas pelos próprios moradores
da localidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 26 de setembro de 1980, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause </span><span style="color: #ffa400;">inaugurou o
calçamento da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Supia</span><span style="color: #ffa400;">, com 40 metros de extensão. A obra custou CR$
26 mil cruzeiros, foi a primeira rua pavimentada no Vasco da Gama pelo “Projeto
Um por Todos”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de novembro de 1980, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;"> inaugurou as
pavimentações das </span><span style="color: #04ff00;">ruas</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Fonseca Galvão</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Costa Ribeiro</span><span style="color: #ffa400;">, duas transversais da
Avenida Norte. Pavimentadas pelo “Projeto Pavimento”, a rua Fonseca Galvão foi
pavimentada em asfalto, enquanto a rua Costa Ribeiro recebeu
“blokert” – pedras octogonais de concretos, as mesmas usadas nas ruas de lazer.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de março de 1981, num domingo, a comunidade do </span><span style="color: #04ff00;">Loteamento
Jardim Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, acordou cedo para participar das festividades programadas
como torneio de futebol, culto de ação de graça, show com o </span><span style="color: #04ff00;">palhaço Pimpão</span><span style="color: #ffa400;"> e
orquestra de frevo para a garotada. Toda essa animação foram as prévias para a
grande inauguração às 20 horas, que contou com as presenças do governador </span><span style="color: #04ff00;">Marco</span><span style="color: #ffa400;">
</span><span style="color: #04ff00;">Maciel</span><span style="color: #ffa400;"> e do prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">, que depois participaram de um churrasco
concedido pela comunidade, encerrando com a apresentação da escola de
samba </span><span style="color: #04ff00;">“Galeria do Ritmo” </span><span style="color: #ffa400;">campeã do carnaval, Capiba 81. Foram
inauguradas as pavimentações das ruas: </span><span style="color: #04ff00;">Canapi</span><span style="color: #ffa400;">, com 320 metros de
extensão; </span><span style="color: #04ff00;">Alameda das Acácias</span><span style="color: #ffa400;"> com 260 metros; </span><span style="color: #04ff00;">Cassatuba</span><span style="color: #ffa400;"> com
320 metros; </span><span style="color: #04ff00;">Assunção</span><span style="color: #ffa400;"> com 220 metros; e </span><span style="color: #04ff00;">Itaboara</span><span style="color: #ffa400;"> com 480
metros. Além disso, foram construídas cinco escadarias, um pontilhão sobre o
canal do Vasco da Gama e uma quadra de esportes com refletores e 900 metros
cúbicos de muros de arrimo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 24 de abril de 1981, numa sexta-feira, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">
inaugurou a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Aviador Rego Barros</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiWFoX7j4p5719cDfo53yQnYOvaV36IM0BrTR1gYhvSWUae00_sn_F1LhvPScksoIS1EnvwZlXjL-YPmeSet8R5aztpmF9Ohe81JZGxwrZU9Q0fRgE0ExICbNjTNO6DoOwiQGS4bfOkyZtAchcYshubSEuleodeH79Dwu4TDX2Ur8ETcJfRim7k3wbJv8E/s720/AltodaFavela.Vasco.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="720" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiWFoX7j4p5719cDfo53yQnYOvaV36IM0BrTR1gYhvSWUae00_sn_F1LhvPScksoIS1EnvwZlXjL-YPmeSet8R5aztpmF9Ohe81JZGxwrZU9Q0fRgE0ExICbNjTNO6DoOwiQGS4bfOkyZtAchcYshubSEuleodeH79Dwu4TDX2Ur8ETcJfRim7k3wbJv8E/s320/AltodaFavela.Vasco.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Vista do Alto da Favela, que foi pavimentada em 1982. </span><span style="color: #ffa400;">Foto:
Facebook/Autor desconhecido.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de maio de 1982, num sábado, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">
inaugurou as obras de urbanização do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. As
obras haviam iniciadas em julho de 1981.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de outubro de 1982, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Jorge Cavalcante</span><span style="color: #ffa400;"> inaugurou as
pavimentações da </span><span style="color: #04ff00;">Rua do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Chafariz</span><span style="color: #ffa400;"> e do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, que tem
1.500 metros de extensão, e liga a estrada do Vasco da Gama à do Brejo de
Beberibe. A obra fez parte do Projeto Um por Todos. A inauguração contou com a
participação da </span><span style="color: #04ff00;">Orquestra Popular do Recife</span><span style="color: #ffa400;">, que executou inúmeras marchas
de frevo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 12 de novembro de 1982, numa sexta-feira, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Jorge
Cavalcante</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou a pavimentação do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;"> e da </span><span style="color: #04ff00;">Rua
Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama pelo Projeto Um por Todos, o prefeito disse
que a prefeitura economiza em média 60 a 70 por cento no custo de cada obra e
com isso, consegue pavimentar mais ruas e empregar gente da própria comunidade
já que o projeto tem como característica ceder o material da obra e a
comunidade entrar com a mão-de-obra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado em 6 de outubro de 1983, a Prefeitura da
Cidade do Recife, informou que as </span><span style="color: #04ff00;">escadarias</span><span style="color: #ffa400;"> das ruas </span><span style="color: #04ff00;">Durval I e
II</span><span style="color: #ffa400;">, no Alto Nossa Senhora de Fátima, foram concluídas. No dia 19 de outubro
deste ano, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;"> inaugurou as duas escadarias acima
citadas. Aproximadamente, duas mil pessoas estiveram presentes e em seu
discurso aos moradores do Alto Nossa Senhora de Fátima, </span><span><span style="color: #04ff00;">o prefeito declarou:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- O que falta neste país é enfrentar os problemas com seriedade. E nós,
que administramos esta cidade, nos recusamos que a pobreza se eternize. O país
vai mudar, porque seu povo assim o quer. Sei que é impossível governar sozinho
em época de escassez, mas me comprometo a caminhar junto com vocês na luta por
dias melhores. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 26 de março de 1984, numa segunda-feira, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim
Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, acompanhado de sua esposa Silvia Couceiro Cavalcanti; secretários
municipais; vereador </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Costa</span><span style="color: #ffa400;">; presidente da URB, Ricardo Couceiro; e
técnicos da Prefeitura, inauguraram no Alto Nossa Senhora de Fátima,
no Vasco da Gama, a pavimentação da rua e travessa </span><span style="color: #04ff00;">Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;"> e da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vanglória</span><span style="color: #ffa400;">, além de escadarias de acesso para a rua e travessa </span><span style="color: #04ff00;">Frederico
Ozanan</span><span style="color: #ffa400;"> e rua </span><span style="color: #04ff00;">Durval II.</span><span style="color: #ffa400;"> Blocos e troças carnavalescas animaram o evento.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-1vDomIY-CAHkkZWl6AWXs3jtbtM2JvWTIjjf5ZRNlZzvUOyL2Szd0HrGj8Y0Xv7eG5dil_Tc9uNXqDF7a_VCk9F8ir1FFFlVN4keS2pDHk2Jan2C5kf-coevCU5-xMLcM8hKG7XlPlxfqIadCRNr4IHZhn-f5wUwgeOxXMqjWSat24Eb_d3xb4vFtNiX/s720/Multid%C3%A3oCobrarObrasFestival.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="709" data-original-width="720" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-1vDomIY-CAHkkZWl6AWXs3jtbtM2JvWTIjjf5ZRNlZzvUOyL2Szd0HrGj8Y0Xv7eG5dil_Tc9uNXqDF7a_VCk9F8ir1FFFlVN4keS2pDHk2Jan2C5kf-coevCU5-xMLcM8hKG7XlPlxfqIadCRNr4IHZhn-f5wUwgeOxXMqjWSat24Eb_d3xb4vFtNiX/s320/Multid%C3%A3oCobrarObrasFestival.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Durante o 5º Festival de Inverno do Vasco da Gama (1985), os moradores mostraram faixas cobrando as obras de pavimentação prometida pelo prefeito Joaquim Francisco. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo Pessoal de Euclides Bezerra (Tido).</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 15.617, de 15 de abril de 1992, sancionada e
promulgada pelo prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Gilberto Marques Paulo</span><span style="color: #ffa400;">, denomina </span><span style="color: #04ff00;">Fabriciano
Lins de Carvalho</span><span style="color: #ffa400;">, a quadra de esportes existente na localidade
de Jardim Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de outubro de 1993, o prefeito Jarbas Vasconcelos inaugurou a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Tapiranga</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. Trata-se de uma rua extensa que liga a </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;"> à </span><span><span style="color: #04ff00;">Rua Planalto.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 28 de dezembro de 1995, numa quinta-feira, o prefeito Jarbas Vasconcelos, inaugurou a pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Japeri</span><span style="color: #ffa400;"> e da 1ª travessa do </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de maio de 1996, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Jarbas Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, informou a imprensa que a Prefeitura havia investido R$ 300 mil reais em obras de contenção de encostas e drenagem no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;"> e no </span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de março de 2000, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Roberto Magalhães</span><span style="color: #ffa400;">, veio ao Vasco da Gama, sendo muito aplaudido pelos moradores. O prefeito subiu escadarias e inaugurou a pavimentação da rua Iraí de Minas, ele estava acompanhado por vários líderes comunitários e dos </span><span style="color: #04ff00;">deputados</span><span style="color: #ffa400;"> Gilberto Marques Paulo e Bruno Rodrigues e dos </span><span style="color: #04ff00;">vereadores:</span><span style="color: #ffa400;"> Dilson Peixoto, José Neves, Elias Francisco, Roberto Andrade, Luiz Vidal, José Antônio e Silvio Costa, além do empresário Armando Monteiro Filho e outras autoridades.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a pavimentação dos morros e córregos do Vasco da Gama em grande parte de suas vias, o crescimento demográfico do bairro, além da mudança do modelo econômico do país desde a implantação da nova moeda, o real, em 1994. As facilidades de adquirir bens duráveis, principalmente automóveis, pelas camadas mais pobres da sociedade, além da acessibilidade de cartões de créditos, que facilitou em muito, em especial, materiais de construção, que fizeram que os velhos mocambos se transformassem em casas de alvenaria ou prédios de até três pavimentos. Foram fatores que afetou diretamente no cotidiano da comunidade no que tange a questão da </span><span style="color: #04ff00;">mobilidade urbana</span><span style="color: #ffa400;">, não só no Vasco da Gama como em toda periferia. A falta de fiscalização dos orgãos governamentais e descaso, fez com que os bairros periféricos crescessem de forma desordenada e que ocasionasse situações de caos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal do Commercio, do Recife, em 19 de março de 2012, através do jornalista Vinícius Sobreira, publicou uma matéria sobre a triste realidade dos moradores do bairro do Vasco da Gama à respeito das </span><span style="color: #04ff00;">dificuldades de locomoção</span><span style="color: #ffa400;"> pelas vias do bairro. Veja trechos desta interessante matéria:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">No Vasco da Gama, ruas não têm calçadas e pedestres sofrem</span><span style="color: #ffa400;"> (dizia o título). Os problemas de mobilidade que atingem o Recife ganham peculiaridades nos subúrbios. No Vasco da Gama, Zona Norte da cidade, os moradores têm o costume de andar nas ruas. Este hábito é proviniente tanto da ocupação irregular das calçadas quanto da inexistência delas. As ruas </span><span style="color: #04ff00;">Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Alto do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> são exemplos de locais onde sequer existem calçadas. Ao abrirem as portas de suas casas, moradores se deparam com veículos em alta velocidade. Na Rua Alto do Eucalipto, uma moradora contou que já escapou várias vezes de ser atropelada e reclama do desrespeito ao pedestre. Afirmou que as casas precisam ser recuadas. Criticou a falta de atitude do poder público.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na entrada do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;">, uma feira fixa ocupa a via de pedestre. Do outro lado, um bar divide a calçada com um canal aberto, obrigando os transeuntes a caminharem nas ruas. As consequências desta caminhada perigosa podem ser as piores possíveis. O risco é maior para os idosos, quando já não tem o mesmo reflexo e agilidade da juventude. Há relatos de atropelamentos com gravidade. Um idoso, reclama a falta de faixas de pedestre, sinais de trânsito e placas indicando velocidade máxima permitida... (conclusão).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiYN8Kge1kYsQYRac9-QZUrPT23TeJhAvHLmxSNVD-sIRMcXarsfqaP4v6VfoXaiK4-X657hJXlCH6KtVJ87MNNI2V9MLs2ArI9vgbZPoAFbOrI1m7JCZItEWnJI1Rg1uf_zxBsHcJQWww6RIAWl_Ok9fRjOiqvGoqXS7p6ci5bbbRrRURZ5BM3XFjzV79/s720/EscadariaColoridaVasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="720" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiYN8Kge1kYsQYRac9-QZUrPT23TeJhAvHLmxSNVD-sIRMcXarsfqaP4v6VfoXaiK4-X657hJXlCH6KtVJ87MNNI2V9MLs2ArI9vgbZPoAFbOrI1m7JCZItEWnJI1Rg1uf_zxBsHcJQWww6RIAWl_Ok9fRjOiqvGoqXS7p6ci5bbbRrRURZ5BM3XFjzV79/s320/EscadariaColoridaVasco.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Escadaria colorida no Vasco da Gama fez parte do programa "Mais Vida nos Morros" </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Andréa Rego Barros/PCR.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 10 de maio de 2019, a Prefeitura da Cidade do Recife concluiu mais uma etapa do projeto de transformação urbanística nos morros do Recife, denominado </span><span style="color: #04ff00;">"Mais Vida nos Morros"</span><span style="color: #ffa400;"> desta feita, no Vasco da Gama, que foi a 10ª área beneficiada pelo projeto onde casas, becos, escadarias, encostas dos morros recebem pinturas multicoloridas, com desenhos de talentosos artistas e trabalhos de reciclagem de consciência ambiental, dando um destaque muito especial as comunidades beneficiadas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O projeto teve início desde 2016, o programa "Mais Vida nos Morros", segundo a Prefeitura, tem como objetivo, despertar sentimento de comunidade nos moradores, preocupação com o coletivo, autoestima e identidade, buscando o orgulho do morador com o seu território. Tudo isso é feito a partir de oficinas, diálogo e integração dos moradores com as pinturas feitas nas áreas, melhorando a relação do cidadão com o seu entorno e sua cidade. O programa "Mais Vida nos Morros" foi reconhecido pela ONU, como referência nacional para inovação em políticas públicas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O programa também traz várias ações voltadas para o lixo, cuidados, práticas sustentáveis, compostagem do lixo orgânico, plástico transformado em banquinhos ou lixeiros. Durante três meses, os moradores participaram de encontros, para pensar como como poderiam melhorar o lugar em que moram, e receberam oficinas que o ajudaram a pensar em alternativas para o descarte do lixo, comportagem e ainda culinária sustentável e artesanato.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na </span><span style="color: #04ff00;">Escola Municipal Chico Science</span><span style="color: #ffa400;">, uma horta foi construída pelos jovens do bairro. A Rua Pedra Bonita, a Rua Assunção na parte das escadarias estão multicoloridas. A Coral consumiu mais de 6.590 litros de tintas nas cores escolhidas por cerca de 350 famílias do Vasco da Gama. No evento que concluiu os trabalhos no Vasco da Gama, houve feirinha de culinária, brincadeiras para as crianças e apresentação no Teatro Lobatinho. À noite, contou com as presenças do prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Geraldo Júlio</span><span style="color: #ffa400;"> e do secretário executivo de inovação urbana da Prefeitura do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Túlio Ponzi</span><span style="color: #ffa400;">, houve apresentações musicais da Escola de Samba Galeria do Ritmo e das cantoras Nena Queiroga e Bia Villachan.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF-TW9gEr9W4FZu0a_QHIoGpHRRabL_ncav2r5Ga1xbaWTTMiI6mbIj49PgZSlP6zjE0_Kpvo_euCguwKv7WYCugJimiMiWtA-IsHE8dJfgTAA6lM8xSDwQOlmQRi79DDDUKtK496By3IW_ymts9cyQeTUo8z0OZMeR-QGpofeIW_mb5WeOQW1F6CYrhoN/s320/CampoAlto%20do%20Eucalipto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF-TW9gEr9W4FZu0a_QHIoGpHRRabL_ncav2r5Ga1xbaWTTMiI6mbIj49PgZSlP6zjE0_Kpvo_euCguwKv7WYCugJimiMiWtA-IsHE8dJfgTAA6lM8xSDwQOlmQRi79DDDUKtK496By3IW_ymts9cyQeTUo8z0OZMeR-QGpofeIW_mb5WeOQW1F6CYrhoN/s1600/CampoAlto%20do%20Eucalipto.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O Campo do Alto do Eucalipto, foi o primeiro a receber iluminação em LED
no Recife. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Prefeitura da Cidade do Recife.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 26 de julho de 2021, o prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">João Campos</span><span style="color: #ffa400;">, lançou o
programa "Campo no brilho". Sendo o campo do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, o
primeiro campo de varzéa do Recife a receber a iluminação em Led (Light-Emiting
Diode = Diodo emissor de luz) em seus 24 refletores. O prefeito João Campos
informou que 100 campos do Grande Recife serão contemplados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 15 de outubro de 2021, a Prefeitura da Cidade do Recife, anunciou um investimento de 5 milhões de reais só em escadarias e corrimãos e manutenção das mesmas, além de iluminação em LED. A Rua Nicolino Miranda, as obras foram concluídas no dia 5/10 deste ano. Foi feita a recuperação da escadaria e a implantação de 57,5 metros de corrimão, além da implantação da nova iluminação em LED em quatro pontos. A obra custou R$ 2.872,90.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na </span><span style="color: #04ff00;">Rua José Rebouças</span><span style="color: #ffa400;">, foi feito o serviço de recuperação da escadaria, pintura do corrimão já existente e implantação da iluminação em LED em dois pontos, que foram concluídos em 29/10 deste ano, onde foram investidos R$ 1.436,45.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A POLÊMICA TAXA DE BOMBEIROS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante o ano de 1951, os moradores da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, começaram a
receber a cobrança da taxa de bombeiros do Departamento de Saneamento do Estado
(DSE). Isto, causou grande revolta, protestos e indignação aos moradores, pelo
simples fato, o DSE ainda não havia colocado água naquela artéria. O fato foi
que as cobranças continuaram vindo e os protestos continuaram, sem que o órgão
tomasse qualquer providência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A cobrança da taxa de bombeiros só deixou de ser cobrada após a
Resolução Nº 17, de 4 de novembro de 1952, da Secretaria de Serviço de
Contribuintes do Estado, que proibiu em definitivo a tal cobrança.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA FREDERICO OZANAN</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 1314, de 3 de julho de 1951, sancionada pelo
presidente da Câmara, Wandenkolk Wanderley, decreta que a 7ª transversal à
direita da rua Vasco da Gama passa a ser denominada Rua Frederico Ozanan (termina
na junção da rua Úna).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O SURTO DE SARAMPO E VARÍOLA NO ALTO DA FOICE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno, em 29 de março de 1952, publicou uma matéria sobre um
surto de sarampo e varíola no bairro de Casa Amarela, nas localidades do </span><span style="color: #04ff00;">Alto
da Foice</span><span style="color: #ffa400;"> e do Morro da Conceição. E que se espalhou-se pelo Alto José do
Pinho e proximidades do Mercado de Casa Amarela. Veja alguns trechos assim
publicado:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Estranha epidemia em Casa Amarela</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia o título – Toma vulto a
epidemia de sarampo e varíola que vem grassando no distrito de Casa Amarela.
Como que isolada do resto do mundo, uma quantidade considerável de doentes se
encontra sem nenhuma assistência, no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">. Naquele subúrbio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Mais de vinte lares já se encontram infestados do sarampo e varicela
(catapora), enquanto até o presente momento, não foi tomada nenhuma medida
pelos poderes competentes, no sentido de barrar a ação da epidemia ou assistir
os mais fortemente atacados pelas aludidas enfermidades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ao que fomos informados, pelos moradores da região assolada, já houve casos
fatais nesses últimos dias, e entre os doentes se encontram, também adultos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Dentre outras vítimas do surto epidêmico, encontramos um menino,
componente do rol dos que se encontram em estado gravíssimo. Em face dessa
atroz não identificada epidemia, essa criança se acha em estado de lástima e
completa falta de assistência. Com dois anos de idade, a sua tíbia compleição
física atesta, na balança, apenas quatro quilos, o que significa, em termos
mais claros, redução categórica a pelo e ossos. Casos dessa gravidade não são
raros na atual epidemia, que está vitimando as populações dos morros da Foice e
da Conceição.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Aonde a profilaxia não chegou</span><span style="color: #ffa400;"> – Conclui-se, diante dessa contextura
de fatos, que o Serviço de Assistência Social desconhece as condições de vida
em que se acham os moradores daquelas povoações. De fato, é o que acontece no terreno
da profilaxia, que deve ser elaborada por aquele departamento assistencial.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A moradora M.F.B. declarou: - “Essas doenças quando aparece por aqui,
pega em todo mundo, e param somente quando acontece de aparecer outras. E aqui
não há isolamento não”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">E adiantou: - “Nos hospitais não querem saber da gente, não. Os doutores
sempre dizem que os hospitais estão cheios. Não faz muito tempo que aqui
apareceu “bixiga” (varíola) e quase levou o morro todo. E o senhor pensa que
veio doutor aqui? Qual! Só era caixão que descia, e os enterros eram todos os
dias, um, dois e até três. E com essa agora não sei o que vai ser. Não é nem
“bixiga” nem sarampo. Eu só sei que os doentes aparecem a toda hora”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A reportagem do Jornal Pequeno afirmou que esteve até a região do
mercado de Casa Amarela e que a epidemia já havia chegado até lá, pois
constatou diversos casos, e que estava seguindo em direção à cidade. Finalizou.</span></p><span><b><span style="color: #04ff00;"><div><span><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7m-lXjD7NRWL1o9LcKHzIZZiE5Nlmb8YzB4FBnuBFzf21DIt4plJtjKyNIoVCW0FxZCE0Oa-ARwGjZzqcrTXP6LpPiCwGSDzxQKrUhpcoC-OhZhqOOibV5zrUQsivOqNejbvK7e_aEZr_rL8BRWwkq6DSJWNFJ7uczngoEbetY00r7A1fSp_vmbaZ95c2/s720/DelegaciaVasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="546" data-original-width="720" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7m-lXjD7NRWL1o9LcKHzIZZiE5Nlmb8YzB4FBnuBFzf21DIt4plJtjKyNIoVCW0FxZCE0Oa-ARwGjZzqcrTXP6LpPiCwGSDzxQKrUhpcoC-OhZhqOOibV5zrUQsivOqNejbvK7e_aEZr_rL8BRWwkq6DSJWNFJ7uczngoEbetY00r7A1fSp_vmbaZ95c2/s320/DelegaciaVasco.png" width="320" /></a></div></b></span></div><div><b><span style="color: #04ff00;">Em 1952, foi implantado o subcomissariado no Vasco da Gama. Em 1985, o prefeito Joaquim Francisco inaugurou esta delegacia. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></div></span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DO SUBCOMISSARIADO À DELEGACIA DO VASCO DA GAMA</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Portaria Nº 157, de 9 de junho de 1952, a Secretária de
Segurança Pública de Pernambuco </span><span style="color: #04ff00;">criou o Subcomissariado</span><span style="color: #ffa400;"> do Vasco da Gama,
situada à rua de mesmo nome, sob jurisdição da 2ª Delegacia Distrital.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Portaria Nº 491, de 11 de agosto de 1961, a Secretária de
Segurança Pública de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">extinguiu </span><span style="color: #ffa400;">o subcomissariado e criou o
</span><span style="color: #04ff00;">Comissariado do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">. Fazendo parte agora, da jurisdição do 3º
Distrito da Capital, com a seguinte </span><span style="color: #04ff00;">área de atuação:</span><span style="color: #ffa400;"> Ao norte, com os distritos
policiais de Beberibe, Dois Unidos e Brejo dos Macacos, pelas proximidades da
Estrada do Brejo (entrada da Linha do Tiro) subida do Alto do Eucalipto,
córrego começando da Estrada do Visgueiro; ao sul, com o distrito policial de
Casa Amarela, pela Avenida Norte, começando da rua Desembargador Fonseca Galvão
até a rua da Macaíba, incluindo as estradas à direita; a leste, com distrito
policial do Morro da Conceição pela rua Desembargador Fonseca Galvão, subida a
rua central do Alto da Esperança, saindo na rua Dois de Fevereiro e seguindo a
rua principal do Alto Nossa Senhora de Fátima (antigo Alto da Foice) até
encontrar o distrito policial de Beberibe; a oeste, com os distritos policiais
de Dois Irmãos e Brejo dos Macacos (atual Brejo da Guabiraba), pela rua da Macaíba
e rua Cesário de Melo, Altos da Favela e Treze de Maio, até a Estrada do
Visgueiro, conforme publicação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 23 de março de 1980, publicou uma nota sobre o
</span><span style="color: #04ff00;">Posto Policial</span><span style="color: #ffa400;"> do Vasco da Gama. A nota dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">SSP não aceita oferta</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia o título – A Secretaria de Segurança
Pública recursou oferta do sr. Carlos Fraga Barbosa e esposa, em ceder a casa
nº 51-A, da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, para que sem ônus,
instalasse o posto policial que atualmente funciona num quartinho sobre uma
farmácia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Há cerca de um ano o posto foi despejado, por falta de pagamento
(Cr$ 50,00 mensais) do antigo prédio onde funcionava, na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, e
ficou funcionando precariamente no local onde se encontra hoje. A SSP alugou
uma casa no </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, mas o imóvel não oferece condições de
habitação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No intuito de colaborar com o Governo e sendo proprietário de diversas
casas no subúrbio, o casal colocou à disposição da SSP um prédio, mas as
autoridades recusaram alegando que haviam encontrado um local para alugar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A casa onde ficará a dependência policial está deteriorada, fica em
local de difícil acesso e não oferece meios para um trabalho correto porque não
há condições, ao menos de ser instalado telefone, a não ser que o Estado
empregue muito dinheiro para fazer reformas imprescindíveis.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Depois de receber a declaração com os termos de responsabilidade
assinado pelo sr. Carlos Fraga Barbosa, o secretário </span><span style="color: #04ff00;">Sérgio Higino</span><span style="color: #ffa400;"> encaminhou
o documento ao delegado </span><span style="color: #04ff00;">Abel David</span><span style="color: #ffa400;">, da Diretoria Executiva de Polícia
da Capital, que mandou chamar o ofertante e lhe explicou o motivo da recusa.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 25 de outubro de 1984, quinta-feira, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim
Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, assinou convênio para a construção da Delegacia do Vasco
da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de outubro de 1985, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou o
novo prédio da Delegacia do Vasco da Gama, na </span><span><span style="color: #04ff00;">Rua Vila Um Por Todos.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA EVERALDO VASCONCELOS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Nº 1637, de 27 de novembro de 1956, promulgado e sancionado
prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Pelópidas Silveira</span><span style="color: #ffa400;">. Fica denominada </span><span style="color: #04ff00;">Rua Everaldo
Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, à rua transversal à Estrada do Visgueiro (prolongamento da Rua
Vasco da Gama, situada no flanco da casa de nº1230. Atualmente podemos dizer
que esta rua liga à Rua Vasco da Gama à Rua Tacaicó.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9D5CmZPk-z5hmbJmxJVLhIVlBZ_KkSNSJSLdpi7SGvnhKDwUtnxDXEzXEuCJiB0mTKpREWZuZwtTIRrXdbi4x2wt0fUXVJL-6ULCZST3lkWUbS0POrpkyheZW7yfmlESZtN6-MOyyOzisqrlczvJCi_k7jiXa7iLvZHwKNhItaX2Katbyo4Cz5xIJdVNZ/s872/Paix%C3%B5es%20em%20f%C3%BAria2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="872" data-original-width="619" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9D5CmZPk-z5hmbJmxJVLhIVlBZ_KkSNSJSLdpi7SGvnhKDwUtnxDXEzXEuCJiB0mTKpREWZuZwtTIRrXdbi4x2wt0fUXVJL-6ULCZST3lkWUbS0POrpkyheZW7yfmlESZtN6-MOyyOzisqrlczvJCi_k7jiXa7iLvZHwKNhItaX2Katbyo4Cz5xIJdVNZ/s320/Paix%C3%B5es%20em%20f%C3%BAria2.png" width="227" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Cartaz do filme produzido em 1948, por John Huston. Um dos filmes
clássicos exibidos durante reportagem do Diário ao Cinema Vasco da Gama em
1954. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Divulgação Warner Bros.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CINE VASCO DA GAMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No início da década de 1950, era inaugurado um cinema no Vasco da Gama,
que era uma localidade do bairro de Casa Amarela, tradicionalmente um bairro
que acolheu importantes cinemas desde 1913, quando inaugurou sua primeira sala
cinematográfica, o </span><span style="color: #04ff00;">Cine High Life</span><span style="color: #ffa400;">, na Rua Padre Lemos, depois vieram
o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Casa Amarela</span><span style="color: #ffa400;"> (1933), o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Rivoli</span><span style="color: #ffa400;"> (1946), o </span><span style="color: #04ff00;">Cine
Coliseu</span><span style="color: #ffa400;"> (1956) e o </span><span style="color: #04ff00;">Cine Albatroz </span><span style="color: #ffa400;">(1959).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A primeira referência do </span><span style="color: #04ff00;">Cine Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> nos jornais do
Recife é de 1953, era um cinema pequeno que não tinha a importância dos grandes
cinemas de Casa Amarela, todavia de grande importância para os moradores do
Vasco da Gama, que por sinal exibia grandes sucessos do cinema, tanto é
verdade, que o Diário de Pernambuco em 31 de dezembro de 1954, publicou uma
nota à respeito, que dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Graças ao desenvolvimento em 16mm, tornou-se possível a instalação de
modestos cinemas nos arrabaldes, pequenas salas desconfortáveis, mas de
programação nem sempre desprezível.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Naturalmente a projeção de uma película em tamanho reduzido desfavorece
uma apreciação completa da obra focada, seja pelo estado de conservação do
filme, geralmente precário, ou pelas deficiências ainda não superadas que
apresenta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As dimensões menores da tela, luminosidade insuficiente, pouca nitidez
das imagens e a inferioridade da parte sonora confundem, por vezes, o
espectador levando-o a atribuir à realização defeitos, mormente fotográficos,
resultantes da projeção.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Uma grande vantagem, porém, desses cinemas é a de proporcionar ao
frequentador uma oportunidade rara de ver ou rever velhos filmes com poucas
possibilidades de reprise em cinema de classe, muitas vezes obras de valor
indiscutível e lugar assegurado na história da sétima arte.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Cine Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, situado em Casa Amarela, enquadra-se neste
caso, apesar do desconforto de suas cadeiras arrumadas em uma sala diminuta.
Nele revimos aquele notável filme de guerra americano “Um punhado de bravos”,
considerado clássico e incluído entre os três melhores filmes do gênero:
conhecemos ao filme de John Huston, </span><span style="color: #04ff00;">“Paixões em fúria”</span><span style="color: #ffa400;"> e ainda assistimos a
esse “Fugitivos do inferno”, filme de guerra produzido pela Warner. Finalizou.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsWwnzBLOlotwymJ5W7QnPwjb1Yt780aEIIPIIsq0iMPxaTNRJyiwS30vE83xvV7BK6NBYFpEVOmJAQidEd6t-sds-m6YxD9kUMN9w4uF2KYLZ94VpmHL0L0nrrExKZuzUX5ofVtIUuATn3UXDcF0F2l8KA7tPrSBqknpKheebK_ETETP6pjsdRWovH_th/s4161/AltoEucalipto58original.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4161" data-original-width="2230" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsWwnzBLOlotwymJ5W7QnPwjb1Yt780aEIIPIIsq0iMPxaTNRJyiwS30vE83xvV7BK6NBYFpEVOmJAQidEd6t-sds-m6YxD9kUMN9w4uF2KYLZ94VpmHL0L0nrrExKZuzUX5ofVtIUuATn3UXDcF0F2l8KA7tPrSBqknpKheebK_ETETP6pjsdRWovH_th/s320/AltoEucalipto58original.jpg" width="171" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #04ff00;">Em novembro de 1958, as tubulações de ferro fundido começaram a ser colocadas no Alto do Eucalipto. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1958.</span></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">OS CHAFARIZES E O ABASTECIMENTO D’ÁGUA</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O abastecimento de água no Vasco da Gama começou a ser executado em 1953
pelo Departamento de Saneamento do Estado (DSE) com a implantação de
chafarizes. Em 1957, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro de</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Farias</span><span style="color: #ffa400;">, lançou o </span><span style="color: #04ff00;">maior
programa de abastecimento de água do Nordeste</span><span style="color: #ffa400;">, ligando os morros de Beberibe a
Casa Amarela, no entanto, a demanda sempre superou a oferta e até os dias
atuais, a população dos morros, córregos e alagados sofrem com o problema de
escassez d’água nos morros da zona norte. Acompanhe as primeiras
reivindicações, conquistas e os problemas enfrentado pela população do Vasco da
Gama na luta pelo saneamento básico e o abastecimento d’água no bairro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 26 de fevereiro de 1953, o sr. José Barbosa de Souza, solicitou
autorização a Prefeitura para instalar uma bomba d’água na residência nº 6, na
subida do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 12 de maio de 1953, o sr. Manoel Lourenço da Silva, solicitou a
Prefeitura, autorização para o funcionamento de um chafariz na </span><span style="color: #04ff00;">Rua
Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, defronte ao nº 844, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 2.327, de 18 de julho de 1953, na sessão
presidida pelo 1º Secretário da Câmara Municipal do Recife, Antônio Batista de
Souza. Foi autorizado a Prefeitura (na gestão do prefeito José do Rego Maciel)
a fazer a canalização das águas na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;"> e a
instalação de um chafariz público no </span><span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 4.365, de 29 de agosto de 1956, o prefeito
</span><span style="color: #04ff00;">Pelópidas Silveira</span><span style="color: #ffa400;"> decretou e sancionou a lei autorizando a construção do
chafariz do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrJwdLRyP5oVvGyqwh-NCKjnrGWlvBfB7De6IQRoprf1a4nVgDHA2PjgStMvCs347dPLCkbNSRruWa3JqEHy3-QDu1hEIEsgecAKdaTcUOmvWYJmrcWQbtRYrGi4d5XNH-o619hYPt5NHmOzaI6jzblMcwLaon8-umdkTtjvcvmQdKrbNhdiEUPs_TDT5m/s320/AdutoraAltoNovoMundo.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="187" data-original-width="320" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrJwdLRyP5oVvGyqwh-NCKjnrGWlvBfB7De6IQRoprf1a4nVgDHA2PjgStMvCs347dPLCkbNSRruWa3JqEHy3-QDu1hEIEsgecAKdaTcUOmvWYJmrcWQbtRYrGi4d5XNH-o619hYPt5NHmOzaI6jzblMcwLaon8-umdkTtjvcvmQdKrbNhdiEUPs_TDT5m/s1600/AdutoraAltoNovoMundo.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Em 1958, o governador Cordeiro de Farias, inaugurou o maior sistema de
abastecimento de água do Nordeste, interligando os morros de Beberibe e Casa Amarela através das adutoras do Alto do Céu e do Alto Novo Mundo, no Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2023.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 11 de setembro de 1957, quinta-feira,
publicou uma matéria sobre o programa de abastecimento nos morros da zona norte
do Recife e aprovação do governador </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro de</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Farias</span><span style="color: #ffa400;">, com a construção da
estação de abastecimento d’água do Alto do Céu, em Beberibe até a estação
do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. A matéria dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na tarde de ontem, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro de Farias</span><span style="color: #ffa400;"> reuniu em
seu gabinete os jornalistas credenciados no Serviço de Imprensa do Palácio, a
fim de informar sobre o início dos trabalhos de abastecimento d’água dos morros
do Recife, de acordo com relatório apresentado pelo Departamento de Saneamento
do Estado (DSE) à Secretaria de Viação e Obras Públicas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esteve presente o secretário Arnaldo Barbalho, que inicialmente fez
uma explanação completa, mostrando os gráficos da obra. Depois, o general </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro
de Farias</span><span style="color: #ffa400;"> afirmou: “É com satisfação que eu desejo mostrar à imprensa os
gráficos e dados a cerca desta realização da Secretaria de Viação e Obras
Públicas, de acordo com o relatório que acaba de me ser apresentado, cujo teor
teve a minha inteira aprovação. Desde o início do nosso governo, a situação
miserável da população recifense que reside nos morros da capital nos
impressionou consideravelmente. Sendo um problema muito complexo, era
impossível da nossa parte qualquer providência quanto ao abastecimento d’água,
no atual plano de reserva existente na cidade. Somente com a concretização dos
trabalhos do reservatório de Monjope se tornará possível atacar de frente este
angustioso problema, que vem obrigando milhares de recifenses a comprar latas
d’água e transportá-las, em grandes distâncias, para o abastecimento vital dos
seus lares. Algumas medidas paliativas foram tomadas, com a construção de
chafarizes e banheiros públicos, porém a obra principal será iniciada este mês,
para abastecimento dos morros: Alto do Céu, Alto dos Coqueiros, Alto do
Deodato, Alto do Pascoal, Alto Santa Terezinha, Alto da Serrinha, Alto José
Bonifácio e </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">.”<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Trabalho de grande envergadura</span><span style="color: #ffa400;"> – Por sua vez, o engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">Arnaldo
Barbalho</span><span style="color: #ffa400;">, secretário de Viação e Obras Públicas, disse que se espera a
conclusão dos trabalhos antes do término da administração Cordeiro de Farias.
Será construída uma estação de recalque, a partir do atual reservatório do Alto
do Céu até o </span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, onde está localizado um reservatório
semienterrado com capacidade de 2.000 mil metros cúbico que vai até o </span><span style="color: #04ff00;">Alto
da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, onde se bifurcará. Daí um ramal abastecerá o Alto do Outeiro,
em Casa Amarela, e o outro, os morros da </span><span style="color: #04ff00;">Esperança</span><span style="color: #ffa400;"> e da Conceição,
além dos altos José do Pinho e Munguba. Para o primeiro ramal estão
previstos 15 chafarizes e para o Alto do Outeiro (referindo-se ao Alto Santa Izabel), distribuição
domiciliar em uma área de 60 hectares, com cota, “per capita” de 300 litros por
dia, a fim de melhorar as condições de abastecimento d’água de Casa Amarela.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de julho de 1958, o governador de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro de
Farias</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou o primeiro grande sistema de distribuição de água dos morros
da zona norte do Recife. A adutora partiu do Alto do Céu em Beberibe, através
de um tubo de ferro fundido, cruzando os morros de Água Fria e Casa Amarela até
o </span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, depois trocado para </span><span style="color: #04ff00;">“Novo Mundo”</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.
Neste percurso, o sistema abasteceu </span><span><span style="color: #04ff00;">35 chafarizes.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No </span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, foi construído, como havia dito, um
reservatório com capacidade para 2 milhões de litros d’água, onde uma encanação
abastecia o Alto da Favela, em Nova Descoberta, ali, foi feito uma bifurcação
da rede, seguindo um lado para o Alto do Outeiro do Arraial (atual Alto Santa
Izabel), onde abastecia em toda sua extensão </span><span><span style="color: #04ff00;">15 chafarizes.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A outra tubulação, abastecia o </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Esperança</span><span style="color: #ffa400;"> (Vasco da
Gama), </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, Morro da Conceição, Alto José do Pinho e sua
outra parte, chamada à época, de Alto do Munguba. O abastecimento d’água a
partir do reservatório do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, que estava previsto para ficar
pronto dentro de quatro meses, passou um ano para ser concluído, tanto que o
Diário de Pernambuco de 14 de junho de 1960, o secretário de Viação e Obras do
Estado, </span><span style="color: #04ff00;">Lael Sampaio</span><span style="color: #ffa400;"> e o diretor do Departamento de Saneamento do Estado (DSE),
</span><span style="color: #04ff00;">Aldo Salgado</span><span style="color: #ffa400;">, ainda estivesse dando explicações a população dos morros a
respeito da deficiência da distribuição de água.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 24 de agosto de 1961, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Miguel Arraes de Alencar</span><span style="color: #ffa400;">,
anunciou a imprensa que, dos 40 chafarizes que estavam sendo construídos, 33
estavam prontos, incluindo o do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;">, dependendo apenas da
ligação da água pelo Departamento de Saneamento do Estado (DSE). O prefeito
adiantou que na semana seguinte estaria dando início a construção de mais </span><span style="color: #04ff00;">45
chafarizes</span><span style="color: #ffa400;">, com verba do chamado “Acordo do Trigo” e que a aprovação do projeto
foi assinada pela SUDENE. Ele adiantou que desejava atacar de maneira objetiva
o abastecimento d’água das zonas pobres da cidade, de forma a que, no fim de
sua gestão, o problema estivesse solucionado, pelo menos na parte essencial.
Durante a construção dos chafarizes, a Prefeitura do Recife enfrentou o
desabastecimento com caminhões-tanques, construídos nas próprias oficinas da
Prefeitura, que abasteciam escolas e comunidades afastadas e de difícil acesso,
onde uma lata d’água era vendida pela absurda importância de dez cruzeiros. Já
que em média uma lata de água custava um cruzeiro. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 29 de maio de 1962, publicou que, com a
interveniência da Sudene e o Banco do Nordeste, no mês seguinte, seria assinado
um contrato entre o Departamento de Saneamento do Estado (DSE) e o Banco
Internacional de Desenvolvimento Econômico (BID) um empréstimo no valor de Cr$
1.423.511,10 (Um milhão, quatrocentos e vinte e três mil, quinhentos e onze
cruzeiros e dez centavos) para ser investido na ampliação e melhoramentos na
rede de água e esgotos do Recife. O jornal adiantou que, no domingo, 27 do
corrente, o engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">João Geraldo Silva</span><span style="color: #ffa400;">, da Secretaria de Viação e Obras
viajou para Washington, levando estudos complementares do projeto solicitado
pelo BID, uma vez que a parte substancial do plano do DSE, para as aquelas
ampliações, já havia sido aprovada recentemente quando da visita do Presidente
da República do Brasil, </span><span style="color: #04ff00;">João Goulart</span><span style="color: #ffa400;">, ao Estados Unidos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O acordo desse empréstimo, determinou que o governo de Pernambuco
pagasse em 30 anos, com juros de 3,5% ao ano. Na ocasião, o engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">Osvaldo
Antônio de Barros</span><span style="color: #ffa400;">, diretor do DSE, informou que o investimento seria feito nas
regiões mal abastecidas ou onde não havia água, nem saneamento. Adiantou, que o
DSE contava com 155 mil m³ de água provenientes de cinco mananciais para 66 mil
residências, cabendo para cada habitante abastecido, 380 litros/dia, abrangendo
um total de 400 mil habitantes. Disse que, a área urbana do Recife é de 91,3
Km² e que a rede de abastecimento só cobria uma área de apenas 31,2 Km² e com o
investimento concretizado, a rede de abastecimento cobriria uma área de 24,97
Km² da cidade, excluindo-se as melhorias nas zonas já abastecidas. Adiantou
ainda, que seria investidos 70 milhões de cruzeiros, no
abastecimento da zona norte do Recife, no sistema que liga a adutora do Alto do
Céu em Beberibe a adutora do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;"> em Casa
Amarela. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Última Hora em 11 de julho de 1962, publicou uma
nota, onde o engenheiro </span><span style="color: #04ff00;">Marcos Bottler</span><span style="color: #ffa400;">, coordenador do plano de assistência da
Prefeitura Municipal do Recife, anunciou que o chafariz do </span><span style="color: #04ff00;">Alto</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">do
Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> já estava pronto e que estava aguardando apenas a ligação de água
pelo Departamento de Saneamento do Estado para entrar em funcionamento.
Informou ainda, que foi negada a ligação de água para o chafariz do
</span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de agosto de 1962, a Assembleia Legislativa de Pernambuco
aprovou o pedido do Requerimento nº755, de autoria do deputado </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucena</span><span style="color: #ffa400;">,
um apelo para que, em caráter de urgência, o secretário de Viação e Obras
através do DSE para que fosse feita a instalação de água nas ruas do </span><span style="color: #04ff00;">Jardim
Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 30 de setembro de 1962, o secretário de Viação e Obras, </span><span style="color: #04ff00;">Lael
Sampaio</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou pela manhã, os chafarizes do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de
Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama e do Alto do Visgueiro, em Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 24 de novembro de 1964, O Departamento de Saneamento do Estado
(DSE), publicou uma nota nos principais jornais do Recife, sobre o racionamento
de água nos chafarizes e lavandarias dos morros da zona norte. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o
seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O DSE avisa a todos os consumidores residentes nas zonas servidas pelo
sistema dos morros, isto é, abastecidas pelo </span><span style="color: #04ff00;">Reservatório do Mundo Novo,</span><span style="color: #ffa400;"> incluindo
os Altos do Céu (Beberibe), dos Coqueiros, Deodato, Serrinha, </span><span style="color: #04ff00;">Foice</span><span style="color: #ffa400;">, Favela,
</span><span style="color: #04ff00;">Esperança</span><span style="color: #ffa400;">, Conceição, José do Pinho, Munguba e Outeiro (atual Alto Santa
Izabel) que, a partir do dia 25 do corrente, todos os chafarizes e lavandarias,
na área citada, passarão a funcionar no horário das 6 às 12 horas, para
permitir o abastecimento de todas as áreas servidas, inclusive das áreas mais
altas como o Morro da Conceição, Alto José do Pinho e adjacências. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de janeiro de 1965, o novo diretor do DSE, </span><span style="color: #04ff00;">João Geraldo
Braule</span><span style="color: #ffa400;">, divulgou através da imprensa uma nota que dizia o seguinte: <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O DSE tem sido alvo de inúmeras críticas, mormente pelas emissoras de
rádio, pelo estabelecimento de um horário para o funcionamento dos chafarizes
da zona dos morros do Recife, entre Beberibe e Casa Amarela. Assim vem o DSE,
pela segunda vez, apresentar de público as razões que levaram a adotar a medida
ora em vigor.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O sistema de abastecimento de água nos morros foi projetado em 1958 para
atender a uma rede de </span><span style="color: #04ff00;">45</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">chafarizes públicos</span><span style="color: #ffa400;"> a serem construídos nos diversos
altos e córregos da zona em referência, consistindo em uma estação elevatória,
construída junto ao Reservatório do Alto do Céu, uma linha de recalque até o
</span><span style="color: #04ff00;">Reservatório do Alto Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, acumula 2.000m³ e linhas de distribuição
para o Alto José do Pinho, Morro da Conceição e adjacências.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Após a construção do sistema, como projetado, surgiram inúmeros pedidos
de novos chafarizes e lavandarias bem como de derivações domiciliares, não
previsto no plano inicial, pedidos estes que foram atendidos, pelos mais
diversos motivos fazendo com que o sistema abasteça no momento, </span><span style="color: #04ff00;">73</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">chafarizes e
lavandarias</span><span style="color: #ffa400;"> e cerca de 200 derivações domiciliares.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Assim sendo, neste verão se verificou que toda a água bombeada era
utilizada na zona abastecida das linhas de recalque causando absoluta falta de
água na zona abastecida das linhas de distribuição, ou seja, no Morro da
Conceição, Alto José do Pinho e adjacências. Evidentemente, a população
prejudicada reclamou contra tal situação, quer pela imprensa, quer pelo rádio,
quer na Assembleia Legislativa, quer diretamente ao DSE.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Não nos restava outra alternativa senão estabelecer um horário de
funcionamento para os chafarizes, permitindo que se acumule água no </span><span style="color: #04ff00;">Reservatório
do Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;"> e que a zona citada possa ser abastecida nas mesmas
condições que a zona do recalque. O DSE já tem em andamento estudos no sentido
de aproveitar a água do subsolo para o reforço do abastecimento de água da zona
norte, permitindo uma solução ampla para o problema. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Obs:</span></b><span style="color: #ffa400;"> Na época, usava-se a palavra “lavandaria” ao invés da
palavra “lavanderia”.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 4 de abril de 1966, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Paulo Guerra</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou o primeiro
poço profundo, dos quinze prometidos, aproveitando as águas do subsolo em Dois
Unidos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O processo de aproveitamento da água do subsolo seguiu muito lento,
tanto que, em maio de 1975, só seis poços profundos haviam sido concluídos e
quatro estavam em andamento. À época, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Moura Cavalcanti</span><span style="color: #ffa400;"> anunciou
ter investido 17 milhões de cruzeiros nesta obra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de agosto de 1968, o vereador </span><span style="color: #04ff00;">José Gomes da Silva</span><span style="color: #ffa400;"> anunciou ter
conseguido junto ao DSE levar a rede de abastecimento d’água para o </span><span style="color: #04ff00;">Alto
do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 21 de setembro de 1968, a Divisão de Águas da DSE informou que o
abastecimento de água na zona norte do Recife estava sendo ampliada e que havia
canalizado 8 Km de linhas de distribuição nos morros dos bairros de Beberibe e
Casa Amarela com um orçamento de 150 mil cruzeiros novos. Entre as localidades
beneficiadas consta o </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 23 de julho de 1970, publicou uma nota de
protesto contra o fechamento do chafariz do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> no
Vasco da Gama, pelo Saner (Saneamento do Recife). </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte
(trechos):</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A água era obtida por dos chafarizes. Não era dada aos habitantes dos
morros, dos altos e dos córregos, mas vendida. Água muita ou escassa, em conta
ou sem ela, havia. Pois, agora, a acreditar no vereador Augusto Lins e Silva,
nem isso.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Saner retirou de um Alto, o do </span><span style="color: #04ff00;">Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, o chafariz. Este chafariz
servia a contento, ao Vasco da Gama, que se configura geograficamente como
morro, alto e córrego; Vasco da Gama é, no aglomerado residencial do Recife,
uma localidade com todas as suas características de qualificação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">De acordo com a resenha dos trabalhos da Câmara Municipal, o vereador
</span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lins e Silva</span><span style="color: #ffa400;"> promete levar a frente do Palácio dos Despachos cerca de
vinte mil habitantes daquela zona. Esses habitantes lavrariam o protesto da
zona contra o ato da Saner; diriam ao governador que a água do chafariz, eles a
compravam a bom preço: bem ou mal, servia a população; agora ruim com ele, pior
sem ele.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Está, portanto, a população do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, sem água para
beber, sem água para lavar a roupa, sem água para cozinhar os alimentos.
Apenas, rendidos à fatalidade, com as águas das chuvas, já que a da enchente
não alcança os córregos, os morros e os altos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Saner tem a função precípua de dar água aos recifenses: boa água; água
clorada; água isenta de impurezas; água que sirva ao anseio corporal, as
necessidades caseiras, à sede. O protesto, acompanhado de ameaça do vereador
</span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lins e Silva</span><span style="color: #ffa400;"> de concentração reivindicatória em frente ao Palácio dos
Despachos dos prejudicados, salvo engano da intenção, levará a chefia do
executivo vinte mil pessoas indignadas, iguais no gesto às antigas e sempre mal
interpretadas passeatas da fome de saudosa memória. A menos que o Saner, em
tempo, torne sem efeito o absurdo dispositivo. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 25 de fevereiro de 1972, publicou uma matéria
sobre os melhoramentos no abastecimento de água na zona norte do Recife,
beneficiando comunidades dos morros do Vasco da Gama. </span><span><span style="color: #04ff00;">A matéria dizia o
seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os habitantes dos morros da Zona Norte da cidade – </span><span style="color: #04ff00;">240 mil pessoas</span><span style="color: #ffa400;"> –
serão beneficiadas a partir de setembro, com a conclusão, pelo Saner (que
antecedeu a Compesa), da primeira etapa do sistema de abastecimento d’água
daquela área. Segundo as determinações do programa do governador </span><span style="color: #04ff00;">Eraldo</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Gueiros
Leite</span><span style="color: #ffa400;">, o abastecimento d’água dos morros será feito através de quatro
reservatórios, sendo que três já estão concluídos: os de Dois Unidos, Alto do
Jenipapo e do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, faltando apenas terminar o do Alto do
Deodato.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O sistema de abastecimento, cujo custo global será de sete milhões de
cruzeiros, será financiado pelo Banco Nacional de Habitação (BNH) e pelo Saner.
...o sistema foi dividido em quatro áreas de ação. A área 3 beneficiou: Morro
da Conceição, </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Esperança</span><span style="color: #ffa400;"> (Vasco da Gama), Alto José do
Pinho, </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, Alto José
Bonifácio e o </span><span><span style="color: #04ff00;">Alto Mundo Novo.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No projeto de financiamento da parte final do sistema de abastecimento
dos morros, que será encaminhado ao BNH, pelo secretário Armando Cairutas,
consta solicitação de recursos, visando a colocação de uma pena d’água em cada
residência popular.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a conclusão dos trabalhos, inclusive a rede distribuidora, que faz
parte da segunda etapa, a mortalidade infantil por consequências hídricas, será
diminuída de 36 para 1, entre mil crianças nascidas. Impressionado com as
estatísticas do SESP, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Eraldo Gueiros Leite</span><span style="color: #ffa400;"> deu prioridade à
conclusão do sistema de abastecimento dos morros do Recife, pois cerca de 1.750
crianças serão salvas mensalmente. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 27 de outubro de 1978, publicou: A
Compesa desativa os chafarizes nº 5, no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice </span><span style="color: #ffa400;">e o de nº 92,
na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Cesário de Melo</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, devido a implantação da rede de
distribuição de água na região. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na sessão do dia 31 de outubro de 1979, na Assembleia Legislativa, o
deputado </span><span style="color: #04ff00;">Eduardo Pandolfi</span><span style="color: #ffa400;"> faz um pronunciamento sobre a falta d’água e
saneamento em Casa Amarela, </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 16 de maio de 1983, publicou uma nota sobre os
problemas de abastecimento d’água no </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;"> e o
apelo do vereador </span><span style="color: #04ff00;">Carlos Eduardo</span><span style="color: #ffa400;"> e de toda a comunidade. </span><span><span style="color: #04ff00;">A Nota dizia o
seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Comunidade de Alto em Casa Amarela há muitos dias sem água – dizia
o título – O vereador </span><span style="color: #04ff00;">Carlos</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Eduardo</span><span style="color: #ffa400;">, requereu que seja encaminhado à Compesa
pedido de providências urgentes no sentido de regularizar o abastecimento de
água do </span><span style="color: #04ff00;">Alto de Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.
Paralelamente, solicitou à Prefeitura que suste o início de qualquer obra de urbanização
naquele bairro, até que a Compesa regularize os serviços de abastecimento de
água, pois, se os serviços iniciados agora, terão que ser destruídos na época
em que a Compesa decidir solucionar o problema da água. A proposta originou-se
em abaixo-assinado com mais de 900 signatários, através do qual a comunidade da
área apresentou reivindicações agora encaminhadas à mesa da Câmara.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“De fato é com pesar que registramos as infindáveis contas duplas,
cobradas acintosamente pela Compesa, assim como inúmeras áreas onde a Compesa
passa por perto e não se instala, ou aquelas onde a Compesa se instala e não
funciona. Isso, sem falar nos critérios arbitrários para a definição das
tarifas ou na imoral e arbitrária multa de 10% imposta a quem atrasar o dia de seu
pagamento”, disse o vereador.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUF179B5-Y9FXD8knQHUvHRg-kyN-MjSds-fNpGVTUBNi_2rnbIkBGfDuQQ84T30u0Mnu7cPLvQoL9eZCHggskpRT4ZKGVJPWSKD6ODb3vHfjCwdmxYo0lenqszmqcE8XOnTJ9R66GH5HlsfX1aU3YaEGifeJdYVbSJmC5_RI7Nn9OrpCTBlS-1_QQbqAo/s720/Eucalipto.FaltaDaagua.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="692" data-original-width="720" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUF179B5-Y9FXD8knQHUvHRg-kyN-MjSds-fNpGVTUBNi_2rnbIkBGfDuQQ84T30u0Mnu7cPLvQoL9eZCHggskpRT4ZKGVJPWSKD6ODb3vHfjCwdmxYo0lenqszmqcE8XOnTJ9R66GH5HlsfX1aU3YaEGifeJdYVbSJmC5_RI7Nn9OrpCTBlS-1_QQbqAo/s320/Eucalipto.FaltaDaagua.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Diante das dificuldades com a falta d'água, os moradores do Alto do Eucalipto buscam água nos canos da rua. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jornal do Commercio/Recife/1983.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Referindo-se especificamente ao </span><span style="color: #04ff00;">Alto de Nossa Senhora de Fátima,</span><span style="color: #ffa400;">
explicou que “ali a Compesa se instalou, através de dois canos-troncos, um
deles se estendendo até o </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">. Apesar disso, só existe
água durante o curto período compreendido entre três e quatro horas da
madrugada. A água é pouca, e chega num horário quase inútil, mas a conta é a
mesma.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Quando se instala numa área de baixa renda, a Compesa o faz sem a
respectiva instalação dos hidrômetros residenciais. Alega para isso a velha e
surrada desculpa da falta de recursos. E o que é que daí resulta? Resulta a
definição arbitrária de uma tarifa, estipulada por metro quadrado de área
construída. Além do inconveniente de nivelar consumidores de poder aquisitivo
diferente. Este mecanismo impossibilita conhecer o consumo real de água, por
unidade residencial”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Quanto à necessidade de urbanização da área, afirmou que “ali não existe
transporte coletivo, não existe entrega de gás em domicílio, as ruas são
esburacadas, as barreiras sem escoras, as estradas sem iluminação e as casas
sem água.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Foi, talvez, por reconhecer esse criminoso abandono que a Prefeitura
mandou instalar um barracão na área e anunciou que a edilidade pretende iniciar
alguns trabalhos de urbanização no local, particularmente o calçamento de ruas.
Acontece que tais problemas se sobrepõe o problema crônico do abastecimento de
água. Preterir este último, em razão dos primeiros, é se condenar a realizar
hoje o que será inevitavelmente desmantelado amanhã. Não se nega a importância
das obras de urbanização previstas. Nega-se o irracionalismo do seu
encaminhamento, sem antes resolver o seríssimo problema da água. Ao prefeito
compete, então, entrar em urgentes entendimentos com a diretoria da Compesa, e
só a partir daí acionar a máquina administrativa no sentido da urbanização”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 27 de maio de 1983, uma comissão de moradores do Alto Nossa
Senhora de Fátima, foram até a Prefeitura, acompanhado do vereador </span><span style="color: #04ff00;">Carlos Eduardo</span><span style="color: #ffa400;">,
e cobraram do prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, o pleito acima citado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 7 de novembro de 1985, a Prefeitura do Recife e a Compesa através
de convênio, passou para a Associação de Moradores do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa
Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, os direitos de explorar os serviços do chafariz da
comunidade, cabendo aos moradores, o pagamento de uma pequena taxa para limpeza
e manutenção do chafariz. Já que o chafariz era na ocasião, uma das poucas
fontes de água potável naquela localidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de setembro de 1990, o deputado José Amorim, fez um apelo à
direção da Compesa na bancada da Assembleia Legislativa, para que fosse
adotadas providências para regularização no serviço de abastecimento d’água
da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;">, especialmente na 2ª subida da entrada do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego
do Botijão</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O deputado José Amorim disse: “Que há três meses, não tem água nas
torneiras. Os moradores se abastecem de um poço que fica a cerca de duzentos
metros. A dificuldade é muito grande para abastecer as casas, principalmente nos
dias de chuva”, concluiu.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBrHpJyDt5yvunpW9JMrNjE2pvenYdd7bsLFT_xzOOLYIsk1_xSMTxkojY9HuGF-uJm4AkK581_yExgu6fpOT4-7yZJMdx2OE9VQGA-8_WodOqsbwOw9EpqaZefpTCzZe9nJbE_L62PeOnB1nVTUruvq8ZaO9emEMtX4VXTNzJDlnTpWWlnQCWLaq0EXe_/s3549/Pe.SeverinoSantiago1960original.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2997" data-original-width="3549" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBrHpJyDt5yvunpW9JMrNjE2pvenYdd7bsLFT_xzOOLYIsk1_xSMTxkojY9HuGF-uJm4AkK581_yExgu6fpOT4-7yZJMdx2OE9VQGA-8_WodOqsbwOw9EpqaZefpTCzZe9nJbE_L62PeOnB1nVTUruvq8ZaO9emEMtX4VXTNzJDlnTpWWlnQCWLaq0EXe_/s320/Pe.SeverinoSantiago1960original.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Padre Severino Santiago passou 36 anos à frente da Paróquia de São Sebastião (1954 a 1991). </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1960 .</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">PADRE SEVERINO SANTIAGO E A IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O padre Severino Gomes Santiago, foi um personagem marcante, carismático
e ao mesmo tempo, controverso. Ele, que foi um lutador ferrenho pelas
construções da igreja, da casa paroquial e da escola, todas com a mesma
denominação, São Sebastião. Defensor da comunidade em busca de soluções dos
problemas sociais, econômicos, culturais e religiosos da fé católica no Vasco
da Gama e em Casa Amarela. O padre Severino, entre 1954 e 1962, conseguiu
subvenções diversificadas e um montante significativo de Cr$ 1.000.000,00 (Um
milhão de cruzeiros) para a construção da igreja e da escola, junto à
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1960, prestou queixa à polícia contra dois, segundo ele, ex-padres,
que estavam pedindo donativos e fazendo, segundo ele, pregações subversivas na
comunidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1979, durante a visita de frei Damião ao Vasco da Gama, uma moradora
em estado de histeria diante do frei capuchinho, acabou levando um beliscão do
padre Severino, para voltar a normalidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante os anos de 1980, transformou uma área no âmbito da igreja, em
baile dançante, denominado “Conselho”, onde o forte era o som das discotecas, o
pop e as músicas lentas internacionais, sob o olhar atento do pároco, que não
admitia muita intimidade entre os casais que dançavam. O chamado “sarro”, era
proibido e o casal era chamado a atenção. Fatos que veremos mais adiante, e que
demonstra a personalidade forte deste padre que fez parte da história do Vasco
da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">padre Severino Gomes Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, nasceu em 25 de novembro de 1929,
no município de Vitória de Santo Antão – PE. Sua preparação sacerdotal
aconteceu no Seminário de Olinda e foi ordenado sacerdote, das mãos do
arcebispo Dom Antônio de Almeida Moraes Júnior, em 28 de novembro de 1954.
</span><span style="color: #04ff00;">Serviu</span><span style="color: #ffa400;"> durante 36 anos à Paróquia do Vasco da Gama. </span><span style="color: #04ff00;">Faleceu</span><span style="color: #ffa400;"> em 23 de
abril de 1991. Depois de seu falecimento, já estiveram à frente da paróquia, os
párocos: Dom Beda, padre Paulo Sérgio Vieira Leite, padre Ediberto Alves, padre
Reinaldo Jacinto e desde 5 de outubro de 2003, o padre Amarílio Machado de
Sousa, conhecido como o padre do “Correio da Amizade”.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPR-aSFI_IJWSHfzKbQIvMpdcC1AfBsj26BNetfh8EStVa9sdCIkvfOdfbMFykRMx_yMgqFt2vTzqHxpGzC1u7Js0-HFpTedxRwI6i3vMQrgfBOGiJY7aMcPprFKOsskjh_4tOZ6PvITmGr4PQKabu4ODpfbBtmZQIo_ZLXwbMkNr7BV9ajEUBYzPpkQb5/s622/IgrejaS.Sebasti%C3%A3o1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="407" data-original-width="622" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPR-aSFI_IJWSHfzKbQIvMpdcC1AfBsj26BNetfh8EStVa9sdCIkvfOdfbMFykRMx_yMgqFt2vTzqHxpGzC1u7Js0-HFpTedxRwI6i3vMQrgfBOGiJY7aMcPprFKOsskjh_4tOZ6PvITmGr4PQKabu4ODpfbBtmZQIo_ZLXwbMkNr7BV9ajEUBYzPpkQb5/s320/IgrejaS.Sebasti%C3%A3o1.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A igreja de São Sebastião em forma de galpão, no Vasco da Gama, erguida
em 1956. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo da Paróquia São Sebastião.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A pedra fundamental da Paróquia de São Sebastião, no Vasco da
Gama, foi implantada em 18 de dezembro de 1955. A </span><span style="color: #04ff00;">igreja de São Sebastião,</span><span style="color: #ffa400;">
tornou-se paróquia em 9 de janeiro de 1956, sendo desmembrada da Paróquia Bom
Jesus do Arraial, conhecida como “Igreja da Harmonia”, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 2 de maio de 1957, o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, cria a entidade
religiosa “Obras Sociais da Paróquia do Vasco da Gama” e no dia 23 de maio,
registra o seu estatuto, que consta que tem como finalidade, prestar
assistência religiosa, educativa e social à população do Vasco da Gama e
adjacências.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwfkwWxIRRmKkF-XVcB-QaOe4HygRW_yRfj90zaveSdNx5_1M3l6HVfJAAjUi4t9BTRip9DMMzR-VnbjYd06r12ZgxT4vqob-s9aiJcYhQmW9PMPSYnhqHsJCUuXuRtZlvyJQMLKvwmOq22pibrz3kpUbxEwI4ej00w0IQXUbz5vlUWqu-8zTpj5Y74Mdj/s4608/PatioEscolaAlmerinda.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwfkwWxIRRmKkF-XVcB-QaOe4HygRW_yRfj90zaveSdNx5_1M3l6HVfJAAjUi4t9BTRip9DMMzR-VnbjYd06r12ZgxT4vqob-s9aiJcYhQmW9PMPSYnhqHsJCUuXuRtZlvyJQMLKvwmOq22pibrz3kpUbxEwI4ej00w0IQXUbz5vlUWqu-8zTpj5Y74Mdj/s320/PatioEscolaAlmerinda.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A antiga Escola Vasco da Gama inaugurada em 1957, recebeu em 2008, nova denominação, Professora Almerinda Umbelino de Barros. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">ESCOLAS</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 3.755 de 22 de setembro de 1955, sancionada
e promulgada pelo Presidente da Câmara, Rui Rufino Alves, concedeu crédito
especial de Cr$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzeiros), para auxiliar à construção
da </span><span style="color: #04ff00;">Capela Escola do Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de fevereiro de 1957, o governador </span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro de Farias</span><span style="color: #ffa400;">
inaugurou a </span><span><span style="color: #04ff00;">Escola Mínima do Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário Oficial do Estado em 2 de agosto de 1960, publicou o decreto,
sancionado pela Assembleia Legislativa, abertura de um crédito especial até a
quantia de 3 milhões de cruzeiros, destinado a aquisição de um terreno e
construção de um Grupo Escolar no Alto da Favela, no Vasco da
Gama. Financiamento com verba do Fundo de Desenvolvimento Econômico.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O deputado</span><span style="color: #04ff00;"> Luiz de França Costa Lima,</span><span style="color: #ffa400;"> subiu à tribuna anteriormente, em
20 de junho daquele ano, para justificar a liberação do crédito e da construção
da escola:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“O </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;"> é um dos morros de Casa Amarela com maior densidade
de população. Para os morros corre a população pobre, a massa operária do
Recife, onde os preços dos terrenos ainda são a eles inacessíveis. O arrabalde
de Casa Amarela tem uma população de 180 mil habitantes e possui apenas quatro
grupos escolares do Estado...Constitui um problema seríssimo conseguir uma
matrícula em qualquer desses grupos escolares ficando a gente pobre sem ter
para quem concorrer desde que todos hoje em dia já demonstram real interesse em
educar os filhos, única esperança de melhores dias para os desajustados pela
fortuna.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Não sei de crime maior do que o Estado deixar de dar a devida
assistência escolar a juventude necessitada, uma vez que as classes mais
favorecidas podem colocar os filhos nos colégios particulares e, deste modo,
suprir a falha o que já não se pode processar com a massa operária. No </span><span style="color: #04ff00;">Morro
da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, residem milhares de famílias, tanto que a
Prefeitura em boa hora, pavimentou a íngreme ladeira que dá acesso aquele
morro, tendo o Saneamento do Estado iniciado durante o governo do general
</span><span style="color: #04ff00;">Cordeiro de Farias </span><span style="color: #ffa400;">o serviço de abastecimento d’água com a construção do
</span><span style="color: #04ff00;">reservatório do Mundo Novo </span><span style="color: #ffa400;">em boa hora prosseguindo pela atual administração.
Ali existem mais de mil crianças em idade escolar sem que haja uma única escola
estadual.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A construção do Grupo Escolar, ora pleiteada é de uma oportunidade
indiscutível. É alfabetizando a criançada que as nações progridem. E felizes os
governantes que podem com ufania afirmar que abriram as luzes do saber a
centenas de criancinhas pobres para quais tal prêmio era de todo impossível
consegui-lo sem ajuda do poder público. Todos sabem que o Recife conta com
atualmente com perto de 100 mil crianças sem escolas e esse estado de coisas
não deve perdurar. Entendo assim que o projeto em apreço será com entusiasmo
aprovado por este plenário e de certo contará com a decisiva colaboração do
Exmo. Sr. Secretário de Educação realmente interessado na solução dos mais
graves problemas da Secretaria entre os quais avulta o do ensino nos morros da
capital”. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 28 de dezembro de 1960, foi fundada a </span><span style="color: #04ff00;">Escola de Corte e
Costura no Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, pela srª Maria José Rodrigues
da Silva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 12 de março de 1961, publicou uma nota onde o
governador de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">Cid Sampaio</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou </span><span style="color: #04ff00;">38 escolas</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">primárias</span><span style="color: #ffa400;"> na zona
norte do Recife, sendo seis no Vasco da Gama. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O governador </span><span style="color: #04ff00;">Cid Sampaio</span><span style="color: #ffa400;">, acompanhado pelo seu secretariado, e pelo
presidente do Serviço Contra o Mocambo, sr. </span><span style="color: #04ff00;">Paulo do Rangel Moreira</span><span style="color: #ffa400;">, vai
inaugurar, hoje pela manhã e à tarde, 38 novas escolas instaladas em tempo
recorde, pelo Grupo de Trabalho da Promoção Social (GTPS) nas zonas de Casa
Amarela, Nova Descoberta e </span><span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As escolas foram equipadas com mobiliário apropriado e de acordo com as
modernas técnicas pedagógicas. O seu professorado foi selecionado em testes
dirigidos pelo assessor técnico do GTPS, professor </span><span><span style="color: #04ff00;">José Rafael de Menezes.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As novas escolas estão localizadas nas seguintes zonas: Duas no </span><span style="color: #04ff00;">Alto
do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> e outras quatro, no </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Alto
Mundo Novo</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Esperança</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;">... (Finalizou). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 27 de julho de 1965, publicou: Extrato
dos estatutos da </span><span style="color: #04ff00;">Escola Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, situada na rua Jardim
Novo Mundo, nº202, Vasco da Gama, Casa Amarela. A escola de ensino jardim da
infância, primário e admissão para as crianças pobres de ambos os sexos, além
do curso de corte e costura para senhoras e senhoritas pobres. Diretora:
Clemilda Correia de Lima, residente no mesmo endereço da escola. O Estatuto
havia entrado em vigor em 20 de outubro de 1964.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado em 26 de agosto de 1965, publicou uma nota
sobre a avaliação do SENEC- Instituto de Pesquisas Pedagógicas, sobre
a situação das escolas públicas do Recife no ano letivo de 1964. As escolas da
zona do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> tiveram a seguinte avaliação:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida do Alto da Favela </span><span style="color: #ffa400;">havia duas salas de aula,
dois professores e 75 alunos, 01desistente, sendo aprovados 62 alunos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida Hercílio Celso</span><span style="color: #ffa400;">, localizada no Jardim Vasco da
Gama, havia quatro salas de aula, quatro professores e 163 alunos, 24
desistentes, sendo aprovados 105 alunos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, havia doze salas de aula, doze
professores e 450 alunos, 42 desistentes, sendo aprovados 286 alunos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida Santa Maria Goretti</span><span style="color: #ffa400;">, havia duas salas de aula, dois
professores e 77 alunos, 07 desistentes, sendo aprovados 50 alunos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida São Sebastião</span><span style="color: #ffa400;">, havia sete salas de aula, sete
professores, 314 alunos, 19 desistentes, sendo aprovados 213 alunos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, havia duas salas de aula, dois
professores, 82 alunos, 20 desistentes, sendo aprovados 51 alunos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 10.699 de 8 de março de 1976, sancionado pelo
prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Antônio</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Farias.</span><span style="color: #ffa400;"> Criou 99 unidades da</span><span style="color: #04ff00;"> Fundação
Guararapes</span><span style="color: #ffa400;">, entre elas: </span><span style="color: #04ff00;">Escola Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, na Estrada do Visgueiro; </span><span style="color: #04ff00;">Escola
Reunida São Sebastião</span><span style="color: #ffa400;">, na Rua Vasco da Gama, 555; </span><span style="color: #04ff00;">Escola Mínima Santo Antônio</span><span style="color: #ffa400;">,
no Alto da Favela, s/nº; </span><span style="color: #04ff00;">Escola Mínima Círculo dos Trabalhadores Cristãos</span><span style="color: #ffa400;">, Rua
Congonhas, s/nº.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Encontramos ainda duas referências no ano de 1979, da existência de mais
duas escolas no Vasco da Gama, são elas: </span><span style="color: #04ff00;">Escola Mínima Dom Antônio de Almeida
Morais Júnior</span><span style="color: #ffa400;">, localizada no Alto Nossa Senhora de Fátima s/nº. E a </span><span style="color: #04ff00;">Escola
Gratuita de Crianças Pobres de Pernambuco</span><span style="color: #ffa400;">, localizada na rua Vasco da Gama, nº
588.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de abril de 1982, terça-feira à noite, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo
Krause</span><span style="color: #ffa400;"> inaugurou a </span><span style="color: #04ff00;">Escola do Alto da Esperança</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 8 maio de 1982, num sábado, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;"> inaugurou
mais uma escola municipal no Vasco da Gama. Foi a </span><span style="color: #04ff00;">Escola Nossa Senhora de
Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, no Alto de mesmo nome.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de dezembro de 1983, o secretário de Educação e Cultura do
Recife, professor Humberto Vasconcelos entregou no Teatro do Parque, localizado
na rua do Hospício, à cerca de 5 mil alunos de 36 escolas da Fundação
Guararapes, das localidades da Várzea, Torrões, Santo Amaro e </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da</span><span style="color: #ffa400;">
</span><span style="color: #04ff00;">Gama</span><span style="color: #ffa400;">, os certificados de conclusão dos cursos de Qualificação Profissional:
datilografia, manicure, corte e costura, crochê, desenho, pintura, cerâmica,
bordado a mão e a máquina, cabeleireiro, culinária, confeitaria, além dos
cursos industriais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O secretário </span><span style="color: #04ff00;">Humberto Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, explicou que o órgão mantem centros
de qualificação industrial dotados de modernos equipamentos e em condições de
atender a grandes encomendas e produzir em escala industrial.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na ocasião, foi instalada uma exposição no hall do Teatro do Parque, com
trabalhos confeccionados pelos alunos concluintes da Fundação Guararapes, onde
permaneceu durante toda semana. Um desfile de roupas esportivas confeccionadas
pelos concluintes encerrou as festividades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 3 de agosto de 1984, foi lançado na </span><span style="color: #04ff00;">Escola Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, em
primeira mão, o Projeto Escola-Produção com um investimento de 25 milhões de
cruzeiros em equipamentos destinados às atividades de marcenaria, solda e
mecânica geral. O projeto foi patrocinado através de convênio entre Ministério
da Educação e a Organização dos Estados Americanos (OEA).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Projeto Escola Produção consistia em agregar a atividade regular da
escola num processo de aprendizagem profissional do qual resultaria em ações
lucrativas em favor do jovem estudante no sentido de evitar a evasão nas
escolas pelos alunos que necessitavam trabalhar, e assegurar à comunidade mais
pobre o acesso a modalidade de preparação profissional.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A presidente da </span><span style="color: #04ff00;">Fundação Guararapes</span><span style="color: #ffa400;">, professora </span><span style="color: #04ff00;">Aureci Bione</span><span style="color: #ffa400;">,
informou naquela ocasião, que, no início os alunos realizariam o trabalho a
nível de aprendizagem, conforme orientações do prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;">. Numa
segunda etapa, os alunos produziriam material para vender, podendo assim,
contribuir para o aumento da renda familiar, através da comercialização de bens
ou serviços por eles produzidos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Cento e vinte alunos da </span><span style="color: #04ff00;">Escola Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> da 7ª e 8ª série
na faixa etária de 15 a 18 anos, iniciaram as aulas de marcenaria, solda e
mecânica geral. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 3 de novembro de 1986, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Jarbas Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou
a </span><span style="color: #04ff00;">Escola Municipal Professor</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Aderbal Jurema</span><span style="color: #ffa400;"> na Rua Vasco da Gama,
588, em Casa Amarela. A escola fazia parte da Fundação Guararapes e funcionou
em três turnos e atendeu a mais de 150 alunos, com curso profissionalizante –
cabeleireiro, manicure, culinária e arte decorativa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1995, a </span><span style="color: #04ff00;">Escola Boa Esperança</span><span style="color: #ffa400;">, no Alto de mesmo nome, foi a
primeira escola municipal no Vasco da Gama a matricular alunos com deficiência
física, visual e auditiva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado em 7 de março de 1997, informou que a </span><span style="color: #04ff00;">Escola
São Sebastião</span><span style="color: #ffa400;"> no Vasco da Gama, </span><span style="color: #04ff00;">sofreu um incêndio</span><span style="color: #ffa400;"> e teve móveis e
equipamentos destruídos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkltam80ZSW0HCN2sVvsN1esSKSwDgzW9nbezRt4pOJH7nlfUQzcWLhLvOEsesRyjv4ZMT-3zJnpxWHLfy6Gb5SWq20z4WZbgi87TpOlgkPJ23bC3DUgOtqRhINEuDrL6QKyuWRc3T3KNbfMfDedltMTPaPEP3ma7m1F0P7bvxSW1n20O6OIC19iIoA5JO/s4608/IMG_20230715_105809425_HDR.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkltam80ZSW0HCN2sVvsN1esSKSwDgzW9nbezRt4pOJH7nlfUQzcWLhLvOEsesRyjv4ZMT-3zJnpxWHLfy6Gb5SWq20z4WZbgi87TpOlgkPJ23bC3DUgOtqRhINEuDrL6QKyuWRc3T3KNbfMfDedltMTPaPEP3ma7m1F0P7bvxSW1n20O6OIC19iIoA5JO/s320/IMG_20230715_105809425_HDR.jpg" width="240" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Escola Municipal Professor Aderbal Galvão. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado em 21 de março de 1998, publicou que todas as
escolas municipais do Recife seriam </span><span style="color: #04ff00;">interligadas à internet</span><span style="color: #ffa400;"> através
de linha telefônica, entre elas as </span><span style="color: #04ff00;">escolas: </span><span style="color: #ffa400;">Aderbal Galvão, Octávio Meira Lins
e Vasco da Gama. A </span><span><span style="color: #04ff00;">nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Todas as escolas da rede municipal estarão interligadas à internet até o
final do ano. Ontem, pela manhã, a Secretaria de Educação do Recife recebeu da
</span><span style="color: #04ff00;">Telpe</span><span style="color: #ffa400;"> a relação de novas linhas eletrônicas que ligarão as unidades de ensino
de primeiro grau (que oferecem ensino da 5ª a 8ª séries) com o mundo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A internet nas escolas mantidas pela Prefeitura do Recife faz parte da
segunda parte do Programa Nacional de Informática na Educação, ações
desenvolvidas pelo MEC – Ministério de Educação e Cultura, em algumas cidades
onde foram implantados a Telemática e os Núcleos de Tecnologia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As escolas municipais contempladas com novas linhas no bairro
do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> são: Aderbal Galvão (4418666), Octávio Meira Lins
(4419535) e Vasco da Gama (4419694). Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 16.735, de 28 de fevereiro de 2001,
sancionada pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">João Paulo</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">de Lima e Silva</span><span style="color: #ffa400;">, denomina </span><span style="color: #04ff00;">Escola
Municipal Santa Maria Goretti,</span><span style="color: #ffa400;"> situada na rua de mesmo nome, 271, Vasco da
Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 19.018, de 14 de novembro de 2001, sancionado
pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">João Paulo de Lima e Silva,</span><span style="color: #ffa400;"> formalizando a criação e o
funcionamento de escolas da rede municipal de ensino, escolas oriundas da rede
estadual, sendo elas: Escola Aderbal Galvão, rua Vasco da Gama, 399,
funciona desde 04/02/1984; Escola Boa Esperança, rua Pedra Bonita, S/Nº,
Vasco da Gama, funciona desde junho de 1982; Escola Dom Lamartine Soares,
Alto do Eucalipto, S/Nº, Vasco da Gama, funciona desde outubro de 1985,
(atualmente, funciona no Brejo de Beberibe); Escola Octávio de Meira Lins,
rua José de Rebouças,141, Vasco da Gama, funciona desde maio de 1982; e Escola
Santa Maria Goretti, no Córrego do Botijão, 271, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 19.875, de 11 de junho de 2003, assinado e
sancionado pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">João Paulo de Lima e Silva,</span><span style="color: #ffa400;"> criou as </span><span style="color: #04ff00;">escolas
profissionalizantes</span><span style="color: #ffa400;"> da rede municipal. Escola Profissional Professor Aderbal
Jurema, rua Vasco da Gama, 588, funcionava desde 3 de outubro de 1986; e Escola
Profissional Professor Moacir de Melo Rêgo, rua Vasco da Gama, S/Nº, funcionava
desde 1961. Atualmente estas duas escolas profissionalizantes estão
desativadas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiHEGbzfSKkuBCaNiCnw3daTCe4kOlHzhkySEGi8KXAm-PLkSkfLMsdSI_qaP98P9Y_26wknY9DLdA0EC5CJXT8oENLPDTy1ve3jrO1sJQkgztn4rI03HiEuAMLhc2uuroP6daLfH871ZifA6WPQBfYZ2_ETGjVz68V-djae4TiDM7hP5NYy4-xthX0qLj/s1171/Prof.AlmerindaUmbelino.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1171" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiHEGbzfSKkuBCaNiCnw3daTCe4kOlHzhkySEGi8KXAm-PLkSkfLMsdSI_qaP98P9Y_26wknY9DLdA0EC5CJXT8oENLPDTy1ve3jrO1sJQkgztn4rI03HiEuAMLhc2uuroP6daLfH871ZifA6WPQBfYZ2_ETGjVz68V-djae4TiDM7hP5NYy4-xthX0qLj/s320/Prof.AlmerindaUmbelino.png" width="197" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Professora Almerinda Umbelino de Barros, desde os treze anos, sempre
quis ser professora e lecionou por mais de 65 anos, maior tempo em atividade do
Recife. </span><span style="color: #ffa400;">Fanpage: Cineclube Vasco/facebook.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 17.519, de 29 de dezembro de 2008, assinado e
sancionado pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">João da Costa Bezerra Filho</span><span style="color: #ffa400;">, substituiu o nome da Escola
Vasco da Gama para </span><span style="color: #04ff00;">Escola Municipal Professora Almerinda Umbelino de
Barros.</span><span style="color: #ffa400;"> Projeto de lei nº 97/2008, de autoria do vereador </span><span><span style="color: #04ff00;">José Antônio.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 24.615, de 22 de junho de 2009, assinado e
sancionado pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">João da Costa Bezerra Filho,</span><span style="color: #ffa400;"> criou a </span><span style="color: #04ff00;">Escola
Municipal Chico Science</span><span style="color: #ffa400;">, na rua Santa Maria Goretti, 271, Vasco da Gama.
Atualmente esta escola funciona na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Catigua</span><span style="color: #ffa400;">, 5449, Vasco da
Gama. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #04ff00;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTzuq24P1JMUTYAbQNZcKCRMPkgIfV4OH6cB8qlx1s5_jppGh-njQyeerm3CYz3ZkKwyNLWiDjqniP2R4Skw-N789iXMBPFkHcSj8PKzMOkHCZillHrKsISK0c1FoTmvChF0yD7YYvhOf54xjp2Rl2kfwR6qViBaQeXS6Cem7rAhj12gHJq9lrb08rTqqK/s1028/Santu%C3%A1riodeF%C3%A1tima.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1028" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTzuq24P1JMUTYAbQNZcKCRMPkgIfV4OH6cB8qlx1s5_jppGh-njQyeerm3CYz3ZkKwyNLWiDjqniP2R4Skw-N789iXMBPFkHcSj8PKzMOkHCZillHrKsISK0c1FoTmvChF0yD7YYvhOf54xjp2Rl2kfwR6qViBaQeXS6Cem7rAhj12gHJq9lrb08rTqqK/s320/Santu%C3%A1riodeF%C3%A1tima.png" width="224" /></a></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">Santuário de Nossa Senhora de Fátima, situado no Alto de mesmo nome (antigo Alto da Foice). </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2023.</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b><o:p></o:p>ALTO DA FOICE MUDA DE NOME</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Foi em 1955 que o </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Foice</span><span style="color: #ffa400;"> passou a denominar-se </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora
de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>DESORDEM NA RUA DOIS DE FEVEREIRO</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno, em 17 de dezembro de 1955, publicou uma nota onde
relatava que um grupo de pessoas estavam praticando desordem na Rua Dois
de Fevereiro no Vasco da Gama. </span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia</span><span style="color: #ffa400;"> o seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Despudor, jogo de azar e agressões na Rua 2 de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia o
título – Como toda grande cidade, Recife possui inúmeros problemas dentre os
quais a falta de policiamento que há em determinados pontos. Veja-se o que
acontece à Rua 2 de Fevereiro, no Vasco da Gama. Segundo informações, em frente
da Padaria nº 516, de propriedade de Amaro Galdino, agrupa-se um bom número de
desocupados e menores delinquentes, que falta com o respeito devido às
famílias, proferindo toda sorte de pornografias, atentando, inclusive, o pudor
de senhorinhas e promovendo constantes brigas. As desordens e agressões se
sucedem, sendo de salientar ainda que campeia também ali o jogo de azar, tudo
por culpa do descaso das autoridades policiais. Em nome das famílias residentes
à Rua 2 de Fevereiro apelamos para quem de direito a fim de que cesse esse
lamentável estado de coisas. Finalizou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os movimentos sociais comunitários no Vasco da Gama, surgiram na década
de 1950 e se tornaram mais intensos nas décadas de 1960 e 1980. O primeiro
movimento comunitário que surgiu no Vasco da Gama, veio através dos
comerciantes da localidade denominado </span><span style="color: #04ff00;">Patronato Sagrado Coração</span><span style="color: #ffa400;">, no final
da década de 1950, movimento de união e organização do comercio local. Havia ainda, a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de Bairro do Vasco da Gama, </span><span style="color: #ffa400;">cujo o presidente era o sr. João Gomes de Melo.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Entre 1954 e 1955, A Secretária de Segurança Pública de Pernambuco, cria uma lista de associações comunitárias da Região Metropolitana do Recife e que ficam sob investigação no combate ao comunismo, as consideradas células comunistas. As associações do Vasco da Gama inseridas nesta lista, estão: </span><span style="color: #04ff00;">Associação Feminina em Defesa do Lar</span><span style="color: #ffa400;">, do Alto do Eucalipto; </span><span style="color: #04ff00;">Associação do Córrego do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Botijão</span><span style="color: #ffa400;">; </span><span style="color: #04ff00;">Associação do Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Associação de Bairro do Vasco da Gama.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No início dos anos de 1960, surgiu uma grande associação comunitária
denominada </span><span style="color: #04ff00;">Associação Pró-Engrandecimento do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com o
propósito de conquistar melhorias estruturais para o Vasco da Gama, como:
melhoria na coleta de lixo, construção de chafarizes públicos, melhoria no
fornecimento de energia elétrica e água, melhoria no transporte e calçamento
das ruas, etc. Ainda nesta década, surgiram o </span><span style="color: #04ff00;">Centro Social Jardim
Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e o </span><span style="color: #04ff00;">Círculo Operário do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de abril de 1962, foi criado o </span><span style="color: #04ff00;">Círculo Operário do Vasco
da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com o objetivo de coordenar a ação dos sócios, a fim de promover a
elevação da classe operária e prestar assistência.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifihumGYiuGqYSOhzj6KEqYabfhG2OhHMkB2hQqaVlFltTMv4yTjo2H2kvdxn00KFdyldYcN756Zc7Iex46XZEr3zthWLWhGfPJPggpauKexP_cSlcnp9ax261bsnsDAone2g6jy9_f980BugroJ0sf-LPjLANaoEhFsRiJpe7ixcWQ4k0UR22kphVrgid/s655/ReciboConselhoMoradoresVasco.Dops.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="301" data-original-width="655" height="147" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifihumGYiuGqYSOhzj6KEqYabfhG2OhHMkB2hQqaVlFltTMv4yTjo2H2kvdxn00KFdyldYcN756Zc7Iex46XZEr3zthWLWhGfPJPggpauKexP_cSlcnp9ax261bsnsDAone2g6jy9_f980BugroJ0sf-LPjLANaoEhFsRiJpe7ixcWQ4k0UR22kphVrgid/s320/ReciboConselhoMoradoresVasco.Dops.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Relatório do DOPS, consta a criação do Conselho de Moradores, com o apoio de dom Helder Câmara. </span><span style="color: #ffa400;">Fonte: SSP/DOPS/APEJE. Extraído do trabalho acadêmico da pesquisadora do Departamento de Sociologia da Fundaj, Maria do Céu Cézar.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1971, a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de Bairro do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, durante a ditadura militar, sofreu forte pressão do regime por ser considerada uma associação de comunistas, para fugir da perseguição, resolveu dissolvê-la e a transformá-la num Conselho de Moradores. Todavia, a Delegacia da Ordem Política e Social (DOPS), não deu trégua e continuou a espioná-la, principalmente porque tinha o apoio do arcebispo de Olinda e Recife, dom Helder Câmara, o religioso mais perseguido pelo regime, considerado subversivo e comunista.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 10 de outubro de 1978, a Assembleia Legislativa de Pernambuco,
doou Cr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros) para a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de Assistência e
Amparo dos Menores do Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de janeiro de 1979, as senhoras, Doralice Brasil da Silva
(presidente) e Marineide Alves da Silva (vice), fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Grupo de Mães
“Mãe Dora”</span><span style="color: #ffa400;"> com sede provisória à Rua Cassatuba, 78, no Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de novembro de 1980, o senhor José Belarmino Gomes de Araújo
(presidente), fundou o </span><span style="color: #04ff00;">Conselho Comunitário do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à
Rua Vasco da Gama, 555, Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de janeiro de 1982, o senhor Manoel Paixão de Lira
(presidente), fundou a </span><span style="color: #04ff00;">Associação Comunitária do Jardim Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com
sede provisória à Rua das Acácias, 57, no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de janeiro de 1982, o senhor Sebastião Antônio da Silva
(presidente), fundou a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de Moradores do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com sede
provisória à Rua Itaporá, 121, Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de junho de 1983, os senhores, Severino Sebastião da Silva
(presidente) e José Gomes da Silva (vice), fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">União dos Moradores
do Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, com sede no mesmo Alto, 786, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 20 de agosto de 1983, os senhores, Severino dos Santos
(presidente) e Lucivaldo Lourenço da Silva, fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Grupo de Trabalho de
Assistência Popular (GTAP)</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à Rua Doze de Julho, 131, Vasco da
Gama. Sociedade civil, direito privado de caráter filantrópico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 1º de janeiro de 1985, as senhoras, Maria Auxiliadora da Silva
(presdente) e Maria do Carmo de Oliveira (vice), fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">"</span><span style="color: #04ff00;">União de
Mulheres e Jovens “Nossa Senhora do Carmo”</span><span style="color: #ffa400;">, com sede provisória à Rua
Everaldo Vasconcelos, 63, Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiatFggnwJWdMKpDULvGDn20JPGYr_sVCmvtY5v9Z1zDQF227kftuPgXqNtYfLKZ4TemqmSKf2xQgou_FgD82NHdJwpVup7dQbWCbOtivg-pX4RRmV6Ov9mxtmRd6S03TRq2sz_nwN9jeMmE19hwUdGmp0RiawEw0LdVthcVA66ePUc5QFNFfXmRyWXK627/s4608/IMG_20230715_112125738_HDR.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiatFggnwJWdMKpDULvGDn20JPGYr_sVCmvtY5v9Z1zDQF227kftuPgXqNtYfLKZ4TemqmSKf2xQgou_FgD82NHdJwpVup7dQbWCbOtivg-pX4RRmV6Ov9mxtmRd6S03TRq2sz_nwN9jeMmE19hwUdGmp0RiawEw0LdVthcVA66ePUc5QFNFfXmRyWXK627/s320/IMG_20230715_112125738_HDR.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Associação de Moradores do Visgueiro, fundado em 1985. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 25 de janeiro de 1985, os senhores, Sebastião Antônio de Araújo
(presidente) e José Tadú da Silva (vice), fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de
Moradores do Visgueiro</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à Rua Vasco da Gama, 1576, Casa Amarela.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de fevereiro de 1986, as senhoras, Maria José Barbosa de Souza
(presidente) e Mirian Batista do Nascimento (vice), fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">União de
Senhoras e de Jovens do Bairro do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à Rua Frederico
Ozanan, 489, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de março de 1986, as senhoras, Albertina da Conceição Araújo
(presidente) e Gilda Marques da Silva, fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">S</span><span style="color: #04ff00;">ociedade Clube das Onze</span><span style="color: #ffa400;">,
com sede na Vila Um por Todos, quadra 7, lote 70, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 16 de janeiro de 1987, era fundada a </span><span style="color: #04ff00;">Associação dos
Moradores das Ruas Frederico Ozanan,</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Carola e Santa Maria Goretti</span><span style="color: #ffa400;">, com
sede provisória à rua Frederico Ozanan, 11, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de abril de 1987, as senhoras, Maria de Lurdes da Silva
(presidente) e Zegita Ferreira da Silva (vice), fundaram </span><span style="color: #04ff00;">"Grupo de Mães
“Mulheres em Ação”</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à Rua Alto Treze de Maio, S/Nº, Vasco da Gama. O
grupo desenvolvia assistência educacional e ocupacional na comunidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 9 de dezembro de 1987, as senhoras, Josefa Maria da Silva
(presidente) e Maria do Socorro da Silva (vice), fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de
Mulheres do Alto Treze de Maio</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à Rua Alto Treze de Maio, 5640, Vasco
da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 21 de março de 1988, o sra. Maria da Conceição de Amorim
(presidente) e o sr. Severino Adelino Cândido (vice) fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Conselho
de Moradores do Alto da Esperança</span><span style="color: #ffa400;">, com sede provisória à Rua Nordeste, 125,
Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de maio de 1988, os senhores, Nilton João Gomes de Lima
(presidente) e Augusto Silva (vice), fundaram a </span><span style="color: #04ff00;">União de Moradores do Alto
da Esperança</span><span style="color: #ffa400;">, com sede provisória à Rua Girassol, 104, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 16 de fevereiro de 1993, o sr. José Antônio da Silva (presidente)
e a sra. Íris Maria da Silva, fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Centro Social Maria Joana da
Silva</span><span style="color: #ffa400;">, com sede à Rua Vasco da Gama, 586, Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 14 de junho de 1993, os senhores, Elieze José da Silva
(presidente) e Eliabe Ferreira da Silva (vice), fundaram o </span><span style="color: #04ff00;">Centro de Apoio
Comunitário Vasco da Gama- Casa Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, com sede provisória no Armazém Bonzão,
572, Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWLE2OC6lrCGso4zkoXJGV6y5q2uPJRPK7Qbvxu0MKscIQTotkqcMDyxfpEyjGdUV9u-a_iptBSnLsNGL9cN5ED7B9FGJ_Hf8D4_sKaFNf25K69bPzyzn5W3jzT7bZPYrefE0ZSUSYAMooPQQ1lalN4A73BKod319ChSZ1RIw7epzgjlUAhjjZatTFDpLZ/s320/PostoShellVascomjvf.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="320" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWLE2OC6lrCGso4zkoXJGV6y5q2uPJRPK7Qbvxu0MKscIQTotkqcMDyxfpEyjGdUV9u-a_iptBSnLsNGL9cN5ED7B9FGJ_Hf8D4_sKaFNf25K69bPzyzn5W3jzT7bZPYrefE0ZSUSYAMooPQQ1lalN4A73BKod319ChSZ1RIw7epzgjlUAhjjZatTFDpLZ/s1600/PostoShellVascomjvf.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O POSTO SHELL</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 4 de agosto de 1958, a Shell solicitou a Prefeitura do Recife,
autorização para construir um box para lavagem e lubrificação de automóveis no
terreno situado na Avenida Norte, esquina com a Rua Vasco da Gama. Publicado no
Diário Oficial do Estado em 8 de outubro do corrente ano. O box se
transformou-se no tradicional posto de combustíveis da Shell. Ponto
de referência para as pessoas que iam conhecer o bairro. Depois da pandemia da
covid-19, a empresa desativou o posto após 62 anos de funcionamento.<o:p></o:p></span></p>
<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeeY1zgBlSaO_qN6jKLzdLjorDhuDM9HwZtlGhO5cU0sC6tiNWO16wuHeQA0VHDC_7-lTcnvhUj5w15O7wjINmyTzPUpVxpkLU_8GF69l8uHz4WZXbMvRSWWX6pMr3cXBwjuAXOv5gqy9hv7FhddtZx8CyCLPonLRwhI0O8Hgxa7YDI4vKWCfQqRKnLoc2/s645/CarrodoLixo.DBEP.Vasco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="645" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeeY1zgBlSaO_qN6jKLzdLjorDhuDM9HwZtlGhO5cU0sC6tiNWO16wuHeQA0VHDC_7-lTcnvhUj5w15O7wjINmyTzPUpVxpkLU_8GF69l8uHz4WZXbMvRSWWX6pMr3cXBwjuAXOv5gqy9hv7FhddtZx8CyCLPonLRwhI0O8Hgxa7YDI4vKWCfQqRKnLoc2/s320/CarrodoLixo.DBEP.Vasco.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Coletores de lixo da DBEP que faziam a remoção do lixo no Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1959.</span></b><br />
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">EM 1959, MORADORES DA RUA DOIS DE FEVEREIRO PROTESTARAM CONTRA A FALTA
DA COLETA DE LIXO.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 30 de agosto de 1959, publicou uma nota sobre
a precária coleta do lixo feito pelo </span><span style="color: #04ff00;">Departamento do Bem- Estar Público – DBEP</span><span style="color: #ffa400;">,
criado pela Lei Municipal Nº 2.198, em 19/5/1953, e o uso indevido do
recém-construído Canal do Vasco da Gama, para o escoamento do lixo praticado
pelos moradores da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. A nota dizia o
seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Caminhão do lixo nunca aparece; quando aparece é na carreira</span><span style="color: #ffa400;"> –
dizia o título - Faz mais de uma semana que o caminhão do DBEP não passa pela </span><span style="color: #04ff00;">Rua Dois de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, no arrabalde do Vasco da Gama (e tal irregularidade vem
se dando de vez em quando e até por mais de uma semana). Em consequência disso,
os moradores, muitos deles, jogam o lixo acumulado dentro do canal ali
construído para conter as águas que descem dos “altos” e morros circundantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As autoridades não providenciam a coleta regular do lixo e muito menos
mandam tirar do canal, que se apresenta em vários trechos entupido, com as
águas das chuvas subindo e ameaçando de novo invadir a estrada não pavimentada
tornando-a intransitável como outrora, durante a quadra invernosa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Moradores dali, informaram, que a semana finda e nenhum caminhão do DBEP passara
pela 2 de Fevereiro, mas, a bem da verdade, bem que um deles foi visto correndo
em disparada; não dando nem tempo que algum morador gritasse por socorro ou
protestasse contra o descaso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Talvez o motivo da louca corrida depois de tantos dias de ausência fosse
devido a algum receio do motorista e seus ajudantes de que alguém lhes
acertasse uma barrica cheia de lixo...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Contudo, os que reclamam tem razão, porquanto o veículo passou, mas foi
mesmo que não passar, já que não executou o trabalho de coleta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Prefeitura deve zelar pelo canal</span><span style="color: #ffa400;"> – É claro que existe o problema do
lixo ainda não resolvido (acabaram com os fornos de incineração). Mas, para a
população dos “altos” e dos córregos, o mal maior era, e é, em alguns lugares
ainda, as águas que descem dos morros e que não encontram escoadouro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura na atual administração (referindo-se ao prefeito Pelópidas
Silveira) cuidou desse problema, como é sabido. Inclusive na rua 2 de
Fevereiro. Pois bem, a obra que veio resolver o problema do escoamento das
águas está agora ameaçada de perder a sua finalidade diante de tanto lixo
acumulado. Inadvertidamente, os moradores, não tendo onde botar o lixo, ou o
queimam ou escolhem o caminho mais fácil, depositando-o no canal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em vários pontos do Vasco da Gama dá-se a mesma coisa: a coleta do lixo
é feita irregularmente. Na antiga rua da Lagoa (atual rua Japaratuba), por
exemplo. E noutras transversais. Enfim, toda a zona está abandonada pelos
responsáveis do bem-estar da população.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Se a coisa continuar como vai, o caminhão do lixo passando e operando
por ali só uma vez durante o mês, o canal vai ficar obstruído e fechado. Isso
porque muita gente já se acostumou a jogar lixo ali dentro. E são todos os
habitantes dos morros que descem muitas vezes para deixar o lixo na estrada. E
quando o caminhão do DBEP se digna a passar e recolher o lixo, só o faz com
aquele que está facilmente colocado e arrumadinho à beira da estrada, não se
detendo, é claro, para escavacar o canal retirando dele umas porções de lixo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Espera-se que a Prefeitura tome uma providência não permitindo mais que
se deposite lixo no canal. E a melhor maneira para isso é mandar fazer a coleta
regular do lixo, a cargo do DBEP, evitando-se, assim, o entupimento do canal. Finalizou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA LUIZ CESÁRIO DE MELO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 05359, de 23 de março de 1959, sancionada pelo
prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Pelópidas</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Silveira</span><span style="color: #ffa400;">, que a transversal à rua Vasco da Gama,
situada entre o edifício do Sesi e a travessa da Macaíba, passa a ser denominada
</span><span style="color: #04ff00;">Rua Luiz Cesário de Melo</span><span style="color: #ffa400;">. Atualmente, podemos dizer que, a rua Luiz Cesário de
Melo começa no cruzamento da Rua Japaratuba com a Rua Vasco da Gama e termina
no Largo Dona Regina, em Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">AS PRIMEIRAS IGREJAS EVANGÉLICAS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 18 de março de 1960, era inaugurada a primeira igreja evangélica do
Vasco da Gama, </span><span style="color: #04ff00;">Igreja</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Tabernáculo de Jesus Cristo</span><span style="color: #ffa400;">, conforme o DOE, consta
que a igreja era localizada na 1ª Travessa do lado esquerdo da rua Vasco da
Gama, atualmente denominada rua Rui da Silveira Castro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A segunda igreja evangélica mais antiga do Vasco da Gama foi inaugurada
em 5 de julho de 1965, denominada </span><span style="color: #04ff00;">Igreja Evangélica União Pentecostal</span><span style="color: #ffa400;">,
localizada no Córrego do Botijão, nº 25, conforme publicação do DOE.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">PADRE SEVERINO SANTIAGO DENUNCIA FALSOS PADRES</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 11 de novembro de 1960, publicou uma nota,
onde o padre Severino Santiago faz uma denúncia e uma queixa em desfavor de
dois supostos padres que estariam invadindo sua área para angariar donativos e
realizar missas. A nota dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Falsos sacerdotes exploram a boa-fé da população </span><span style="color: #ffa400;">– dizia o título –
Pode divulgar que pelos menos dois homens conhecidos por Geraldo e Vieira, este
já expulso, por motivo de ordem moral, do clero da chamada Igreja Brasileira,
estando ambos atualmente vinculados ao da Ortodoxa, de que é prior o
ex-padre Hosana de Siqueira e Silva, estão explorando a boa fé do
povo e sobretudo a generosidade da população católica dos bairros de Casa
Amarela, </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e Nova Descoberta, pedindo auxilio para instituições da
Igreja Católica. Declarou ontem o padre Severino Santiago.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">E prosseguiu: Em sua peregrinação pelos lares e estabelecimentos
comerciais daqueles subúrbios, os referidos elementos se apresentam como
sacerdotes católicos, de cuja batina se vestem, a fim de melhor iludir e lograr
êxito nas suas solicitações de donativos para entidades assistenciais
imaginárias a que, geralmente, dão um nome religioso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Celebram missas </span><span style="color: #ffa400;">– Quando em contato com os fiéis, afirmam que estão
legalmente autorizados pelos vigários do Arraial, Vasco da Gama e Nova
Descoberta para cuidar das almas sob orientação espiritual e assistência
eclesiástica dos curas dessas três circunscrições. Por isso, também cometem a
ousadia de celebrar o santo sacrifício, a missa. Impondo aos fiéis incautos,
porém a obrigação de que todos devem rezar a “Ave Maria” em voz alta, durante o
ofício sagrado. Esta medida tende evidentemente a evitar que seja percebido o
falso latim que pronunciam, pois a língua lhes é incompreensível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Ao arcebispo e a polícia</span><span style="color: #ffa400;"> – Em face da gravidade, para a igreja, de
uma chantagem desta natureza, os vigários das três paróquias, padres Teobaldo
Rocha, Inácio Vieira e eu (Severino Santiago) fomos anteontem, comunicar o fato
ao exmo. sr. Arcebispo dom Carlos Coelho, que nos aconselhou visitar o exmo.
sr. Secretário de Segurança Pública e lhe narrar toda a ocorrência, com a
exibição das provas de que dispomos. E o que vamos providenciar nas próximas
horas. Concluiu o padre Severino Santiago.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLyTibOg1qvJf_au-NQ1yo9shE0BaRPNqAhjuy0vLJj1p57DOm2vHmxzuM58cv4VHX9aVZ6zNt7WgCmx3qMzHRwu6rEOhNC_2ilOFk1j8ENRM1VnJ66Rrwj0s2JfGZHyt86jsvs5Fii9rteU8nz9S0BPQP4dh_nfdyoPUYyw32EcWVIUyVLCFXq2TXIQjh/s673/IgrejaS.Sebasti%C3%A3o2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="409" data-original-width="673" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLyTibOg1qvJf_au-NQ1yo9shE0BaRPNqAhjuy0vLJj1p57DOm2vHmxzuM58cv4VHX9aVZ6zNt7WgCmx3qMzHRwu6rEOhNC_2ilOFk1j8ENRM1VnJ66Rrwj0s2JfGZHyt86jsvs5Fii9rteU8nz9S0BPQP4dh_nfdyoPUYyw32EcWVIUyVLCFXq2TXIQjh/s320/IgrejaS.Sebasti%C3%A3o2.png" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Igreja Matriz de São Sebastião do Vasco da Gama, após a reforma de
1962. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo da Paróquia de São Sebastião.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>UM MILHÃO PARA A CONTRUÇÃO DA IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado em 15 de julho de 1962, publicou que durante
a sessão na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no dia 26 de março deste ano,
presidida pelo deputado José Mixto de Oliveira, foi liberada através de
decreto, a quantia de Cr$ 1 milhão de cruzeiros, para auxiliar na construção
da Igreja de São Sebastião. O parlamentar subiu à tribuna e justificou da
seguinte forma:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O vigário (referindo-se ao padre Severino Santiago) e a família católica
do Vasco da Gama nesta capital, estão vivamente empenhados na construção da sua
igreja matriz. Trata-se de um bairro dos mais populosos, também dos mais pobres
da cidade do Recife.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Grande parte do operariado desta capital, reside no Vasco da Gama e daí
a necessidade de uma maior assistência religiosa. O seu dinâmico e empreendedor
vigário tudo tem feito, no sentido de proporcionar uma assistência a altura das
necessidades da população daquele bairro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A</span><span style="color: #04ff00;"> Igreja Matriz do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> vem sendo construída com
trabalho, coragem e fé. A construção se eleva a milhões de cruzeiros e ao
Estado cabe auxiliar a referida construção, não só porque tem procedido desta
forma em numerosos casos semelhantes e sobretudo, porque a população católica
do Vasco da Gama e o seu prezado vigário esperam colaboração como esta, que
além de justa atenderá a aspiração da população do Vasco da Gama. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiau_xPnjxI8RU6jeJHdJuYwsqrkAWSLI59dIl3IyNaph-M61OPurY2v1EkZVkPrfi788UkoHgyhWiSVZKmz3zhc1RhTtRj_crHeU0reAFM5GTHx3HvrKPrC2iHKS4J7AwoGQI3e6NgXpi9yTMmvxuhi83Mm58_sAL60yzFkarrINoE08oFmtlmJ7jUxg21/s4057/CruzdoRos%C3%A1rio1962.multid%C3%A3o..jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2844" data-original-width="4057" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiau_xPnjxI8RU6jeJHdJuYwsqrkAWSLI59dIl3IyNaph-M61OPurY2v1EkZVkPrfi788UkoHgyhWiSVZKmz3zhc1RhTtRj_crHeU0reAFM5GTHx3HvrKPrC2iHKS4J7AwoGQI3e6NgXpi9yTMmvxuhi83Mm58_sAL60yzFkarrINoE08oFmtlmJ7jUxg21/s320/CruzdoRos%C3%A1rio1962.multid%C3%A3o..jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Multidão lotaram a Paróquia e a Rua Vasco da Gama durante a Cruzada do Rosário em Família em 1962. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1962.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 22 de agosto de 1962, deu grande destaque ao evento religioso organizado pelo padre Severino Santiago, denominado </span><span style="color: #04ff00;">"Cruzada do Rosário em Família"</span><span style="color: #ffa400;"> realizada na Paróquia de São Sebastião, no Vasco da Gama. Durante uma semana, todas às noites, multidões lotaram a Rua Vasco da Gama, onde foi exibido o filme dos mistérios do Rosário. O Diário acentuou: "Pode-se fazer um cálculo aproximado do número de famílias, bem como da impressão que o filme causa naqueles seres mais humildes dos subúrbios da nossa cidade".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No Diário de Pernambuco, em 2 de outubro de 1962, o </span><span style="color: #04ff00;">Frei Romeu Peréa</span><span style="color: #ffa400;">, da Ordem dos Carmelitas e porta-voz da Arquidiocese, em sua coluna reservada à religião, teceu grande elogio ao vigário Severino Santiago, durante as festividades da </span><span style="color: #04ff00;">Cruzada do Rosário em Família</span><span style="color: #ffa400;">, realizado no Vasco da Gama. A Nota dizia o seguinte: </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago.</span><span style="color: #ffa400;"> Este modesto vigário de um de nossos subúrbios, impressiona logo ao primeiro contato pela seriedade que coloca em tudo, e pela responsabilidade que com que executa aquilo que lhe confia. Modesto, mas enérgico, sem despojar-se, por isso, da sua simplicidade que coloca em todos os seus atos, tem uma intuição em relação a pessoas e fatos que rara vez falha. Uma prova destas qualidades, assim sumaria e rapidamente expostas, está na sua paróquia, verdadeiro modelo de organização como, surpreendidos, declararam os sacerdotes da </span><span style="color: #04ff00;">Cruzada do Rosário </span><span style="color: #ffa400;">que recentemente nos visitaram. Isto prova que para aproveitar aquilo que a natureza deu, e a graça conservou, não é necessário ir fazer curso em Roma ou Paris, em Londres ou Nova York. A este líder, a quem apresento meus parabéns. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt76CAu13LZ2F56cf5tU_UTUsFyECG553to12HnvOSCiiu8WArFzS4osybjmlVrbYFMfxCgMdTk8e1ZBbZ_3-mn7f-VcOCzdMKrAyhZaCO9Wjl0jrPvRlHGCIL_Uq-tfsRNND2hpyc_c7uaZebR0HbNqrEP-BoJUskeKk1rl0K-ucoGD34BZHovzZ45_sn/s320/KatarinaRealValco.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="251" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt76CAu13LZ2F56cf5tU_UTUsFyECG553to12HnvOSCiiu8WArFzS4osybjmlVrbYFMfxCgMdTk8e1ZBbZ_3-mn7f-VcOCzdMKrAyhZaCO9Wjl0jrPvRlHGCIL_Uq-tfsRNND2hpyc_c7uaZebR0HbNqrEP-BoJUskeKk1rl0K-ucoGD34BZHovzZ45_sn/s1600/KatarinaRealValco.png" width="251" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A antropóloga Katarina Real, apaixonada pelo carnaval e a cultura
pernambucana, ela subiu o Alto Nossa Senhora de Fátima em busca de mais
conhecimento. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Ilustrativa/ Katarina Real/ Fundaj.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">UMA GRINGA NO ALTO DA FOICE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A antropóloga norte-americana </span><span style="color: #04ff00;">Katharine Royal Knight</span><span style="color: #ffa400;">, ficou conhecida no
Recife, como Katarina Real, tudo por conta de sua paixão pelo carnaval e
pela cultura pernambucana. Ela esteve com o pai no Recife em 1930 e 1940, sem
saber uma palavra em português, no entanto, ficou encantada pelos ritmos
pernambucano. No final dos anos de 1950, casou-se aqui no Recife com o
agrônomo, também norte-americano, Robert Cate. Em 1961, recebeu uma bolsa de
estudos pela Organização dos Estados Americanos e retornou ao Recife, já
falando o português, onde permaneceu por oito anos. Neste período, visitou a
periferia pobre do Recife. Subiu morros, caminhou pelos córregos, pisou nos
alagados, viajou pelo interior em busca das origens carnavalescas de
Pernambuco. Foi através deste atrevimento e ousadia, que </span><span style="color: #04ff00;">Katarina Real</span><span style="color: #ffa400;">,
encarou sem medo a periferia e locais longínquos em busca de informações e
reações populares em sua essência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1967, publicou o mais importante livro da cultura e do carnaval
pernambucano até então, denominado </span><span style="color: #04ff00;">“O folclore no carnaval do Recife”</span><span style="color: #ffa400;">.
Numa dessas visitas à periferia, Katarina Real revelou numa entrevista a
repórter do Diário de Pernambuco, Lêda Rivas, anos mais tarde, como era
tratada pelo povo na periferia. Rindo, ela respondeu, citando um fato acontecido
naquela década, no </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima </span><span style="color: #ffa400;">(antigo Alto da
Foice):<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“Oh, maravilhosamente! Isto foi a coisa mais estranha que me aconteceu
aqui. Digo no meu livro que foi das coisas mais divertidas. Quando eu andava lá
pelo </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, parece que as
pessoas nunca tinham visto uma criatura como eu. Todo o mundo se aglomerava em
torno de mim, principalmente os meninos, e eu ouvi alguém dizer (sem saber que
eu estava escutando), que eu era “a senhora galega da fala estranha”. Eu achei
isso uma beleza. O povo me aceitou maravilhosamente. E isso achei até
milagroso. Você veja, uma mulher estrangeira aparecer na porta de um barraco,
segurando um caderno, fazendo uma porção de perguntas – algumas até indiscretas
– e o povo receber tão bem. Não sei explicar, o povo sempre me tratou com a
maior gentileza e sempre lhe serei gratíssima por isso. Para mim uma das
maiores experiências da minha vida foi esse contato, esse entrosamento, esse
amor do povo maravilhoso dos subúrbios recifenses”. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU-tN_uTJjJwe-oFGZ5ARQkoaDlFdnDL0h7qZqV_p5NsAPmD1buHTzHyuxXWVmLBm6QnwS-LzxykqejvhjLF349Egd6BJ5Dan7lI0TsekeuI26f7IGPvJqzUSQMu41TXGm42Qu9O5ZXpiV-g-TrRnABA-d33rwPH-5D2rytUubghzzn3mnoMkd4WrVDnbR/s720/CentroSa%C3%BAde.Clementino%20Fraga.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="720" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU-tN_uTJjJwe-oFGZ5ARQkoaDlFdnDL0h7qZqV_p5NsAPmD1buHTzHyuxXWVmLBm6QnwS-LzxykqejvhjLF349Egd6BJ5Dan7lI0TsekeuI26f7IGPvJqzUSQMu41TXGm42Qu9O5ZXpiV-g-TrRnABA-d33rwPH-5D2rytUubghzzn3mnoMkd4WrVDnbR/s320/CentroSa%C3%BAde.Clementino%20Fraga.png" width="320" /></a></b></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">O prefeito Augusto Lucena inaugurou o chamado Dispensário Clementino Fraga em 1966, para tratamento de pessoas portadoras de tuberculose. Em 2000, o prefeito Roberto Magalhães reabriu, após o posto passar 30 meses desativado, com nova denominação Centro de Saúde Clementino Fraga. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">POSTOS DE SAÚDE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário de Pernambuco em 11 de dezembro de 1964, publicou: O governador de Pernambuco, Paulo Guerra, inaugurou na última terça-feira (8), no Vasco da Gama, um amplo ambulatório médico destinado ao atendimento de gestantes, crianças e doentes mentais. A nova unidade servirá a a uma população quase desassistida, no que tange à saúde, representando, assim, iniciativa do mais alto sentido social.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante a solenidade inaugural, discursaram o governador </span><span style="color: #04ff00;">Paulo Guerra</span><span style="color: #ffa400;">, o secretário da saúde, professor Alvaro Vieira de Melo. Após a benção das instalações, o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;"> proferiu breves palavras de agradecimento, ressaltando a importância do ambulatòrio para a gente pobre do Vasco da Gama, que via agora concretizada, sem demagogia nem pretenções eleitoreiras, antiga aspiração. Concluiu.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O governador </span><span style="color: #04ff00;">Paulo Guerra</span><span style="color: #ffa400;"> através do Decreto Estadual Nº 1051, de 22 de
fevereiro de 1965, criou o </span><span style="color: #04ff00;">Posto de Puericultura</span><span style="color: #ffa400;"> do Vasco da Gama e
outros quinze no Recife e dois em Olinda. A puericultura é a ciência que reúne
todas as noções (fisiologia, higiene e sociologia) suscetíveis de favorecer o
desenvolvimento físico e psíquico das crianças, desde o período da gestação até
a puberdade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 23 de agosto de 1965, o Governo do Estado abriu concorrência pública
para as construtoras interessadas na construção do </span><span style="color: #04ff00;">Dispensário de Casa
Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, localizado no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 7 de dezembro de 1965, publicou uma nota
sobre a construção do Dispensário de Combate à Tuberculose no Vasco da
Gama. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O governo do Estado, através da Divisão de Tuberculose da Secretaria da
Saúde, já iniciou a construção do Dispensário de Casa Amarela </span><span style="color: #04ff00;">(Clementino
Fraga)</span><span style="color: #ffa400;">, cujo projeto está orçado em 120 milhões de cruzeiros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Dispensário contará com dois pavimentos onde serão instalados um
gabinete de cadastro tuberculínico, cadastro torácico, quatro gabinetes
médicos, uma sala de assistentes, uma de visitadoras e outra de enfermagem,
além de laboratório, sala de raios-x e um auditório destinado a reuniões e
aulas para o Núcleo de Treinamento, onde médicos, enfermeiros, assistentes
sociais e acadêmicos receberão instrução sobre o trabalho que deverão exercer
dentro da especialidade. Concluiu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A princípio, o Dispensário estava previsto para ser construído entre as ruas Siqueira Campos e Aviador Pinto Ribeiro, todavia, as negociações para a compra do terreno com o proprietário, não teve êxito, fazendo com que o Governo do Estado adquirisse outro terreno na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Japaratuba</span><span style="color: #ffa400;"> (antiga Rua da Lagoa). O Dispensário de Casa Amarela foi construído para desafogar o Dispensário da Encruzilhada, que na ocasião, estava sobrecarregado, já que boa parte dos pacientes eram moradores de Casa Amarela, que era o maior bairro da Zona Norte.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A escolha do local (Rua Japaratuba), segundo o diretor de Divisão
de Tuberculose do DSP -Divisão de Saúde Pública, o médico </span><span style="color: #04ff00;">Alcides Ferreira
Lima</span><span style="color: #ffa400;">, obedeceu a determinação do governador Paulo Guerra, e teve como motivo o
alto índice de tuberculose registrado naquelas imediações (Casa Amarela, Vasco
da Gama, Macaxeira, córregos e morros), em recente levantamento realizado por
aquela Divisão. Advertiu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Todo o equipamento do dispensário será fornecido pelo Governo do Estado,
que já adquiriu um aparelho de raios-x, no valor de Cr$ 27 milhões, dos mais
modernos, e cujo funcionamento automático evitará o contato do operador com o
doente. Os demais instrumentos estão sendo adquiridos parceladamente, até que
seja concluída a construção do prédio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os trabalhos de construção estão sofrendo certa demora devido ao
problema criado pelo proprietário de um terreno junto das instalações e de um
chafariz, que impedem a continuidade das obras, estando o secretário da saúde
mantendo entendimento para a desapropriação dos mesmos. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqC6oq5kxFBDhXgoxCuHqX9_QxJ7az2xWIWVsTm5HvfiYzWJawVYbu4efNkKXWs4Jv4xjoAbkcP11Vg1_Fum2znVe7YmpCxPxs3gT0sEWTOxxX4war7KGg6gCpv4vXcFU8PpjVvhnYzFXSK_8L0fp5FmsFlducnDYDpuN4s13hjbPLntw4PBb0MeKZ238X/s680/ClementinoFraga.BahiaIlustrada1918.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="680" data-original-width="425" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqC6oq5kxFBDhXgoxCuHqX9_QxJ7az2xWIWVsTm5HvfiYzWJawVYbu4efNkKXWs4Jv4xjoAbkcP11Vg1_Fum2znVe7YmpCxPxs3gT0sEWTOxxX4war7KGg6gCpv4vXcFU8PpjVvhnYzFXSK_8L0fp5FmsFlducnDYDpuN4s13hjbPLntw4PBb0MeKZ238X/s320/ClementinoFraga.BahiaIlustrada1918.png" width="200" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Médico e escritor baiano Clementino da Rocha Fraga. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Revista Bahia Ilustrada/1918.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 30 de abril de 1966, O diretor da Divisão de Saúde Pública do Estado,
Dr. Alcides Ferreira Lima, divulgou à imprensa, que o Dispensário levaria o
nome do médico e escritor baiano, </span><span style="color: #04ff00;">Clementino da</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Rocha Fraga. </span><span style="color: #ffa400;">Ele foi
grande defensor das campanhas contra a tuberculose e chefiou a campanha de
combate a febre amarela no Rio de Janeiro. Faleceu em 1971, aos 90 anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 20 de novembro de 1966, às 17 horas, o Presidente da República,
general </span><span style="color: #04ff00;">Humberto Castelo Branco</span><span style="color: #ffa400;">, acompanhado do governador </span><span style="color: #04ff00;">Paulo Guerra</span><span style="color: #ffa400;"> e do
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucen</span><span style="color: #ffa400;">a, </span><span style="color: #04ff00;">inaugurou</span><span style="color: #ffa400;"> o </span><span style="color: #04ff00;">Dispensário Clementino
Fraga</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. A obra e os equipamentos custaram ao Estado, 300
milhões de cruzeiros. Atualmente é uma policlínica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 15 de março de 2000, após estar fechada durante trinta meses, o
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Roberto Magalhães</span><span style="color: #ffa400;">, entregou nesta data, o </span><span style="color: #04ff00;">Centro de Saúde
Clementino Fraga</span><span style="color: #ffa400;"> no Vasco da Gama. Na ocasião, a Secretaria de Saúde da
Prefeitura da Cidade do Recife, informou que, o Centro de Saúde passaria a
atender 1.200 pessoas mensalmente e cerca de 80 mil habitantes do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da
Gama</span><span style="color: #ffa400;">, Córrego do Bonifácio, Morro da Conceição e Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Para reformar o </span><span style="color: #04ff00;">Centro de Saúde Clementino Fraga</span><span style="color: #ffa400;">, a Prefeitura da Cidade
do Recife através da Secretária de Saúde, investiu R$ 378 mil reais, sendo R$
226.592,00 na reforma e ampliação e R$ 152 mil reais, na compra de equipamentos
e mobílias. Os recursos foram adquiridos junto ao Sistema Único de Saúde- SUS.
Esta foi a primeira grande reforma em seus trinta e três anos de existência
desta unidade de saúde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Centro de Saúde Clementino Fraga</span><span style="color: #ffa400;">, ganhou 14 consultórios de
odontologia, psicologia, ginecologia e enfermaria. 34 salas foram destinadas à
coleta sanguínea, curativos, nebulização e vacinação. O prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Roberto
Magalhães</span><span style="color: #ffa400;">, disse: “Este foi um dia abençoado. A população carente do Vasco da
Gama pode dizer que, a partir de hoje, terá atendimento médico digno e,
sobretudo, gratuito”. Finalizou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 2 de maio de 1966, o govenador Paulo Guerra firmou convênio com
Sesi, para funcionamento de serviços médico-dentários nos núcleos de
assistência do Sesi na Capital e no Interior, assinado pelo secretário da
saúde, </span><span style="color: #04ff00;">Álvaro Vieira de Melo</span><span style="color: #ffa400;"> e pelo diretor regional do Sesi. O convênio
favoreceu o </span><span style="color: #04ff00;">Posto de Assistência Social </span><span style="color: #ffa400;">do Vasco da Gama, além dos postos de
Água Fria, Sítio Novo, Torre e Mangueira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Estadual Nº 3.936, de 11 de dezembro de 1976,
denomina-se </span><span style="color: #04ff00;">Iná Rosa Borges</span><span style="color: #ffa400;">, o posto de saúde do Vasco da Gama,
localizado na rua de mesmo nome, nº575, Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de maio de 1981, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou no Alto
do Eucalipto, no Vasco da Gama, o </span><span style="color: #04ff00;">Posto de Saúde Ednaldo Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, na
ocasião, o posto contava com salas para recepção, administração, clínicas médicas,
pediátricas, odontológica, vacinação e enfermagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Além do prefeito, estiveram presentes na inauguração: o secretário de
saúde do Estado, Djalma Oliveira, representando o governador </span><span style="color: #04ff00;">Marco Maciel</span><span style="color: #ffa400;">; o
deputado Maviael Cavalcanti; os vereadores: Romildo Gomes e Mauro Godoy; os
secretários municipais: Heraldo de Andrade Lima (saúde), Edson Neves (educação
e cultura) e Pedro Dueire (obras); padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;"> e mais de
dois mil moradores do Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 27 de setembro de 1995, numa quarta-feira à noite, o prefeito
</span><span style="color: #04ff00;">Jarbas Vasconcelos</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou as novas instalações do </span><span style="color: #04ff00;">Centro de Saúde
Iná Rosa Borges</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. A unidade, localizada em seu novo endereço,
na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Senador Milton Campos,</span><span style="color: #ffa400;"> s/nº, junto à igreja católica, pertencia à UFPE e
havia sido incorporada à administração municipal há cerca de um ano e meio. Na
reforma, no prédio de dois andares e a melhora na infraestrutura, foram gastos
R$ 50 mil reais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Centro de Saúde começou a funcionar das 07:00 às 17 horas, com nove
clínicos gerais, seis odontólogos e duas enfermeiras, além de ginecologista,
pediatra, cardiologista, psicóloga, nutricionista, assistente social e
psiquiatra. Contava com salas de esterilização e de vacina, serviço de
nebulização, prevenção de câncer cérvico-uterino, raio x odontológico, farmácia
e almoxarifado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Às 19 horas, foi celebrada na </span><span style="color: #04ff00;">Matriz de São Sebastião,</span><span style="color: #ffa400;"> uma missa em ação
de graças. Estiveram presentes a solenidade: o secretário da saúde do Recife,
</span><span style="color: #04ff00;">Guilherme Robalinho</span><span style="color: #ffa400;">, além de diretores da UFPE e lideranças comunitárias do
bairro. Após o descerramento da placa de inauguração, houve uma grande festa
popular, com apresentações da </span><span style="color: #04ff00;">Frevioca</span><span style="color: #ffa400;">, Banda da Cidade do Recife e
grupos locais de capoeira. (Finalizou).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de setembro de 1997, o Posto de Saúde </span><span style="color: #04ff00;">Iná Rosa Borges</span><span style="color: #ffa400;">, passou
a atender pacientes com tuberculose pulmonar, através de um
convênio entre a Prefeitura da Cidade do Recife e a USP-
Universidade de São Paulo, no programa de cooperação técnico, científica e
pedagógica.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_M-l44hb6Ft8NYe-SBZGUIa2v85d01WgKKzjeMP7BEKydCBWYN1tZPBqTcUoKBjnwX6M9QpljiIG9uJaYqOO1vFjmVeinwev7SBFt3-KmEK-2tU-plIZr62Oo1p4VSvQZCqxdQVsxzG9mXUcZKAWTQ-JHw1vtuFch_4Sy85hwy1is2vrS2p_gG-gbTQpc/s720/crian%C3%A7as%20assistindo%20TV.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="720" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_M-l44hb6Ft8NYe-SBZGUIa2v85d01WgKKzjeMP7BEKydCBWYN1tZPBqTcUoKBjnwX6M9QpljiIG9uJaYqOO1vFjmVeinwev7SBFt3-KmEK-2tU-plIZr62Oo1p4VSvQZCqxdQVsxzG9mXUcZKAWTQ-JHw1vtuFch_4Sy85hwy1is2vrS2p_gG-gbTQpc/s320/crian%C3%A7as%20assistindo%20TV.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Em 1965, quem tinha uma TV no Vasco da Gama era considerado rico. Dona Lelé, tirou proveito disso. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Ilustrativa/Getty Imagem.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A POLÊMICA TV DE DONA LELÉ</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário de Pernambuco em 20 de agosto de 1965, em sua coluna </span><span style="color: #04ff00;">“Coisas da
Cidade”</span><span style="color: #ffa400;"> do jornalista </span><span style="color: #04ff00;">Barroso Pontes</span><span style="color: #ffa400;">, publicou uma nota sobre </span><span style="color: #04ff00;">dona Lelé</span><span style="color: #ffa400;">,
moradora do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">, que cobrava dinheiro das crianças para
que elas assistissem televisão em sua casa. Na década de 1960, pouquíssimas
pessoas da periferia, possuíam televisão. E em cores, era mais difícil ainda. O
fato é que dona Lelé, tirava proveito disso e cobrava dinheiro das crianças. Os pais não gostaram da
atitude e denunciaram dona Lelé. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Televisão</span><span style="color: #ffa400;"> – Que o sujeito pague para assistir filmes no cinema, tá
certo. Que pague para entrar em auditório de televisão, também tá certo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Mas pagar para ver televisão na casa dos outros, isto é que não é
possível. Mas dona Lelé cobra 50 cruzeiros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Meninos do Alto do Eucalipto, que quiser ver programas de televisão,
paga 50 pratas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Tá certo, isso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A vizinhança protesta e acusa dona Lelé. Falam que dona Lelé está
comendo o dinheiro da garotada, que no final de contas vem do bolso do papai.
Parece que o bolo vai parar na polícia. (finalizou).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA PROFESSOR RUY DA SILVEIRA CASTRO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 9696, de 7 de novembro de 1966, promulgada e
sancionada pelo prefeito do Recife, Augusto Lucena, a 1ª Travessa da Rua
Rosália Cisneiros, no Vasco da Gama. Passou a se chamar Rua Professor Ruy da
Silveira Castro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">DECLAROU NÃO SER COMUNISTA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 21 de março de 1967, publicou uma nota, onde
um morador residente à Rua Dois de Fevereiro, no Vasco da Gama, procurou a
redação do referido jornal, bastante preocupado por ter seu nome vinculado ao
Partido Comunista. Nos dias atuais, parece algo muito natural as pessoas se
filiarem aos partidos de esquerda, no entanto, neste período, ser vinculado ao
partido de esquerda e principalmente ao Partido Comunista, o cidadão corria
sério risco de ser preso, torturado, ou até sumir do mapa. Bastava apenas uma
denúncia de qualquer pessoa, sem qualquer prova, para que o cidadão fosse preso
como subversivo e agitador da ordem pública. O que demonstra a preocupação do
cidadão em querer justificar o ocorrido. </span><span><span style="color: #04ff00;">A nota dizia o seguinte:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Declarou não ser comunista</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia o título – Esteve em nossa
redação, ontem, o sr. Francisco de Lima, residente à </span><span style="color: #04ff00;">Rua 2 de Fevereiro</span><span style="color: #ffa400;">, nº
102, Casa Amarela (na ocasião o Vasco da Gama ainda pertencia ao bairro de Casa
Amarela). Veio protestar de público contra a inclusão do seu nome em lista que
pede a legalização do Partido Comunista. Afirmou o sr. Francisco que não é
comunista e, a exemplo de outras pessoas, foi ludibriado na sua boa-fé ao
firmar abaixo-assinado reivindicando melhoramentos para o bairro em que reside.
Finalizou.</span></p><span style="color: #04ff00;"><b><div><span style="color: #04ff00;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV1u3BfYvz8N84buHyUYz8vl_R1y4sPkhRVzIk61iVRE5HnDeUMXZp_W7vLBgjpI6LDcutDQUPCzpH79GoXOqpSsGMTCklTTfcUHppeRZ1eT0Xjv7bdxGXwuAGdzqqZHv1mC0jN2FyVdhzQczhUTuglA6AIKZThPnguaVt82SGTQM1C2zHOaD_X94gBJn5/s563/Pe.SeverinoInimigoLadr%C3%B5esOficial.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="563" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV1u3BfYvz8N84buHyUYz8vl_R1y4sPkhRVzIk61iVRE5HnDeUMXZp_W7vLBgjpI6LDcutDQUPCzpH79GoXOqpSsGMTCklTTfcUHppeRZ1eT0Xjv7bdxGXwuAGdzqqZHv1mC0jN2FyVdhzQczhUTuglA6AIKZThPnguaVt82SGTQM1C2zHOaD_X94gBJn5/s320/Pe.SeverinoInimigoLadr%C3%B5esOficial.png" width="320" /></a></div></span></div><div><span style="color: #04ff00;"><b>O padre Severino Santiago era um sacerdote exigente, </b></span><b>rigoroso e marrento. A bandidagem não tinha vez com ele. </b><b><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1974.</span></b></div></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>PADRE SEVERINO SANTIAGO, O INIMIGO NÚMERO UM DOS BANDIDOS</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O padre Severino Santiago, da Paróquia do Vasco da Gama, sempre foi um sacerdote marrento, destemido e polêmico. Demonstrou durante mais de três décadas à frente da igreja local, de quem era a verdadeira autoridade do bairro. Nunca abriu mão de manter a ordem e a disciplina, não só com os fiéis, como também, com os deliquentes que o confrontava. O seu enfrentamento com a bandidagem mereceu destaque em duas reportagens e que nós reproduzimos para vocês.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário de Pernambuco, 3 de setembro de 1974, </span><span style="color: #04ff00;">publicou: </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Padre Severino, o inimigo número um de ladrões </span><span style="color: #ffa400;">- dizia o título - O padre Severino Gomes Santiago, da Paróquia do Vasco da Gama, é o inimigo número um de ladrões, traficante de maconha e outros marginais. Já trocou tiros com bandidos, é favorável a que a polícia os espanque e acha que só há um meio de acabar com o crime: matar os marginais perigosos, mas sem torturá-los. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O religioso citou os traficantes </span><span style="color: #04ff00;">"Val Maconheiro"</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">"Abanal"</span><span style="color: #ffa400;"> como seus inimigos ferrenhos e disse que os combateu com mão-de-ferro: "Certa feita persegui Abanal e o prendi, depois de trocar tiros com ele", afirmou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Banditismo -</span><span style="color: #ffa400;"> Desde 1955, poucos meses após ordenar-se, o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Gomes Santiago </span><span style="color: #ffa400;">assumiu a Paróquia do Vasco da Gama e sentiu a necessidade de policiamento para combater o banditismo que imperava no bairro, onde à época, até os políticos corruptos contribuiam para o aumento da criminalidade, oferencendo proteção aos marginais.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Padre Severino entrou em contato com as autoridades e conseguiu que fosse instalado um comissariado (hoje posto policial) que inicialmente contava apenas com cinco agentes, e passou a organizar rondas diárias.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Eu tratava os malandros com dedicação, orientando para o caminho do bem, mas não via resultado. Aos poucos, entendi que eles só aprendem na </span><span style="color: #04ff00;">"lei da chibata".</span><span style="color: #ffa400;"> Resolvi aplicá-la e em menos de dois meses o bairro transformou-se num paraíso.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O traficante </span><span style="color: #04ff00;">"Manoel Camaço" </span><span style="color: #ffa400;">foi um dos perseguidos pelo padre Severino. Ele foi preso várias vezes pelo religioso e em uma ocasião autuado em flagrante. Durante muito tempo o marginal cumpriu a pena na extinta Casa de Detenção do Recife, quando prometeu acabar com a fama do padre, que não se intimidou com a ameaça.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O religioso lembra uma passagem de sua vida, quando ainda dormia numa casa vizinha à igreja. "Eu estava deitado e ouvi pisadas sobre o telhado. Levantei-me e, na ponta dos pés, dirigi-me ao guarda-roupas, apanhei o revólver e esperei. Cinco minutos depois o ladrão estava na sala e quando me viu tentou correr. Não tive dúvida: atirei, atingindo-o na mão direita. Ele me pediu para que não o matasse e, como não tinha intenção de fazê-lo, conduzi-o para o comissariado e lhe apliquei uma surra. Depois, libertei-o".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Natalidade</span><span style="color: #ffa400;"> - Padre Severino é favorável ao controle da natalidade. Está convicto de que o aumento do índice de criminalidade é consequência da ausência do controle de nascimentos, que deveria ser melhor observado pelas autoridades. Explicou que "se uma família pobre não pode criar uma criança, o remédio é fazê-lo evitar filhos. Do contrário, teremos futuros marginais para criar problemas à sociedade. É claro, quem não pode criar um filho, não poderá criar doze".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Apelo</span><span style="color: #ffa400;"> - O sacerdote é favorável ao trucidamento de marginais e entende ser necessário que eles sejam surrados de vez em quando, "pois ladrão só lê na cartilha da chibata". Ele aconselha que as pessoas de bem todos andem armados, não para provocar arruaças. Reajam a tiros quando forem atacados e ajudem a polícia no combate ao crime".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário de Pernambuco, 27 de março de 1979, </span><span style="color: #04ff00;">publicou:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Sacerdote não teme ameaça e prende perigoso ladrão</span><span style="color: #ffa400;"> - dizia a manchete - O marginal J.A.T, vulgo </span><span style="color: #04ff00;">"Joca</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Perigoso"</span><span style="color: #ffa400;">, autor de três homicídios, ameaçou assassinar o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago, </span><span style="color: #ffa400;">paróco do Vasco da Gama, mas o sacerdote demonstrou ter coragem: prendeu o bandido, tomou-lhe a peixeira, amarrou-o com cordas, colocou-o dentro do automóvel e conduziu-o à delegacia do 5º distrito, em Casa Amarela.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O incidente ocorreu na </span><span style="color: #04ff00;">Granja Tamanrasset</span><span style="color: #ffa400;">, de propriedade do vigário, situada em Camaragibe. "Joca Perigoso", que já cumpriu três anos de reclusão em Pernambuco, por homicídio, e sete na Paraíba, pelo mesmo delito, tentou invadir a granja para matar o padre e a um de seus empregados.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Assaltante</span><span style="color: #ffa400;"> - Bem humorado, o padre Severino Santiago, que se diz ferrenho inimigo de marginais, e que por causa disso já sofreu vários atentados, contou os detalhes do atentado que sofreu.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Disse que o malandro apareceu em uma vila existente perto de sua propriedade comendo e bebendo sem pagar, ameaçando os comerciantes com uma peixeira e atemorizando a população, tendo, certa feita, riscado de faca um velhinho e promovido uma porção de desordens, ao ponto de ter chegado no velório de uma criança, virado o ataúde, quebrando as cadeiras e agredindo pessoas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- De outra vez, conta padre Severino, o "Joca Perigoso" estava com a peixeira para matar um cidadão e meus empregados interferiram, tomaram a arma e deram-lhe uns tapas. Daí, ele enrixou-se com um dos rapazes e ameaçou matá-lo. Sábado à noite foi cumprir a ameaça, mas não conseguiu porque encontrou reação. "A sorte de Sebastião, meu empregado, foi que sua esposa lembrou-se de mandá-lo abrir a porta do canil, onde crio quatro cães de fila que são verdadeiras feras. Com isso, "Joca Perigoso" amedrontou-se e fugiu, mas antes disse que já havia assassinado três e ia completar os sete; meus três empregados e eu".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">"Eu, porque quando soube do procedimento do marginal procurei seu tio e mandei avisá-lo que desaparecesse da localidade. Fui à polícia do distrito, prestei queixa, mas os agentes não o encontraram. No sábado ele reapareceu. Quando cheguei na granja no domingo pela manhã fui avisado do ocorrido". Sai a procura de "Joca Perigoso" e o encontrei bebendo em uma barraca. Sabendo que estava com a inseparável peixeira, atraquei-me com ele, prendi-o, amarrei e trouxe para entregá-lo à polícia". Finalizou.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">VISGUEIRO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Comunidade do Visgueiro surgiu em 1978, oriunda de uma
invasão.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9ZaAMLi7L-XNFRFdlg4gfh583AOhWSGrf7nA2fzWWip3x_uvIYqzPXc48GUz9k_kMlhcHA8_cZsRos0QzlGVyoURPFvI2tgT-crZvN7pV_Qu8VfU7tRozlMtZqoquR9rfhhPP9_JymhlF-PBX-FGSH75YMJNQuL-Xt0soahvqvwaGaJdVCUTUaA6Gevpl/s695/Xang%C3%B4.1939.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="563" data-original-width="695" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9ZaAMLi7L-XNFRFdlg4gfh583AOhWSGrf7nA2fzWWip3x_uvIYqzPXc48GUz9k_kMlhcHA8_cZsRos0QzlGVyoURPFvI2tgT-crZvN7pV_Qu8VfU7tRozlMtZqoquR9rfhhPP9_JymhlF-PBX-FGSH75YMJNQuL-Xt0soahvqvwaGaJdVCUTUaA6Gevpl/s320/Xang%C3%B4.1939.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Nas décadas de 1970 e 1980, era muitos os terreiros de umbanda e candomblés no Vasco da Gama e em toda Zona Norte do Recife. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Ilustrativa/ Revista O Cruzeiro.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">TRADICIONAIS TERREIROS DE UMBANDA e CANDOMBLÉ</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como em toda Zona Norte do Recife, sempre foi tradição haver os
terreiros de umbanda com suas batucadas noturnas que alegravam a muitos adeptos
dos candomblés e xangôs, e incomodavam bastante aos demais moradores. O barulho
era imenso, ensurdecedor, e sempre terminava ao amanhecer, mas era tradição.
Muitos não gostavam e denunciavam à polícia, reclamando do barulho, algazarras
e anarquias ao encerrar as batucadas. Muitos terreiros foram fechados. Essa
tradição perdurou até o final da década de 1980, depois os terreiros foram
acabando. Atualmente existem poucos e afastados dos aglomerados urbanos. No
Vasco da Gama, </span><span style="color: #04ff00;">os mais tradicionais</span><span style="color: #ffa400;"> foram: O </span><span style="color: #04ff00;">Centro Espírita de Manoel
Pescador</span><span style="color: #ffa400;">, no Jardim Vasco da Gama, Nº78 (dados de 1971); o terreiro de </span><span style="color: #04ff00;">Mãe
Fumaça</span><span style="color: #ffa400;"> no Alto da Foice, que em junho de 1971, o prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Augusto
Lucena</span><span style="color: #ffa400;"> subiu o morro só para visitá-la; o Terreiro de Candomblé </span><span style="color: #04ff00;">Elê Axé de
Oiá</span><span style="color: #ffa400;">, fundado em 3 de março de 1978, com sede na Rua Assunção, Nº35, dirigidos
por Roberto Firmino da Silva e Joanita Soares da Silva; o </span><span style="color: #04ff00;">Centro Espírita
de Umbanda Pai</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Xangô</span><span style="color: #ffa400;">, fundado em 6 de março de 1980, com sede na descida da
cacimba, Nº85, no Alto 13 de Maio, no trecho do Vasco da Gama, dirigido por
Irineu Januário Correia Borges Filho e Maria Helena da Silva; o </span><span style="color: #04ff00;">Centro
Espírita Caboclo Jurandir,</span><span style="color: #ffa400;"> fundado em 2 de janeiro de 1987, sede à Rua Lagoa da
Canoa, Nº85, na Vila Um Por Todos. Dirigidos pelo médico Vicente Manoel Leite
André Gomes e Jorge Soares. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>PADRE SEVERINO RECLAMA DA POLÍCIA, COCA-COLA, GOVERNO E DO POVO</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, em 12 de outubro de 1978, publicou uma nota onde o padre Severino Santiago, faz uma série de reclamações contra maus policiais, a Coca-Cola, o governo e a omissão do povo. A nota dizia o seguinte:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Padre acusa policiais de induzirem jovens ao crime</span><span style="color: #ffa400;"> - dizia o título - Há policiais desonestos facilitando o bom comportamento de jovens que começaram a roubar no Vasco da Gama. Denunciou ontem o padre Severino Gomes Santiago, ao apontar um dos principais problemas que são enfrentados pelo bairro, pelo qual é vigário.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Para ele, a Secretaria de Segurança "constitui a infelicidade deste Governo". Ele disse que ultimamente começaram a desaparecer eletrodomésticos e esses roubos eram praticados sempre às 15 horas. "Ninguém descobria quem era o autor. Depois é que se veio a saber que os autores do crime eram meninos de boas famílias". </span><span style="color: #ffa400;">"Um dos garotos falou comigo e declarou que o líder estava acobertado por membros da polícia."</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Coca-Cola</span><span style="color: #ffa400;"> - Os menores roubavam, segundo o vigário, para conseguir dinheiro e comprarem drogas. Alertando os pais para o problema dos psicotrópicos, padre Severino Santiago declara que "todos eles sempre começam pela Coca-Cola". "Será que os pais estão conscientes de que este refrigerante é a porta aberta para o crime?. "E adverte que desde o primeiro aniversário, a criança começa a tomar Coca-Cola. "A criança se habitua e depois começa a misturá-la com café, melhoral e outras drogas".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Educação</span><span style="color: #ffa400;"> - Lembrando que a segurança e a saúde estão diretamente ligadas à educação - "Não falo alfabetização, mas educação", explica o padre Severino, e destaca que outras dificuldades que existem no bairro são decorrentes da falta de educação popular.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Admite ele que a coleta do lixo não está sendo feita eficientemente, mas o "povo complica ainda mais. Joga o lixo nos canais, entopem-no, provocando, com isso, doenças e a proliferação dos ratos. O problema é tão sério que ele trata estas coisas nos sermões e faz os fiéis pedirem perdão "pelas vezes que sujaram os canais e fizeram adoecer as crianças".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">"O povo é muito bom, mas omisso, acomodado, deixa que os marginais o dominem. É um povo injustiçado e medroso, afirma, completando que "quando aparece um com coragem, normalmente deriva para os extremos". Finalizou.</span><span style="color: #ffa400;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHTWA09tgBMwADVKTWC5umtpk9U28OeUblHMscBvoejAp6iJXWXZAk2AxoTdS9TpFRgpEiKwVQAMK1VE3cOhzZ8WZNrEJn_QOiQQaZj3G-9TGac5M03C0Wa8v9SHQ9CyVixI2K5e4LW3jMxKa8vPBCh1AIxutpOs6GkfEliWkD483GahEPlcS3G1XXEM0Y/s320/FreiDami%C3%A3oeCrian%C3%A7as.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="222" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHTWA09tgBMwADVKTWC5umtpk9U28OeUblHMscBvoejAp6iJXWXZAk2AxoTdS9TpFRgpEiKwVQAMK1VE3cOhzZ8WZNrEJn_QOiQQaZj3G-9TGac5M03C0Wa8v9SHQ9CyVixI2K5e4LW3jMxKa8vPBCh1AIxutpOs6GkfEliWkD483GahEPlcS3G1XXEM0Y/s1600/FreiDami%C3%A3oeCrian%C3%A7as.png" width="222" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Frei Damião, onde chegava era reverenciado por adultos e crianças. </span><span style="color: #ffa400;">Foto:Facebook/autor
desconhecido.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A VISITA DE FREI DAMIÃO AO VASCO DA GAMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco, durante cinco dias, cobriu toda a
peregrinação do maior fenômeno religioso do nordeste brasileiro em sua visita
ao bairro do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">. Pio Giannoti, italiano da cidade de Bozzano,
conhecido como </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;">, foi consagrado frei capuchinho em seu país em
1925 e chegou ao Brasil em 1931, onde começou sua peregrinação por todo o
Nordeste, onde foi venerado pelos fiéis por viver a maior parte de sua vida
nessa região do Brasil, fazendo peregrinações incansavelmente pelas cidades,
celebrando eucaristia, confessando, realizando casamentos e batismo. Por muitos
nordestinos é considerado um santo milagreiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">frei Damião de Bozzano</span><span style="color: #ffa400;">, em todo lugar que chegava causava grande
euforia da população, muitos queriam tocá-lo, beijar-lhe às mãos, tocar suas
vestes, acariciar a sua cabeça, ou receber uma mensagem de fé. No Vasco da
Gama, não foi diferente. O Diário cobriu a visita de frei Damião e
</span><span><span style="color: #04ff00;">descreveu da seguinte forma:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário de Pernambuco, 16 de maio de 1979 - Frei Damião fala para 20 mil - A população do Vasco da Gama viveu, ontem, um dia especial. Das 4 horas da manhã às 10 da noite, o missionário Frei Damião de Bozzano confessou, comungou, rezou, advertiu e pregou para 20 mil fiéis, na igreja de São Sebastião e pelas ruas do bairro. Hoje, às 9 horas, milhares de pessoas devem acompanhá-lo durante a procissão dos enfermos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Frei Damião, o mais popular pregador do Nordeste, chegou anteontem à noite, ao Recife, e deve permanecer aqui até o próximo sábado, quando seguirá para Belo Jardim. Ao chegar à Capital pernambucana, acompanhado do </span><span style="color: #04ff00;">frade Fernando</span><span style="color: #ffa400;">, que auxilia há anos, o famoso pregador ficou perdido pelas ruas do Recife durante quase uma hora. Somente com ajuda de policiais, os dois religiosos conseguiram localizar a Igreja São Sebastião no Vasco da Gama, onde foram recebidos pelo pároco Severino Santiago.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O dia de ontem foi intenso para Frei Damião. Apesar dos 81 anosde idade, o missionário acordou pontualmente às 4 horas da manhã, iniciando de imediato uma procissão pelas ruas do Vasco da Gama. Das 6 às 9, celebrou missa e confessou centenas de católicos. Ainda na parte matinal, fez diversas pregações.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante do confessionário, mulheres, homens e crianças esperavam a vez de contar os pecados, ou ouvir uns conselhos e beijar as mãos e a cabeça do religioso, em filas que se alongavam por toda extensão da igreja São Sebastião.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Às 16 horas, conduzido pelo padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, que com muita dificuldade conseguiu colocá-lo dentro do automóvel, frei Damião seguiu para a Capela Nossa Senhora da Candelária, localizada no Alto 13 de Maio, para nova pregação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante os cinco minutos de percurso, Frei Damião contou uma piada sobre uma pequena cidade italiana, perguntou ao padre Severino se o carro da marca "Fiat" (também italiana) estava tendo boa aceitação, indagou sobre que tipo de orientação espiritual o pároco do Vasco da Gama dava aos fiéis e disse ainda que gostava muito de dom Helder Câmara.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ao saltar diante da capela do Alto 13 de Maio, 200 pessoas o aplaudiram demoradamente, sendo levado, com obstáculos, ao interior do templo. Diante de uma platéia silenciosa, Frei Damião com voz frágil e rouca, apoiado com os braços num altar, lembrou a necessidade de obidiência aos mandamentos, advertiu que é preciso "amar a Deus e a todos os homens, inclusive os inimigos" e pediu aos cristãos que orassem todos os dias, "principalmente os homens que são mais retraídos, para que possam alcançar a graça eterna". Após o sermão, o missionário foi cercado pela multidão, que tentava a todo custo beijar-lhe as mãos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O padre Severino Santiago, que está hospedando Frei Damião, argumentou que depois de 25 anos de tentativas, conseguimos trazê-lo até o nosso bairro. O pároco disse ainda que o religioso, apesar da idade avançada, tem uma disposição física de um jovem. É impressionante a resistência orgânica dele. Lê sem óculos, alimenta-se bem, extremamente lúcido e bem informado sobre todos os assuntos, inclusive políticos. Quer atender a todo mundo, e diz repetidamente que ninguém pode ficar sem se confessar com ele. Á tarde, fez uma visita a comunidade do </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Eucalipto</span><span style="color: #ffa400;">.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia seguinte, por sugestão do próprio frade o pároco Severino Santiago decidiu realizar às 9 horas a procissão dos enfermos, programada para ontem no mesmo horário. Frei Damião vem desenvolvendo no Vasco da Gama uma atividade intensa junto aos fiéis. Seu dia começa às 4 horas quando sai percorrendo as ruas próximas à igreja, entoando cânticos religiosos, seguido sempre por dezenas de pessoas. Retorna às 5 horas da tarde, oficia missa, ouve centenas de confissões e dá a benção a retratos religiosos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A vitalidade do missionário, continua impressionando aos fiéis que vem do interior e dos bairros mais distantes para vê-lo. Não para um instante desde que se levanta, ainda de madrugada, e nem sua perna esquerda, bastante inchada devido à erisipela, o impede de atender aos fiéis.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">para quem o conhece de longa data, com o padre Severino Santiago, Frei Damião mudou bastante em alguns hábitos e comportamentos. Já não dorme mais no chão como antigamente, preferindo a cama e chega a admitir que mulheres preparem os instrumentos sagrados para a missa que oficia no Vasco da Gama. Surpreende também que o missionário permite aos fiéis tocarem em sua cabeça grisalha.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antigamente, ele reagia às pessoas que que vinham tocá-lo, dizendo ser apenas um pregador de Cristo. Em certas coisas, porém, frei Damião não mudou: continua reprovando as moças que vão até ele com os braços de fora e blusas decotadas. Também não admite que elas pousem a mão em sua perna durante a confissão. De acordo com o padre Severino, o missionário come muito pouco. Toma apenas um café com leite simples ao acordar, partindo biscoitos aos pedaços na xícara. No almoço come apenas carne, a qual corta em minúsculos pedaços. Aprecia também inhame e sempre se mantém nessa dieta rigorosa.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diário de Pernambuco, 18 de maio de 1979, publicou sobre o último dia de Frei Damião no Vasco da Gama:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Transe de beata no Vasco da Gama é curado com beliscão</span><span style="color: #ffa400;"> (dizia o
título) – Entre cegos, paralíticos, tísicos e feridos, à hora da comunhão,
Célia sofreu mais um </span><span style="color: #04ff00;">ataque histérico</span><span style="color: #ffa400;">. Bastou um choque de um </span><span style="color: #04ff00;">“beliscão”</span><span style="color: #ffa400;"> do
vigário </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;"> para que aquele transe terminasse. No
sermão, </span><span style="color: #04ff00;">frei Damião</span><span style="color: #ffa400;"> foi enérgico ao puxar o microfone da mão de uma
repórter, dando a entender que não aprovava o decote de seu vestido na igreja.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Pouco depois, dois ajudantes tentavam avisar ao vigário que a mesma
pessoa tinha voltado e dessa vez insistia em somente se retirar do
seu local com seu comércio de fotografias e chaveiros do “frade milagroso”, com
a ordem direta e pessoal do padre Severino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Estes foram alguns dos fatos que aconteceram na manhã do último dia da
missão de Frei Damião na igreja de São Sebastião, em Vasco da Gama. A
procissão, que seria realizada pela manhã foi substituída pela missa dos
enfermos, seguida da benção das plantas (uma alusão à Campanha da Fraternidade
deste ano), das águas, dos enfermos e dos carros que trouxeram os enfermos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como sempre a afluência lotou a igreja e a rua ao lado. Muitos estavam
lá desde às 4 horas da manhã e era normal a impaciência das crianças e o
cansaço dos mais velhos. Mesmo assim, movidos pela fé, ninguém arredou o pé do
recinto. O </span><span style="color: #04ff00;">padre Severino</span><span style="color: #ffa400;"> pedia a todos que esperassem com seus quadros,
imagens, garrafas de água e plantas do lado de fora, para a benção final,
deixando os bancos vazios para os doentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Valia tudo, de quadros com estampas de Cristo a imagem do padre Cícero,
fotos dos fiéis, cédulas de identidade e carteira de trabalho. Tocar no hábito
do </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;"> era o desejo de todos, mas como se tornava difícil em
meio a tanta gente, muitos mandavam bilhetes pelos ajudantes do vigário e
filhas de Maria. E mesmo depois de terminada a benção, por volta das 11 horas,
muitos ficaram sentados nos bancos, à espera que o religioso terminasse sua
rápida refeição e voltasse para atendê-los pessoalmente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Guiomar Martins dos Santos era uma dessas pessoas. Uma operação malfeita
de varizes, há quinze anos, trouxe problemas de flebite e eczema a sua perna
direita, e uma constante má circulação do sangue. Frei Damião é
intermediário de Deus. Se ele quiser e se eu merecer, ficarei curada afirmava
ela.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXsXVLGlL7OiDTGZUhdvv7r55z_3LVJn1gNgsk5680pWy-Bv_Zsa-fqKED5m3EU4Sm2IAcYp6GyBsVJUJ6-uxlA3okVhVrBwa9i1b8jsDaz3OogdYY6qlNgvDksMGwI1uBgAcre5Uf4XiEUz4R6_VrTJbgx66NTa-QKZuxOuHoiH3XRCidkm8XxATChz-F/s649/PadreSantiagoeFreiDami%C3%A3o79.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="649" data-original-width="429" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXsXVLGlL7OiDTGZUhdvv7r55z_3LVJn1gNgsk5680pWy-Bv_Zsa-fqKED5m3EU4Sm2IAcYp6GyBsVJUJ6-uxlA3okVhVrBwa9i1b8jsDaz3OogdYY6qlNgvDksMGwI1uBgAcre5Uf4XiEUz4R6_VrTJbgx66NTa-QKZuxOuHoiH3XRCidkm8XxATChz-F/s320/PadreSantiagoeFreiDami%C3%A3o79.jpg" width="212" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Um momento de descanso de Frei Damião ao lado do padre Severino Santiago
(de óculos) durante sua visita em 1979. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo da Paróquia de
São Sebastião.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na igreja, o vigário comentava a resistência daquele pequeno italiano de
81 anos: “Ele não dormiu mais que quatro horas em nenhuma dessas noites”.
Indiferente a esses comentários, </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;"> prosseguia no sermão, entrecortado
por alguns toques dos fiéis em sua cabeça branca. Às vezes, à
rispidez com que pedia silêncio e calma alternava um sorriso de compreensão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante esses quatro dias, </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;">, quatro horas da manhã já estava
em plena atividade. Seguido por uma multidão, percorria as ruas do bairro,
cantando e dirigindo preces à Virgem Maria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Atendendo em confissão a mais de trezentas pessoas por dia, </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;">
não conseguiu entretanto, satisfazer a todos que desejavam receber conselhos ou
mesmo pedir-lhe uma benção. Enquanto grande número de mulheres e crianças
insistiam em beijar-lhes as mãos, precipitando-se desordenadamente em sua
direção, os mais sensatos ponderavam, que apesar do </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;"> ser “um santo
homem” em consideração à sua idade as pessoas deveriam ser mais conscientes,
percebendo que o frei não é incansável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nos intervalos das confissões, </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;"> não dava tréguas à
sua missão. Rezando os ofícios, celebrando missas, ensinando catecismo às
crianças ou empreendendo visitas aos morros mais próximos, o velho frade
desempenhou sua pregação com disposição quase obsessiva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Procissão – Impossibilitado pelas suas condições físicas de subir
as tortuosas ladeiras dos morros, Frei Damião foi levado ontem de automóvel ao
</span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">. A multidão, no entanto, seguiu a pé, levando
ramos de palmeira. Segundo explicaram os participantes da procissão, os ramos
não tinham nenhum significado especial, representavam apenas uma forma de
homenagem e saudação ao padre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- O caminho do céu é estreito. Estamos cheios de dívidas para com Deus,
em decorrência dos pecados cometidos. O povo precisa se redimir e só conseguirá
o perdão de seus erros, através da devoção à Maria. Quem não amar a Maria, pode
se considerar morto, pois certamente vai para o inferno. Afirmava </span><span style="color: #04ff00;">F</span><span style="color: #04ff00;">rei Damião</span><span style="color: #ffa400;">
em seu discurso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sua pregação girou invariavelmente em torno de temas como: o pecado, a
necessidade do matrimônio e a moral. Em face das palavras do padre, muitos
ouvintes afirmavam que realmente as pessoas precisavam mais pensar nas coisas
do espírito. (Finalizou).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnYlmIBEl9FHnLokPMYCqn5uJBJqNOvhhPiT6tsWnFC3-4uy89bTDEw6-5_uaQBy6tWKsz5SXo58AtZA-1j4Hojk-elHbPdjI1p3iDT_rYmZK9X_A_L-ipJihE8litCx7Lf4D6VoJwzzV9xx2L3O7yroMgMBDBMQop_SUYodDzBA2i9PxYC2Sk4Gj5Z45-/s878/TeatroLobatinho.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="878" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnYlmIBEl9FHnLokPMYCqn5uJBJqNOvhhPiT6tsWnFC3-4uy89bTDEw6-5_uaQBy6tWKsz5SXo58AtZA-1j4Hojk-elHbPdjI1p3iDT_rYmZK9X_A_L-ipJihE8litCx7Lf4D6VoJwzzV9xx2L3O7yroMgMBDBMQop_SUYodDzBA2i9PxYC2Sk4Gj5Z45-/s320/TeatroLobatinho.png" width="262" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">No prédio em forma castelo, graças ao talento de seu
José Dias, fica o Teatro Lobatinho. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2023.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">TEATRO LOBATINHO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Teatro Lobatinho</span><span style="color: #ffa400;">, principal ponto cultural do bairro do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">,
localizado na rua Canapi, 134, foi inaugurado em junho de 1979, pelo sr. </span><span style="color: #04ff00;">José
Dias de Melo</span><span style="color: #ffa400;">, que faleceu em 2004, inspirado na bonequeira pernambucana </span><span style="color: #04ff00;">Carmosina
Araújo</span><span style="color: #ffa400;">, que comandava a companhia de marionetes do teatro de bonecos Monteiro
Lobato entre 1948 e 1964. Atualmente, o </span><span style="color: #04ff00;">Teatro Lobatinho</span><span style="color: #ffa400;"> é mantido por parte
das filhas de sr. José, e o marido de uma delas, que continuam à frente do
teatro com o mesmo objetivo do pai: animar festas com espetáculos de várias
temáticas e espalhar alegria com os engraçados fantoches e os
desengonçados bonecos gigantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As principais atividades do </span><span style="color: #04ff00;">Teatro Lobatinho</span><span style="color: #ffa400;"> são confecções de
bonecos para agências de publicidade, animações e decorações de festas e
produção de peças teatrais. Suas criações estão presentes nas principais
festividades da cidade como, Carnaval, São João e manifestações culturais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O triste da história é que o </span><span style="color: #04ff00;">Teatro Lobatinho</span><span style="color: #ffa400;"> nunca recebeu apoio
externo, tudo foi fruto do talento e sacrifício de seus criadores. Em 2017,
enfrentando dificuldades financeira, o teatro que fez alegria de tantas
crianças e adultos, infelizmente, fechou às portas, mas a esperança dos
moradores do Vasco da Gama é que ele volte a funcionar em breve.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_hGZVGPDsYwKSSuW7CNk6ZP-RIzzOopK0zfv5QGnoVZQ0nUp78lJNRcHkXv7-eM2FEgDd8fYVwPrHBl0wb0iM04L-fwUdTYKVKliXlOSUq2XIfzCg1mdswIyeovZ_3Uq3GdsdnW918qCNlY5I0_55AZent6ipMvuOke67b4XZmcmKXTU3wFX51YMP2W3/s320/Orel%C3%B5es%20da%20Telpe.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="253" data-original-width="320" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_hGZVGPDsYwKSSuW7CNk6ZP-RIzzOopK0zfv5QGnoVZQ0nUp78lJNRcHkXv7-eM2FEgDd8fYVwPrHBl0wb0iM04L-fwUdTYKVKliXlOSUq2XIfzCg1mdswIyeovZ_3Uq3GdsdnW918qCNlY5I0_55AZent6ipMvuOke67b4XZmcmKXTU3wFX51YMP2W3/s1600/Orel%C3%B5es%20da%20Telpe.jpg" width="320" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Em outubro de 1979, a Telpe instalou os primeiros telefones públicos no
Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Crédito: Foto Ilustrativa/ Blog do João
Alberto/DP. </span></b><span style="color: #ffa400;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">OS PRIMEIROS TELEFONES PÚBLICOS</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, em 13 de outubro de 1979, publicou uma nota
sobre instalações de </span><span style="color: #04ff00;">telefones públicos</span><span style="color: #ffa400;"> pela </span><span style="color: #04ff00;">Telpe</span><span style="color: #ffa400;"> nas periferias do Recife,
solicitadas pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">. Foram 45 orelhões instalados. No
Vasco da Gama foram instalados dois. Uma na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e outro na </span><span><span style="color: #04ff00;">Rua
Japaratuba.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A nota justificava: </span><span style="color: #04ff00;">“Os orelhões” </span><span style="color: #ffa400;">(como são ainda chamados os telefones
públicos, por seu formato semelhante a uma orelha) foram colocados em áreas
consideradas prioritárias pela Prefeitura da Cidade do Recife, onde não havia
nem mesmo telefones particulares. Com essa medida, as populações de baixa renda
foram beneficiadas, pois agora contam com um meio de comunicação no próprio
local onde vivem. Concluiu.</span></p><div><span><span><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6BbsC4SFstn7tjo9Y9_ULBTv0qWVos4eLqQXFt3BjhV74BU8gWyJKizyKaoKXVvoBcJLr9UpH5vdoaORGlkI5gvNwRQRwzkmgx1tFavs1_8ZTRZDUc4XvDt6HcIGrdQAIXBNrCiOS1inqlC3pdrxaEvb8IkSs35A5MP5-MT0MCTfkLJguMeBpI2Twwn0F/s4608/Urso%20do%20teu%20pai1995.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3349" data-original-width="4608" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6BbsC4SFstn7tjo9Y9_ULBTv0qWVos4eLqQXFt3BjhV74BU8gWyJKizyKaoKXVvoBcJLr9UpH5vdoaORGlkI5gvNwRQRwzkmgx1tFavs1_8ZTRZDUc4XvDt6HcIGrdQAIXBNrCiOS1inqlC3pdrxaEvb8IkSs35A5MP5-MT0MCTfkLJguMeBpI2Twwn0F/s320/Urso%20do%20teu%20pai1995.jpg" width="320" /></a></div></b></span></span></div><div><b><span style="color: #04ff00;">O desfile do bloco carnavalesco "O Urso do Teu Pai" em 1995. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: arquivo pessoal de Carlinhos do Urso.</span></b></div><div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>AGREMIAÇÕES CARNAVALESCA DO VASCO DA GAMA</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 8 de janeiro de 1980, era fundada a Sociedade Carnavalesca Esportiva
e Cultural </span><span style="color: #04ff00;">Kengas do Vasco</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, sede à Avenida Norte, nº 6292.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;">Fundado em 1992, </span><span style="color: #04ff00;">A Turma do Piriquito</span><span style="color: #ffa400;"> anima o </span><span style="color: #04ff00;">carnaval</span><span style="color: #ffa400;"> do bairro do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"> Sede: Rua Vasco da Gama, nº 419.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;">Em fevereiro de 1993 foi fundado o Bloco Infantil Cupim de Ferro., com sede situada na Rua Dois de Maio, nº84.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;">Em 5 de fevereiro de 1995, era fundado a Troça Carnavalesca </span><span style="color: #04ff00;">Urso do Teu Pai, </span><span style="color: #ffa400;">por Carlos Alberto Celestino de Assis, o Carlinhos do Urso. Sua sede fica no Córrego do Botijão, nº 23, Vasco da Gama.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;">Em 2000, surgiu o badalado Bloco da Ressaca, que sai às ruas do Vasco da Gama no primeiro domingo após o carnaval, com trios elétricos e cantores famosos locais e principalmente da Bahia.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">FEIRINHA TÍPICA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em setembro de 1980, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">, criou a </span><span style="color: #04ff00;">Feirinha
Típica do Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">. Nesta década, as feirinhas típicas, fizeram muito
sucesso nos bairros do Recife e no Centro, como o do Parque Treze de Maio. Em
outubro deste ano, a Prefeitura do Recife já havia implantado vinte feirinhas
em diversos bairros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As feirinhas Típicas eram realizadas pelas comunidades, com o apoio da
Prefeitura do Recife, através da SAB- Secretaria de Abastecimento. </span><span style="color: #04ff00;">As Feirinhas</span><span style="color: #ffa400;">
ofereciam lazer, mercado de trabalho, estimulava o convívio da comunidade e
promoviam folguedos regionais. Em algumas, havia até show de grupos musicais
locais.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO_1-XjoK9zC7BcL6IBkfyIVZGNyHPEra3zDlUllYgGeRMZvYaTtkuXC4m6lWuj_vtoVPK_b1aInm3a6S_GHJUWr2UN3XwxD6UuAt6Sft0AfuId3LWiuwOHt7UZl0XNbYR8RVFimF3kKI-yzcIIgAbSZB75oWmOAjp3HY4B3oh7nDoHfIgu-JxThaDHayO/s292/Creche%20Oficial.%20JosivaldoSilva.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="292" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO_1-XjoK9zC7BcL6IBkfyIVZGNyHPEra3zDlUllYgGeRMZvYaTtkuXC4m6lWuj_vtoVPK_b1aInm3a6S_GHJUWr2UN3XwxD6UuAt6Sft0AfuId3LWiuwOHt7UZl0XNbYR8RVFimF3kKI-yzcIIgAbSZB75oWmOAjp3HY4B3oh7nDoHfIgu-JxThaDHayO/s1600/Creche%20Oficial.%20JosivaldoSilva.png" width="292" /></a></b></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">Creche Municipal Mardônio Coelho. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Josivaldo Silva</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CRECHES</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 3 de setembro de 1980, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;"> anuncia a
construção de uma creche no </span><span style="color: #04ff00;">Jardim Novo Mundo</span><span style="color: #ffa400;">, nos lotes 8,9 e 10 da quadra E,
no </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Favela</span><span style="color: #ffa400;">, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 7 de outubro de 1982, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Jorge Cavalcante</span><span style="color: #ffa400;"> assinou um contrato
entre a URB e a Construtora Engeterra para a construção da </span><span style="color: #04ff00;">primeira creche do
Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, sito, na rua Milton Campos, no Alto da Favela. Durante
a semana, teve início o serviço de nivelamento do terreno.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Portaria Nº 162 de 2 de março de 1984, denomina </span><span style="color: #04ff00;">Creche Mardônio
Coelho</span><span style="color: #ffa400;">, a creche localizada no Alto da Favela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, de 9 de outubro de 1984, publicou a nota
de inauguração da </span><span style="color: #04ff00;">Creche</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Mardônio Coelho</span><span style="color: #ffa400;">, no Alto da Favela, Vasco da
Gama. A creche foi inaugurada para atender 150 crianças diariamente, com a
faixa de idade de 0 a 6 anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A primeira-dama do Estado, Jane Magalhães, ficou muito emocionada pela
homenagem feita pelo prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, em colocar como patrono da
creche o nome de seu pai, o advogado e jurista, Mardônio Coelho. </span><span><span style="color: #04ff00;">Em seu
discurso, falou:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“Aqui nesta creche se estará lutando contra o mal da miséria sob todas
as formas: fome, desintegração familiar, violência. Aqui estará erguida a
bandeira do respeito à dignidade humana, da defesa da justiça, da crença nos
valores cristãos de amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Estiveram presentes a inauguração da </span><span style="color: #04ff00;">Creche Mardônio Coelho</span><span style="color: #ffa400;">, além
do Governador Roberto Magalhães e família, o prefeito Joaquim Francisco e sua
esposa, Silvia Cavalcanti; o deputado Paulo Marques; os secretários municipais:
Almeida Filho, Romildo Gomes e Miguel Doherty, além de inúmeros líderes
comunitários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1995, na Escola Municipal Vasco da Gama, funcionou uma </span><span style="color: #04ff00;">creche
</span><span style="color: #ffa400;">denominada </span><span><span style="color: #04ff00;">Nossa Senhora das Dores.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através do Decreto Nº 20.439, de 12 de maio de 2004, sancionado pelo
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">João Paulo Lima</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Silva</span><span style="color: #ffa400;">. A </span><span style="color: #04ff00;">Creche Mardônio Coelho</span><span style="color: #ffa400;"> depois de
reestruturada, e localizada à Rua Senador Milton de Campos, Nº7, Vasco da Gama,
volta a funcionar com a mesma denominação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWm2_Wnim_OIpUuRu4DBxZrkypqYEuksn5R9pxb8RvxgelsN5JTamN4pWgjuwx8_HNAlf66bk9UoAjpbw3naIDYkweWC8gEdI5fTwcDBAA4RDOt9laZ8ycpKealjH4124_SDoKXPgosa2bW2rk1neVlIhVFiqCGQwLz024aMiHNFp0PKdlQf5rYYmB_5B9/s1600/%C3%94nibusGrupoAlcano.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWm2_Wnim_OIpUuRu4DBxZrkypqYEuksn5R9pxb8RvxgelsN5JTamN4pWgjuwx8_HNAlf66bk9UoAjpbw3naIDYkweWC8gEdI5fTwcDBAA4RDOt9laZ8ycpKealjH4124_SDoKXPgosa2bW2rk1neVlIhVFiqCGQwLz024aMiHNFp0PKdlQf5rYYmB_5B9/s320/%C3%94nibusGrupoAlcano.jpg" width="320" /></a></b></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">Os moradores do Vasco da Gama prestigiaram o Festival de Inverno em todas suas edições. O Grupo Alcano, da Avenida do Forte, fez grande apresentação e contagiou a moçada na edição de 1985. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo pessoal de Euclides Bezerra (Tido).</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">FESTIVAL DE INVERNO DO VASCO DA GAMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de agosto de 1981, deu-se início, o </span><span style="color: #04ff00;">1º Festival de Inverno</span><span style="color: #ffa400;"> do
Vasco da Gama. O evento artístico e cultural organizado pela </span><span style="color: #04ff00;">Conselho de
Moradores do Jardim Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> e com apoio da Prefeitura do Recife, teve dez
edições, tornando-se o mais badalado festival da zona norte do Recife, perdendo
em grandiosidade somente para o Festival da Inverno da Universidade Católica
(Unicap) na Rua do Príncipe, no bairro da Boa Vista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante uma década, o Festival de Inverno do Vasco da Gama (1981-1990),
levou cultura e entretenimento a toda região de Casa Amarela, cenário ideal
para projeção política de vários políticos, que viram no festival uma grande
chance de conquistar muitos votos. Exemplo disso, aconteceu na 6ª edição em
1986, quando o candidato a governador de Pernambuco pelo PFL, </span><span style="color: #04ff00;">José Múcio
Monteiro</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Filho</span><span style="color: #ffa400;">, patrocinou e bancou o festival daquele ano. No entanto, não foi
suficiente para se eleger. A partir do ano seguinte, a Prefeitura do Recife
voltou a patrocinar o evento até a última edição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A primeira edição do Festival de Inverno do Vasco da Gama </span><span style="color: #04ff00;">começou</span><span style="color: #ffa400;"> no dia
2 de agosto de 1981, com duração de nove dias. Com iniciativa do Conselho de
Moradores do Jardim Vasco da Gama e o apoio da GRACO – Grupo de Ação
Comunitária da Prefeitura do Recife. O festival teve atividades recreativas e
culturais, cursos profissionalizantes: talhadores, pintores, músicos e atores
palestras, exposições de arte, danças populares, serestas, passeio ciclístico,
torneio de futebol de salão masculino, maratona, espetáculo musical e peça
teatral.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A 2ª Edição do Festival (1982), teve todas as atividades culturais,
recreativas, esportivas e profissionalizantes como o festival do ano anterior,
além de feira típica, festival de música popular, maracatu, recital de poesias,
xaxado, coco, capoeira, ciranda, quadrilha junina e torneio de voleibol. Teve
também as apresentações das Escolas de Samba: </span><span style="color: #04ff00;">“Vai Quem Quer”</span><span style="color: #ffa400;"> do Alto José do
Pinho e </span><span style="color: #04ff00;">“Unidos do Dendê”</span><span style="color: #ffa400;"> do Morro da Conceição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A 3ª Edição do Festival de Inverno do Vasco da Gama (1983), foi bem
melhor do que as edições anteriores, além das atrações de praxe, teve as
apresentações da Banda Marcial do Ginásio Pernambucano, frevo do Nascimento do
Passo, Orquestra Sinfônica Juvenil de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">Gigante do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Samba</span><span style="color: #ffa400;">, Troça
Carnavalesca Pás Dourada, Escola de Samba </span><span style="color: #04ff00;">Galeria do Ritmo</span><span style="color: #ffa400;">, Xangô de Mário
Miranda, Zumbi Bahia e sua capoeira, jornalista e apresentador </span><span style="color: #04ff00;">Jota
Ferreira</span><span style="color: #ffa400;"> e o Conjunto Musical de Fernando Borges.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY5cZCrYOS-PI9eZ1QcSVfAKyhpIF-lAxsjvWVJDRaSvXdEpUhhaNVeuyuwCEMlYKcaqa4yQGlu7aK72Rs8RGOQbxQNtiFqNgm5sDGR_kcsXmx166WcEJ8gnqlGiHr-J-fk4CGk6XE73KTF-3LH4GTe0fMQ2qpvb-i6D2ycpOdbb_HQAW7M7Uqf1u95QhA/s1600/BarracasFestival.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY5cZCrYOS-PI9eZ1QcSVfAKyhpIF-lAxsjvWVJDRaSvXdEpUhhaNVeuyuwCEMlYKcaqa4yQGlu7aK72Rs8RGOQbxQNtiFqNgm5sDGR_kcsXmx166WcEJ8gnqlGiHr-J-fk4CGk6XE73KTF-3LH4GTe0fMQ2qpvb-i6D2ycpOdbb_HQAW7M7Uqf1u95QhA/s320/BarracasFestival.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">As feirinhas típicas nos Festivais de Inverno do Vasco da Gama, era o ponto forte dos eventos. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo pessoal de Euclides Bezerra (1985).</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A 4ª Edição do Festival de Inverno (1984), teve na abertura, o
jornalista e apresentador </span><span style="color: #04ff00;">Jota Ferreira</span><span style="color: #ffa400;"> como a grande atração, já que à época,
fazia grande sucesso na televisão. O festival teve muito forró, frevo, danças
afro-brasileira, festival de música com calouros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 21 de julho, </span><span style="color: #04ff00;">mais de sete mil pessoas </span><span style="color: #ffa400;">estiveram presentes no
festival, onde o governador Roberto Magalhães marcou presença e foi bastante
aplaudido pelo povo, que lhes prestaram homenagem pelo seu primeiro ano à
frente do governo de Pernambuco. Já no palanque, armado na quadra de esportes
do </span><span style="color: #04ff00;">Jardim Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, onde era guardado pelo prefeito Joaquim Francisco,
pelo deputado Paulo Marques e por diversos secretários da
municipalidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Roberto Magalhães recebeu uma placa de prata da Federação Comunitária de
Pernambuco, entregue pelo seu presidente, </span><span style="color: #04ff00;">Manoel Pinheiro.</span><span style="color: #ffa400;"> Estiveram
presentes representantes de diversas comunidades do Grande Recife, dentre eles
o presidente da Femocohab, José Bernardo da Silva, mais conhecido por “Faca
Cega” e da Vila da Cohab Monte Verde, Almir Barros. Num clima de alegria e com
apresentações de diversos cantores populares os festejos se prolongaram até a
madrugada. </span><span style="color: #04ff00;">Roberto Magalhães </span><span style="color: #ffa400;">não quis discursar para não interromper
os festejos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJz6QbEFakGTPjOMwxkBsnuL_vIONxlHk0r956nL5ZrzcJn_CUabETp7Hs49Abi_dnynE2LTY-fDTsUK_scFPgIM_sjRVLBuZUqqFzgVke-Lnd8bUZ9cDTKNbCRnt4Cy9XrxlD6x6snGeauc6eA5TUmRKHdTVQqohUOmOkwnsXBmE_tnwxoBozDVpgHuoE/s1599/Ednaldo%20santos.Jess%C3%A9.Euclides.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1599" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJz6QbEFakGTPjOMwxkBsnuL_vIONxlHk0r956nL5ZrzcJn_CUabETp7Hs49Abi_dnynE2LTY-fDTsUK_scFPgIM_sjRVLBuZUqqFzgVke-Lnd8bUZ9cDTKNbCRnt4Cy9XrxlD6x6snGeauc6eA5TUmRKHdTVQqohUOmOkwnsXBmE_tnwxoBozDVpgHuoE/s320/Ednaldo%20santos.Jess%C3%A9.Euclides.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O radialista Ednaldo Santos, da Caravana da Rádio Tamandaré, ao lado dos líderes comunitário da ASCOM, Jessé Cavalcanti e Euclides Bezerra, organizadores do Festival de Inverno de 1985. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo pessoal de Euclides Bezerra.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A 5ª Edição do Festival de Inverno (1985) foi organizado pela Associação
Comunitária do Vasco da Gama (ASCOM) e pelo programa “Caminhos Comunitários” da
Secretaria do Trabalho e Ação Social da Prefeitura do Recife.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O governador em exercício, </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause,</span><span style="color: #ffa400;"> foi bastante aplaudido
ao abrir o Festival de Inverno do Jardim Vasco da Gama por
aproximadamente 5 mil pessoas, ele que quando prefeito, pavimentou o
loteamento. Em curto discurso, </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;"> disse: “Quando vim aqui pela
primeira vez, encontrei não um lugar onde se morar, mas um lugar onde as
pessoas se escondiam com certa vergonha. Isso aqui não era o </span><span style="color: #04ff00;">Jardim Vasco da
Gama</span><span style="color: #ffa400;">, era um buraco sujo do </span><span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Levo ao povo do Vasco da Gama, aos atletas, aos pais de família e a
todos os participantes o abraço do governador Roberto Magalhães, o meu próprio
abraço, o meu afeto e o meu carinho. Algumas recordações deste lugar me são
muito gratas. Acompanhei as transformações do Jardim Vasco da Gama,
o esforço do povo, as crianças, as mulheres carregando pedras, areia e granito.
Fazendo rifas e cotas para poder ter um lugar digno para morar. Hoje
eu entro no Jardim Vasco da Gama trazendo recordações de uma área construída
que serviu de palco para comemoração do segundo ano do meu governo à frente da
Prefeitura da Cidade do Recife. Se não bastassem as luzes do Jardim Vasco da
Gama, a quadra coberta, os muros de arrimo, senão bastassem todos os
melhoramentos que as pessoas veem, existe uma coisa muito maior do que o
próprio Jardim Vasco da Gama e o povo que se organizou em função dessa
obra e nunca mais se desorganizou...” (conclui).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpufeeiFzeEIyYKA7HzbN96Hn7X2yt16bU5GvsDDIjFSLqiKQUYwIfwdcOSngaYCa_Z19zzAj3qzmSKFvIWtNycaHTnHVKvhzovW9RYLyLQuDoviFUMfX_-1EJ8GSnatycmXpDcobU6a2iAO1PnvjBAV1nBrf7SjZ67yguNue0e_oQG_vcWMH_Z1jlh0AD/s1600/Alcano.N%C3%A1diaMaiaVasco.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpufeeiFzeEIyYKA7HzbN96Hn7X2yt16bU5GvsDDIjFSLqiKQUYwIfwdcOSngaYCa_Z19zzAj3qzmSKFvIWtNycaHTnHVKvhzovW9RYLyLQuDoviFUMfX_-1EJ8GSnatycmXpDcobU6a2iAO1PnvjBAV1nBrf7SjZ67yguNue0e_oQG_vcWMH_Z1jlh0AD/s320/Alcano.N%C3%A1diaMaiaVasco.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O Grupo Alcano, da vocalista Nádia Maia (centro), foi uma das grandes atrações do Festival de Inverno do Vasco da Gama em 1985. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo pessoal de Euclides Bezerra (Tido).</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esteve presente, a caravana do radialista </span><span style="color: #04ff00;">Ednaldo Santos</span><span style="color: #ffa400;"> da
Rádio Tamandaré, teve ainda apresentação do festival de calouros e música
popular brasileira, conjuntos musicais, como o </span><span style="color: #04ff00;">Grupo Alcano</span><span style="color: #ffa400;">, shows artísticos, feira típica,
gincanas, corrida rústica, passeio ciclístico, concurso de forró, folclores,
festival de frevo com a </span><span style="color: #04ff00;">Orquestra Popular do Recife</span><span style="color: #ffa400;">, sob o comando do
</span><span style="color: #04ff00;">maestro Ademir Araújo</span><span style="color: #ffa400;"> e o cantor </span><span><span style="color: #04ff00;">Claudionor Germano.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A coordenação do festival foi comandada por </span><span style="color: #04ff00;">Euclides Bezerra</span><span style="color: #ffa400;">, presidente
da associação e seus assessores: José Araújo Filho, Jessé Cavalcanti, Paulo
Lopes, Marcílio Minervino, Rogério Paes de Lima, todos diretores da ASCOM.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiskoVqKYjyLUcraGb-pr48l56-Bwu9NGhksHL0di9yBrgTPkvpnxKlZ0B2iepyfYFxfRt32zQBJpR8g5OPwAfHHQ9QLRnRgZwjrknL1i_uYUW7WIy27VMmrAbIfnLEN46sxdZqL_GSwm1_8bvv6fV9DBb0bWjdJxDrpqS8TwGTtwruZAC7Rf76udJ0Uyn-/s1600/5%C2%BAFestivalVascoTorneioFutebol.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1186" data-original-width="1600" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiskoVqKYjyLUcraGb-pr48l56-Bwu9NGhksHL0di9yBrgTPkvpnxKlZ0B2iepyfYFxfRt32zQBJpR8g5OPwAfHHQ9QLRnRgZwjrknL1i_uYUW7WIy27VMmrAbIfnLEN46sxdZqL_GSwm1_8bvv6fV9DBb0bWjdJxDrpqS8TwGTtwruZAC7Rf76udJ0Uyn-/s320/5%C2%BAFestivalVascoTorneioFutebol.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">As disputas esportivas na quadra esportiva do Jardim Vasco da Gama, eram bastante concorridas durante os torneios dos Festivais de Inverno. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo pessoal de Euclides Bezerra (Tido) /1985.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O 6º Festival de Inverno do Jardim Vasco da Gama (1986), aconteceu entre
os dias 2 e 10 de agosto de 1986. Foi o único festival que não foi organizado
pela Prefeitura, e sim, pelo Comitê do candidato a governador pelo PFL, José
Múcio Monteiro Filho. Na abertura do festival, cantaram para aproximadamente </span><span style="color: #ffa400;">20
mil pessoas</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Leonardo Sullivan</span><span style="color: #ffa400;"> e o </span><span style="color: #04ff00;">Quinteto Violado</span><span style="color: #ffa400;">. O festival foi um sucesso,
além das atrações esportivas, recreativas e musicais feitos pela comunidade, o
festival teve outras atrações como: o animador e radialista </span><span style="color: #04ff00;">Reinaldo Belo</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Fabiana
Pimentinha</span><span style="color: #ffa400;">, </span><span style="color: #04ff00;">Alcimar Monteiro</span><span style="color: #ffa400;"> e os conjuntos musicais </span><span style="color: #04ff00;">Som da Terra</span><span style="color: #ffa400;"> e
</span><span><span style="color: #04ff00;">Passaport.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTe9KzarKXckpHKpm25YFkWa3orrMCKQ1JPMb_jj9_JFyXpz6KIdYYJQ-WBhKcx5OdY44HgTVD-ja5VWD9bug7b74_E0REz3FJYuo8ix9cB-reRo9mvuleKWqBS1chHgm6lr7RhooLBUR-OWg9SFKIvoEX65KOGetyHQOxiP9oa_vkLeP4hs5lZg-zYP-/s798/Palha%C3%A7oMelodia.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="798" data-original-width="597" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTe9KzarKXckpHKpm25YFkWa3orrMCKQ1JPMb_jj9_JFyXpz6KIdYYJQ-WBhKcx5OdY44HgTVD-ja5VWD9bug7b74_E0REz3FJYuo8ix9cB-reRo9mvuleKWqBS1chHgm6lr7RhooLBUR-OWg9SFKIvoEX65KOGetyHQOxiP9oa_vkLeP4hs5lZg-zYP-/s320/Palha%C3%A7oMelodia.png" width="239" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Cosmo Costa (Palhaço Melodia), alegrou a criançada de seu bairro, no 8º Festival de Inverno do Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1988.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sobre o 7º Festival de Inverno do Vasco da Gama (1987), não há nenhum
registro feito pela imprensa sobre o evento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O 8º Festival de Inverno do Vasco da Gama (1988), teve pouco apoio na
liberação de verba por parte da Prefeitura da Cidade do Recife e o evento
contou com a criatividade dos organizadores da Associação Comunitária do Jardim
Vasco da Gama através de seu presidente </span><span style="color: #04ff00;">Josemir Oliveira</span><span style="color: #ffa400;">, e os
coordenadores, José Araújo Filho, Severino Lima, Ivo Marinho Júnior e a brilhante
participação de </span><span style="color: #04ff00;">Cosmo</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Costa</span><span style="color: #ffa400;"> (Palhaço Melodia) e sua trupe: Luciene
(Boneca Moranguinho), Arnaldo Barbosa (vocalista), Ismael Seabra (baterista),
Fernando Lukon (surdista), Ivanildo Seabra e Elias Santos (percurssionistas).
Ele comandou o concurso de calouros, de dublagens, de danças e nas
distribuições de brindes. O evento ainda contou com a participação do cantor e
apresentador </span><span style="color: #04ff00;">Maurício Carlos</span><span style="color: #ffa400;"> e dançarinas. E o conjunto musical </span><span><span style="color: #04ff00;">“Fruto
Selvagem”.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv-n5hRYq06lKlfkEY-4AknoV33SPD8LmFxwzyLcKbUqzVmOFKdT5hZnqh0BbDKaOD5FWFFkfHEJfMRG636OZa26DApR9HHffZUXsZH7p5Hjzy2FbkWR10q7R-D-WkXeX6gRHnK-xMXmTRJC2B2ZnR4-MhvLBEcjsLb6SnCl_WBeL41V2bHHip78ECBsok/s1600/ConcursoCalourosVasco.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1197" data-original-width="1600" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv-n5hRYq06lKlfkEY-4AknoV33SPD8LmFxwzyLcKbUqzVmOFKdT5hZnqh0BbDKaOD5FWFFkfHEJfMRG636OZa26DApR9HHffZUXsZH7p5Hjzy2FbkWR10q7R-D-WkXeX6gRHnK-xMXmTRJC2B2ZnR4-MhvLBEcjsLb6SnCl_WBeL41V2bHHip78ECBsok/s320/ConcursoCalourosVasco.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Os moradores do Vasco da Gama tiveram a oportunidade de mostrar o seu talento no Show de Calouros do Festival de Inverno. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Arquivo pessoal de Euclides Bezerra (1985).</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sobre o 9º Festival de Inverno do Vasco da Gama, (1989), não há nenhum
registro feito pela imprensa sobre o evento.</span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O 10º Festival de Inverno do Vasco da Gama (1990), organizado pela
Associação Comunitária do Jardim Vasco da Gama, em sua última edição contou com
o apoio da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, durante os nove dias. O
festival iniciou-se com a apresentação do cantor Cidinho e sua banda, além das
apresentações culturais, esportivas e recreativas na comunidade, o evento </span><span style="color: #04ff00;">teve
várias atrações</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">como:</span><span style="color: #ffa400;"> Nôzinho do Xaxado, Coruja e os seus Tangarás, Turma
do Pinguim, cantores Nei Tropical, Ed Carlos, Pajeú, Xaveco da Paraíba, Rogério
Resende, Corisco Melodia, Serginho de Olinda, Arlindo dos Oito Baixos,
além das apresentações da Orquestra Juvenil do Recife, Bloco Carnavalesco
Amante das Flores, Afoxé Alafim Oyó, Bloco Carnavalesco Clube
Abanadores do Arruda, Grupo de Danças Cleonice Veras, Orquestra Cabelo de Foto,
Grupo Musical Fantástico. No dia 1º de setembro de 1990, foi encerrado o último
festival com a apresentação do cantor </span><span><span style="color: #04ff00;">Leonardo Sullivan.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CÓRREGO DO BOTIJÃO MUDA DE NOME</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 14.473, de 26 de outubro de 1982, sancionada pelo
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Jorge Cavalcante</span><span style="color: #ffa400;">, mudou o nome do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão,</span><span style="color: #ffa400;"> passando a
ser denominado </span><span><span style="color: #04ff00;">Rua Santa Maria Goretti.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">SOCIEDADE DE DOMINÓ</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sociedade de Dominó Bons Amigos, fundada em 1º de janeiro de 1989, por
Dário Ferreira Barbosa (Presidente) e Clóvis Pereira de Sousa (Vice).
Localizada à Rua Vila Um Por Todos, Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O PROBLEMAS DOS MORROS COM AS CHUVAS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Um dos grandes problemas que afligem os moradores que moram nos morros,
encostas e córregos são as chuvas. Sempre que se aproxima o inverno é motivo
para muitas preocupações entre os moradores dos morros da Zona Norte do Recife,
onde seus bairros estão situados nessa região de grandes relevos, onde até quem
mora nas partes baixas, sofrem com as grandes enxurradas que descem dos morros,
que quando não provocam alagamentos, destroem asfaltos e casas. Já para as
pessoas que moram nos morros e em suas encostas a situação é muito mais
crítica, os deslizamentos são constantes e catastróficos. Os deslizamentos de
barreiras já causaram muitas mortes e destruições durante anos e anos, até os
dias atuais. Ainda há muitos muros de arrimo, escadarias e canalização para
serem feitos. Durante a nossa história, verificou-se que muito foi feito pelos
governos de nosso Estado e do nosso município, mas tem muita coisa a
ser feito ainda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 7 de março de 1983, um grande temporal desabou sobre o Recife e
Região Metropolitana na madrugada causando 20 desabamentos de morros e 11
mortes e dezenas de desabrigados. Sendo 3 vítimas no </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;">,
no Vasco da Gama. Onde a barreira deslizou e soterrou a casa, matando dois
jovens de 12 e 17 anos respectivamente, e sua mãe.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 9 de março de 1983, publicou uma nota à
respeito do trágico acidente do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;"> da seguinte forma:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sob forte clima emocional , os moradores da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Frederico Ozanan</span><span style="color: #ffa400;">, no
Córrego do Botijão, no Vasco da Gama, comentavam ontem o falecimento trágico
dos garotos W.P.C, de 17 anos, R.P.C, de 12 anos e sua mãe, srª S.P.N de 40
anos, em decorrência do desabamento de uma barreira que soterrou a casa às 2 da
manhã, quando chovia intensamente em toda a cidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Família querida no local, dos quatro que morava há muitos anos em uma
modesta casa, restou apenas I.P.C de 18 anos, que estava internada no Hospital
Agamenon Magalhães, para onde foi levada com várias fraturas na perna, após ter
sido retirada dos escombros pelo amigo Gilbert Correia da Silva. Os corpos das
vítimas foram sepultados no Cemitério de Santo Amaro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Surpresa</span><span style="color: #ffa400;"> – O desabamento da casa de dona S... causou surpresa a
todos os moradores da área, uma vez que, segundo comentou Rosemary Maria da
Silva, “aqui tem casas rachadas, barreiras que a qualquer hora poderão cair,
mas, infelizmente, aconteceu com a família de W..., o que veio aumentar o
pânico da população, porque se chove do mesmo jeito de ontem (anteontem),
outras pessoas serão vítimas da mesma forma. Lamentamos muito porque tratava-se
de um pessoal bom e amigo. Mas a vida é isso aí”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A situação no </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Botijão</span><span style="color: #ffa400;"> não é das melhores. Conforme
explicou Marluce Maria dos Santos, “Um engenheiro esteve aqui hoje (ontem) pela
manhã e mandou que os proprietários de várias residências procurassem se alojar
em outros locais, porque as casas estão com pequenas rachaduras e correm o
risco de cair. Como uma parte da barreira poderá ruir com as chuvas, ele achou
melhor prevenir. Além dessas, existem outros barracos no início da Rua
Frederico Ozanan em vias de desabar. Não sabemos o que a Prefeitura fará
para amenizar o problema, pois até agora (16 horas) não apareceu ninguém por
aqui”. (Finalizou).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Após 39 anos, os mesmos problemas voltaram a acontecer durantes as
chuvas, felizmente, ninguém morreu. O fato acorreu às 11 horas do dia 2 de
agosto de 2022, na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Vinte e Dois de Abril</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama. Uma barreira
deslizou e derrubou parte de uma residência, por sorte, a proprietária não
estava em casa.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antes em abril de 2011, uma barreira havia desabado no bairro e atingido
quatro casas, sem deixar vítimas. (Finalizado).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>MISSA PARA GETÚLIO VARGAS</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 24 de agosto de 1984, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), fundado por </span><span style="color: #04ff00;">Getúlio Vargas</span><span style="color: #ffa400;">, que quando era o Presidente do Brasil, cometeu suicídio, atirando com um revólver contra si. Durante as comemorações pelos 30 anos da morte do grande estadista, o </span><span style="color: #04ff00;">padre Pierre</span><span style="color: #ffa400;">, pároco da Igreja da Madre de Deus, no bairro do Recife, declarou disposto a celebrar uma missa, isso gerou uma grande polêmica, crítica e rejeição de alguns fiéis e padres, que negaram a celebrar missa a alguém que houvera cometido suicídio. Durante séculos, a igreja católica bania de quaisquer cerimonial religioso às pessoas que praticavam esse ato de atentar contra sua própria vida.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1917, a legislação canônica, promulgada pelo papa Bento XV, proibia a missa exequial (missa de corpo presente) e a sepultura eclesiástica (cerimonial religioso). Em 1983, essa legislação foi revogada pelo novo código de direito canônico, pelo papa João Paulo II, que proibe a missa exequial, mas não, a missa de 7º dia, nem as demais que porventura venha a ser solicitada. O novo código de direito canônico entrou em vigor em 27 de novembro de 1983.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O presidente regional do PTB, Ricardo Vieira Santos, que durante toda a semana havia recebido a negativa de vários clérigos da igreja, recorreu ao arcebispo de Olinda e Recife, </span><span style="color: #04ff00;">dom Helder Câmara</span><span style="color: #ffa400;">, que obedecendo o novo código canônico, autorizou a celebração, que foi realizada na data supracitada, pelo padre Pierre, na Matriz de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro, no bairro de Santo Antônio. No </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, o padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;">, também informou que iria celebrar uma missa em homenagem póstuma a </span><span style="color: #04ff00;">Getúlio Vargas</span><span style="color: #ffa400;"> na Igreja de São Sebastião. Ele, inclusive, ao ser informado pela imprensa sobre a negativa de alguns sacerdotes em oficiarem missa para um homem que tinha cometido suicídio, disse, através da Rádio Clube de Pernambuco, que estava disposto a uma celebração, onde clamaria os fiéis a muitas orações por aquela alma. (Finalizou).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbivFjGzISQCHERowidpMiT70VLMLRr2eR8fg60doCBUDxEHUk8F4JSF-cruO2oA2AjxxYO9HGjDEiKXCcpUryKjwQoFZTW98oZ8w3BKzb2aerG8eD-YGeb3-csAQVU2WaWkCPI-Yzmx7igBroCI5E_xFeNf4xXxwluTbfjiPGz7sVYwlkuzK03mqWJjJ7/s4608/BuracoAltoN.SdeF%C3%A1tima1984.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3340" data-original-width="4608" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbivFjGzISQCHERowidpMiT70VLMLRr2eR8fg60doCBUDxEHUk8F4JSF-cruO2oA2AjxxYO9HGjDEiKXCcpUryKjwQoFZTW98oZ8w3BKzb2aerG8eD-YGeb3-csAQVU2WaWkCPI-Yzmx7igBroCI5E_xFeNf4xXxwluTbfjiPGz7sVYwlkuzK03mqWJjJ7/s320/BuracoAltoN.SdeF%C3%A1tima1984.jpg" width="320" /></a></b></span></div><span><b><span style="color: #04ff00;">Vista aérea do grande buraco no Alto Nossa Senhora de Fátima, que foi a grande dor de cabeça do prefeito Joaquim Francisco.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Diário de Pernambuco/1984.</span></b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O GIGANTESCO BURACO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de outubro de 1984, A Prefeitura da Cidade do Recife anunciava
nos principais jornais da cidade, que haveria um </span><span style="color: #04ff00;">plebiscito </span><span style="color: #ffa400;">comunitário no </span><span style="color: #04ff00;">Alto
Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, no Vasco da Gama, para definir quais as principais
obras a serem realizadas naquela comunidade. Tudo porque, no meio do caminho
havia um buraco, um grande buraco, um gigantesco buraco, uma cratera imensa.
Nunca um buraco causou tanta dor de cabeça aos técnicos e engenheiros da
Prefeitura. Um buraco que deixou o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, sem saber o que
fazer, até surgir a ideia de um plebiscito.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O buraco em questão, segundo os moradores, vinha se desenvolvendo há
três anos, era apenas uma brecha na rua, o que era pequeno, foi se alastrando
durante os anos em decorrência das intensas chuvas de inverno. Aos poucos, a
erosão transformou o pequeno buraco, num imenso precipício. Para se ter uma
ideia da dimensão do problema, o buraco daria para abrigar um prédio de dez
andares.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diversos prefeitos passaram e ignoraram o problema, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo
Krause</span><span style="color: #ffa400;">, que foi um dos prefeitos que mais trabalharam no bairro, chegou a
cogitar um plano para solucionar o problema, mas, alegando falta de recursos,
acabou desistindo. No entanto, os constantes acidentes e prejuízos causados
pelo buraco, provocou uma imensa insatisfação aos moradores do Alto Nossa
Senhora de Fátima e principalmente, aos moradores da </span><span style="color: #04ff00;">Rua José Rebouças</span><span style="color: #ffa400;">,
que foram as grandes vítimas, o caso ficou insustentável. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As obras estruturais de melhorias nos morros do Vasco da Gama, fazia
parte da 5ª etapa do Programa Emergencial elaborado pela Prefeitura da Cidade
do Recife na gestão do prefeito Joaquim Francisco. O programa tinha uma
verba orçada em CR$ 230 milhões de cruzeiros para essa etapa. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 20 de outubro de 1984, deu grande destaque ao
problema do buraco que afligia os moradores da rua José Rebouças. </span><span><span style="color: #04ff00;">Segue um
trecho da publicação:</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Quando foram anunciadas as obras que seriam realizadas pela Urb, a
comunidade ficou com dúvida. Os representantes do bairro resolveram ouvir a
municipalidade que sugeriu uma eleição como o melhor caminho para destinação da
verba; tapagem do buraco ou amarração das barreiras.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ontem, segundo observação de alguns representantes, entre eles </span><span style="color: #04ff00;">Rivaldo
Francisco de Oliveira</span><span style="color: #ffa400;">, há uma tendência da comunidade no sentido de tapar o
buraco. Informou-se que nem mesmo algumas obras que foram recentemente
realizadas pela prefeitura, como o calçamento de uma das ruas, criou tanta
satisfação na comunidade com interesse de todos pela eleição pela tapagem do
buraco.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">É um </span><span style="color: #04ff00;">buraco estranho</span><span style="color: #ffa400;">, de proporções gigantescas e, que choca qualquer
observador. Tudo foi proveniente da erosão. O terreno é de barro solto, sem
argila (segundo alguns técnicos) sem sedimentos rochosos maciços e com uma
topografia bastante acidentada pelas escavações da população que construiu a
maioria das casas no alinhamento da extinta margem da rua.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A eleição para a tapagem do buraco ainda deixa os moradores
desconfiados, pois nos últimos três anos, tanto o então prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Gustavo
Krause</span><span style="color: #ffa400;">, como o atual </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;"> e até o vereador Liberato, presidente da
Câmara, nas eventuais substituições foram ao local (para faturar alguns votos)
mas nenhuma solução chegou a ser tomada, como disse dona Aparecida Lima,
adiantando que toda semana chega gente para olhar o local.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Conceição lamenta que as casas ali construídas, todas em alvenaria – uma
textura diferente dos demais morros, tenham perdido o valor e as pessoas que
residem nas proximidades procuram deixar o local, desde que o buraco começou a
afundar sem as providências das autoridades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Só resta agora confiar que a eleição mostre ao prefeito o interesse de
todos por solução efetiva aos problemas de nossa comunidade, sentenciou o líder
comunitário </span><span style="color: #04ff00;">Rivaldo Oliveira</span><span style="color: #ffa400;">, acreditando que pouca gente faltará à convocação
para a eleição. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 20 de outubro de 1984, num sábado, aconteceu o tão esperado
</span><span style="color: #04ff00;">plebiscito</span><span style="color: #ffa400;">, 1.029 moradores foram votar, 992 optaram pelo fechamento do buraco
com escoramento de barreiras e 37 moradores votaram a favor de construções de
escadarias e pavimentações de ruas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Após a votação, o secretário Extraordinário de Coordenação da Municipalidade, </span><span style="color: #04ff00;">Romero Jucá</span><span style="color: #ffa400;">,
falou na ocasião, que existia uma verba para trinta barreiras que seria
construídas pelo Projeto Emergencial e que para o </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de
Fátima</span><span style="color: #ffa400;">, havia uma verba de CR$ 230 milhões de cruzeiros para serem investidos
naquele morro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A votação aconteceu no barracão da Urb instalado no local e na igreja
católica de Nossa Senhora de Fátima em clima de festa, havia até cabos
eleitorais. O vereador </span><span style="color: #04ff00;">Carlos Eduardo</span><span style="color: #ffa400;"> acompanhou o pleito.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Depois de muito estudos de como seria feito o tal </span><span style="color: #04ff00;">reparo no buraco
gigante</span><span style="color: #ffa400;"> do Alto Nossa Senhora de Fátima pela Secretaria Extraordinária de
Coordenação da Municipalidade. A Prefeitura resolveu mudar de planos, alegando
que só a obra do buraco consumiria CR$ 170 milhões de cruzeiros do montante de
CR$ 230 milhões, destinados as obras de infraestrutura naquele Alto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura decidiu entre aterrar o buraco e realizar benfeitorias,
visando conter deslizamentos de barreiras e agravamento da situação, </span><span style="color: #04ff00;">optou-se</span><span style="color: #ffa400;">
pela construção de muros de arrimo, escadarias e canaletas para escoamento de
águas pluviais. Opção que havia sido rejeitada no plebiscito. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Quatro meses depois, a comunidade do </span><span style="color: #04ff00;">Alto Nossa Senhora de Fátima</span><span style="color: #ffa400;"> estava
em pé de guerra com a Prefeitura, porque ela havia mudado todo
planejamento de execução da obra no </span><span style="color: #04ff00;">buraco gigante</span><span style="color: #ffa400;"> da </span><span style="color: #04ff00;">Rua</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">José Rebouças</span><span style="color: #ffa400;"> e
desconsiderando o pleito realizado na comunidade no ano anterior. No dia 19 de
fevereiro de 1985, a </span><span style="color: #04ff00;">Associação de Moradores </span><span style="color: #ffa400;">do Alto Nossa Senhora de Fátima,
distribuiu uma nota aos jornais com o seguinte comunicado:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“Num plebiscito realizado no Alto, com a participação de moradores e a
Prefeitura do Recife, nós moradores opinamos que fossem realizados o reparo do
buraco, escoramentos de barreiras e escadarias, obras que a Prefeitura se negou
a fazer. Quando indicamos as obras, o sr. </span><span style="color: #04ff00;">Romero Jucá</span><span style="color: #ffa400;"> trouxe uma planta de como
seria feito o reparo, com escadaria em cima do buraco, tomando, mais uma vez, a
decisão que teria de caber ao povo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nós queremos que seja feito o reparo, mas ao invés de escadaria, que
seja feita pavimentação, porque só assim teremos </span><span style="color: #04ff00;">ônibus </span><span style="color: #ffa400;">no Alto Nossa Senhora
de Fátima”, concluiu a nota.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 25 de fevereiro de 1985, parlamentares oposicionistas do PMDB,
liderados pelo deputado </span><span style="color: #04ff00;">Sergio Guerra</span><span style="color: #ffa400;">, a convite da Associação de Moradores,
estiveram na comunidade para inspecionar a obra em questão. (Finalizou).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOjdm8_9A3CXThfkVML5iSVXIyjwVOH6eiwxDtCfOyTSzcIPVtK4_NDJC2wl4hf78zOqRY9hZt3QSrXCil5OA1sYOJhsi1wcnMeCGqTHqeEu2JS4iKw3q90R_RIy75tcL2BZHt0WbpFaK5rZPIVetF9w3-vB3nC9lFTBGu3-MZnNq_UFM4JL1tZdoq62r/s2079/DelegadoZ%C3%A9Ant%C3%B4nio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2079" data-original-width="1782" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOjdm8_9A3CXThfkVML5iSVXIyjwVOH6eiwxDtCfOyTSzcIPVtK4_NDJC2wl4hf78zOqRY9hZt3QSrXCil5OA1sYOJhsi1wcnMeCGqTHqeEu2JS4iKw3q90R_RIy75tcL2BZHt0WbpFaK5rZPIVetF9w3-vB3nC9lFTBGu3-MZnNq_UFM4JL1tZdoq62r/s320/DelegadoZ%C3%A9Ant%C3%B4nio.jpg" width="274" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O delegado Zé Antônio, foi o delegado mais atuante no bairro do Vasco da Gama e na região de Casa Amarela. Sua fama, o fez levar a Câmara Municipal do Recife durante quatro mandatos. </span><span style="color: #ffa400;">Imagem reproduzida do youtube.</span><br /></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O XERIFE DO VASCO DA GAMA</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">José Antônio da Silva</span><span style="color: #ffa400;">, nasceu em Nazaré da Mata-PE em 1940. Aos 17 anos, veio morar no Recife. Ele contou que já foi vendedor de bonbons, foi servente de pedreiro, vigia e depois com os estudos, chegou a ser o famoso delegado </span><span style="color: #04ff00;">Zé Antônio</span><span style="color: #ffa400;">, como ficou conhecido em Casa Amarela. No final dos anos de 1980, foi delegado do bairro do Vasco da Gama,sendo muito atuante no combate a criminalidade na comunidade e em toda região de Casa Amarela. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com todo prestígio adquirido como delegado, em 1993 ingressou na política sendo eleito quatro vezes vereador (1993 à 2008). Atualmente, é delegado especial aposentado e presidente do Centro Social Maria Joana da Silva, que foi criado por ele e que funciona desde 1993, na Rua Vasco da Gama, 951. O Centro presta orientação jurídica à comunidade. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>A RUA DO PADRE SEVERINO</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a morte do padre </span><span style="color: #04ff00;">Severino Santiago</span><span style="color: #ffa400;"> em abril de 1991, era um anseio
da comunidade do Vasco da Gama, homenageá-lo com algo que perpetuasse o seu
nome, já que o pároco permaneceu a frente da </span><span style="color: #04ff00;">Paroquia de São Sebastião</span><span style="color: #ffa400;"> durante
36 anos. O povo pleiteou junto a Prefeitura, que fosse dado a uma rua do
bairro, o nome do santo padre. O prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Gilberto Marques Paulo</span><span style="color: #ffa400;">,
prometeu que atenderia ao pleito da comunidade e sancionou a Lei Nº 15.495 em
26 de outubro de 1991 com a seguinte descrição: “Denominar-se-á Padre Severino
Santiago, um logradouro a ser inaugurado no bairro do Vasco da Gama”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Acontece que se passaram oito anos e nenhuma rua foi aberta, nem teve o
nome alterado. O pleito da comunidade só foi atendido durante a gestão do
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Roberto Magalhães</span><span style="color: #ffa400;"> que sancionou a Lei Nº 16.617, em 28 de dezembro de
2000, mudando o nome da rua do Carroceiro para a rua com o nome do padre,
todavia, veio à tona uma questão. A rua não poderia ser denominada rua Padre
Severino Santiago, apenas </span><span style="color: #04ff00;">Rua Padre Severino</span><span style="color: #ffa400;">, tudo porque, a comunidade da
</span><span style="color: #04ff00;">Macaxeira</span><span style="color: #ffa400;">, já havia colocado o nome de uma de suas artérias de Rua Padre
Severino Santiago, onde o padre também era bastante querido, pois ele era um
pároco que trabalhava não só no Vasco da Gama, como em todas as comunidades de
Casa Amarela. A comunidade do Vasco da Gama, teve que se contentar com a
humilde rua do Padre Severino.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNgjb4be9r75vCZ2PwhQcmQUJk_SnOuDUCCzg0qBsuw4rDtiredBX6BbskEk0CFQpBzLueXOr2kn2M2aCEkijxjM2S-hChAvz2jNPU3dq7MwSHeWtOl-OxyUQwx1fxMMkWRlFjQvZOKvby_vrERCfsIqG10_olWpCigqsBIrc2pRisF7Pk3oimx2124yFc/s320/CarmeloBartolomeu%20e%20aluna.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="250" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNgjb4be9r75vCZ2PwhQcmQUJk_SnOuDUCCzg0qBsuw4rDtiredBX6BbskEk0CFQpBzLueXOr2kn2M2aCEkijxjM2S-hChAvz2jNPU3dq7MwSHeWtOl-OxyUQwx1fxMMkWRlFjQvZOKvby_vrERCfsIqG10_olWpCigqsBIrc2pRisF7Pk3oimx2124yFc/s1600/CarmeloBartolomeu%20e%20aluna.jpg" width="250" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Maestro Carmelo Bartolomeu e uma aluna, com uniformes da Banda da
Fundação Guararapes, composta por estudantes da Escola Vasco da Gama.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>A TRISTE DESPEDIDA DO MAESTRO CARMELO BARTOLOMEU</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em novembro de 1998, os alunos e ex-alunos da </span><span style="color: #04ff00;">Escola Municipal Vasco da
Gama</span><span style="color: #ffa400;">, receberam com grande tristeza a notícia da morte do professor e
maestro </span><span style="color: #04ff00;">Carmelo Bartolomeu da Silva,</span><span style="color: #ffa400;"> aos 50 anos de idade. O maestro, reagiu a
um assalto e foi assassinado a tiros. A morte do maestro Carmelo
Bartolomeu, comoveu toda a comunidade do Vasco da Gama, ele, que na década de
1980, desenvolveu um trabalho espetacular na Escola Municipal Vasco da Gama,
integrante da </span><span style="color: #04ff00;">Fundação Guararapes</span><span style="color: #ffa400;">. Transformou a vida de dezenas de alunos que
integravam a banda marcial da escola, onde muitos, tornaram-se músicos
profissionais, graças ao empenho, dedicação e profissionalismo do grande
mestre.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Tudo começou durante um desfile de 7 de setembro, no Centro do Recife,
onde o recém presidente da Fundação Guararapes, </span><span style="color: #04ff00;">João Francisco de Souza</span><span style="color: #ffa400;">,
durante o desfile estudantil que antecedia o desfile dos militares, ficou
encantado com o desfile do </span><span style="color: #04ff00;">Colégio Santa Maria</span><span style="color: #ffa400;">, de Boa Viagem, pelas
vestimentas luxuosas, harmonia e todo o glamour de uma verdadeira banda marcial
estudantil, sob a regência do maestro </span><span><span style="color: #04ff00;">Carmelo Bartolomeu.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Por outro lado, as escolas da rede municipal e estadual de ensino,
apesar do grande entusiasmo de seus alunos, se apresentavam com calças jeans e
os uniformes usuais, o que causava um certo constrangimento frente as escolas
particulares.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante da situação, João Francisco, resolveu implantar um projeto de
modernização da Banda Marcial da Fundação Guararapes. Foi contactado o
professor e maestro </span><span style="color: #04ff00;">Carmelo Bartolomeu</span><span style="color: #ffa400;"> para organizar e preparar os alunos na
formação da banda. A Banda Marcial da Fundação Guararapes, foi formada por
alunos das </span><span style="color: #04ff00;">escolas municipais</span><span style="color: #ffa400;"> Maria Sampaio de Lucena, do Ibura e Vasco da
Gama, de Casa Amarela. Esta última, que fazia parte da </span><span style="color: #04ff00;">Fundação Guararapes
</span><span style="color: #ffa400;">desde sua </span><span style="color: #04ff00;">criação</span><span style="color: #ffa400;"> em 1º de fevereiro de 1965.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No começo, não foi fácil. Com o apoio do presidente da fundação,
Carmelo, mostrou às autoridades da Prefeitura do Recife, que as bandas marciais
do município do Recife tinham potencial para desempenhar com dignidade suas
funções sociais, educacionais e artísticas, não só no município, como em
qualquer outro lugar do cenário nacional. O professor </span><span style="color: #04ff00;">Carmelo Bartolomeu</span><span style="color: #ffa400;">, montou
uma estratégia pedagógica com seus alunos mais experientes para trabalhar a
performance instrumental e artística daqueles alunos que estavam iniciando na
execução das cornetas e instrumentos de percussão. Com um trabalho árduo para
todos os envolvidos no processo de formação, </span><span style="color: #04ff00;">os ensaios</span><span style="color: #ffa400;"> tanto da banda marcial
Maria Sampaio como da banda marcial Vasco da Gama eram intensos. Havia
semanalmente e nos finais de semana, mas com muita cautela para não prejudicar
os estudos dos alunos no ensino regular.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante da continuidade dos trabalhos artísticos das bandas Maria Sampaio
e Vasco da Gama, o professor Carmelo Bartolomeu junto aos alunos e todos os
envolvidos conseguiu muitos benefícios para desempenho da banda, tais como:
novos instrumentos, uniforme de destaque para a banda, que foi confeccionado em
</span><span style="color: #04ff00;">São Paulo</span><span style="color: #ffa400;"> pela estilista </span><span style="color: #04ff00;">Lina Fernandes</span><span style="color: #ffa400;">; estandarte, jogo de bandeiras
para a escola, sala para guardar os instrumentos da banda, material de
manutenção, pessoas para assessorar no trabalho de formação dos alunos
contratados pela Fundação Guararapes (monitor).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">uniforme da banda</span><span style="color: #ffa400;"> que veio de São Paulo, tinha muita pompa e
chamou muito a atenção do público por ser um uniforme diferenciado para o que
era de praxe naquela época no nordeste brasileiro, pois usavam uniformes
chamados de “esquente ou moleton”. O uniforme, era uma novidade para os
integrantes da banda que se sentiram lisonjeados e orgulhosos ao vivenciar um
momento de transformação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante a gerência do maestro Carmelo Bartolomeu, as bandas marciais </span><span style="color: #04ff00;">Maria Sampaio de Lucena</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;"> trabalhavam em conjunto, ou
seja, as solicitações que eram feitas para uma eram feitas para a outra também.
O repertório executado era igual para ambas, porque em muitas ocasiões as duas
bandas se transformavam em uma só, nos principais encontros e eventos de
destaque do nosso Estado e fora dele.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As grandes apresentações da Banda Marcial da Fundação Guararapes,
representadas por alunos das escolas Maria Sampaio Lucena e Vasco da Gama,
aconteceram no </span><span style="color: #04ff00;">Ginásio do Geraldão</span><span style="color: #ffa400;">, na Imbiribeira, promovido pelo Comando
Militar do Nordeste no Encontro de Bandas e Fanfarras, que acontecia todos os
anos. </span><span style="color: #04ff00;">Fora do Estado</span><span style="color: #ffa400;">, a banda se apresentou no Encontro de Bandas e Fanfarras
em São Paulo; em Camaçari, na Bahia; no Rio de Janeiro e em outras pequenas
cidades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de dezembro de 1988, a Banda Marcial da Fundação Guararapes,
participou de um concerto natalino no </span><span style="color: #04ff00;">Teatro Santa Izabel</span><span style="color: #ffa400;">, algo que jamais
havia acontecido, pois a administração do teatro alegava que o local não era
adequado para uma banda marcial, pois seu som estridente poderia danificar os
lustres do teatro. Resolvido o impasse, e sem causar nenhum dano aos lustres, a
banda marcial fez uma apresentação impecável, sob a regência do maestro </span><span style="color: #04ff00;">Carmelo
Bartolomeu</span><span style="color: #ffa400;">, que dividiu o palco com os regentes adjuntos Marcos Antônio Galdino
e Carlos César Pereira. A banda executou sucessos de Bach, Mozart, além de La
Bamba, dos Los Lobos e Asa Branca de Luiz Gonzaga entre outras.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Por todo esse trabalho executado e pela valorização dos alunos da escola
Vasco da Gama, é que a morte do professor e maestro Carmelo Bartolomeu da Silva,
causou tanta comoção na comunidade.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-tcz8hC7TudQhyMYnSpje9ssw0k53doSJwr3Hd61MbXmyzBIFHiqR-DMaaufvwGDJOrfDLoo7HR9KDFyYbOj18JAAM6_60kQ4FS-Aurm2VL6KI5JC6GKQMWxu046-mWvy4fpDddnzv4idq__pEWmlNkuWrrb0R8uVvgl-K-1u0YbydESuXCtY_6_OyfaK/s320/MaestroCarmelo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="142" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-tcz8hC7TudQhyMYnSpje9ssw0k53doSJwr3Hd61MbXmyzBIFHiqR-DMaaufvwGDJOrfDLoo7HR9KDFyYbOj18JAAM6_60kQ4FS-Aurm2VL6KI5JC6GKQMWxu046-mWvy4fpDddnzv4idq__pEWmlNkuWrrb0R8uVvgl-K-1u0YbydESuXCtY_6_OyfaK/s1600/MaestroCarmelo.jpg" width="142" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O assassinato do professor Carmelo Bartolomeu, causou grande comoção aos
alunos da Escola Vasco da Gama.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de novembro de 1998, o deputado </span><span style="color: #04ff00;">Gilberto Marques Paulo</span><span style="color: #ffa400;">, subiu
à tribuna na Assembleia Legislativa para se pronunciar sobre seu voto de
pesar pelo falecimento do professor Carmelo Bartolomeu:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O professor Carmelo, como era artística e popularmente conhecido, deixa
uma grande laguna na vida de seus familiares e da Cidade do Recife.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Dotado de um versátil e irrequieto talento musical, logo cedo, se
revelou um grande mestre, preparando jovens e adolescentes em várias escolas,
com </span><span style="color: #04ff00;">destaque:</span><span style="color: #ffa400;"> Escola Maria Sampaio de Lucena, Escola Vasco da Gama, Escola
Santa Maria e Colégio Boa Viagem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> De espírito alegre e disponível, por vários anos, esteve à frente
da Banda Marcial da Fundação Guararapes, emprestando-lhe harmonia e garbo nos
grandes desfiles históricos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sempre que solicitado, esteve presente aos vários eventos realizados
pela Prefeitura da Cidade do Recife, nas ruas do Recife antigo, ou onde se
fizesse necessária à sua incansável participação: Carnaval, Dançando Recife e
festas de fim de ano. Sua morte trágica e brutal é mais um pesadelo e um grito
de revolta diante da insegurança e violência, com que se depara o indefeso
cidadão no seu dia a dia sob a tutela de um Estado importante e desamparado
para combatê-las.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Espero que esta Casa Legislativa acolha o presente requerimento como um
voto de pesar e protesto por esta e outras degradantes cenas de homicídios que
enlutam a vida de centenas de famílias em nosso Estado. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O PRIMEIRO CASO DE CORONAVÍRUS NO VASCO DA GAMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 31 de dezembro de 2019, cientistas chineses detectam a existência
do vírus.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 7 de janeiro de 2020, autoridades sanitárias chinesas identificam
o agente etiológico dessa síndrome respiratória grave como sendo um
coronavírus, doença denominada Covid-19. Após a divulgação das autoridades
chinesas, o coronavírus se alastrou-se pelo mundo, causando pavor e medo.
Dava-se início, a maior pandemia do século.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 12 de março de 2020, foi diagnosticado o primeiro caso de
covid-19 em Pernambuco. Um casal de idosos, moradores do bairro de Boa Viagem,
que vieram de Roma.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 20 de março de 2020, uma mulher moradora do bairro do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco
da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, que teve seu nome e endereço não divulgado, foi atendida pelo Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), numa tarde de quinta-feira (20) com
suspeitas de coronavírus, que depois veio a ser confirmado. A paciente
sofreu desmaio e cianose (sinais de falta de oxigenação no sangue), apresentava
ainda, febre, tosse e falta de ar. Ela foi encaminhada para uma policlínica no
Recife e depois removida para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro
do Cordeiro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Até o dia 27 de março de 2023, quando estávamos concluindo este
trabalho, Pernambuco registrava 1.122.012 casos confirmados e 22.576 óbitos. No
Brasil, 699.634 pessoas haviam falecido, vítima da covid-19.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span></b><span style="color: #ffa400;"> <b>Jânio Odon/BLOG VOZES DA ZONA NORTE.</b> </span></span><b><span style="color: #ffa400;">(DIREITOS RESERVADOS)</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span></b><span style="color: #ffa400;"> <b>Diário de Pernambuco, Diário Oficial do Estado de PE, Jornal
do Comércio/Recife, Jornal Pequeno, Jornal A Província, Jornal Última Hora,
Folha de Pernambuco, Revista O Cruzeiro, Arquivo Público de Pernambuco, CEPE
(Companhia Editora de Pernambuco), Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro
(bndigital.bn).</b><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>Agradecimentos as pessoas do bairro do Vasco da Gama, que muito contribuíram para que este trabalho se realizasse da melhor forma possível:</b></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><b>Euclides Bezerra de Almeida Filho (Tido) - Ex-presidente da Associação de Moradores do Jardim Vasco da Gama.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;"><b>Carlos Alberto Celestino de Assis (Carlinhos do Urso) - Presidente do Bloco "O Urso do Teu Pai".</b></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;"><b>Conceição Correia dos Santos (Ceça)</b></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #04ff00;"><b>VASCO DA GAMA EM FOCO</b></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; color: #04ff00; text-align: center;"><span><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivcp8tEH4FVHd6IP3ieE2Rc-HzqXQNOljxKfJQ10dCBzQ4mCvD95HoDT7f3vKa9S3LKq4dCHRKjwHQktiCULKyHAVqyKk0fPEX2rJG_Kkwm-tur5WN_BdpOCYUs8l9AV2j91cskbMg-wybY8qEwdLM3RhxaV0au5BuOgQDA2S8-H3qKyqg9u7Pe-MBGh7J/s1062/SedeKengasVasco2011.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1062" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivcp8tEH4FVHd6IP3ieE2Rc-HzqXQNOljxKfJQ10dCBzQ4mCvD95HoDT7f3vKa9S3LKq4dCHRKjwHQktiCULKyHAVqyKk0fPEX2rJG_Kkwm-tur5WN_BdpOCYUs8l9AV2j91cskbMg-wybY8qEwdLM3RhxaV0au5BuOgQDA2S8-H3qKyqg9u7Pe-MBGh7J/s320/SedeKengasVasco2011.png" width="217" /></a></span></span></div><span><span><span style="color: #04ff00;">Sede do Troça Carnavalesca "Kengas do Vasco" em 2011. </span><b><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2011.</span></b></span></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; color: #ffa400; text-align: center;"><span><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6qj3RSE__OBnzOaiNWlFMPoAg_fMz9KlyMxUEA3MVBnpb4zGDCEooyy_Kf4egDTbk5vKCSbnjKwL97EFybst-lkh62DF_fR99eW6tzvkoU8-USzuVIkuKM7sNFBS_7E7LeYh2UhRo8WNwQUSdWP_RWSArLv0sZqwcqxMnuUz3SYHFo3sG3sPDvjI4euUY/s4608/original_1508f981-7ffb-40e6-a32d-ec84d5b5a562_IMG_20230715_131102460.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3349" data-original-width="4608" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6qj3RSE__OBnzOaiNWlFMPoAg_fMz9KlyMxUEA3MVBnpb4zGDCEooyy_Kf4egDTbk5vKCSbnjKwL97EFybst-lkh62DF_fR99eW6tzvkoU8-USzuVIkuKM7sNFBS_7E7LeYh2UhRo8WNwQUSdWP_RWSArLv0sZqwcqxMnuUz3SYHFo3sG3sPDvjI4euUY/s320/original_1508f981-7ffb-40e6-a32d-ec84d5b5a562_IMG_20230715_131102460.jpg" width="320" /></a></span></span></div><span><span><span><b><span style="color: #04ff00;">Troça Carnavalesca "O Urso do Teu Pai" desfilando na Rua Vasco da Gama em 1995. </span><span style="color: #ffa400;">Fotos: 1, 2, 3 e 4 (Arquivo pessoal de Carlinhos do Urso).</span></b></span></span></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span><span style="color: #04ff00;"></span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><span><span style="color: #04ff00;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsUZWotdMUZxiWtLcBTPU23_L2RtsNbE-qjwbwJ7H92Cm5VJxM1t6N0BXagGKonzNGdZ9JvPEa3FTqGgMGr4MGcvJK9sfCeHfbD9Bx5H5tEVrcAB-cNuLbgOSOsBU-oxg-neFQLt3QUU_9udJMOn-ZghB2nWiMW2Ox1JpmDdrgFWr_GhImye8vvNklABG5/s4608/original_4e4c8683-a833-4f79-ab01-fc7b1fe75418_IMG_20230715_131132021.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3305" data-original-width="4608" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsUZWotdMUZxiWtLcBTPU23_L2RtsNbE-qjwbwJ7H92Cm5VJxM1t6N0BXagGKonzNGdZ9JvPEa3FTqGgMGr4MGcvJK9sfCeHfbD9Bx5H5tEVrcAB-cNuLbgOSOsBU-oxg-neFQLt3QUU_9udJMOn-ZghB2nWiMW2Ox1JpmDdrgFWr_GhImye8vvNklABG5/s320/original_4e4c8683-a833-4f79-ab01-fc7b1fe75418_IMG_20230715_131132021.jpg" width="320" /></a></span></span></span></div><p></p><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Y58E11Oo8HvBGYuKnvO2KoI_vAX5eLBVPwdtK8w7YKh8VYcelnX0V7kdAqSR5yyqrYb5EntnSnqasJrV4LScRlBtW21GpRRZMDUkK2J6sRxuXqeuLBD8PALyGTE6qrFRmViA5oQYJisQHKUYv3vVRrIJHK3eCtiSsMkm7iQWjJADpbGcZKvEfZLUlqMx/s4608/original_45af3308-683d-45ac-b7f3-6be7bf0ecbbc_IMG_20230715_131211712.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3314" data-original-width="4608" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Y58E11Oo8HvBGYuKnvO2KoI_vAX5eLBVPwdtK8w7YKh8VYcelnX0V7kdAqSR5yyqrYb5EntnSnqasJrV4LScRlBtW21GpRRZMDUkK2J6sRxuXqeuLBD8PALyGTE6qrFRmViA5oQYJisQHKUYv3vVRrIJHK3eCtiSsMkm7iQWjJADpbGcZKvEfZLUlqMx/s320/original_45af3308-683d-45ac-b7f3-6be7bf0ecbbc_IMG_20230715_131211712.jpg" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p></blockquote><div align="center"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 0cm; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184;"><tbody><tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="padding: 0cm;">
</td>
</tr>
</tbody></table>
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHzAnUxkAK-1mUnUNeQdnJ70Y88Nv1R9ZBBgElXh9sp0FhFgbNFmki1YgPhSDqcafrW9X0QkzFyQXDn_gqq12E14QupgHEMxXK0yG9jafQhQzUvTfUwh972elCYZ7gV_kjiofsZ_ylyhsiK2Hh7Ks0TgX-U7BZov3svk0yESiGVz8PWulyy9roY3DOFVez/s4608/IMG_20230715_131553736.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHzAnUxkAK-1mUnUNeQdnJ70Y88Nv1R9ZBBgElXh9sp0FhFgbNFmki1YgPhSDqcafrW9X0QkzFyQXDn_gqq12E14QupgHEMxXK0yG9jafQhQzUvTfUwh972elCYZ7gV_kjiofsZ_ylyhsiK2Hh7Ks0TgX-U7BZov3svk0yESiGVz8PWulyy9roY3DOFVez/s320/IMG_20230715_131553736.jpg" width="240" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="color: #04ff00;">Escudo do Treze do Vasco</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVFw8SqB_ufinvKXBkB9ZPKFSkh8qoi8x_7gErYjV5FBbW6xYItgnPl_lGM9lxnbM1_gzFmjKDphl6n1cqW0A1l4zV6SDHxsBTcMiHw8ZbNtof70oQygCrt2ln2ZMvL4RbmaRBH8n81CW3blVhbxxzys4SXomcxCYNKncaDwmHz7EE5j4RQKRPRNmdcliX/s1409/Elei%C3%A7%C3%A3oAssocia%C3%A7%C3%A3oVasco1980.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1151" data-original-width="1409" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVFw8SqB_ufinvKXBkB9ZPKFSkh8qoi8x_7gErYjV5FBbW6xYItgnPl_lGM9lxnbM1_gzFmjKDphl6n1cqW0A1l4zV6SDHxsBTcMiHw8ZbNtof70oQygCrt2ln2ZMvL4RbmaRBH8n81CW3blVhbxxzys4SXomcxCYNKncaDwmHz7EE5j4RQKRPRNmdcliX/s320/Elei%C3%A7%C3%A3oAssocia%C3%A7%C3%A3oVasco1980.jpg" width="320" /></a></div><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">Votação da Associação de Moradores do Jardim Vasco da Gama na década de 1990. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Euclides Bezerra (Tido).</span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6TwiUyM_0FiaYVDp1E827VdW0CynyE3mBEcrvzvVECqSeXTXJVRIeUUo9KApkfJD4uTm5x-INHflOEnwu-_qggSdbIJwySlIf1ZS8oLk1PD3cDwkHIN_S1C7HatkjUpSxzH-zhrBuG0NkNzXXAOR4JpMTyUT9EtR0L9-XDn18hpk9m3wmp_aEF84LNg7J/s1560/QuadraVasco1980.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1135" data-original-width="1560" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6TwiUyM_0FiaYVDp1E827VdW0CynyE3mBEcrvzvVECqSeXTXJVRIeUUo9KApkfJD4uTm5x-INHflOEnwu-_qggSdbIJwySlIf1ZS8oLk1PD3cDwkHIN_S1C7HatkjUpSxzH-zhrBuG0NkNzXXAOR4JpMTyUT9EtR0L9-XDn18hpk9m3wmp_aEF84LNg7J/s320/QuadraVasco1980.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="color: #04ff00;">Quadra do Jardim Vasco da Gama na década de 1990. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Euclides Bezerra (Tido).</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="color: #ffa400;"><br /></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyg61fEJgZWk_o-kO9EvHWXoxgk1u_uAlwJ5a1DSQSipUgRYjng8PsbfRL7xJ_W76EN-GCaUZm6QY3C6Jt6QxUjR3r35gu0hkcsqcYt4HFZ66PtUrJpDpPRTqV219oiMO_YoXXYpXWTOtA2pdZNGucPy4NIcv9Mo_Ifhwx5l-GP4SsQf95HFWlrkYG7bkG/s2036/GustavoKrause.abreFestival.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2036" data-original-width="1595" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyg61fEJgZWk_o-kO9EvHWXoxgk1u_uAlwJ5a1DSQSipUgRYjng8PsbfRL7xJ_W76EN-GCaUZm6QY3C6Jt6QxUjR3r35gu0hkcsqcYt4HFZ66PtUrJpDpPRTqV219oiMO_YoXXYpXWTOtA2pdZNGucPy4NIcv9Mo_Ifhwx5l-GP4SsQf95HFWlrkYG7bkG/s320/GustavoKrause.abreFestival.jpg" width="251" /></a></div><span style="color: #04ff00;">O governador Gustavo Krause discursando durante a abertura do 5º Festival de Inverno do Vasco da Gama em 1985. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco.</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="color: #ffa400;"><br /></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmHGUrutMHo6zjPfhABmTakIoTx5EKonYTJdZvO0cPWrShlJ-VKl8W9MEbjUib4eEYlqN65lWSXwaXmbAF9t9aJ6fqneYOoaLFfhXjO596fluDqDK5g0p-KKYY2ZSrJC3PzzsxleaaVhArewlE-bZoTnUKYtlptofsILsXzLVd9BGSP53SaVNhpc1gbw7w/s939/Screenshot_20230709-001743~2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="939" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmHGUrutMHo6zjPfhABmTakIoTx5EKonYTJdZvO0cPWrShlJ-VKl8W9MEbjUib4eEYlqN65lWSXwaXmbAF9t9aJ6fqneYOoaLFfhXjO596fluDqDK5g0p-KKYY2ZSrJC3PzzsxleaaVhArewlE-bZoTnUKYtlptofsILsXzLVd9BGSP53SaVNhpc1gbw7w/s320/Screenshot_20230709-001743~2.png" width="245" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Igreja Nossa Senhora de Fátima, no Alto que leva o nome da santa, antigo Alto da Foice. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2023.</span></b><div><span style="color: #ffa400;"><b><br /></b></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; color: #ffa400; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcMdylc37iRy3EcLpUnZ_kAXZhpaCSNh6VeyEIyfeOVr283uM_Q22kMsY6N1xa49KK6Muy90tmZgY66LEMzKsTlX9me5NiJHKF_G-vwY7bNeO8yY-o63xtjFo6HKuVheNKg8Ret4v7wMoI3wWkTySwHjmRTyDFT8JWdll9nkOByVLUnaY2T6ouIlOQRKZE/s720/Screenshot_20220915-130137.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="429" data-original-width="720" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcMdylc37iRy3EcLpUnZ_kAXZhpaCSNh6VeyEIyfeOVr283uM_Q22kMsY6N1xa49KK6Muy90tmZgY66LEMzKsTlX9me5NiJHKF_G-vwY7bNeO8yY-o63xtjFo6HKuVheNKg8Ret4v7wMoI3wWkTySwHjmRTyDFT8JWdll9nkOByVLUnaY2T6ouIlOQRKZE/s320/Screenshot_20220915-130137.png" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Igreja Santa Maria Goretti, outro Alto que leva o nome da santa, antigo Alto do Botijão. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Google/2023.</span></b></div><div><span style="color: #ffa400;"><b><br /></b></span></div><div><span><div class="separator" style="clear: both; color: #ffa400; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinWcjmabINsG6XbgsZAMtH5ARXVTSeeJJ1YqzwQAOGj54RL-bUcYWRyWoyHPYhxBiZAwV9okbwT3AbJLiDfJvVUxoPFkR5TGjAZv7j5cQPZ9ZNHKNm4QcnQzUQsJTnizFpwKQWT_MnSaM7vN9wHe3fRTj-DgJ7Oc9I-7UbatrndrVLt3a5cq23fQYv6wTW/s4608/IMG_20230715_110059031_HDR.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinWcjmabINsG6XbgsZAMtH5ARXVTSeeJJ1YqzwQAOGj54RL-bUcYWRyWoyHPYhxBiZAwV9okbwT3AbJLiDfJvVUxoPFkR5TGjAZv7j5cQPZ9ZNHKNm4QcnQzUQsJTnizFpwKQWT_MnSaM7vN9wHe3fRTj-DgJ7Oc9I-7UbatrndrVLt3a5cq23fQYv6wTW/s320/IMG_20230715_110059031_HDR.jpg" width="320" /></a></div><span><b><span style="color: #04ff00;">Atual Paróquia de São Sebastião, na Rua Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Fotos: 10, 11 e 12 - Jânio Odon/VZN/15.7.2023.</span></b></span></span></div><div><span><b style="color: #ffa400;"><br /></b></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDP7YeYg9ZVQlT5RXWUiyZA9WZ1VYaXG2vOVYK2BeWePHjcvj4cXU2Tm1XHDXrKTODRYFV0dP1CFITZ2PNvC_M-nBPEagiOEPl2ibQs1NY5zSoPCqusdefjNI3NheFpqiutOOFc9frO-dsto2pARtbzlP2szYDltnBb2MU9cCaQRu40MegsmLNy4eu5RGT/s4608/IMG_20230715_100801431_HDR.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDP7YeYg9ZVQlT5RXWUiyZA9WZ1VYaXG2vOVYK2BeWePHjcvj4cXU2Tm1XHDXrKTODRYFV0dP1CFITZ2PNvC_M-nBPEagiOEPl2ibQs1NY5zSoPCqusdefjNI3NheFpqiutOOFc9frO-dsto2pARtbzlP2szYDltnBb2MU9cCaQRu40MegsmLNy4eu5RGT/s320/IMG_20230715_100801431_HDR.jpg" width="240" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Entrada do Vasco da Gama, no cruzamento com a Rua Padre Lemos com a Avenida Norte.</b></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9a5xVVVBMlikAmbq-gqkm0wK7Wbe1GIvLVph14AzcegYTaTWRFjexHRj3F0cBOul3y5JvpNQuWyIrzkr6F0rzsYMBkWLwgZboycPrnGv2cJA5o9ECUTwRZQ8JEhxdN_of6qlRBpbMzvPTp_IPeebvjI_rTDig3UdFhJLvGIOUZHpMgxTcw-9a-8H3mott/s720/original_ea46ee54-4b7b-46ef-a75f-d5632388deeb_Screenshot_20230716-224211.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" data-original-height="537" data-original-width="720" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9a5xVVVBMlikAmbq-gqkm0wK7Wbe1GIvLVph14AzcegYTaTWRFjexHRj3F0cBOul3y5JvpNQuWyIrzkr6F0rzsYMBkWLwgZboycPrnGv2cJA5o9ECUTwRZQ8JEhxdN_of6qlRBpbMzvPTp_IPeebvjI_rTDig3UdFhJLvGIOUZHpMgxTcw-9a-8H3mott/s320/original_ea46ee54-4b7b-46ef-a75f-d5632388deeb_Screenshot_20230716-224211.png" width="320" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Praça do Jardim Vasco da Gama, onde foram realizados os festivais de inverno.</b></span></div><div><span style="color: #04ff00;"><b><br /></b></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1oB1FWSSYN502ifigOepyDFEhTqSiboEihmsc1ShybsPI0BAtiU5eapSDvh2MWuXx3fUNXN-DXAEvOvoE5d4nYX7xJWGl9M5IGyy25aVqLL5gKriT1lAKvn2P6Nld9BTijofL9JWLGEXav9bYbjIfQpQZKJoPCVCP8TJ-4ebfbpXIaY2hYig8DXaYtqAf/s900/VascodaGama.A%C3%A9reo2021.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1oB1FWSSYN502ifigOepyDFEhTqSiboEihmsc1ShybsPI0BAtiU5eapSDvh2MWuXx3fUNXN-DXAEvOvoE5d4nYX7xJWGl9M5IGyy25aVqLL5gKriT1lAKvn2P6Nld9BTijofL9JWLGEXav9bYbjIfQpQZKJoPCVCP8TJ-4ebfbpXIaY2hYig8DXaYtqAf/s320/VascodaGama.A%C3%A9reo2021.jpg" width="256" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Imagem aérea do Vasco da Gama. </span><span style="color: #ffa400;">Crédito: Iggor Gomes/2021. </span></b><br /><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p></div></div>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-53684855231418544062023-01-25T20:13:00.040-03:002023-06-03T06:07:37.278-03:001950 - Cadê a Praça da Convenção de Beberibe?<h1 style="text-align: left;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT9CCAVgdTvrxjkAS2EJhLakTwaqCPw05a1hnasdP09WmPFiyluzEc9kTAklP0HoPCzJJn5fQ7JyxmV1PbTSG15rftOaxC1KOYWi3-Q2EECm8h3KOLf2T_k4T0_8hriUm7gpEU60nPumHd5nXge_uffZoKNyaWPPIq5nct1m9q5cBgsOw04OBS0l1E-g/s2999/IMG_20181113_101241837~2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="2999" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT9CCAVgdTvrxjkAS2EJhLakTwaqCPw05a1hnasdP09WmPFiyluzEc9kTAklP0HoPCzJJn5fQ7JyxmV1PbTSG15rftOaxC1KOYWi3-Q2EECm8h3KOLf2T_k4T0_8hriUm7gpEU60nPumHd5nXge_uffZoKNyaWPPIq5nct1m9q5cBgsOw04OBS0l1E-g/w400-h180/IMG_20181113_101241837~2.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #04ff00; font-size: medium; text-align: justify;">Praça da Convenção de Beberibe em 1962. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; text-align: justify;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; text-align: justify;">A Praça da
Convenção sempre foi a referência do bairro de Beberibe, zona norte do Recife.
No século XIX e início do século XX, Beberibe era um lugar aprazível, de clima
agradável e lugar de veraneio, onde as pessoas abastadas vinham passar os
finais de semana e férias em seus casarões, chácaras e sítios. A partir da
Revolução de 1930 e a criação do Serviço Social contra o Mocambo no Governo de
Agamenon Magalhães, que eliminou os mocambos do centro da cidade trazendo a
população pobre para a periferia, onde conquistaram os morros, córregos e
alagados. As constantes cheias e a poluição catastrófica do Rio Beberibe, além
do desmatamento degradante das matas da região e a falta da ação do Estado, fez
com que Beberibe se tornasse um bairro decadente.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Em 14 de setembro de 1933, no Instituto Arqueológico de Pernambuco, o
</span><span style="color: #04ff00; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">jornalista Mário Melo</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="color: #ffa400;">, homenageou a então </span><span style="color: #04ff00;">Praça da Conceição</span><span style="color: #ffa400;">, também conhecida
pejorativamente pela população por “Caveira de Burro” e “Bagaceira de Engenho”,
denominando-o de </span><span style="color: #04ff00;">Praça da Convenção</span><span style="color: #ffa400;">, homenageando os heróis da Convenção de
Beberibe de 1821.</span></span></div>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><span style="color: #ffa400;">O grande problema da praça além do abandono, é que, ela nunca foi uma
praça, e sim, um pátio que servia de criadouro de animais, troca-troca,
prostituição e jogatina. Foram anos de severas críticas até ela se torna uma
praça de verdade. Duas publicações feitas em </span><span style="color: #04ff00;">1950</span><span style="color: #ffa400;"> pelo extinto </span><span style="color: #04ff00;">Diário da Manhã</span><span style="color: #ffa400;">,
merecem destaque:</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Diário da Manhã, 4 de maio de 1950 –</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span> <span style="color: #04ff00;">Estragos em Beberibe</span></span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"> (dizia o
título) – Cada dia que passa mais se confirma a crença popular de que Beberibe
é o arrabalde maldito do Recife. Quem o conhece a longos anos atesta a sua
melancólica decadência que nem se quer o calçamento da estrada que lhe dá
acesso pôde sustar.</span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Ninguém compreende como um subúrbio de clima tão ameno e saudável, onde
há 30 anos, veraneava gente de nossa melhor sociedade, possa regredir tanto e
resistir ao progresso como se fosse um vilarejo esquecido e distante da
civilização. Por certos múltiplos fatores explicam o triste aspecto de Beberibe
oferece dentro do crescente progresso e desenvolvimento de nossa cidade nos
últimos anos, entretanto, pode-se dizer sem injustiça que grande parcela dessa
responsabilidade cabe às Prefeituras do Recife e de Olinda.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">A primeira por exemplo, depois de penosamente levar o calçamento da
estrada até a borda da povoação, suspendeu os serviços, deixando a </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span style="color: #04ff00;">Praça da
Convenção</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"> num lastimável estado, sem ao menos realizar qualquer trabalho de
terraplanagem que viesse minorar o sacrifício dos que lá residem ou transitam,
sem esquecer que o referido largo é também o ponto terminal da linha de ônibus
que numerosas e pequenas empresas exploram com grande dispêndio.</span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Parece que a Diretoria de Obras ficou atordoada com o tamanho da praça e
considerando que por aquelas redondezas não moram políticos, nem grã-finos cujo
bem-estar merecesse quaisquer desvelos, achou mais cômodo paralisar as obras e
deixar o resto como estava.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Com as últimas chuvas caídas sobre a cidade, verdadeira catástrofe se
abateu sobre Beberibe. Lugar rodeado de morros e colinas argilosas como o rio
que lhe deu nome e lhe emoldura a paisagem a serpear por entre os
córregos a violência das enxurradas agravada pela enchente do rio, levou tudo
de arrastão, alagando as vias públicas, destruindo casebres, derrubando
barreiras e pontes. Se a vida dos que moram em Beberibe já era atribulada e
difícil, depois das pesadas chuvas desse começo de inverno tornou-o insuportável.</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">A ponte, a velhíssima pontezinha que liga a Praça da Convenção à Estrada
do Caenga não aguentou a impetuosidade das águas do rio e ruiu quase toda.
Através dessa ponte se fazia todo o tráfego para a Caixa D’Água, Águas
Compridas, Matumbo</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span style="color: red;">*</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"> e Mirueira, ficando toda a densa população dessas
localidades sem qualquer meio de transporte. Por sua vez, a ladeira de São
Benedito</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span style="color: red;">*</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">, importante via de ligação entre o Porto da Madeira e a Sapucaia
transformou-se num grande lamaçal de barro quase impossibilitando o trânsito
dos minguados veículos que se atrevem a transpô-la.</span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Daqui lançamos um apelo aos senhores prefeitos do Recife e Olinda para
que se tenha piedade desta população que vive em Beberibe e mandando executar,
com a urgência que a situação calamitosa exige as obras e reparos indispensáveis
à restauração do tráfego público de suas estradas e praças daquele desolado
arrabalde do Recife. (Finalizou). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Diário da Manhã, 10 de agosto de 1950 – </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span style="color: #04ff00;">Onde está a Praça</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"> (Dizia o
título) – ... A todo momento nos deparamos com contrastes legados do passado,
ainda existentes unicamente por descaso das autoridades. O centro da cidade
possui pouco desses contrastes. Raramente encontramos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Mas se andarmos pelos arrabaldes veremos muitos. Hoje nos ocupamos de um
caso que há anos existe sem preocupar os muitos prefeitos que passaram pela
Prefeitura. Trata-se do término da Avenida Beberibe. Se você não o conhece,
veja que graça: a avenida termina com um </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span>grande</span></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span>pátio</span></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">, em forma de círculo,
etc.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Até aí, muto bem, mas em uma de suas casas está uma placa com o
seguinte: “Praça da Convenção”. Nome bonito que lembra algo histórico. O
interessante é que há placa, mas não há praça. O que vemos lá é um largo pátio,
sem nenhuma árvore, sem bancos, sem relva, parca iluminação e sem calçamento.
Devia de fato, existir uma praça, pois o local presta-se bem para isso.
Entendemos por praça um canto capaz de nos proporcionar repouso, arborizado,
com bancos, farta iluminação etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">E não um lugar liso como uma careca. Aliás não sabemos porque ainda não
foi concluído o calçamento da Avenida Beberibe. Chegou quase no fim e parou. É
um verdadeiro suplício para os passageiros dos ônibus, quando estes saem ou
entram no trecho não alocado pelo calçamento. Quem inaugurou a pavimentação da
avenida foi o presidente Dutra. Contudo o chefe da nação não percorreu toda a
artéria. Ficou no Arruda. Gosto dele?... É preciso que termine aquele
calçamento. Uma obra só é bem-feita quando concluída. E a praça quando o
teremos? Só quando um prefeito aventureiro, com sangue de gente que nasceu em
arrabalde, se lembrar do povo de Beberibe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Precisamos de um edil que olhe melhor para Beberibe. O seu rio já está
imortalizado graças ao poeta Cesário de Melo, que só não cantou a praça, porque
ela não existe de fato. Quem não tem dentes chamamos de banguelo. Quem não tem
cabelos chamamos de careca. E uma praça que não é praça? Banguela ou careca?
Nenhum dos dois. Apenas relaxamento da Prefeitura. (texto: jornalista Ernani
Regis). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><span style="color: #ffa400;">No dia 30 de janeiro de 1952, o prefeito do Recife, Antônio Alves
Pereira, </span><span style="color: #04ff00;">inaugura</span><span style="color: #ffa400;"> a Praça da Convenção. Em 1972, o prefeito Augusto Lucena faz
uma grande reforma na praça e inaugura um monumento em homenagem aos heróis
pernambucanos da Convenção de Beberibe de 1821, uma obra de Abelardo da Hora.</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><span style="color: red;">*</span></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><span style="color: #04ff00;">Matumbo</span><span style="color: #ffa400; font-weight: normal;"> - trecho da antiga estrada (atual Avenida Presidente Kennedy) no bairro de São Benedito que liga ainda hoje, a Estrada do Caenga à Rua Dalva de Oliveira.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 16px;"><span style="color: red; font-weight: normal;">*</span><span style="color: #04ff00;">Ladeira de São Benedito</span></span><span style="color: #ffa400; font-size: 16px; font-weight: normal;"> - refere-se a atual Rua Dalva de Oliveira.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span>Vozes da Zona Norte.</span></span><span style="color: #ffa400; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 24pt; font-weight: normal; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p style="font-weight: normal;"><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div></div></h1>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-48421344046285763782022-07-24T23:46:00.001-03:002022-07-25T00:35:06.724-03:00Lêda Baltar, uma estrela do frevo na Cidade Maravilhosa<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_I7ONGoWc5KgVwM1xITKTSs0zf3MGd25bPD0UP_EMRnOJwpeX_ODrJYddPHiR01hsXNz0kzWpvTZUciG0QNEalzazb7mkNdev58rQFW2UxLYgG-EE2v5n_OdUwHAefaqkz4LJptnE2JwOlvC2jmo7KZDsP-7jed1B0DpLQ-voEAZNQ-s8hQ8uKF0ibg/s1153/Screenshot_20211219-213531.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1153" data-original-width="689" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_I7ONGoWc5KgVwM1xITKTSs0zf3MGd25bPD0UP_EMRnOJwpeX_ODrJYddPHiR01hsXNz0kzWpvTZUciG0QNEalzazb7mkNdev58rQFW2UxLYgG-EE2v5n_OdUwHAefaqkz4LJptnE2JwOlvC2jmo7KZDsP-7jed1B0DpLQ-voEAZNQ-s8hQ8uKF0ibg/s320/Screenshot_20211219-213531.png" width="191" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar levando o frevo e o maracatu pernambucano para a Cidade Maravilhosa. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Revista "O Cruzeiro" em 2/3/1935.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante os anos de 1930, uma
jovem recifense, universitária, de família rica, ganhou grande destaque no meio
artístico, musical e social. Ela ganhou destaque da imprensa pernambucana por
está presente nos principais bailes e eventos da cidade do Recife, muitos deles
beneficentes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar</span><span style="color: #ffa400;">, que fez parte da
</span><span style="color: #04ff00;">Banda Jazz Acadêmico de Pernambuco</span><span style="color: #ffa400;">, formado por estudantes universitários, onde
tocavam além do jazz, tocavam blues, foxs, frevo, maracatus e até samba na voz
de sua eletrizante vocalista e instrumentista. Já que Lêda, tocava diversos
instrumentos, além do piano. Em julho de 1934, fez uma grande apresentação no
teatro Santa Izabel, durante a visita do compositor Villa Lobos, ao Recife.
Lêda Baltar, cantou blues e dançou dança cigana.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ainda em 1934, participou do
concurso garota “Rosa da Primavera”, representando o bairro da Capunga, evento
organizado pela Associação de Imprensa de Pernambuco, onde foi eleita em
primeiro lugar com 22.218 votos. Participou de diversos eventos artísticos com
o maestro Nelson Ferreira, irmãos Suassuna, Waldemar de Oliveira entre outros.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Pouco se publicou sobre a vida e
a carreira desta talentosa artista, todavia, sua participação na Banda Jazz
Acadêmico lhes trouxe notoriedade, pois participava de quase todos os eventos
sociais e culturais no Estado, sendo convidado a participar de eventos em São
Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Em sua passagem pela “Cidade
Maravilhosa”. Lêda Baltar foi bastante elogiada porque levou a cultura
pernambucana à capital do samba, onde o frevo e as batidas dos maracatus ainda não
haviam sido vistos. Os cariocas ficaram encantados com a apresentação de </span><span style="color: #04ff00;">Lêda
Baltar</span><span style="color: #ffa400;"> e a banda. Tanto, que a revista “O Cruzeiro” que à época era uma revista
de grande circulação em todo território nacional, onde rendeu grandes elogios:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Revista “O Cruzeiro” em 2 de
março de 1935</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar</span><span style="color: #ffa400;"> centraliza as
atenções do Rio de Janeiro. Nunca estiveram aqui interprete mais legitima do
folclore musical pernambucano. Música nortista cheia de encanto diferente,
ritmos fortes, é por assim dizer, desconhecido entre nós. Tem sido revelada,
por alto. O </span><span style="color: #04ff00;">“Jazz Acadêmico de Pernambuco”</span><span style="color: #ffa400;"> veio trazer em pleno carnaval, ao
conhecimento dos cariocas, as músicas carnavalescas pernambucanas. O que são as
marchas do Recife, já o nosso grande público sabe, através “O teu cabelo não
nega” música pernambucana dos irmãos Valença divulgada, um ano depois de sua estreia,
por um compositor daqui. Os moços acadêmicos de Pernambuco selecionaram o que
havia de melhor no repertório carnavalesco do ano: marchas e maracatus. O “Jazz
Acadêmico” é composto de rapazes da mais fina sociedade recifense, todos eles
universitários, das Faculdades de Direito, Engenharia, Medicina etc. Ao
compasso marcial da música pernambucana, os foliões das margens do Capibaribe
dançam o “frevo”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Pedimos ainda a Lêda Baltar para
dizer-nos o que é o “frevo”. Desta vez, porém, Lêda Baltar, não mostra, diz:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- O “frevo” é um passo de dança
que se executa, ao som de marchas carnavalescas. É uma dança que contém passos
de várias danças do mundo inteiro. A ligeireza do ritmo musical comporta uma
série de atitudes que se plasmam e se desfazem. Eu poderia dizer do “frevo” que
ele é um verdadeiro coquetel de danças. Há passos de bailados russos. Veja o
jogo de pernas dos foliões. Há passos delicados de passos de salão etc. Até
hoje ninguém fixou definitivamente a coreografia do “frevo”. Mesmo porque, os
pernambucanos precisam aprendê-lo. Já nascem sabendo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA
NORTE.<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Revista O Cruzeiro e
Diário da Manhã. </span></b><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Galeria de fotos</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhviKry0rAEc0HYdLxB_-jcVSVusoAYSDlBLak_CRmR9gV2hLwSnaGd5EcC6EfOCbmzdqyJwzpT7IzKcJX1HmsFVSd3VcJUPEmQu138Y94njcTDvVXbPNJDMqcLrfI8-6re51s_VzhGqfCE1lUGh666UNhjCghNG0ld-aQNMPrFMOdtDI_sSXTbs9XTkw/s445/Screenshot_20211219-213155~3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="145" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhviKry0rAEc0HYdLxB_-jcVSVusoAYSDlBLak_CRmR9gV2hLwSnaGd5EcC6EfOCbmzdqyJwzpT7IzKcJX1HmsFVSd3VcJUPEmQu138Y94njcTDvVXbPNJDMqcLrfI8-6re51s_VzhGqfCE1lUGh666UNhjCghNG0ld-aQNMPrFMOdtDI_sSXTbs9XTkw/s320/Screenshot_20211219-213155~3.png" width="104" /></a></b></div><b><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar no Rio de Janeiro, 1935, "O Cruzeiro"</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk5Jdwqkdgxms_waap0892-aWOxQSZxE96rjkdGxCFaaQru-DMVFAYYiDE3yZhh06KKbX_l9Bzm782HspiCVAtr2FK3VOpZDCcpssfB86hXa3n6MrMpFJzbbdMQTlaZku3YY_G15P400_GRECRVR9aMk--vd5uwbOlyMUON48msCSvSluyWKEQhmursw/s313/Screenshot_20211219-213155~4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="137" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk5Jdwqkdgxms_waap0892-aWOxQSZxE96rjkdGxCFaaQru-DMVFAYYiDE3yZhh06KKbX_l9Bzm782HspiCVAtr2FK3VOpZDCcpssfB86hXa3n6MrMpFJzbbdMQTlaZku3YY_G15P400_GRECRVR9aMk--vd5uwbOlyMUON48msCSvSluyWKEQhmursw/s1600/Screenshot_20211219-213155~4.png" width="137" /></a></b></div><b><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar com seu saxofone, Rio de Janeiro, 1935, "O Cruzeiro"</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3c84de1TsSeOkaHHDgYAuOsqKIOPkQPDIrX-rWMomv2H1X8VxL06oe2eoU-pNSaK0wT46drC7voSgzH56_05LLIcOgUzUX9LSneMawdt2-F534zWh56FT5TAYABLXV-0PMc8XGJm0tDY70hbaYhVKPAfPyCPzRi5CBBzMgpfYoslnXOqLdLDwOyI3iA/s1987/original_b5b020a1-799f-42ba-b9a5-d28ca251c94b_IMG_20220724_215711681_HDR~2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1987" data-original-width="1612" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3c84de1TsSeOkaHHDgYAuOsqKIOPkQPDIrX-rWMomv2H1X8VxL06oe2eoU-pNSaK0wT46drC7voSgzH56_05LLIcOgUzUX9LSneMawdt2-F534zWh56FT5TAYABLXV-0PMc8XGJm0tDY70hbaYhVKPAfPyCPzRi5CBBzMgpfYoslnXOqLdLDwOyI3iA/s320/original_b5b020a1-799f-42ba-b9a5-d28ca251c94b_IMG_20220724_215711681_HDR~2.jpg" width="260" /></a></b></div><b><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar (em pé) cantando com Risoleta Cavalcanti. Recife, 1936, "Diário da Manhã"</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCski2qvpWH_wrwX2z4YlsQuYSJbC9GgbdqHqinT4Okjl6-vAbxX9gNPWM9iHAA-oBDTbB8WE20TIgsrqdGN-eKunbNpHTkoMAhlc1ENr72fyllalokAEa26U9cVSX-nvcdqvDaBUn4EnjUEimV013IWRIpxdIEH4n61DaWy2WDVJjGHNoFmiTIvwGPg/s2981/original_2225cf8a-78ff-4d25-a798-a26bf8582b32_IMG_20220724_215739192.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2033" data-original-width="2981" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCski2qvpWH_wrwX2z4YlsQuYSJbC9GgbdqHqinT4Okjl6-vAbxX9gNPWM9iHAA-oBDTbB8WE20TIgsrqdGN-eKunbNpHTkoMAhlc1ENr72fyllalokAEa26U9cVSX-nvcdqvDaBUn4EnjUEimV013IWRIpxdIEH4n61DaWy2WDVJjGHNoFmiTIvwGPg/s320/original_2225cf8a-78ff-4d25-a798-a26bf8582b32_IMG_20220724_215739192.jpg" width="320" /></a></b></div><b><span style="color: #04ff00;">Lêda Baltar com Risoleta Cavalcanti e a Banda Jazz Acadêmica, Recife, 1936, "Diário da Manhã".</span><br /><span style="color: #04ff00;"><br /><br /><br /></span><span style="color: #ffa400;"><br /></span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #ffa400;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p><span style="color: #04ff00;"><b><br /></b></span></p><p><span style="color: #04ff00;"><b><br /></b></span> </p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-37722973598787591002022-07-21T14:04:00.002-03:002022-07-21T14:07:39.372-03:00Recife, uma cidade estagnada<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmjXM3gKK2DHyB_4HUEyw8BbtqLXZ5NfhbkEdgQs_jiVuijC4hGPLQA87qFqYAWIeHx8MmhfgZIvvasPmf8TSa1aiojrrQAcS6PsFml5KIRrxpcdJ6FxDKZpF0xlYX5LULWK5j1o4K00__eA5YrfmNAr9U5fk_IFgaBG490bCmNaSgcp7b79l-C5HHKA/s619/Recife_S%C3%A9culo_XIX~2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="619" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmjXM3gKK2DHyB_4HUEyw8BbtqLXZ5NfhbkEdgQs_jiVuijC4hGPLQA87qFqYAWIeHx8MmhfgZIvvasPmf8TSa1aiojrrQAcS6PsFml5KIRrxpcdJ6FxDKZpF0xlYX5LULWK5j1o4K00__eA5YrfmNAr9U5fk_IFgaBG490bCmNaSgcp7b79l-C5HHKA/s320/Recife_S%C3%A9culo_XIX~2.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Bairro de Santo Antônio, Recife. Segunda metade do século XIX. </span><span style="color: #ffa400;">Litografia: Alfred Ducasble.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A importância da história é que
podemos fazer uma reflexão entre o passado e o presente e nos perguntar o que
foi feito para melhorar nossas vidas em relação ao passado. Neste caso, a nossa
querida cidade do Recife. Através desta crônica publicada no final do </span><span style="color: #04ff00;">século XIX</span><span style="color: #ffa400;">,
por quem vivenciou aqueles acontecimentos, podemos fazer um paralelo entre o
passado e o presente e mergulhar no tempo através da leitura e perguntarmos:
afinal de contas o que mudou?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Recife, quarta-feira, 24 de maio
de 1899</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ontem, conversando com um amigo
que há dias chegara do Sul e que estava ausente desta capital desde 1889 (dez
anos), tivemos o desprazer de ouvir de sua boca estas palavras dura, mas
verdadeiras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Não tem progredido nada a sua
bela terra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- É a mesma a disposição das
ruas, é o mesmo o tipo das casas, é a mesma a porcaria...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Só é bonito o que a natureza
fez.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Corramos; e não podemos conter o
nosso ressentimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Por toda parte se manifestam os
estímulos dos melhoramentos: as cidades se remodelam pelos princípios da
moderna arquitetura e da moderna higiene; crescem; embelezam-se; tornam confortáveis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Somente nós, pagando de ano para
ano novos e mais pesados impostos, permanecemos numa estagnação de causar lástima.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como se fossemos toupeiras, acostumamo-nos
a viver numas tocas, numas espeluncas, numas habitações baixas, escuras,
úmidas, feias e, o que mais é, rodeadas de </span><span style="color: #04ff00;">pântanos</span><span style="color: #ffa400;"> cujas infecções palustres
espalham pelos arredores o cheiro das podridões e os miasmas das febres
mortais, e não há de sair disto...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Pouco a pouco vamos ficando no
estado deplorável de não podermos oferecer uma hospedagem em nossa, por
escárnio chamado </span><span style="color: #04ff00;">Veneza Americana</span><span style="color: red;">*</span><span style="color: #ffa400;">, aos estrangeiros, nem mesmo aos compatriotas
de outros Estados, porque dói-nos profundamente vê-los caírem, à nossa vista. Vítimas
das pestes de que se acha saturada a nossa atmosfera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nós mesmos, aclimados num recanto
do burgo, já temos receio de mudar de residência com medo dos micróbios dos
outros bairros. E os nossos diretores políticos, preocupados com a maldita
politicagem em que se estragam, se atrofiam no talento e no caráter, não fazem
nenhum esforço para nos arrancar a essa degradação!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">largo do Hospício</span><span style="color: red;">*</span><span style="color: #ffa400;"> é aquele
aterrado de lixo de dez anos; o viveiro do Muniz</span><span style="color: red;">*</span><span style="color: #ffa400;"> é aquele pasto de animais
vadios, que estamos cansados de denunciar; as estradas suburbanas são aqueles
lagos que nós sabemos; as vias urbanas são aquelas misérias de calçamento que
os edis conhecem. Os cães são aquelas afrontas ao asseio que os fiscais não veem;
as latrinas e os mictórios públicos são aquelas imundícies que a toda gente
indignam; e nem uma planta da cidade existe ainda por onde se regulem as
demolições e licenças para reedificações, afim de ao menos no futuro, virmos a
possuir uma coisa mais decente do que a que hoje serve de cabeça de uma das
mais importantes circunscrições da União Brasileira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">(Artigo publicado pelo Jornal
Pequeno, há 123 anos, na data supracitada).<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;">*</span><span style="color: #04ff00;">Veneza Americana</span><span style="color: #ffa400;">: denominação
dada à época a cidade do Recife em comparação a cidade italiana de Veneza, que também
é ilhada pelo rio. Americana, porque o Recife fica na América...do Sul. O
Recife nos dias atuais é denominado “Veneza Brasileira”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">*</span><span style="color: #04ff00;">Largo do Hospício</span><span style="color: #ffa400;">, onde atualmente
fica a Rua do Hospício. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">*</span><span style="color: #04ff00;">Muniz</span><span style="color: #ffa400;">, referindo-se à rua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por: </span></b><b><span style="color: #04ff00;">Jânio Odon/ BLOG VOZES DA
ZONA NORTE.</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-49981030976577330522021-09-12T20:29:00.005-03:002022-04-03T08:10:10.842-03:00Brasil vence o Peru pelas eliminatórias na Arena Pernambuco<div class="separator" style="text-align: left;">
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwwaXJDVe4YZXQFy04PR7xDfXCJgWmrSxOfFC-3pXW88_8_07p3UIGpv65_fzkf2GtcSsDo8oFdb7ns5IR4iue3OL8KJI6PWSDpOIh7hBJwBDtsXGdk2Ag-Ew7-K8n3x5mlGEuYy_-s0vk/s754/51292011052_873e143231_c.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="503" data-original-width="754" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwwaXJDVe4YZXQFy04PR7xDfXCJgWmrSxOfFC-3pXW88_8_07p3UIGpv65_fzkf2GtcSsDo8oFdb7ns5IR4iue3OL8KJI6PWSDpOIh7hBJwBDtsXGdk2Ag-Ew7-K8n3x5mlGEuYy_-s0vk/s320/51292011052_873e143231_c.jpg" width="320" /></a></div> <span style="color: #04ff00;"><b>Neymar sofreu forte marcação dos peruanos. </b><span style="color: #ffa400;">Foto: Nelson Almeida/AFP.</span></span> <br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Brasil esqueceu o polêmico
clássico com a Argentina suspenso e fez o que se esperava dele na noite desta
quinta-feira: venceu o Peru com facilidade, por 2 a 0. Cobrado por uma boa
atuação, a equipe de Tite não teve dificuldade, foi mais leve, criativa e
dominou o adversário na Arena Pernambuco para engatar a oitava vitória
consecutiva nas Eliminatórias, algo inédito no torneio classificatório para a
Copa do Mundo de 2022.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Everton Ribeiro</span> e <span style="color: #04ff00;">Neymar</span> fizeram
os gols da vitória no Recife que deixa o Brasil ainda mais perto do Mundial do
Catar. Líder das Eliminatórias, a Seleção Brasileira ostenta campanha perfeita. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Tem 24 pontos, cinco a mais que a
Argentina, segunda colocada, e segue sem perder para o Peru na competição. Em
13 jogos, são nove vitórias e quatro empates diante do rival contra o qual está
acostumado a jogar e que Tite mais enfrentou desde que assumiu em 2016 a
Seleção. Os peruanos permanecem no sétimo lugar, com oito pontos. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante dos peruanos, Tite manteve
a escalação que havia escolhido para o clássico com a Argentina, com destaque
para Lucas Veríssimo na vaga de Marquinhos e Gerson no meio de campo jogando à
vontade perto de Casemiro e Lucas Paquetá. O ex-flamenguista foi um dos
melhores em campo na vitória que, em que pese a fragilidade do oponente,
evidência que a Seleção tem capacidade para exibir melhores apresentações do
que vinha mostrando. Danilo e Alex Sandro também jogaram mais soltos, o meio de
campo funcionou, Neymar se movimentou bastante e o jogo fluiu. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLqDEDIdZ8a9FIsIPjpjYqNMmxZAfjQp2MfXlXINx3vRSBFJdABIiSrNWR-yokalqS9PjdTGyg0_Y5j3KnFnILQPJ4BNBpIZFez0ebia4HVvWu_ADYhgZd0ye78ue_2Q4Pm02UZC1haAQ4/s1920/E-4q3TvWYAMKBGw.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1920" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLqDEDIdZ8a9FIsIPjpjYqNMmxZAfjQp2MfXlXINx3vRSBFJdABIiSrNWR-yokalqS9PjdTGyg0_Y5j3KnFnILQPJ4BNBpIZFez0ebia4HVvWu_ADYhgZd0ye78ue_2Q4Pm02UZC1haAQ4/s320/E-4q3TvWYAMKBGw.jpg" width="320" /></a></div> <span style="color: #04ff00;"><b> Everton Ribeiro marcou o primeiro gol.</b></span><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> Gabigol e Gerson tiveram chances
de abrir o placar, mas saiu dos pés de <span style="color: #04ff00;">Everton Ribeiro</span> o primeiro gol após
jogada de Neymar. O craque do PSG desarmou Santamaría na lateral esquerda sem
falta, na avaliação do árbitro colombiano Wilmar Roldán, invadiu a área e rolou
para trás para Everton Ribeiro mandar para as redes aos 13 minutos. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Minutos depois, o árbitro deixou
passar um pênalti a favor do Brasil. Mas não fez falta porque a Seleção
Brasileira ampliou com <span style="color: #04ff00;">Neymar</span>. Aos 39, o segundo maior artilheiro da história
do Brasil marcou um gol fácil, só escorando para as redes depois da finalização
de Everton Ribeiro desviada por Santamaria e que caiu nos pés do camisa 10,
agora o principal goleador do time canarinho em Eliminatórias, com 12 gols,
deixando para trás Romário e Zico (11 cada). <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O ritmo apresentado no primeiro
tempo foi reduzido na etapa final. Embora a Seleção Brasileira tenha encontrado
ainda mais espaços para atacar a partir da mudança de postura do Peru, disposto
ao menos a diminuir o placar, não conseguiu mais balançar as redes e foi pouco
efetiva. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Gabigol flutuou pelo atacante e
participou bastante do jogo. Pediu jogo, entrou na área e fez uma boa partida,
mas perdeu um gol impressionante no primeiro minuto da segunda etapa que talvez
não perderia com a camisa do Flamengo. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com o time estagnado, o jogo
truncado e de certa forma até violento, com muitos cartões amarelos, Tite fez
mudanças e deu oportunidade para os campeões olímpicos Matheus Cunha e Daniel
Alves. Depois, o treinador lançou mão de Bruno Guimarães e promoveu o retorno
de Hulk depois de cinco anos e a estreia de Edenílson. O atacante do Atlético
teve a chance de marcar o terceiro, mas finalizou para fora. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No fim da partida, Neymar levou
amarelo por falta em Callens. Como estava pendurado, não vai enfrentar a
Venezuela no próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias, em outubro. A
convocação para a próxima Data Fifa será no dia 17 deste mês. A classificação
está muito bem encaminhada. O desafio, agora, é buscar a sintonia fina para
chegar no Catar na plenitude.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> <br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAw7DRpYLFqSd5WWIKDE3EJAIt1CXpy0Ha5WN3apAYdlwqm-o16uAySTdIVJqvpAbvqGxcpif0WGB7etqw1xES2hmuiT2oAsVEjvGkwXRC6ZNZt-dnbYeJ4h-HOB8OdFlo7vnZz9d1BSJ/s1500/brasil-peru-eliminatorias-09092021224815519.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1500" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAw7DRpYLFqSd5WWIKDE3EJAIt1CXpy0Ha5WN3apAYdlwqm-o16uAySTdIVJqvpAbvqGxcpif0WGB7etqw1xES2hmuiT2oAsVEjvGkwXRC6ZNZt-dnbYeJ4h-HOB8OdFlo7vnZz9d1BSJ/s320/brasil-peru-eliminatorias-09092021224815519.jpeg" width="320" /></a></div> Neymar marca o segundo gol.<br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> <span style="color: #04ff00;"><b>BRASIL 2 x 0 PERU </b></span><br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Brasil:</span> Weverton; Danilo (Daniel Alves),
Éder Militão, Lucas Veríssimo e Alex Sandro; Casemiro (Bruno Guimarães), Gerson
(Edenílson), Lucas Paquetá e Everton Ribeiro (Matheus Cunha); Neymar e Gabriel
(Hulk). <span style="color: #04ff00;">Técnico:</span> Tite <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Peru:</span> Gallese; Advíncula, Santamaría
(Christian Ramos), Callens e Marcos López; Tapia (Cartagena), Yotún (Gabriel
Costa), Gonzáles, e Cueva (Flores); Carrillo e Lapadula (Ruidíaz). <span style="color: #04ff00;">Técnico:</span> Ricardo Gareca. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Local:</span> Arena Pernambuco, no
Recife</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Árbitro:</span> Wilmar Roldán (Colômbia)</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Gols:</span> Everton Ribeiro, aos 13, e
Neymar, aos 40min do 1ºT</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Cartões amarelos:</span> Tapia, Yotun,
Santamaría, Casemiro, Lucas Paquetá, Christofer Gonzales, Gabigol, Gabriel
Costa, Neymar. <br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #ffa400;"><span style="color: #04ff00;">Por: </span>Agência Estado.</span></b></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span></p>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="371">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]--><div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></div></div><div class="separator" style="clear: both;"></div>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-75435079342204681912021-06-30T03:00:00.013-03:002024-01-10T05:59:31.118-03:00OS 22 FERAS INESQUECÍVEIS DO SPORT CLUB DO RECIFE<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8pY5Mpdi17rHCMTyNtLqndOcg6dd6BuDTiG3OsmRCMaEHGPIJ3mRA2CsFjN-X1OJjA4T5WxrkwKZ2TXO13rDi1Z5c8P79tCbG-0pjy0DREhbxlLtzXJGg_Yfw13MrcJDHJVrUGOqGScvE/s2660/IMG_20210630_011906367.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1636" data-original-width="2660" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8pY5Mpdi17rHCMTyNtLqndOcg6dd6BuDTiG3OsmRCMaEHGPIJ3mRA2CsFjN-X1OJjA4T5WxrkwKZ2TXO13rDi1Z5c8P79tCbG-0pjy0DREhbxlLtzXJGg_Yfw13MrcJDHJVrUGOqGScvE/s320/IMG_20210630_011906367.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Os melhores jogadores do Sport Club do Recife de todos os tempos.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Sport Club do Recife, fundado
em 13 de maio de 1905, completou este ano, seu 116º aniversário de existência.
O clube mais vencedor do Estado de Pernambuco. Foram um Campeonato Brasileiro
da Série A (1987); um Campeonato Brasileiro da Série B (1990); uma Copa do
Brasil (2008); um Torneio Norte/Nordeste (1968); três ”Copa do Nordeste” (1994,
2000 e 2014) e 42 Campeonatos Pernambucano. São muitas conquistas, muitos
atletas e muitos treinadores que fizeram a história vencedora deste grande
clube do Nordeste do Brasil. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Dentre tantos, como escolher os vinte
dois melhores jogadores de todos os tempos? Será que é possível escolher tão
pouco entre tantos, sem cometer injustiça? O Blog Vozes da Zona Norte, fez uma
minuciosa pesquisa dos grandes jogadores que atuaram no passado e no presente
no Leão da Ilha do Retiro, e chegou a conclusão que alguns atletas se
consagraram como únicos, unânimes. Outros, quase unânimes. Alguns, dividiram as honras com outros
atletas, tanto do presente quanto do passado. Foi preciso analisar nos mínimos detalhes
a importância de cada conquista e o que representou o atleta com aquele importante
triunfo. Alguns atletas dedicaram parte de sua vida esportiva ao clube, como
são os casos dos vitoriosos, goleiro Magrão, os atacantes Traçaia e Leonardo, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os laterais-direito Bria e Betão. Outros
grandes atletas vieram, passaram pouco tempo, mas, mostraram para que veio e
tornaram-se ídolos da torcida, pela liderança, garra, raça e técnica. Foi o
caso de alguns atletas como: Fumagalli, Jackson, Romerito, Ribamar, Dadá
Maravilha e outros. Alguns pratas da casa também mostraram competência e
fizeram história na galeria dos imortais,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>são os casos do arqueiro Bosco, os atacantes Roberto “Coração de Leão” , Ademir Menezes e o zagueiro Russo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antes de nossa escolha, veja
algumas listas que foram feitas por importantes veículos da imprensa esportiva
brasileira, além do próprio Sport Club do Recife.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na </span><span style="color: #04ff00;">Revista Placar Especial</span><span style="color: #ffa400;">, de
junho de 2000, antes da conquista da Copa do Brasil pelo Sport Club do Recife
em 2008, elegeu os dez melhores jogadores da história do clube, foram eles: o
meia uruguaio, Raúl Bentancor, o meia Jackson, Dadá Maravilha, Ribamar,
Givanildo Oliveira, o goleiro Manga, Ademir Menezes, Leonardo, o zagueiro Marco
Antônio e o volante Biro-Biro, que foi para o Corinthians.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Site do Sport Club do Recife</span><span style="color: #ffa400;"> em
2011 : Magrão; Betão, Durval, Ailton e Dedé; Leomar, Ribamar, Bentancor e
Dinho; Traçaia e Ademir Menezes. Técnico: Nelsinho Batista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Site UOL</span><span style="color: #ffa400;"> em 2014 escolheu 22
jogadores: Magrão; Russo, Durval, Estevam Soares e Dutra; Juninho Pernambucano,
Romerito, Raúl Bentancor e Leonardo; Traçaia e Diego Souza. Os outros foram:
Leão; Betão, Marco Antônio, Sandro Blum e Cláudio Mineiro; Givanildo Oliveira,
Ribamar e Leomar; Dadá Maravilha, Ademir Menezes e Carlinhos Bala. Não houve
escolha do técnico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Fox Sports TV</span><span style="color: #ffa400;"> em 2020: Magrão;
Betão, Durval, Estevam Soares e Dutra; Givanildo Oliveira, Juninho Pernambucano
e Raúl Bentancor; Almir Pernambucano, Ademir Menezes e Leonardo. Técnico:
Nelsinho Batista. Ainda receberam votos: o lateral-direito Russo e o zagueiro
Ailton.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">BLOG VOZES DA ZONA NORTE</span><span style="color: #ffa400;"> fez um
levantamento das fichas de todos os jogadores que se destacaram nas grandes
conquistas do Sport Club do Recife desde a realização do primeiro Campeonato
Pernambucano em 1915, o Campeonato Nacional de Seleções (1923, realizado de
forma alternada até 1959, quando foi criado a Taça Brasil de clubes).
Campeonato Brasileiro desde 1971, além da Copa do Brasil e demais competições
nacionais e internacionais, como: Libertados e Sul-Americana. A equipe fez uma
minuciosa triagem e selecionou os 44 melhores jogadores do Sport Club do Recife,
segundo à ótica de nossa equipe de pesquisadores. Começamos a verificar os
grandes destaques a partir de 1941, e assim começou a relação para a escolha
das 22 feras do Leão da Ilha do Retiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Décadas de 1940 a 1960,
escolhemos: O goleiro Manuelzinho, Ademir Menezes, Luiz Zago, Vavá, Bria,
Traçaia, Alemão e Raúl Bentancor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Décadas de 1970 e 1980,
escolhemos: Dadá Maravilha, Givanildo Oliveira, o goleiro País, Merica, o meia
Edson, Roberto “Coração de Leão”, Ailton, Betão, Ribamar e Dinho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Décadas de 1990 e 2000,
escolhemos: Chico Monte Alegre, o goleiro Gilberto, Juninho Pernambucano,
Chiquinho, Russo, Leonardo, Jackson, o goleiro Bosco, Sangaletti, Nildo,
Adriano, Durval, Hamilton, Geraldo, o goleiro Magrão, Fumagalli, Carlinhos
Bala, Luizinho Neto, Dutra, Daniel Paulista e Romerito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Décadas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de 2010 e 2020, escolhemos: Ciro, Marcelinho
Paraíba, Rithely, Neto Baiano e Diego Souza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Desses </span><span style="color: #04ff00;">44 jogadores</span><span style="color: #ffa400;">, foram
selecionados os 22 melhores jogadores da história do Sport Club do Recife de
todos os tempos. Foram eles:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRewTLrP879mx_C5FI-oGH-1RX6ipDK0Yab0N8nFpkcLbQEohKGNZuaq5Gkl-FRM60cumzzG0kLjX4AoAA_QlcNe_gasCgR1yfLgVUVc-58c-P8_WD1EUhN-lBhw5UfloVLxzdkFos-FOp/s3264/IMG_20200422_120524070.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2448" data-original-width="3264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRewTLrP879mx_C5FI-oGH-1RX6ipDK0Yab0N8nFpkcLbQEohKGNZuaq5Gkl-FRM60cumzzG0kLjX4AoAA_QlcNe_gasCgR1yfLgVUVc-58c-P8_WD1EUhN-lBhw5UfloVLxzdkFos-FOp/s320/IMG_20200422_120524070.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Magrão, o goleiro que fez história no Sport Club do Recife. Uma unanimidade.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">1º </span><b><span style="color: #04ff00;">Magrão</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Alessandro Beti Rosa,
goleiro, nasceu em 9 de abril de 1977, em São Paulo. Veio do Rio Branco de
Americana-SP em abril de 2005 por indicação do técnico Zé Teodoro, para
disputar o Brasileirão- Série B. Chegou desacreditado, em alguns momentos,
chegando a ser reserva dos goleiros Maizena (2005), Gustavo (2006) e Danilo
Fernandes (2015). No entanto, aos poucos, Magrão adquiriu a confiança da
torcida leonina e se transformou numa unanimidade, foram 14 anos na Ilha do
Retiro e vários títulos. Só ele e o zagueiro Durval conseguiram conquistar
títulos no âmbito estadual, regional e nacional vestindo a camisa do Sport.
Foram oito Campeonatos Pernambucano (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (Penta),
2014, 2017 e 2019); uma Copa do Brasil (2008); uma Copa do Nordeste (2014) e
três acessos para a Série A do Campeonato Brasileiro (2006, 2011 e 2013). Por
seis vezes, foi o melhor goleiro do Campeonato Pernambucano (2007, 2008, 2009,
2010, 2012 e 2014); melhor goleiro do Campeonato Brasileiro da Série B em 2010;
melhor goleiro da Copa do Nordeste de 2014; a defesa mais bonita do ano de
2016, eleito pela SportTV. Defendeu nesse período, trinta e três pênaltis e
participou de 732 jogos pelo Sport. No dia 24/6/2019, Magrão rescindiu </span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">o contrato com o Sport Club do Recife e
acionou o clube na justiça do trabalho, cobrando dívidas trabalhistas, deixando
a torcida leonina muito triste e magoada. Assim deixou o clube o melhor
goleiro do Sport de todos os tempos. O certo é que o goleiro Magrão foi um
grande profissional, amado pela torcida leonina e respeitado pelas torcidas
adversárias, pelo seu carisma e humildade. Magrão deixou seu nome eternizado no
futebol pernambucano.</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdhuB0vH7uG6YuMviVLZD06Nws9CNuYET3zdtKGe8_Ixuwv3QezG12BCrpoMhgmdgkX_FW1pzhLHRytm__KkCtcUoZUCATh2BLNXvZ8mopRcLSP13iGCXK2YVjJ-Sb2bO_rRLmudMU9Oty/s2242/original_92220838-9216-4a82-8209-3a3619c2df84_IMG_20210527_140833217.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1486" data-original-width="2242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdhuB0vH7uG6YuMviVLZD06Nws9CNuYET3zdtKGe8_Ixuwv3QezG12BCrpoMhgmdgkX_FW1pzhLHRytm__KkCtcUoZUCATh2BLNXvZ8mopRcLSP13iGCXK2YVjJ-Sb2bO_rRLmudMU9Oty/s320/original_92220838-9216-4a82-8209-3a3619c2df84_IMG_20210527_140833217.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Betão, o lateral-direito que mais jogou Campeonatos Brasileiro da Série A, foram 117 jogos e belas campanhas.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">2º </span><b><span style="color: #04ff00;">Betão</span></b><span style="color: #ffa400;"> - </span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">Roberto Taylor dos Santos, lateral-direito,
nasceu em 4 de fevereiro de 1963, em Pelotas-RS, teve três passagens pelo
Sport: A primeira vez, veio do Internacional-RS, sendo campeão pernambucano em
1982 e participou das boas campanhas nos Campeonatos Brasileiro- Série A de
1982 (9º) e 1983 (8º). A segunda vez, veio do América-RJ e disputou as
temporadas de 1985 a 1989. Participou das excelentes campanhas do Campeonatos
Brasileiro- Série A de 1985 (5º) e foi campeão do polêmico Campeonato de 1987.
No ano seguinte, foi campeão pernambucano. Em 1989, foi finalista da primeira
Copa do Brasil, perdendo na final para o Grêmio. Na terceira vez, veio do
Botafogo-RJ e disputou as temporadas de 1992 e 1993, sendo campeão pernambucano
de 1992. Betão era um lateral muito técnico, sabia sair jogando e apoiava bem o
ataque, tanto é, que vestiu a camisa da Canarinha. Foi o jogador do rubro-negro
pernambucano que mais vezes disputou jogos da Série A do Campeonato Brasileiro.
Foram 117 jogos e belas campanhas, que fazem de Betão, o melhor lateral da
história do Sport Club do Recife.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3VKAen1SecQLxUBqNtXr58_NaN4fZzsPvFHLkUnSbrhXthpBvSWRWc3dQsmRsOkJ2kqPbVawfXxROqBBk4QVTPFENR0yw38sKsBpt8PDO3XE7ycNCnLp-TuVx_CDXqG_KzRkWNXLWSh0b/s1671/IMG_20210224_202626452.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1671" data-original-width="1488" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3VKAen1SecQLxUBqNtXr58_NaN4fZzsPvFHLkUnSbrhXthpBvSWRWc3dQsmRsOkJ2kqPbVawfXxROqBBk4QVTPFENR0yw38sKsBpt8PDO3XE7ycNCnLp-TuVx_CDXqG_KzRkWNXLWSh0b/s320/IMG_20210224_202626452.jpg" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Durval, o melhor zagueiro da história do Sport, só ele, o goleiro Magrão e o atacante Leonardo, são unanimidades. Foram <span>472 jogos e 33 gols e muitas conquistas importantes.</span></span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">3º </span><b><span style="color: #04ff00;">Durval</span></b><span style="color: #ffa400;">- Severino dos Ramos
Durval da Silva, zagueiro, nasceu em 11 de julho de 1980, em Cruz do Espírito
Santo-PB. Teve duas passagens pelo Sport, a primeira vez, veio do Athetico-PR
(2006 a 2009), sendo tetra campeão pernambucano (2006, 2007, 2008 e 2009);
campeão da Copa do Brasil de 2008, o único clube do Nordeste a conquistar o
torneio. Na segunda passagem, veio do Santos (2014 a 2018). Foi duas vezes
campeão pernambucano (2014 e 2017); campeão da Copa do Nordeste de 2014. E fez
uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro da Série A, na era dos pontos
corridos, em 2015. Durval, era um zagueiro de marcação forte, tinha um ótimo
posicionamento dentro da área defensiva, bom na antecipação de jogadas e fazia
muitos gols de cabeça e em cobranças de falta. Quem não se lembra daquele gol
de falta contra o Internacional na Ilha pela Copa do Brasil? Durval fez 33 gols
e participou de 472 jogos com a camisa do Sport Club do Recife. Com tantos
títulos importantes, Durval foi unanimidade.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJN04jeuB7tmAJ3oJEmZqpqkOWtOCNByu45YcEZLW5cM_fB1g8-xmFERrqp1pXtjY250RBv82_gp_sZERevSJV4noBudwRTPYGpYlYFO3GATA2nkB_pCOP5qo9RqEb9xsTIwC8ve2k_8YM/s444/ailton-sport.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="444" data-original-width="388" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJN04jeuB7tmAJ3oJEmZqpqkOWtOCNByu45YcEZLW5cM_fB1g8-xmFERrqp1pXtjY250RBv82_gp_sZERevSJV4noBudwRTPYGpYlYFO3GATA2nkB_pCOP5qo9RqEb9xsTIwC8ve2k_8YM/s320/ailton-sport.jpg" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Aílton, nos anos de 1980 e 1990, não apareceu nenhum zagueiro melhor que ele.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">4º </span><b><span style="color: #04ff00;">Aílton</span></b><span style="color: #ffa400;">- José Aílton Oliveira
da Silva, zagueiro, nasceu em 29 de maio de 1956. Teve duas passagens pelo
Sport. A primeira vez, veio do Itabaiana-SE (1981 e 1982). Foi bicampeão
pernambucano 1981/82 e fez boas campanhas nos Campeonatos Brasileiro da Série A
de 1981 (10º) e 1982 (9º). Na segunda vez, veio do Cruzeiro e disputou as
temporadas entre 1986 e 1992. Em 1989, foi vice-campeão da Copa do Brasil,
perdeu o título para o Grêmio. Em 1990, foi campeão do Campeonato Brasileiro da
Série B e bicampeão do Campeonato Pernambucano de 1991/92. Faleceu em 1º de
junho de 2021 em Aracaju-SE, vítima de infarto, aos 65 anos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6SX-sWue8J1aecyFQQxBXRr5L7-OHOB8tn3dOCKgoCZAv6gLO9_52sY36JTeu7hbyo6BwwliJjET_jiUM_-mcIneUW24yVXSf8PQ-vpYEGPJZJTy4Pz8d6qSeqOc3Jiul14XkwdwHOGX7/s745/Dutra+%25281%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="745" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6SX-sWue8J1aecyFQQxBXRr5L7-OHOB8tn3dOCKgoCZAv6gLO9_52sY36JTeu7hbyo6BwwliJjET_jiUM_-mcIneUW24yVXSf8PQ-vpYEGPJZJTy4Pz8d6qSeqOc3Jiul14XkwdwHOGX7/s320/Dutra+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Dutra, lateral-esquerdo, o motorzinho da Ilha que conquistou a Copa do Brasil.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">5º </span><b><span style="color: #04ff00;">Dutra</span></b><span style="color: #ffa400;">- Antônio Monteiro Dutra,
lateral-esquerdo, nasceu em 11 de agosto de 1973, em Duque Bacelar-MA. Teve
duas passagens pelo Sport Club do Recife. A primeira, veio do Santos na
temporada (2000 e 2001). Em 2000, veio para disputar o Campeonato Brasileiro da
Série A, onde o Sport fez um excelente campeonato, terminando na 5ª colocação.
Participou daquele jogo onde venceram o Atlético Mineiro por 6 a 0 no Mineirão.
A maior goleada sofrida pelo galo mineiro em seu reduto em jogos do
Brasileirão. Foi negociado ao Yokohama Marinos, do Japão, retornando para as
temporadas (2007 a 2011), onde teve um desempenho brilhante. Dutra é um lateral
que defendia bem, apoiava o ataque e ainda fazia gols. Fez parte da maior
conquista do clube, a Copa do Brasil de 2008. Foi tetra- campeão</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">pernambucano 2007, 2008, 2009 e 2010. Depois
foi parar no maior rival, o Santa Cruz, onde foi campeão estadual em cima do
leão da Ilha. Muitos rubro-negros não o perdoaram, mas, ninguém pode esquecer
que ele foi um leão defendendo as cores rubro-negras.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRqAxcxOPOLcj3AYr-nkcuMvdurj-6GR40d6O-eanlumuQ8c7WNBClndt4vuy6j4q53WZm25hRsTxn0Xj74qqCHnD2Fjg-_6OkKBnV7EZR85eqQVSxGF27HI_7vxORUH876HRIx_UdBdvb/s1539/IMG_20210630_001624896.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1539" data-original-width="1051" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRqAxcxOPOLcj3AYr-nkcuMvdurj-6GR40d6O-eanlumuQ8c7WNBClndt4vuy6j4q53WZm25hRsTxn0Xj74qqCHnD2Fjg-_6OkKBnV7EZR85eqQVSxGF27HI_7vxORUH876HRIx_UdBdvb/s320/IMG_20210630_001624896.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Fumagalli, o meio-campista artilheiro, levou o Sport Recife à elite do Brasileirão e foi tricampeão estadual. Virou ídolo da torcida leonina.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">6º </span><b><span style="color: #04ff00;">Fumagalli</span></b><span style="color: #ffa400;">- José Fernando
Fumagalli, meia atacante. Nasceu em 5 de outubro de 1977, em Monte Alto-SP.
Teve duas passagens pelo Sport Club do Recife. A primeira vez, veio do
Fortaleza e disputou o biênio 2006 e 2007, depois foi para o Al-Rayyan, do
Qatar e retornou em 2009. Fumagalli era um jogador versátil</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">e de belas jogadas e muitos gols. Um jogador
marcante e inesquecível na história do Sport. Em 2006, foi vice-campeão do
Campeonato Brasileiro da Série B, conseguindo o acesso para Série A. Sendo
vice-artilheiro da competição com 18 gols. Foi campeão pernambucano em 2006,
2007 e 2009.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih4RkCStDUQ5EUQzcnpp4h-dvULPSIqX-ZSPmgCGJroFThHBzkbtdkWxFCh9AO8oESuPcF3x4Zxk7j_gV28_roxY11NbuYJJguWsXYsFljo1bTnfaPlpV0a-98ajLFlfijZi6v9Ix-Ndj-/s320/jackson99_editado.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih4RkCStDUQ5EUQzcnpp4h-dvULPSIqX-ZSPmgCGJroFThHBzkbtdkWxFCh9AO8oESuPcF3x4Zxk7j_gV28_roxY11NbuYJJguWsXYsFljo1bTnfaPlpV0a-98ajLFlfijZi6v9Ix-Ndj-/s0/jackson99_editado.png" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Em 1998, o meio-campista, Jackson, ganhou tudo na Ilha, foi convocado para a Seleção Brasileira e ganhou a Bola de Prata da Revista Placar. Se consagrou.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">7º </span><b><span style="color: #04ff00;">Jackson</span></b><span style="color: #ffa400;">- Jackson Coelho Silva,
meia, nasceu em 23 de março de 1973, em Codó-MA. Veio do Comercial de Ribeirão
Preto-SP para o biênio 1997/98, onde foi bicampeão pernambucano. Em 1998, foi
um ano especial para Jackson, foi o melhor jogador do campeonato estadual,
convocado para a Seleção Brasileira e Bola de Prata da Revista Placar pela bela
participação do Sport Club do Recife no Brasileirão daquele ano (7º), fez com que
a torcida leonina consagrasse o meia Jackson.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiecuk_A5GZUxlrHFKZPDs3_g6zaWlvAPMEQxaaKOidd4sanh_yrXdE_yQIwsScOVtRvPJhGKdffHwEI_GROwP_cg7rWseFJju-2aRNaf1VWZ0Q5redX605JoshkzepG3KbNxfbo_RRiFL2/s600/romerito.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="425" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiecuk_A5GZUxlrHFKZPDs3_g6zaWlvAPMEQxaaKOidd4sanh_yrXdE_yQIwsScOVtRvPJhGKdffHwEI_GROwP_cg7rWseFJju-2aRNaf1VWZ0Q5redX605JoshkzepG3KbNxfbo_RRiFL2/s320/romerito.jpg" width="320" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Romerito, o meio-campista, o maestro do Sport que conquistou o Brasil.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">8º </span><b><span style="color: #04ff00;">Romerito</span></b><span style="color: #ffa400;">- Romero Mendonça
Sobrinho, meia, nasceu em 14 de janeiro de 1975, em Itaguaru-GO. Veio do
Goiás</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">para o biênio 2007 e 2008, no
início não chegou em boa forma, sendo até vaiado, foi campeão pernambucano em
2008, e neste ano, o meia Romerito adquiriu sua boa forma e foi fundamental na
conquista da Copa do Brasil, o maestro e artilheiro, foi um dos principais
jogadores da equipe e foi ovacionado pela torcida leonina. Em 2010, voltou e
teve uma passagem apagada, onde permaneceu por apenas oito meses.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPc-qjF6Z7HL-hFHLsJh_NyZB0a2tHN8GxXMThY8WDgXO86VFybBKC1uuzBW6C5mzXq38qqT5URcn1WGxPDzAZ2D-WtfGtCD1nBBeEvQwIa9BLR75JChyphenhyphen_ZaHPnA3D9YeKZtacgC3i5V7G/s1490/IMG_20210630_012010182.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1490" data-original-width="1228" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPc-qjF6Z7HL-hFHLsJh_NyZB0a2tHN8GxXMThY8WDgXO86VFybBKC1uuzBW6C5mzXq38qqT5URcn1WGxPDzAZ2D-WtfGtCD1nBBeEvQwIa9BLR75JChyphenhyphen_ZaHPnA3D9YeKZtacgC3i5V7G/s320/IMG_20210630_012010182.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>Traçaia, é o maior artilheiro da história do Sport Recife com 202 gols.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">9º </span><b><span style="color: #04ff00;">Traçaia</span></b><span style="color: #ffa400;">- José Roque Paes,
atacante, nasceu em 16 de agosto de 1933 em Cuiabá-MT. Veio do Dom Bosco-MT,
onde vestiu a camisa do Sport por oito anos (1955 a 1962), foi campeão
pernambucano e artilheiro principal em 1955 com 22 gols. Ganhou ainda, os
campeonatos de 1956, 1958, 1961 e 1962. Traçaia é o maior artilheiro da história
do Sport Club do Recife com 202 gols. Ele faleceu no Recife em 21 de junho de
1971, aos 37 anos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJDp9Cc5XPkqyqTijg862Cmi1IvFttegDw-duy0bLp2OEEZItjN2CSU-TbEzsUCBpuJLLmUbF-jP9zsRIsM7yrOzmMrP44hgxEGggClM479xuC9mI4a6Bdwk-hTlrIaq7g7kiT9pQ0d8gD/s2435/original_40773696-55c3-4019-930d-8d5fe3d5636f_IMG_20210527_140936617.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2435" data-original-width="1882" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJDp9Cc5XPkqyqTijg862Cmi1IvFttegDw-duy0bLp2OEEZItjN2CSU-TbEzsUCBpuJLLmUbF-jP9zsRIsM7yrOzmMrP44hgxEGggClM479xuC9mI4a6Bdwk-hTlrIaq7g7kiT9pQ0d8gD/s320/original_40773696-55c3-4019-930d-8d5fe3d5636f_IMG_20210527_140936617.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Leonardo, nem Juninho Pernambuco, brilhou mais do que ele, na Ilha do Retiro.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">10º</span><b><span style="color: #04ff00;"> Leonardo</span></b><span style="color: #ffa400;">- Leonardo Pereira da
Silva, atacante, nasceu em 13 de junho de 1974 em Picos-PI. Teve três passagens
pelo Sport. A primeira vez, veio do Picos e ficou de 1992 até 1995, quando foi
negociado ao Vasco da Gama. Na segunda vez, veio do Palmeiras, ficando de 1997
a 2001. Depois foi para o Cruzeiro. Em 2004, retornou, vindo do Belenenses, de
Portugal. Leonardo é uma unanimidade, faz parte da galeria dos campeões do leão
da Ilha. Um jogador brilhante e inesquecível, um grande vencedor. Leonardo,
conquistou seis Campeonatos Pernambucano (1992, 1994, 1997, 1998,1999 e 2000);
duas Copas do Nordeste (1994 e 2000) e participou das boas campanhas dos
Campeonatos Brasileiro da Série A de 1998 (7º) e 2000 (5º). É o terceiro maior
artilheiro da história do Sport Club do Recife com 136 gols. Leonardo, faleceu
em 1º de março de 2016, vítima de neurocisticercose, aos 41 anos. </span><span style="color: #ffa400;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiQosuV_mnL3e6nHgLYoy-DSIWv7zLiJwQDB8Zwcc11yJzL5tLWrV8kcSPeYwIG0E0v1ImxW1im_-blMbbbmvXvUbC_OmyQk52W9a6qkWacKtuyJwGOhUE4QXWV3exvLL9TpvcVIsbDF02/s1584/IMG_20210630_011942586.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1584" data-original-width="1339" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiQosuV_mnL3e6nHgLYoy-DSIWv7zLiJwQDB8Zwcc11yJzL5tLWrV8kcSPeYwIG0E0v1ImxW1im_-blMbbbmvXvUbC_OmyQk52W9a6qkWacKtuyJwGOhUE4QXWV3exvLL9TpvcVIsbDF02/s320/IMG_20210630_011942586.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>Roberto, o"Coração de Leão", o melhor atacante do Sport da década de 1980.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">11º </span><b><span style="color: #04ff00;">Roberto</span></b><span style="color: #ffa400;">- Roberto Almeida
Nascimento, mais conhecido por</span><span style="color: #04ff00;"> “Roberto Coração de Leão”</span><span style="color: #ffa400;">, atacante, nasceu em 14 de
janeiro de 1959, em Recife. Começou no Sport em 1977, foi adquirir experiência
no futebol de Portugal, retornando em 1979 e ficando até 1982. Roberto, era um
atacante oportunista e de chute potente e certeiro, sempre fazia gols em
clássicos, tornou-se um dos grandes atacantes dos anos 1980, a ponto de ser
convocado para a Seleção Brasileira por Telê Santana. Roberto foi tricampeão
pernambucano 1980,1981 e 1982 e participou da boa campanha do Sport no
Campeonato Brasileiro da Série A em 1981 (10º).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8HFh_nAiJQnyJqADbvbcjpuHHXcWB0muD1IxRf2tZhGwnR8qd0FLhhRF1R4t9ZALN7HmHsZWVatwA3EWjFCcJ-PuQizuhlUYzTOKNGVhxUbu1fDO7ZT0TYXZoWG_H77gsi4IPd6736Hlp/s3264/original_042adc00-3923-436e-9319-6653ed4ba28c_IMG_20210527_142104889.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2448" data-original-width="3264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8HFh_nAiJQnyJqADbvbcjpuHHXcWB0muD1IxRf2tZhGwnR8qd0FLhhRF1R4t9ZALN7HmHsZWVatwA3EWjFCcJ-PuQizuhlUYzTOKNGVhxUbu1fDO7ZT0TYXZoWG_H77gsi4IPd6736Hlp/s320/original_042adc00-3923-436e-9319-6653ed4ba28c_IMG_20210527_142104889.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>Bosco, o goleiro prata-da-casa, que encantou a Ilha do Retiro em 1998 e 2000.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">12º</span><b><span style="color: #04ff00;"> Bosco</span></b><span style="color: #ffa400;"> - João Bosco de Freitas Chaves, goleiro, nasceu em 14 de novembro de 1974, em Escada-PE. Jogava na Desportiva Vitória-PE, quando chegou ao o Sport Recife em 1993, durante alguns anos foi reserva do goleiro Albérico. Em 2001, passou pela Portuguesa de Desportos e o Cruzeiro e retornou para a Ilha do Retiro para as temporadas 2003/04. Bosco, foi sete vezes campeão pernambucano (1994, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000 e 2003). Participou como titular das belas campanhas do Sport Recife, nos Campeonatos Brasileiros da Série A de 1998 (7º) e 2000 (5º). Para muitos, depois do goleiro Magrão, ele é o melhor. Superando até mesmo os inesquecíveis: Manuelzinho, País, Albérico, Manga, Osvaldo Baliza, Gilberto, o bola de prata da Revista Placar; Gustavo e Jeferson.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgasR1R6w13zf-vf1fBCRT2hrhWKrWlyqMPrEO7HH5ktmp5kVAdMa5i9BOT7KRXNUdBxavhScTK9xQ650KZ17e4fgyOXS3DP3-ymMJ39Ur9yjLUXi4WhFidDJrXNbtM2V-VKWaYqQr6RvM5/s350/russo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="350" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgasR1R6w13zf-vf1fBCRT2hrhWKrWlyqMPrEO7HH5ktmp5kVAdMa5i9BOT7KRXNUdBxavhScTK9xQ650KZ17e4fgyOXS3DP3-ymMJ39Ur9yjLUXi4WhFidDJrXNbtM2V-VKWaYqQr6RvM5/s320/russo.jpg" /></a></span></div><span><span style="color: #04ff00;"><b>Russo, um lateral-direito de Seleção.</b></span></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;">13</span><span style="color: #ffa400;">º </span><b><span style="color: #04ff00;">Russo</span></b><span style="color: #ffa400;">
- Ricardo Soares Florêncio, lateral-direito, nasceu em Olinda-PE, no
dia 18 de junho de 1976. Russo, começou nas categorias de base do Sport.
Em 1995, estreou no profissional, no ano seguinte, foi campeão
pernambucano, depois foi negociado ao Vitória-BA. Retornou em 1998,
vindo do Cruzeiro, foi campeão pernambucano, fez uma excelente campanha
no Campeonato Brasileiro da Série A, terminando na 7ª colocação. Depois
veio a ser negociado novamente ao Vitória. Em 2000, retornou ao Sport,
vindo do Botafogo de Ribeirão Preto-SP, onde fez parte de um dos maiores
elencos que o leão da Ilha do Retiro, já montou. Neste ano, o Sport
tornou-se penta campeão pernambucano, campeão da Copa do Nordeste,
vice-campeão da Copa dos Campeões, perdendo para o Palmeiras de Diego
Souza, na final; 5º colocado no Campeonato Brasileiro da Série A, um ano
excelente para o lateral Russo que em julho foi convocado para a
Seleção Brasileira, e só não se apresentou, porque estava disputando a
Copa dos Campeões. No início de 2001, Russo foi para o Santos. Em 2005,
retorna para o Sport, vindo do Spartak Moscou, onde foi campeão
pernambucano de 1996 e fez uma boa campanha no Campeonato Brasileiro da
Série A, ficando na 10º colocação. Em 2007, encerra sua participação no
Sport Club do Recife. Russo foi considerado um dos melhores
laterais-direito em sua época no Brasil. Jogador de muita força,
habilidade, de excelente posicionamento e de grande poder de marcação,
além de fazer ótimos cruzamentos, o tornava um grande lateral.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1MJ008XsvH0b2cD_Z3b4dTlEbQ4M5tkTeGGotHQiaHqwt7YcCP0Foy8TOdUALCinlsjs3TjOQU1qKlUCazGOcF_4_fk4MsvY455_ATamAf58o4xVllweB9rYpKVmN230HzPU4J6EOF-Md/s1969/IMG_20210527_135520600.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1969" data-original-width="1388" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1MJ008XsvH0b2cD_Z3b4dTlEbQ4M5tkTeGGotHQiaHqwt7YcCP0Foy8TOdUALCinlsjs3TjOQU1qKlUCazGOcF_4_fk4MsvY455_ATamAf58o4xVllweB9rYpKVmN230HzPU4J6EOF-Md/s320/IMG_20210527_135520600.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Chico Monte Alegre, zagueiro. Antes de Durval, ninguém brilhou mais na Ilha do que ele.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">14º </span><b><span style="color: #04ff00;">Chico Monte Alegre</span></b><span style="color: #ffa400;"> –
Francisco Cunha, zagueiro, nasceu em 8 de dezembro de 1965, em Monte Alegre-PA.
Ele teve duas passagens pelo Sport. A primeira vez, veio do Clube do Remo-PA e
ficou de 1991 a 1993. Na segunda vez, estava no futebol português, veio do
Paços de Ferreira e ficou no Sport entre 1995 a 1997. Chico Monte Alegre era um
excelente zagueiro, muito eficiente e técnico. Foi campeão Pernambuco em 1991,
1992, 1994 e 1996. Participou da boa campanha do Sport no Campeonato Brasileiro
da Série A, onde ficou na 10ª colocação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtzLsu9aO5dCdjL-Bx3UzGjRvf_CZLljaDlPej8XQtl3O76a95yoqoXNVp76LqJT8F8Vy-loMkVLTBsnE-yTszjuR4xvB5TnBhYkGFOY5aH5V_OrogUNpLZ4dIR-cWdTBJgpj1bpGfc_Nb/s379/20150320151037177203u_750x405.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="379" data-original-width="236" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtzLsu9aO5dCdjL-Bx3UzGjRvf_CZLljaDlPej8XQtl3O76a95yoqoXNVp76LqJT8F8Vy-loMkVLTBsnE-yTszjuR4xvB5TnBhYkGFOY5aH5V_OrogUNpLZ4dIR-cWdTBJgpj1bpGfc_Nb/s320/20150320151037177203u_750x405.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Bria, o zagueiro, septa campeão pernambucano. Vestiu a camisa rubro-negra durante 14 anos.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">15º <span style="color: #04ff00;"><b>Bria</b></span> - Cosme Rodrigues de Melo, lateral-direito/zagueiro-central, nasceu em 12 de maio de 1928, no município de Santo Amaro-BA. Bria, chegou ao futebol profissional do Sport Club do Recife, sem passar pelo futebol de base. Multifuncional no setor defensivo e um grande marcador, com esse perfil, ele, vestiu a camisa do leão da Ilha do Retiro durante 14 anos, arrebatando sete títulos do Campeonato Pernambucano (1949, 1953, 1955, 1956, 1958, 1961 e 1962). </span></p><span style="color: #04ff00;"><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhfhU_XCb4LWYhhDCeLQKUGxmMmGxc3m6G7qt2IwbRh5u4XHiZ4pQLXME2OtaW-SD5_ahGyD9p_GbK5v2oNTz0kQBZLxRK2ch_AHKtfariMlAeYbbjOBYgurvhD4CTH5i337NE9Q1MBSTK/s3264/IMG_20210630_131356717.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhfhU_XCb4LWYhhDCeLQKUGxmMmGxc3m6G7qt2IwbRh5u4XHiZ4pQLXME2OtaW-SD5_ahGyD9p_GbK5v2oNTz0kQBZLxRK2ch_AHKtfariMlAeYbbjOBYgurvhD4CTH5i337NE9Q1MBSTK/s320/IMG_20210630_131356717.jpg" /></a></div></div><div><b>Dedé, Duas passagens vitoriosa pelo leão da Ilha.</b></div></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">16º <span style="color: #04ff00;"><b>Dedé</b></span> - Válter José Pancieri, lateral-esquerdo, nasceu em 17 de março de 1969, em Colatina-ES. Grande lateral, viveu uma grande fase na Ilha do Retiro. O Sport tinha um time jovem e muito bom, Dedé, foi um dos grandes destaques da equipe. Teve duas passagens pelo Sport, a primeira vez, veio do América de Rio Preto-SP em 1994, depois do Campeonato Pernambucano, sendo campeão da Copa do Nordeste deste ano, depois foi para o Guarani de Campinas-SP. Em 1996, retornou à Ilha, vindo da Ferroviária de Araraquara-SP para ser bicampeão pernambucano 1996/97, além de fazer um bom Campeonato Brasileiro da Série A, terminando na 10º colocação.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggbOUQcPqUpqCdgDJUE7bMBxpomUssPTHF4YRdxiygcerGYB-xlzN2GCqPYLuvmtAvT9-ahIKeVsPlXzTT3-X6TBLOqUc7SpVAu0TQkicyOTNT8ZYbEV3xAj26azKRTDxOsSa5QJjK5czB/s540/arq_290673.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="504" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggbOUQcPqUpqCdgDJUE7bMBxpomUssPTHF4YRdxiygcerGYB-xlzN2GCqPYLuvmtAvT9-ahIKeVsPlXzTT3-X6TBLOqUc7SpVAu0TQkicyOTNT8ZYbEV3xAj26azKRTDxOsSa5QJjK5czB/s320/arq_290673.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Ribamar, o maestro do Sport Recife, do polêmico Brasileirão de 1987.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">17º - <span style="color: #04ff00;"><b>Ribamar</b></span> - Ribamar José Dênis, meia, nasceu em 10 de novembro de 1962 em Curitiba-PR. Veio do Santos para o Sport em 1987 e tornou-se o grande ídolo da torcida leonina. Meia avançado, de muita técnica e goleador. Foi campeão do polêmico Campeonato Brasileiro da Série A, onde o Flamengo e o Internacional, finalistas da Copa União, se recusaram a disputar as finais oficializadas pela CBF. O fato é que, o título veio para a Ilha do Retiro e é reconhecido pela Fifa. Ribamar, ainda foi campeão pernambucano de 1988 e liderou a equipe do Sport, que disputou pela primeira vez, a Libertadores da Ámerica, depois foi para o Corinthians. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVO75LeWGtMfGssOrrzr5pFrYBM91msVNJgkbiq6JgeD37dRrwvzAWzPXD1JpeU1odik6lqsRxdXI-9lDS2A3gP64W-SK-5H8ZPGj0uissRc9YEAxOP8oUOsH3JABdDqR0KGpNzybdoVFZ/s512/adriano-gerlin-recife-1587982397-37127.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVO75LeWGtMfGssOrrzr5pFrYBM91msVNJgkbiq6JgeD37dRrwvzAWzPXD1JpeU1odik6lqsRxdXI-9lDS2A3gP64W-SK-5H8ZPGj0uissRc9YEAxOP8oUOsH3JABdDqR0KGpNzybdoVFZ/s320/adriano-gerlin-recife-1587982397-37127.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>Adriano, o imperador do Sport. Chegou e brilhou.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">18º <span style="color: #04ff00;"><b>Adriano</b></span> - Adriano Gerlin da Silva, meia, nasceu em 20 de setembro de 1974, em Dracena-SP. Outro meio-campista que fez sucesso no futebol pernambucano. Ele , que em 1999, fez um excelente Campeonato Pernambucano pelo Clube Náutico Capibaribe, mas, pertencia ao Atlético Mineiro, logo despertou o interesse do Sport, que o contratou. Adriano, chegou e não decepcionou, tornou-se ídolo da torcida. Em 2000, conquistou o penta Campeonato Pernambucano, foi campeão da Copa do Nordeste, vice-campeão da Copa dos Campeões, perdendo para o Palmeiras na final, lá em Maceió. e fez um excelente Campeonato Brasileiro da Série A, onde foi o 5º colocado. Para muitos rubro-negros, o melhor elenco que o Sport Club do Recife já teve. Depois de dar muitas alegrias a torcida leonina, ele foi para o Urawa Red Diamonds, do Japão. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxJEdUrLetmfpolthN_lF2Y5J_GeqNj9yLuOP3EroN60GzjN0Wud4uv4LBqGGQLhw8BydQOMJI1bCaJF3dImVPbZ5buSwB5lifbKkMS2ZefpzGP7rBejz0R8TYfBKeioS9WJnWhGxZcpHf/s2819/original_083aadab-fcc8-4d98-99f2-9280eb22f36d_IMG_20210527_094329226.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2819" data-original-width="2394" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxJEdUrLetmfpolthN_lF2Y5J_GeqNj9yLuOP3EroN60GzjN0Wud4uv4LBqGGQLhw8BydQOMJI1bCaJF3dImVPbZ5buSwB5lifbKkMS2ZefpzGP7rBejz0R8TYfBKeioS9WJnWhGxZcpHf/s320/original_083aadab-fcc8-4d98-99f2-9280eb22f36d_IMG_20210527_094329226.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Raúl Bentancor, o uruguaio que encantou a Ilha do Retiro.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">19º <span style="color: #04ff00;"><b>Raúl Bentancor</b></span> - Raúl Higino Bentancor Ferraro, meia, nasceu em 11 de janeiro de 1930, em Montevidéu, Uruguai. Veio do Montevideo Wanderers em 1959 e ficou no Sport Recife até 1963. Fez 250 jogos e marcou 91 gols com a camisa leonina. Foi bicampeão pernambucano 1961/62. Ficou marcado pela sua liderança e técnica. É considerado por antigos torcedores e a imprensa esportiva de Pernambuco, como o melhor jogador da história do Sport Club do Recife. Faleceu aos 82 anos, em 3 de maio de 2012.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuDtbl345n7S9JzhbfZRD9j7sfBZkIGK1dFvfmsaeXQZfQzsmAmyfrLkfTGJpdRZnLNyzTVzhLWwkg1q0XKXAqMMyfKDDm0fJ6ogRj4d7-ASqT2VeznwodZspTaNJvY9tBZxV0iD1Jd_WY/s400/ademir+menezes+grande+%25281%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="248" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuDtbl345n7S9JzhbfZRD9j7sfBZkIGK1dFvfmsaeXQZfQzsmAmyfrLkfTGJpdRZnLNyzTVzhLWwkg1q0XKXAqMMyfKDDm0fJ6ogRj4d7-ASqT2VeznwodZspTaNJvY9tBZxV0iD1Jd_WY/s320/ademir+menezes+grande+%25281%2529.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>Ademir Menezes, o goleador do Sport que encantou o Brasil.</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">20º <span style="color: #04ff00;"><b>Ademir Menezes</b></span> - Ademir Marques de Menezes, atacante, nasceu em 8 de novembro de 1922, no Recife. Morador do bairro do Pina, foi revelado pelo Sport Recife, e tornou-se um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro. Rápido, velocista e um finalizador nato. Começou na base do Sport Recife, sendo campeão e artilheiro do Campeonato Pernambucano de 1941. numa excursão ao sudeste e sul do país, o time do Sport foi tão bem, que oito jogadores foram negociados e não voltaram, inclusive Ademir que acabou ficando no Fluminense. Depois de fazer sucesso no Vasco da Gama e na Seleção Brasileira, onde participou e foi artilheiro da Copa do Mundo de 1950, Ademir volta em 1957, para o time que lhe projetou no cenário nacional e encerra a carreira de jogador. Não é a toa que foi erguida uma estátua em frente ao estádio da Ilha do Retiro, em sua homenagem. Ademir Menezes, faleceu em 11 de maio de 1996.</span></p><div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD3Atn50XwraOJA0hrPXQLRic0CQc3PXjyX4W9vUKdPD9oSYA2lZeOdbc8P3bbSXBHie_3c9vLh227L1nv7rFttKXg9_GhDqMMjjToz45jX6ch10tGcbgPGcI27fXCdu2visxszMxWGI9E/s3150/original_71c566bc-59ac-40ba-9874-3d98cb1b2be0_IMG_20210527_094420599.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3150" data-original-width="1814" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD3Atn50XwraOJA0hrPXQLRic0CQc3PXjyX4W9vUKdPD9oSYA2lZeOdbc8P3bbSXBHie_3c9vLh227L1nv7rFttKXg9_GhDqMMjjToz45jX6ch10tGcbgPGcI27fXCdu2visxszMxWGI9E/s320/original_71c566bc-59ac-40ba-9874-3d98cb1b2be0_IMG_20210527_094420599.jpg" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Dadá Maravilha, chegou e deu o título ao Sport após 12 anos de jejum, foi artilheiro duas vezes seguidas no estadual e marcou até dez gols num só jogo</b>.</span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">DADÁ MARAVILHA</span></b><span style="color: #ffa400;"> - Dario José dos
Santos, atacante, nasceu no subúrbio carioca de Marechal Hermes. Veio a
Pernambuco jogar pelo Sport Recife em 1975, contratado junto ao Flamengo sendo
logo campeão pernambucano e artilheiro, ajudando o Sport Recife a ser campeão
pernambucano após 12 anos de espera. Em 1976, não foi campeão, mas foi
artilheiro do campeonato novamente. Apesar de não ter muita habilidade com a
bola, era oportunista, raçudo, tinha excelente colocação dentro da área
adversária e fazia muitos gols de cabeça. Jogador folclórico e marqueteiro,
jogando pelo Sport Recife recebeu o apelido de “Dario Peito de Aço” e marcou 94
gols, sendo o 6º maior artilheiro da história do clube leonino. </span></p></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUHXkuAuM-mV9kB1k-RLCGdQv6636NKyn1HPkNNi0NK0KNJTDj0SrQMGMbYGXAEYuJpTyjFfVLZumd9-cYtpJiyLzuAWA81VJkVqPmYzDdLyfev8Z15p-aSOeKYBgD3xub3dYZUjNBx50b/s622/622_93b480fe-f9d8-3cc9-bd18-6036ef0993cc.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="622" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUHXkuAuM-mV9kB1k-RLCGdQv6636NKyn1HPkNNi0NK0KNJTDj0SrQMGMbYGXAEYuJpTyjFfVLZumd9-cYtpJiyLzuAWA81VJkVqPmYzDdLyfev8Z15p-aSOeKYBgD3xub3dYZUjNBx50b/s320/622_93b480fe-f9d8-3cc9-bd18-6036ef0993cc.png" width="320" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Neto Baiano, chegou na Ilha para ser o melhor.</b></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">22º <span style="color: #04ff00;"><b>Neto Baiano</b></span> - Euvaldo José de Aguiar Neto, atacante, nasceu em 17 de setembro de 1982, em Ituaçu-BA. Veio do Goiás para o Sport Recife em 2013, para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B, onde foi um dos principais jogadores da equipe, conseguindo o acesso para a Série A. Em 2014, Foi campeão pernambucano e da Copa do Nordeste, sendo escolhido, como o melhor jogador nas duas competições. No Campeonato Brasileiro da Série A, fez um gol de meio de campo contra o Botafogo-RJ, sendo escolhido, como o gol mais bonito da competição. Neto Baiano é um atacante irreverente, polêmico, oportunista e que chuta bem de fora da área. Caiu nas graças da torcida leonina por fazer gols nos momentos decisivos. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/ Vozes da Zona Norte (DIREITOS RESERVADOS)</span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco, Jornal do Comercio/Recife, Revista Placar, Livro: 85 anos de bola rolando, de Givanildo Alves. FPF/ Edições Bagaço. Arquivo Pessoal. </span></b><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-65707835880004229002021-04-22T19:50:00.004-03:002021-04-22T20:11:20.480-03:00O discurso histórico do deputado Mário Monteiro durante a Revolução de 1964 <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijTYm43wY821eDZDJSex24HuKuXLLWY0Q4qPhvS-7Aq4_vDWruynMa0b3pNfSYCFsPCVsV3EvZ7l5ha1yC0QOoi7hZqzT-UIWl6GVo6x5_YnvMLFk0TzNG4rgcZNRPfqmSmzUGOfrjlOgY/s632/CasteloBranco65.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="632" data-original-width="576" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijTYm43wY821eDZDJSex24HuKuXLLWY0Q4qPhvS-7Aq4_vDWruynMa0b3pNfSYCFsPCVsV3EvZ7l5ha1yC0QOoi7hZqzT-UIWl6GVo6x5_YnvMLFk0TzNG4rgcZNRPfqmSmzUGOfrjlOgY/s320/CasteloBranco65.jpg" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">A visita do Presidente da República, Marechal Humberto Castelo Branco ao Recife em 1965. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Sandoval Loureiro/DP.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Seis meses após o golpe militar
de 1964, uma sessão na Assembleia Legislativa de Pernambuco chamou nossa
atenção pela forma como foi feito os pronunciamentos e a visão dos
parlamentares na época e os pontos de vista da situação e da oposição, onde
mencionam a situação difícil</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">da
população, com destaque, os aspectos econômicos e sociais da população da
região do populoso bairro de </span><span style="color: #04ff00;">Casa</span> <span style="color: #04ff00;">Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, na região norte do Recife. O crítico
do regime militar, o deputado estadual, </span><span style="color: #04ff00;">Mário Monteiro</span><span style="color: #ffa400;">, onde na ocasião tinha
um forte reduto eleitoral em Casa Amarela, detona o regime e se demonstra
decepcionado com a postura do governo diante de uma inflação altíssima e a
situação crítica da população pobre do Recife. O deputado </span><span style="color: #04ff00;">Nivaldo Machado</span><span style="color: #ffa400;">, por
sua vez, sai em defesa do regime militar alegando o pouco tempo de Governo. Se
traçamos um paralelo dessa época aos dias atuais, notaremos que as grandes
dificuldades econômicas e sociais se assemelham e muito a nossa atual realidade. Participaram ainda desse debate os </span><span style="color: #04ff00;">deputados estaduais:</span><span style="color: #ffa400;"> Andrade
Lima, Antônio Corrêa e Airon Rios. O embate aconteceu na sessão da Assembleia
Legislativa de Pernambuco no dia </span><span style="color: #04ff00;">13 de outubro de 1964</span><span style="color: #ffa400;">, o discurso histórico,
atribuído ao deputado estadual, Mario Monteiro, segue na íntegra com seus
apartes:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Mário Monteiro</span></b><span style="color: #ffa400;"> - Senhor
Presidente, senhores deputados, novos rumos para a política brasileira era o
que se esperava depois da Revolução de 31 de março e esperava-se também que os
poderes constituídos minorassem o padecimento social e econômico desse povo
sofredor desta vasta região que é o Nordeste, mas, senhor Presidente e senhores
deputados talvez as classes produtoras alheias ao que foi a revolução de terra
e mar o queixam passar despercebido o fim para que foi feita aquela revolução.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Era para que houvesse moralidade
administrativas nas repartições públicas, mas o povo brasileiro esperava muito
mais, esperava que o seu padecimento econômico e social fosse enquadrado dentro
do esquema da revolução. E os dias se passam, espera-se que tenha condição de
sobrevivência a classe menos favorecida que é justamente a do trabalhador
brasileiro. E, o que se vê, senhor Presidente e senhores deputados, é a
</span><span style="color: #04ff00;">inflação</span><span style="color: #ffa400;"> que aí está como um flagelo a este povo sofredor, e já se implantam
nas autarquias e nas repartições públicas e com galhardia se apresentam os
falsos líderes tão comum na época passada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Lembro-me perfeitamente, que a
infestação desses falsos líderes no regime passado muito concorreu para que a
revolução se implantasse e nos desse a ideia de que uma nova aurora surgiria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na República Brasileira, mas depois desses
expurgos, talvez desesperançado, espera o povo, não sei como, um milagre, que
talvez se dê dentro desse próprio regime, esperando que homens esclarecidos
façam com que as Casas do Congresso, enxerguem o que se passa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>neste vasto país. E, podem ficar certo, sr.
Presidente e senhores deputados, que aquele estado de coisa muito concorreu a uma
situação vexatória. As chamadas classes produtoras tinham suas cotas de
responsabilidade ante o fracasso dessa revolução que foi realizada há 31 de
março.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Nivaldo Machado</span></b><span style="color: #ffa400;"> –
Deputado Mário Monteiro, sou daqueles que não anda</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">de turíbulo a mão , a incensar os poderosos
do dia, mas antes estas atitudes de criticar por criticar, muitas vezes visando
uma conduta sempre emocional do povo há uma diferença ou há uma distância muito
grande, e se até o momento não podemos ainda aquilatar os resultados positivos
da revolução democrática</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">de 31 de março,
não temos ainda motivos bastantes para criticá-la e muito menos para
considerá-la um fracasso. Os propósitos que inspiram aquele movimento foram os
mais honestos e a frente do Governo está um grupo de homens sob a liderança do
</span><span style="color: #04ff00;">Marechal Castelo Branco</span><span style="color: #ffa400;">, que dispõe</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">de
capacidade e de conhecimento dos problemas nacionais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Uma observação mesmo superficial,
das medidas que o Governo vêm tomando<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>até o momento salvo algumas exceções, impõe a confiança nos destinos
desta nação. O que não é possível é esperar em seis meses apenas o governo
possa ter contribuído para minorar os males do povo vitima durante tantos anos,
da demagogia, da falsidade, da mentira, da desonestidade, do embuste e da falta
de espirito público de muitos daqueles que passaram pelos destinos que tiveram
responsabilidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de dirigir o destino
deste país. De modo que não sendo, como disse propenso a incensar os poderosos
do dia ou não posso por uma questão de consciência e por amor a verdade , não
posso deputado Mário Monteiro, apressar-me e em sã consciência afirmar em alto
e bom som que a revolução é um fracasso. Porque, não é demasiado que repita, o
tempo ainda é muito pequeno para que as medidas tomadas pelo governo possam
produzir aqueles frutos que a nação espera levá-la aos seus grandes destinos
sem correr para instalação de uma ordem política e social mais humana, mais
justa e mais democrata e que possa assegurar não a meia dúzia, mas, a todos. Um
índice, um padrão de vida decente, um padrão de vida correspondente a dignidade
da pessoa humana.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8aoHUX8BCftB-vf2Mz1vSLAoyJZnSEkk4GdCD6lvGlngVEx_NhOn2L5n3eHTtv4oaAFAzWec7irm1RJ6ZZKUxIVgYdPVw7AJZXST-6R_sCFa9sfH5phkaJRPrZfL1XN-KVFBBD4kSWt-p/s157/marioMonteiro.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="157" data-original-width="97" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8aoHUX8BCftB-vf2Mz1vSLAoyJZnSEkk4GdCD6lvGlngVEx_NhOn2L5n3eHTtv4oaAFAzWec7irm1RJ6ZZKUxIVgYdPVw7AJZXST-6R_sCFa9sfH5phkaJRPrZfL1XN-KVFBBD4kSWt-p/w198-h320/marioMonteiro.jpeg" width="198" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="color: #04ff00;">Mário Monteiro</span></b></td></tr></tbody></table></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Mário Monteiro</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Quero
agradecer o aparte de V. Excia, mas senhor deputado não fiz sentir à V. Excia
nem a nenhum deputado que a revolução de 31 de março fracassou. Aqui está uma
</span><span style="color: #04ff00;">advertência </span><span style="color: #ffa400;">às chamadas classes produtoras que solicitam do governo medidas
necessárias para a sua sobrevivência. Principalmente agora quando está prestes
a efetuar o </span><span style="color: #04ff00;">pagamento</span><span style="color: #ffa400;"> do 13º mês. A ela cabe, senhor Presidente, senhor
deputado Nivaldo Machado. Tomar as medidas necessárias para que o trabalhador
sinta-se seguro neste regime para que o desespero não seja o fantasma
necessário para uma revolução contra aqueles que se dizem proprietários, e é
precisamente por esta advertência. Senhor deputado, tão oportuna e necessário
para que não fracasse a revolução de 31 de março. Que em boa hora fez expurgar
os elementos subversivos e corruptos. Faço portanto um apelo às classes
produtoras do Brasil para que hajam com prudência para minorar o sofrimento e o
padecimento social e econômico deste povo.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Andrade Lima</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Sinto-me na
obrigação de aplaudir o discurso de V. Excia. e não podia ser diferente o
comportamento de um deputado que nesta casa representa uma parcela do povo
humilde, representa os homens dos morros de </span><span style="color: #04ff00;">Casa Amarela</span><span style="color: #ffa400;">, aquela população
quase faminta, do </span><span style="color: #04ff00;">Morro da</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Conceição</span><span style="color: #ffa400;">, do </span><span style="color: #04ff00;">Vasco da Gama</span><span style="color: #ffa400;">, do Recife enfim. V.
Excia. não poderia, neste instante, a conduta de um governo que permite que o
</span><span style="color: #04ff00;">preço da carne</span><span style="color: #ffa400;"> com osso se eleve até CR$ 1.000 mil cruzeiros o quilo. Que
permite que o preço do </span><span style="color: #04ff00;">arroz</span><span style="color: #ffa400;"> se eleve até CR$ 400 quatrocentos cruzeiros o
quilo. E que também se eleve o preço do </span><span style="color: #04ff00;">feijão</span><span style="color: #ffa400;">, enquanto a maioria dos
vencimentos inclusive o salário mínimo permaneçam como estavam no ano passado.
V. Excia se quiser reeleger-se e quiser</span><span style="color: #ffa400;">
</span><span style="color: #ffa400;">continuar a representa como tem representado, o povo do Recife, terá que
reclamar hoje e sempre contra a situação de miséria e de fome que atravessa o
povo brasileiro. </span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6W7KKk7uyzi8CTBj279H4Gl8TdYBqMCriyhmT3q99tfT5Q6Ra9JPPdHFdJ4m_ap1cG886hx2sYZR676o31rBuB6Wh7aiYPyUvFNud0lBt-ZIxjCHzNPSICTUv9gyGpCNIr-IX9xPntir7/s608/Nivaldo+Machado+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="608" data-original-width="492" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6W7KKk7uyzi8CTBj279H4Gl8TdYBqMCriyhmT3q99tfT5Q6Ra9JPPdHFdJ4m_ap1cG886hx2sYZR676o31rBuB6Wh7aiYPyUvFNud0lBt-ZIxjCHzNPSICTUv9gyGpCNIr-IX9xPntir7/s320/Nivaldo+Machado+3.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="color: #04ff00;">Nivaldo Machado</span></b></td></tr></tbody></table></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Nivaldo Machado</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Não
disse que V. Excia afirmava que a revolução fora um fracasso. Eu disse que
nenhum de nós, em sã consciência, poderia fazer tal afirmativa. Mas ouvindo
agora o aparte</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">do nobre líder da que
nenhum de nós pode deixar reclamar minoria, deputado Andrade Lima, que afirma
medidas em favor do povo. Defendendo melhores condições de vida: Eu direi a V.
Excia e ao deputado Andrade Lima, que reclamar nós continuaremos a reclamar,
mas também, temos a obrigação de acusar, de acusar os verdadeiros responsáveis
por esse estado de coisas, que são, exatamente, aqueles que foram banidos pelo
movimento democrático de 31 de março, aqueles que se cevaram no poder. Que
tiraram dele as maiores vantagens, em detrimentos dos superiores interesses da
coletividade. Reclamar é obrigação do mandato que nós recebemos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nós continuaremos a reclamar, a
aclamar e a pedir, mas não fugiremos à responsabilidade de dizer, perante esta
nação iludida, quais os </span><span style="color: #04ff00;">verdadeiros responsáveis</span><span style="color: #ffa400;"> pela sua situação, pela
situação de quase fome, pela situação de miséria. Essa responsabilidade não
pode deixar de estar nos ombros dos que governaram esse país durante tantos
anos e que jamais olharam para os verdadeiros interesses do povo, falando em
nome desses interesses, para os interesses pessoais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>Deputado Andrade Lima</b></span><span style="color: #ffa400;"> – (Dirigindo-se
ao orador) Desejo dizer a V. Excia que faz seis meses que se instalou esse
governo e o deputado Nivaldo Machado </span><span style="color: #04ff00;">continua a responsabilizar</span><span style="color: #ffa400;"> o governo
passado por tudo que acontece de ruim ainda hoje. Se V. Excia viver mais seis
anos, haverá de aqui o deputado Nivaldo Machado responsabilizar o governo
passado por tudo de ruim quanto possa acontecer ainda!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Airon Rios</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Apenas
aproveitando o aparte do deputado Andrade Lima, podemos dizer a V. Excia que
não sei se daqui a seis anos seria correto ainda responsabilizar o governo, por
exemplo do sr. Miguel Arraes, do sr. João Goulart por todos os desacertos que
foram cometidos e que nós estamos sentindo seus efeitos: porém, atualmente, é
corretíssimo. É atualíssimo, que se responsabilize essa administração cujos
efeitos desastrados estamos todos nós vivendo e pagando seu ônus. De sorte que
o aparte do deputado Nivaldo Machado é um aparte presente. Não tem nada de
futurismo da defesa do líder da oposição. Ora o aparte que eu queria dar a V.
Excia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Antônio Corrêa</span></b><span style="color: #ffa400;"> –
Deputado Mário Monteiro, V. Excia está fazendo hoje um discurso que merece todo
nosso aplauso e todo nosso apoio. Fomos daqueles que saudaram na revolução de
31 de março, o primeiro passo para a solução dos problemas básicos do povo
brasileiro, e de modo especial do pernambucano. Infelizmente, decorridos </span><span style="color: #04ff00;">seis
mese</span><span style="color: #ffa400;">s, nós estamos sentindo na administração federal o </span><span style="color: #04ff00;">desejo</span><span style="color: #ffa400;"> de esmagar, de
liquidar, de reduzir à expressão mais simples, o </span><span style="color: #04ff00;">Nordeste.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sabe V. Excia, que as </span><span style="color: #04ff00;">indústrias</span><span style="color: #ffa400;">
principiantes nossas estão </span><span style="color: #04ff00;">fechando</span><span style="color: #ffa400;"> por falta de crédito. A política do </span><span style="color: #04ff00;">Banco
do Brasil</span><span style="color: #ffa400;"> é uma política criminosa, porque está permitindo, está desenvolvendo,
está estimulando a </span><span style="color: #04ff00;">agiotagem</span><span style="color: #ffa400;">, emprestando dinheiro a 10% e a 15% ao mês.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Enquanto isso, o agricultor, o
pequeno industrial sofre as consequências dessa política inerte, dessa política
deflacionária. Os </span><span style="color: #04ff00;">gêneros alimentícios</span><span style="color: #ffa400;"> sobem assustadoramente; a</span><span style="color: #04ff00;"> carne</span><span style="color: #ffa400;"> apenas
em uma semana aumentou CR$ 200 cruzeiros; sobem as </span><span style="color: #04ff00;">passagens de ônibus</span><span style="color: #ffa400;">, sobe o
</span><span style="color: #04ff00;">preço da gasolina</span><span style="color: #ffa400;">. E o homem pobre, o homem de poder aquisitivo reduzido tem
que apertar o seu cinturão: sobem os </span><span style="color: #04ff00;">remédios</span><span style="color: #ffa400;">; daí deputado Mário Monteiro,
acho que o discurso de V. Excia. Na tarde de hoje está sendo dos mais
oportunos, é um grito de alerta aqueles que pensam nos seus gabinetes fechados,
confortavelmente instalados, inclusive até numa temperatura amena provocada
pelos aparelhos de ar condicionado. Mas, na verdade o operário ganhando muito
menos, está muito mais sacrificado, o homem da classe média não tem sequer
dinheiro para comprar uma gravata. Tudo isso decorrência, tudo isso produto,
dessa política financeira suicida levantada pelo governo. E, o homem dos
córregos e o homem dos morros é a maior vítima.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">E, V. Excia, como um de seus
representantes, não poderia ter outra atitude senão esta. A advertir, a de
chamar a atenção, a de chamar à responsabilidade. Para que amanhã se esse país
marchar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para a degringolada, ou para o
caos, não pesar na sua consciência a responsabilidade de dentro do possível ter
estilizado usando a tribuna, que é a arma do parlamentar, para mostrar os
Poderes Públicos como eles estão errados. Aceite V. Excia, a minha irrestrita
solidariedade ao discurso de V. Excia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Deputado Mário Monteiro</span></b><span style="color: #ffa400;"> – Quero
agradecer a colaboração que V. Excia dada ao discurso que pronuncia. Mas, Sr.
Presidente, senhores deputados, nós que neste parlamento concorremos para esse
estado de coisa, temos o dever, e, sobretudo a obrigação de cobrar dos poderes
constituídos dias melhores para nossos coirmãos, e ao encerrar as minhas
considerações, renovo aqui esta advertência. Advertência que faço ao Sr.
Presidente da República, aos governadores de Estado e às classes produtoras do
Brasil.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgLqn1qiJeA1pIB1PAOpfbfidt76x_m1t2O6eJaxx63kNUfulU6epoXYJZPxkil0bIq-N7djMAC_S2Sn7TXVh0Ot_Heq9Jff4TUya_aisiq0wnLL7HyqfDtXSiDaCbKQTgKnYnwkNoYYoO/s470/Goulart.MiguelArraes64.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="230" data-original-width="470" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgLqn1qiJeA1pIB1PAOpfbfidt76x_m1t2O6eJaxx63kNUfulU6epoXYJZPxkil0bIq-N7djMAC_S2Sn7TXVh0Ot_Heq9Jff4TUya_aisiq0wnLL7HyqfDtXSiDaCbKQTgKnYnwkNoYYoO/s320/Goulart.MiguelArraes64.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O Presidente da República, João Goulart e o Governador de Pernambuco, Miguel Arraes foram depostos em 2/4/1964, pelo Regime Militar. Foto: Jornal do Comércio/Recife</span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;">*</span><span style="color: #ffa400;">O Deputado Mário Monteiro de
Melo, era médico, foi vereador, e mantinha um consultório médico no bairro de
Casa Amarela onde atendia a população pobre gratuitamente. Quando estava preste
a assumir o seu quinto <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mandato como
deputado estadual, foi internado e veio a falecer no dia 13 de fevereiro de
1979, vítima de edema pulmonar, foi sepultado no Cemitério de Casa Amarela,
deixando 25 filhos. Um de seus filhos era o vereador Carlos Monteiro. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;">*</span><span style="color: #ffa400;">Durante esse histórico discurso,
o Presidente do Brasil era o General Humberto Castelo Branco e o Governador de
Pernambuco era Paulo Pessoa Guerra. Antes, o Presidente da República era João
Belchior Marques Goulart e o Governador de Pernambuco era Miguel Arraes de
Alencar, ambos foram depostos durante a Ditadura Militar no dia 2 de abril de
1964. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/BLOG VOZES DA
ZONA NORTE.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Diário Oficial de
Pernambuco e Diário da Manha/Cepe. </span><span style="color: #ffa400;"> </span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-86342131029548359302021-04-17T02:57:00.005-03:002023-06-11T10:41:49.712-03:00Na Ladeira do Boi, surge o bairro do Alto José Bonifácio (Recife) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL2qPdVZeR6v6GhqOAKO7ojU_7EFpZxJ75KphtR40HViEXjI8qwJuouUgWRMeyS4fvUgg8RVU-O7mbrteENmtQvrbqByK3roNH6cHZnRUmSKVfGBGc6odwESRkLE03xuEuMT6TvTNZcc-f/s320/Bonif%25C3%25A1cio1vcg.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL2qPdVZeR6v6GhqOAKO7ojU_7EFpZxJ75KphtR40HViEXjI8qwJuouUgWRMeyS4fvUgg8RVU-O7mbrteENmtQvrbqByK3roNH6cHZnRUmSKVfGBGc6odwESRkLE03xuEuMT6TvTNZcc-f/s0/Bonif%25C3%25A1cio1vcg.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O Alto José Bonifácio tornou-se
bairro em 1988.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O bairro do Alto José
Bonifácio fica localizado na parte noroeste da cidade do Recife e fica a
7,27 Km do Centro da cidade. Sua população de acordo com o último censo
realizado em 2010 é de </span><span style="color: #04ff00;">12.462</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">habitantes</span><span style="color: #ffa400;">, sendo 5.863 pessoas do sexo masculino
e 6.599 pessoas do sexo feminino. Sua densidade demográfica é de 219,26
habitantes por hectare. </span><span style="color: #04ff00;">Faz divisa</span><span style="color: #ffa400;"> com os bairros de Brejo de Beberibe, Linha
do Tiro, Alto Santa Terezinha, Alto José do Pinho, Morro da Conceição e Vasco
da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 7 de março de 1881, a
Câmara Municipal do Recife, presidida por José Mariano Carneiro da Cunha,
aprovou uma lei que delineou os </span><span style="color: #04ff00;">dezessete quarteirões</span><span style="color: #ffa400;"> que compuseram
a Freguesia do Poço da Panela. O Brasil era governado pelo imperador Pedro
II e o Presidente da Província de Pernambuco, era Franklin Américo de Menezes
Dória, o Barão de Loreto. A região que hoje fica localizado o bairro do </span><span style="color: #04ff00;">Alto
José Bonifácio</span><span style="color: #ffa400;">, fazia parte do 4º quarteirão da Freguesia do Poço da
Panela. Nesta época, o morro onde fica o Alto José Bonifácio era desabitado e
de vegetação rasteira ou de pequeno porte. Existia apenas uma estrada estreita
de terra denominada de Arraial do Beberibe ou Brejão, estrada que ligava o
povoado de Beberibe à Estrada do Bartolomeu e o Morro do Arraial (atual Morro
da Conceição).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto-Lei Nº 324, de 31 de
julho de 1942, distribuiu os bairros do Recife em quatro distritos e Casa
Amarela que pertencia à Freguesia do Poço da Panela, passou a ser um bairro e
fez parte do 4º Distrito, juntamente com os bairros de Poço, Várzea e Beberibe.
Com esse decreto, o Alto José Bonifácio, ficou dividido oficialmente entre
os bairros de Casa Amarela e Beberibe, já que a </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Boi</span><span style="color: #ffa400;">, partindo do
Brejo até a Estrada do Bartolomeu, serviu como divisória. Por causa dessa
divisória, a parte que fica o </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Serrinha,</span><span style="color: #ffa400;"> Alto do Brasil, Alto da
Saudade, Córrego São Domingos Sávio e Córrego José Grande, ficaram pertencendo
ao bairro de Beberibe. Já do lado oposto, da quadra poliesportiva, do
Boqueirão e do Córrego do Euclides, ficaram pertencendo ao bairro de Casa
Amarela, ficando assim, até o Alto José Bonifácio torna-se um bairro em
1988. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> O Alto José Bonifácio
</span><span style="color: #04ff00;">tornou-se bairro</span><span style="color: #ffa400;"> através do Decreto Municipal Nº 14.452 de 26 de outubro de
1988, sancionado pelo prefeito Jarbas Vasconcelos e ratificada pela Lei
Municipal Nº 16.293 de 3 de fevereiro de 1997, sancionada pelo prefeito Roberto
Magalhães, que criou as RPAs (Região Político-Administrativa). O Alto José
Bonifácio faz parte da RPA- 3, Microrregião 3.2.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> O </span><span style="color: #04ff00;">Alto José Bonifácio</span><span style="color: #ffa400;"> ficou
delineado da seguinte forma:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Começa na confluência
das ruas </span><span style="color: #04ff00;">Córrego José Grande</span><span style="color: #ffa400;">, Padre Oliveira, Córrego do Bartolomeu e Córrego
do Euclides, segue por este último logradouro por onde atinge a rua Córrego do
Ouro, onde segue até o encontro da rua Aratuba, onde deflete à direita e segue
para rua Alto do Bambu; deflete à esquerda e segue por esta até atingir a rua
Nossa Senhora de Fátima, daí segue para rua Ary Peter, por onde atinge a rua vereador
Otácilio Azevedo (Estrada do Brejo), onde deflete à direita atingindo a rua
Frei Jorge, por onde alcança a rua Bismarck de Freitas, onde deflete à direita
para atingir a rua Gustavo Barroso, onde deflete à direita alcançando a rua
Alto da Serrinha e segue por esta até atingir a rua Hidrolândia, deflete à
direita e segue por esta em direção ao Córrego José Grande, daí prossegue
atingindo a confluência das ruas Padre Oliveira,Córrego do Bartolomeu e </span><span style="color: #04ff00;">Córrego
do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">, ponto inicial.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As principais vias de acesso ao
bairro são: a Rua Alto José Bonifácio (antiga Ladeira do Boi); o Alto da
Serrinha e o Córrego de Euclides, que tem a via mais antiga do
bairro do Alto José Bonifácio, pois existe desde o século XIX, os mapas das plantas
do Recife e seus arrabaldes do engenheiro Ildefonso Ilídio de Souza
Lobo,elaborado antes de 1866 e a do alemão Frans Henrich Carls de 1875, já
constava a velha estrada, outrora, conhecida por Estrada do Arraial, isto
porque, existia o povoado do Arraial (no atual Morro da Conceição) ligando ao
antigo Polígono do Tiro e ao Brejo. Esta estrada era estreita e irregular,
caminho para pedestres e animais onde não circulava nenhum tipo de veículo.
Nesta época, toda esta região pertencia a </span><span style="color: #04ff00;">Freguesia do Poço da
Panela. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtpl2rP7UzZm7pn4R18RI1f7_EKRVnqrs2j6QkCGToC5vZcDjCgrsVXDaPxWbMwX6_ms1UNYpX96fyZuGviWFcCRA1cq2MKPcmUdTfI-ZGIDvKHNEL_3w4K7VT2GK8dXKweQB3IdW1WYvK/s320/LadeiraBoi.Dec40.Berzin.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="291" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtpl2rP7UzZm7pn4R18RI1f7_EKRVnqrs2j6QkCGToC5vZcDjCgrsVXDaPxWbMwX6_ms1UNYpX96fyZuGviWFcCRA1cq2MKPcmUdTfI-ZGIDvKHNEL_3w4K7VT2GK8dXKweQB3IdW1WYvK/s0/LadeiraBoi.Dec40.Berzin.png" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Morro do Boi na década de 1940, atual Alto José Bonifácio. </span><span style="color: #ffa400;">Foto:
Alexandre Berzin.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Morro do Boi</span><span style="color: #ffa400;"> (Alto
José Bonifácio) como era chamado antigamente e a Ladeira do Boi, começaram a
ser habitados em 1939, quando os mocambos do Centro do Recife começaram a ser
demolidos pela Liga Social Contra o Mocambo no governo de Agamenon Magalhães.
Os mocambos tomaram cursos dos morros, córregos e encostas das periferias do
Recife e de Olinda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A ORIGEM DO NOME DO BAIRRO</span></b><span style="color: #ffa400;"> <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A lei estadual Nº 1430, de 5 de
junho de 1919, sancionada pelo governador Manoel Borba, onde define os limites
entre Olinda e Recife, revela a existência do Sítio Bonifácio entre a
Rodinha e a subida do Alto. Trecho do texto diz o seguinte:...à estrada do
Hemetério, na bomba do mesmo nome, até o marco chamado do Bobó , onde deixa o
dito riacho para alcançarem a estrada do Bartolomeu (atual Rua Chã de Alegria e
Rua Padre Oliveira), cortando-a, em seguida, pelos limites do </span><span style="color: #04ff00;">Sítio
Bonifácio</span><span style="color: #ffa400;">; buscam a estrada do Arraial (atual Córrego de Euclides), estrada
que liga Beberibe ao Arraial (Morro da Conceição), ... <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Há um indício bastante forte de
que o nome do bairro seja decorrente da existência deste sítio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;">*</span><span style="color: #ffa400;">Não confundir com a Estrada do
Arraial de Casa Amarela. Nesta época, o Morro da Conceição, também era
conhecido por Morro do Arraial.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>A PRIMEIRA OCORRÊNCIA</b></span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 9
de dezembro de 1944, publicou a </span><span style="color: #04ff00;">primeira notícia</span><span style="color: #ffa400;"> relatada por um órgão de
imprensa no Alto José Bonifácio. Infelizmente a notícia não foi boa, tratava-se
de uma </span><span style="color: #04ff00;">agressão</span><span style="color: #ffa400;"> a uma criança. O fato ocorreu aproximadamente às 15
horas na Ladeira do Boi, no dia da Festa do Morro. O indivíduo A.L.S.
vulgo Arapuca, começou a discutir com uma criança de 10 anos, por motivo
ignorado. Arapuca armou-se com um cacete e desferiu vários golpes contra a
criança. Os moradores indignados, denunciaram o agressor ao comissário, que
designou o guarda civil Nº 179 que deteve Arapuca, levando-o à prisão. A
criança foi socorrida para o Pronto Socorro com várias escoriações. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">CÓRREGO JOSÉ GRANDE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Córrego José Grande,
atualmente tem 1 quilômetro de extensão, começou a se formar na primeira metade
dos anos 40 do século XX, a partir da Estrada do Bartolomeu, que na época,
seguia pela atual rua Padre Oliveira em direção a Bomba do Hemetério. Em 1945,
o Córrego José Grande já era uma localidade com vários sítios e uma povoação
bastante acrescentada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Já a</span><span style="color: #04ff00;"> primeira notícia</span><span style="color: #ffa400;"> que
aconteceu no Córrego José Grande, também foi publicado pelo Diário de
Pernambuco, no dia </span><span style="color: #04ff00;">6 de dezembro de 1945</span><span style="color: #ffa400;">, infelizmente, foi uma triste notícia,
tratava-se de um </span><span style="color: #04ff00;">afogamento</span><span style="color: #ffa400;"> de uma criança, publicado desta forma:
“Morte trágica da criança dentro de uma cacimba”- (dizia o titulo)
- Triste ocorrência verificou-se à tarde de ontem, às 17 horas no lugar
denominado Córrego José Grande, subúrbio de Casa Amarela, 2º Distrito Policial
da cidade. O sr. F.M.O, casado com a sra. M.C.O, reside na localidade, e entre
vários filhos que o casal possui, constava-se o de nome J.M, escolar
de 10 anos de idade. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Àquela hora, esse menor brincava
no terreiro em frente à casa, onde existe um profundo poço de água doce.
Repentinamente, em sua distração, o menor aproximou-se das bordas da cacimba,
sofrendo desastrada queda. Deram, então, sinal de que a criança se precipitara
dentro da cacimba, enviando as pessoas presentes esforços para retirá-la do
fundo do poço.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Todavia, apesar dessas medidas,
quando o corpo da criança era depositado em terra, todos verificaram
constrangidos, que o desditoso menino estava sem vida. Nos poucos instantes em
que se debateu n’água J.M falecera por asfixia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Minutos depois, o fiscal geral do
Necrotério Público e oficiou ao da Guarda Civil, sr. Alfredo Leiros, que
responde interinamente, pelo comissariado de Casa Amarela, inteirava-se do
triste fato. No local, onde compareceu em companhia do guarda civil Nº 191,
pertencente ao destacamento policial daquele subúrbio, a autoridade tomou as
providências sobre a remoção do cadáver para o delegado de polícia do 2º
Distrito, narrando o acontecimento. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">MOCAMBOS IRREGULARES GERA
INQUÉRITO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de janeiro de 1946, o
jornal recifense, </span><span style="color: #04ff00;">Folha da Manhã</span><span style="color: #ffa400;">, publicou uma denúncia afirmando que entre
novembro e dezembro de 1945, foram construídos aproximadamente 3.000 mil novos
mocambos no Recife, principalmente na periferia. A </span><span style="color: #04ff00;">denúncia</span><span style="color: #ffa400;"> gerou um grande
reboliço e críticas contra o Serviço Social Contra o Mocambo (SSCM) que motivou
a abertura de um </span><span style="color: #04ff00;">inquérito administrativo</span><span style="color: #ffa400;"> para investigar supostas
irregularidades contra as equipes de demolições e fiscalizações do SSCM, que
deveriam coibir as construções de novos mocambos irregulares.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 25 de janeiro de 1946, o
SSCM apresentou um relatório sobre a </span><span style="color: #04ff00;">apuração dos fatos.</span><span style="color: #ffa400;"> Nas diligências
efetuadas na Zona Norte do Recife, foram constatados alguns mocambos
construídos neste período nas localidades que hoje compõem o atual bairro do
Alto José Bonifácio. Foram confirmados: quatro mocambos na </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira do Boi</span><span style="color: #ffa400;"> e
quinze mocambos no </span><span style="color: #04ff00;">Córrego Jeca Tatu</span><span style="color: #ffa400;"> (atual São Domingos Sávio).
Interrogado sobre o fato, um dos responsáveis pelas demolições, o Dr. Valter de
Oliveira, disse: O interventor Agamenon Magalhães determinou que, considerando
a situação aflitiva daqueles que eram obrigados a se retirar de zonas
requisitadas pela Liga, e ainda a possibilidade de mocambos ruírem
constantemente, fosse permitidos tais habitações naqueles locais.
Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O PRIMEIRO COMERCIANTE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 27 de fevereiro de 1946,
saiu o primeiro alvará de funcionamento de um </span><span style="color: #04ff00;">comercio de miudezas</span><span style="color: #ffa400;">, localizado
na Ladeira do Boi, Nº 167, pertencente ao sr. Severino Ferreira do Amaral. O
curioso, é que consta no registro que a </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira do Boi</span><span style="color: #ffa400;">, nesta época, era
uma localidade da Freguesia do Poço da Panela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A PAVIMENTAÇÃO DO BAIRRO</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgumu8GcpKeTMfYUyGVuT3yjz1rdMxeu8NON8LpATEOqnkLz6lDIS8N_AYWL0XZfx8K5MDOfxkCvOFZdJV8O7aBsd2HfmlKfdmenkVJW_a__h-2cKifQTNcoqXdDMnAdt_3emvcC37ihfzF/s320/Bonifacio3nji.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgumu8GcpKeTMfYUyGVuT3yjz1rdMxeu8NON8LpATEOqnkLz6lDIS8N_AYWL0XZfx8K5MDOfxkCvOFZdJV8O7aBsd2HfmlKfdmenkVJW_a__h-2cKifQTNcoqXdDMnAdt_3emvcC37ihfzF/s0/Bonifacio3nji.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides, antiga
Estrada do Arraial do Brejo. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">CÓRREGO DO EUCLIDES</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A </span><span style="color: #04ff00;">pavimentação</span><span style="color: #ffa400;"> do atual bairro do
Alto José Bonifácio começou pela estrada do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;"> por ser a
localidade mais antiga e pertencia ao bairro de Casa Amarela. No dia 10 de
novembro de 1949, o prefeito Manuel César de Moraes Rego deu início às obras de
pavimentação do Beco do Pavão em direção ao Alto José do Pinho pela Rua da
Macaíba até o cume, feito todo o calçamento em paralelepípedo. Todavia, entre o
Córrego do Bartolomeu até o </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;"> foi feito apenas o alargamento
da estrada e a terraplanagem com cascalho, e a colocação de manilhas sobre o
riacho existente entre a </span><span style="color: #04ff00;">Rodinha</span><span style="color: #ffa400;"> e a Ladeira do Boi. A obra foi concluída
em 1950. A prefeitura alegou que o calçamento da via não foi feito por falta de
verba. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 833
de 26 de maio de 1950, na sessão presidida pelo vereador Henrique Valença da
Mota, foi solicitado que no prazo de 90 dias, o prefeito Manuel César de Moraes
Rego, completasse a pavimentação do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;"> até junção
com a </span><span style="color: #04ff00;">Estrada do Brejo.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 3457
de 27 de junho de 1955, na sessão presidida pelo vereador presidente da Câmara,
Rui Rufino Alves, determinou que o prefeito Pelópidas da Silveira, construísse
o canal do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de março de 1958, a
Prefeitura Municipal do Recife, emitiu uma nota nos principais jornais da
cidade informando que já havia iniciado a </span><span style="color: #04ff00;">pavimentação</span><span style="color: #ffa400;"> do Córrego do Bartolomeu
em direção ao Córrego do Euclides.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 12
de fevereiro de 1960, publicou em sua coluna diária “Coisas da
Cidade” a seguinte nota: “Felizmente que a ligação Casa Amarela –
Beberibe, umas das grandes obras do prefeito Pelópidas da Silveira, continua
sendo </span><span style="color: #04ff00;">pavimentada</span><span style="color: #ffa400;"> já na altura do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides.</span><span style="color: #ffa400;"> Ontem pela manhã, o
engenheiro Antônio Cassundé, diretor da Divisão de Viação da Prefeitura, levou
o repórter para ver esses trabalhos, que vão beneficiar uma enorme população da
outra face do Recife, as dos mocambos que povoam os morros e córregos do
seu flanco noroeste”. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 9 de junho de 1960, a
pavimentação do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;"> era totalmente concluída,
iniciando a pavimentação da Linha do Tiro. Anunciava o Diário de Pernambuco.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 7644,
de 23 de novembro de 1961, na sessão presidida pelo presidente da Câmara, José
de Magalhães Melo, autorizando o prefeito do Recife, Miguel Arraes de Alencar a
construir pontes sobre o Canal do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">, ligando-o ao
Córrego Mãe Luzia, no Morro da Conceição.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de julho de 1966, o
prefeito Augusto Lucena, inaugurou a </span><span style="color: #04ff00;">escadaria</span><span style="color: #ffa400;"> da 4ª Travessa
do Córrego do Euclides </span><span style="color: #04ff00;">(atual Rua Judite)</span><span style="color: #ffa400;"> que dar acesso ao Alto
Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Vasco da Gama.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5IRJUHZctuEt8nbI-1Qt1t3bCWBJZ5-B8rFNX4EZVNCZbsWbhp0KqLK5B-GHbRWUcwXoPeaKYNwEi8dR_GUVQYAemL3nzKmp1zk12hS5oGlA0TFwAPzLPp7ZFcVnJbzmgXyq6PE4iCaV-/s320/Bonifacio4%25C3%25A7pv.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5IRJUHZctuEt8nbI-1Qt1t3bCWBJZ5-B8rFNX4EZVNCZbsWbhp0KqLK5B-GHbRWUcwXoPeaKYNwEi8dR_GUVQYAemL3nzKmp1zk12hS5oGlA0TFwAPzLPp7ZFcVnJbzmgXyq6PE4iCaV-/s0/Bonifacio4%25C3%25A7pv.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A antiga Ladeira do Boi foi
pavimentada em 1967. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/29.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">LADEIRA DO BOI</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Lei Municipal Nº 2370
de 2 de setembro de 1953, na sessão presidida pelo presidente da Câmara, Hilo
Lins e Silva, autorizando o prefeito do Recife, José do Rego Maciel a pavimentar a </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira
do Boi</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 2370 foi decretada,
mas o </span><span style="color: #04ff00;">calçamento</span><span style="color: #ffa400;"> da Ladeira do Boi só ficou no papel,
entretanto, em 1957, o prefeito Pelópidas da Silveira decidiu finalmente
pavimentar a Ladeira do Boi, mas aí, aconteceu um entrave, lideranças
comunitárias do bairro de </span><span style="color: #04ff00;">Boa Viagem</span><span style="color: #ffa400;">, protestaram contra a pavimentação da
</span><span style="color: #04ff00;">Ladeira do Boi</span><span style="color: #ffa400;">, alegando que há anos, vinham pleiteando junto a prefeitura para
que fosse pavimentada a </span><span style="color: #04ff00;">Rua dos Navegantes</span><span style="color: #ffa400;">, naquele bairro, e que não era justo
pavimentar uma ladeira onde seus moradores eram mocambeiros que não pagavam
nenhum imposto pela sua situação de pobreza, enquanto os moradores daquele
logradouro pagavam altos impostos por estar localizado numa área nobre. A
pressão foi muita, mas, o prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Pelópidas da Silveira</span><span style="color: #ffa400;"> não desistiu de
pavimentar a Ladeira do Boi. No entanto, com tanta pressão, emitiu uma circular
obrigando os moradores da Ladeira do Boi a pagar uma taxa de vinte e um réis (o
valor correto) em até três vezes. Diante da situação de miséria que muitos
viviam, a pavimentação foi feita em apenas um pequeno trecho. O fato, teve
tamanha repercussão que mereceu até protestos e críticas ao prefeito.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 6 de julho de 1957, o
Diário de Pernambuco em sua conceituada coluna “Coisas da Cidade” do jornalista
Severino Barbosa, </span><span style="color: #04ff00;">publicou</span><span style="color: #ffa400;"> a seguinte nota:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">A Ladeira do Boi e a Rua dos
Navegantes</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia a manchete - Sendo o calçamento problema de grande
interesse público; haja eu que vá censurar ao Dr. Pelópidas porque pavimentou a
Ladeira do Boi. Já houve quem censurasse o prefeito Moraes Rego porque
pavimentou, ainda que pela metade a estrada Caxangá-Várzea; alegando-se que
isso iria valorizar as casas de fulano e beltrano. Como se o calçamento não
fosse dever do poder público municipal; para isso se pagando os respectivos
impostos e taxas; beneficiando assim a todo mundo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Somente o “bê-a-bá” urbanístico
de nosso prefeito é difícil de entender. Pois, enquanto calça a </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">do Boi</span><span style="color: #ffa400;">,
abandona a Rua dos Navegantes, aberta há 32 anos; e deixada ao léu, até hoje;
quando o canal de Suez levou apenas dez para ser aberto para à navegação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">E manda expedir uma circular aos
moradores dizendo que o calçamento só prosseguirá, se cada proprietário pagar,
ou na bucha ou em três meses, a quota de vinte e um contos de réis. Já os
moradores de </span><span style="color: #04ff00;">Boa Viagem</span><span style="color: #ffa400;"> pagaram, ou de uma vez ou em prestações, à quota do
saneamento; e esperaram quase quatro anos para ser atendidos; e nem todos
ainda o foram tão desmoralizada ainda a palavra do governo – seja qual for –
que o povo não acredita mais em cantigas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">De mim pagaria a quota; mas antes
gostaria de ter a prova de que a prefeitura não tivesse com enganos. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A pavimentação da </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira do
Boi</span><span style="color: #ffa400;"> até o seu cume, poderia ter sido executada anos antes, caso a
burocracia não impedisse, pois, no dia 16 de junho de 1961, o prefeito do
Recife, </span><span style="color: #04ff00;">José Magalhães Melo</span><span style="color: #ffa400;">, havia sancionado a Lei Nº 7272, que autorizava o
início da pavimentação daquela artéria. Algo que não aconteceu. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 8 de
abril de 1965, publicou: O prefeito do Recife, </span><span style="color: #04ff00;">Augusto Lucena</span><span style="color: #ffa400;">, lembrou a
necessidade de ser procedido um estudo para realização do </span><span style="color: #04ff00;">calçamento</span><span style="color: #ffa400;"> da Ladeira
do Boi, serviços que deverão ser iniciados ainda este ano. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de março de 1966, o
prefeito do Recife, Augusto Lucena </span><span style="color: #04ff00;">convidou</span><span style="color: #ffa400;"> vereadores para visitarem obras da
prefeitura, entre elas, o calçamento da </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira do Boi.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 14
de maio de 1966, divulgou uma nota informando que a </span><span style="color: #04ff00;">pavimentação</span><span style="color: #ffa400;"> da Ladeira
do Boi estava sendo feita em paralelepípedo sob macadame.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVadwfdeCalXm6Wx9Dzdse1YZmPYYWxjmz-RGweYF1R8L9Mpn6U9cCh7IKzdBEefHt3evmfANSfaLbA5QAqblov31AgOnDeVSOiy70mKw4YSxWbZi93HVGSvur-xG1adWPowQYaRbYPJzH/s400/Bonifacio5mfr.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVadwfdeCalXm6Wx9Dzdse1YZmPYYWxjmz-RGweYF1R8L9Mpn6U9cCh7IKzdBEefHt3evmfANSfaLbA5QAqblov31AgOnDeVSOiy70mKw4YSxWbZi93HVGSvur-xG1adWPowQYaRbYPJzH/s320/Bonifacio5mfr.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A outra extremidade da Rua Alto
José Bonifácio que da acesso a Avenida Uriel de Holanda, na Linha do Tiro. A
pavimentação desta via foi inaugurada pelo prefeito Augusto Lucena em maio de
1967. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 21 de maio de 1967, num
domingo, às 20 horas, o prefeito do Recife, Augusto Lucena </span><span style="color: #04ff00;">inaugurou</span><span style="color: #ffa400;"> toda a
</span><span style="color: #04ff00;">pavimentação da Ladeira do Boi</span><span style="color: #ffa400;"> até a Avenida Uriel de Holanda. O
prefeito Augusto Lucena disse que a pavimentação daquela via, foi um
compromisso assumido com a população ali domiciliada, que anteriormente vivia
prejudicada pela falta de estrada que permitisse o acesso de ambulâncias ou
outro qualquer tipo de veículo, em atendimento em casos de emergência.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Prefeitura do Recife informou
que o </span><span style="color: #04ff00;">calçamento</span><span style="color: #ffa400;"> da Rua Alto José Bonifácio </span><span style="color: #04ff00;">custou</span><span style="color: #ffa400;"> CR$ 6.363.225,00
(Seis milhões, trezentos e sessenta e três mil, duzentos e vinte cinco
cruzeiros).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyxdd86ZFT72UX5ZxxHQmu1a3GGDIUuvBIa7LBa_8ke9xVmJR9QLRykDEQcVqwIIlXi69wB6RmKKns-GcQXrH4EbY1B8UZHsGU6iJXmZkrvLqoYhbyTkz9OHlTzWX86CkH51Wto-z8_K02/s4608/IMG_20211130_091812749_HDR.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4608" data-original-width="2074" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyxdd86ZFT72UX5ZxxHQmu1a3GGDIUuvBIa7LBa_8ke9xVmJR9QLRykDEQcVqwIIlXi69wB6RmKKns-GcQXrH4EbY1B8UZHsGU6iJXmZkrvLqoYhbyTkz9OHlTzWX86CkH51Wto-z8_K02/w180-h400/IMG_20211130_091812749_HDR.jpg" width="180" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>Alto da Saudade, no bairro do Alto José Bonifácio.</b> </span><b><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/VZN.2021.</span></b><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">ALTO DA SAUDADE</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na sessão da Câmara Municipal do
Recife do dia 6 de março de 1950, o vereador Otávio do Nascimento, </span><span style="color: #04ff00;">solicitou</span><span style="color: #ffa400;">
a pavimentação da subida do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Saudade.</span><span style="color: #ffa400;"> A verdade é que essa
solicitação nunca foi executada. Para se ter uma ideia, </span><span style="color: #04ff00;">trinta e três anos
depois</span><span style="color: #ffa400;">, a Prefeitura do Recife, propriamente no dia 12 de janeiro de 1983,
abriu licitação pública para que fosse feita a pavimentação do Alto da Saudade.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzX4FfGlDwtuvayR8ND0H9z2PY1mqtuOgTOwMbRzOI72GNLCmLYeNCMNZm-TkD3ahw2OpRQw3RB0Fyz7Oy2uXf5YoFqXhjX3EimaCUEAwlJ8JOX6wZobp0sciKf7jbkvaVx4XTpBU-GS4r/s1600/CorregoZeGrande1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzX4FfGlDwtuvayR8ND0H9z2PY1mqtuOgTOwMbRzOI72GNLCmLYeNCMNZm-TkD3ahw2OpRQw3RB0Fyz7Oy2uXf5YoFqXhjX3EimaCUEAwlJ8JOX6wZobp0sciKf7jbkvaVx4XTpBU-GS4r/s320/CorregoZeGrande1.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O Córrego José Grande começou a
ser pavimentado em 1978. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">CÓRRREGO JOSÉ GRANDE</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 31 de outubro de 1960, a
Câmara Municipal do Recife decretou e promulgou a Lei Municipal Nº 6407,
autorizando a construção de um canal para escoamento de águas
no Córrego José Grande. A sessão foi presidida pelo vereador Carlos José
Duarte.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi13JHsDtKFvJNCupQ7et2FG1upchCd0IEvb_n1uP5BNIzp3uQMnyQQAIaCgJnPR5aJCUwB9vHpcwbw_JjzWkA1V-B_Mhy4e6oT1y3yenyqdiTyExJ2O1LlRge8-F4BcRzdA7C_x1n47oYN/s400/EnpinandoPipa.Josivan+Rodrigues.JC.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="269" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi13JHsDtKFvJNCupQ7et2FG1upchCd0IEvb_n1uP5BNIzp3uQMnyQQAIaCgJnPR5aJCUwB9vHpcwbw_JjzWkA1V-B_Mhy4e6oT1y3yenyqdiTyExJ2O1LlRge8-F4BcRzdA7C_x1n47oYN/s320/EnpinandoPipa.Josivan+Rodrigues.JC.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Crianças empinando pipa na
escadaria da Rua Lajedo, no Córrego José Grande, 1982. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Josivan
Rodrigues/ Jornal do Commercio/Recife.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 5 de
novembro de 1972, publicou uma nota sobre a construção da escadaria na Rua
Lajedo, no Córrego José Grande. A nota dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">PMR Inicia Construção de
Escadaria em Bairro</span><span style="color: #ffa400;"> – Dizia a manchete - Na próxima quarta-feira (8/11),
serão iniciados os trabalhos de construção de escadaria na </span><span style="color: #04ff00;">Rua
Lajedo</span><span style="color: #ffa400;">, no Córrego José Grande, bairro de Casa Amarela, em
prosseguimento ao programa de atendimento aos morros do Recife, elaborado pelo
prefeito Augusto Lucena. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A obra foi entregue a
Secretaria de Viação, que realizou tomada de preços, saindo
vitorioso o engenheiro José Lopes da Cruz, que a concluirá no prazo de 90 dias.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A escadaria terá degraus no
sistema de patamares, para maior facilidade de deslocamentos dos transeuntes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Há muitos anos que os moradores
daquela área vinham pleiteando dos poderes públicos esse melhoramento que,
juntamente com outras noventa e sete escadarias estão programadas pelas
administração da Prefeitura para serem construídas em diversos morros
recifenses.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A ladeira da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Lajedo</span><span style="color: #ffa400;">, que
dá acesso ao </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Serrinha</span><span style="color: #ffa400;">, terá uma extensão aproximada de 190 metros,
com largura média de 2,30 metros, incluindo as canaletas laterais, além dos
muros de arrimo que se fazem necessários para uma melhor sustentação da obra. A
escadaria da Rua Lajedo ficou pronta em janeiro de 1973 e custou Cr$
33.000,00 cruzeiros. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de setembro de 1977, o
prefeito do Recife, Antônio Farias, anunciou a conclusão de 29 escadarias nos
morros do Recife, entre elas, a da </span><span style="color: #04ff00;">Rua Monte Santo,</span><span style="color: #ffa400;"> no Alto do Brasil; e a
2ª Subida do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego José Grande.</span><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 23 de
agosto de 1978, </span><span style="color: #04ff00;">publicou</span><span style="color: #ffa400;"> uma nota sobre o início da </span><span style="color: #04ff00;">pavimentação</span><span style="color: #ffa400;"> do Córrego
José Grande da seguinte forma:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O </span><span style="color: #04ff00;">Córrego José Grande</span><span style="color: #ffa400;">, em Casa
Amarela, com 530 metros de comprimento, é uma via de acesso às ruas São
Jerônimo e Hidrolândia. A pavimentação terá 7 metros de largura, sendo um
trecho<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">em paralelepípedo sobre macadame
e outro sobre areia. O sistema de drenagem será composto por um canal
subterrâneo com 1,40 metros de profundidade e calha de 0,50 centímetros de
largura.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As galerias em tubos de concreto
terão comprimentos de 140 metros e diâmetro de 40 centímetros. Serão
construídos 660 metros de mureta de proteção e instaladas 17 bocas-de-lobo e 6
sarjetas tipo gaveta. Concluiu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de março de 1984, o
prefeito </span><span style="color: #04ff00;">Joaquim Francisco</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou a pavimentação de seis ruas e cinco
escadarias no Córrego José Grande.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX9dUEUYrKfHH3jVsK5jhnXfQuFuH5dF5gP8duFt7Kly2Y-d12gBmDR6U-i91V2MskvdbUqWjcoa6y7q3OTyF_r2R89f_WuDdZN_FSB0aigKPXASWfVZXiQT7_hh7eeYNJncrZUuskAP7s/s400/Bonif%25C3%25A1cio7dvt.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX9dUEUYrKfHH3jVsK5jhnXfQuFuH5dF5gP8duFt7Kly2Y-d12gBmDR6U-i91V2MskvdbUqWjcoa6y7q3OTyF_r2R89f_WuDdZN_FSB0aigKPXASWfVZXiQT7_hh7eeYNJncrZUuskAP7s/s320/Bonif%25C3%25A1cio7dvt.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Escadaria que dá acesso ao Córrego São Domingos Sávio. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Facebook/
ASMAJB.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">CÓRREGO SÃO DOMINGOS SÁVIO</span></b><span style="color: #ffa400;"> (Antigo
Córrego Jeca Tatu)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 21 de setembro de 1968,
era iniciado a construção do canal do Córrego São Domingos Sávio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 24 de agosto de 1974, o
prefeito do Recife, Augusto Lucena, inaugurou a escadaria da 2ª Travessa São
Domingos Sávio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 6 de novembro de 1982, às
19 horas, o prefeito do Recife, Jorge Cavalcanti, inaugurou a pavimentação do Córrego
São Domingos Sávio e escadarias.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p><b><span style="color: #04ff00;">ALTO DA SERRINHA</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário da Manhã de 23 de
novembro de 1978, publicou uma nota à respeito do início da pavimentação do Alto
da Serrinha. A nota dizia o seguinte: “Obras na Rua Alto da Serrinha serão
iniciadas em poucos dias” – A Prefeitura do Recife vai iniciar, nos próximos
dias, serviços de pavimentação, drenagem e urbanização na </span><span style="color: #04ff00;">Rua Alto da Serrinha</span><span style="color: #ffa400;">,
em Casa Amarela. A concorrência está sendo analisada pelos órgãos técnicos da
Secretaria de Viação e Obras para ser submetida à homologação do prefeito do
Recife, Antônio Farias.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O plano em fase de conclusão na
Divisão de Coordenação de Projetos, integra o programa prioritário de obras da
municipalidade. O </span><span style="color: #04ff00;">prefeito Antônio Farias</span><span style="color: #ffa400;"> destacou a importância social da nova
via a ser pavimentada, possibilitando o tráfego de veículos de abastecimento,
limpeza urbana e coleta de lixo no Alto José Bonifácio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Rua Alto da Serrinha acompanha
a linha de cumeada dos morros e por isso a sua pavimentação facilitará, também,
o acesso dos moradores. A pavimentação vai ser complementada a partir da </span><span style="color: #04ff00;">Praça
</span><span style="color: #04ff00;">Brasil Geraldo</span><span style="color: #ffa400;">, interligando este logradouro à </span><span style="color: #04ff00;">Praça João XXIII</span><span style="color: #ffa400;">. Os serviços
serão efetuados numa extensão de 700 metros, por sete de largura, e incluem
drenagem e urbanização das duas praças.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As obras estão avaliadas em mais
de CR$ 2 milhões de cruzeiros. A </span><span style="color: #04ff00;">Rua Alto da Serrinha</span><span style="color: #ffa400;"> é de grande importância
para o trânsito local e será, ainda, em pouco tempo, essencial ao tráfego
urbano, a ponto de ter sido prioritariamente no planejamento da Empresa
Brasileira de Transportes (EBTU). Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 8 de março de 1980, num
sábado à noite. Depois de um ano e três meses, finalmente o calçamento do
</span><span style="color: #04ff00;">Alto da Serrinha</span><span style="color: #ffa400;"> foi inaugurado pelo </span><span style="color: #04ff00;">prefeito Gustavo Krause</span><span style="color: #ffa400;">. A obra
que no princípio estava orçada em CR 2 milhões de cruzeiros, acabou custando
CR$ 5 milhões de cruzeiros à prefeitura do Recife. Os recursos foram
provenientes do Banco Mundial e da Empresa Brasileira de Transporte Urbano
(EBTU), repassados pela FIDEM para prosseguimento ao Programa de Vias
Alimentadoras de Transporte em Massa da Região Metropolitana do Recife. A
pavimentação do Alto da Serrinha, foi a segunda do programa a ser inaugurada
num total de 17 vias. A primeira, foi a da Vila dos Contínuos, no bairro de
Areias. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Mais de três mil pessoas
estiveram presente a inauguração. Compareceram ao evento, o vereador Romildo
Gomes Filho, secretários municipais, assessores e o prefeito do Recife, Gustavo
Krause, que em seu </span><span style="color: #04ff00;">discurso</span><span style="color: #ffa400;">, falou: “Quis Deus que esta fosse uma
noite bonita, que não chovesse e as estrelas iluminassem o céu. Estou feliz ao
resgatar mais uma dívida com a comunidade. E quem diz que não vê o que a
prefeitura do Recife está fazendo é porque não conhece o Alto José Bonifácio, o
Alto da Boa Esperança, o Morro da Conceição, o Alto da Serrinha, e outros
bairros pobres da Cidade, onde a prefeitura vem realizando serviços.
O calçamento do Alto da Serrinha, evitará agora que o povo atole o pé na lama,
e que tenha de descer o morro para apanhar ônibus. Os coletivos do Alto José
Bonifácio agora servirão também aos moradores do Alto da Serrinha. O homem do
Alto da Serrinha sonhou com a pavimentação desta rua, e quis Deus que o sonho
se tornasse realidade”. Finalizou o discurso, o prefeito, bastante emocionado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antes do discurso do prefeito,
discursaram a senhora </span><span style="color: #04ff00;">Maria Ribeiro</span><span style="color: #ffa400;">, moradora e representante dos moradores do
Alto da Serrinha, e o vereador Romildo Gomes Filho. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzmKHIbJRuXnU9XmVJ-r-I703_rV4-N_WYe-XuUIu2lchKrUxuEcGFvJv8A1jrBHrzlX9zAOxQgLZtx1YUMfMmzGtTr_LUF5_Of74mDMJpEfJ_Qc6I02PsbENf9PRVOLrtoE5HG6jsVbCF/s320/Krause+AJB+%25281%25291981.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="304" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzmKHIbJRuXnU9XmVJ-r-I703_rV4-N_WYe-XuUIu2lchKrUxuEcGFvJv8A1jrBHrzlX9zAOxQgLZtx1YUMfMmzGtTr_LUF5_Of74mDMJpEfJ_Qc6I02PsbENf9PRVOLrtoE5HG6jsVbCF/s0/Krause+AJB+%25281%25291981.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Num palanque armado no Alto da
Serrinha, o prefeito Gustavo Krause, discursa para os moradores do Alto José
Bonifácio na inauguração do calçamento do Alto do Brasil em 1981. </span><span style="color: #ffa400;">Foto:
Diário de Pernambuco.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">ALTO DO BRASIL</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A ocupação do Alto do Brasil se
deu em 1945, mas sua pavimentação só foi </span><span style="color: #04ff00;">inaugurada</span><span style="color: #ffa400;"> em 2 de agosto de 1981,
pelo prefeito do Recife, Gustavo Krause. Na ocasião, o Alto do Brasil era uma
localidade do Alto José Bonifácio. Com a criação das Regiões Politico
Administrativas (RPAs) em 1988, o Alto José Bonifácio tornou-se um bairro e
o </span><span style="color: #04ff00;">Alto do Brasil</span><span style="color: #ffa400;"> foi vinculado ao bairro do Alto Santa Terezinha. O
calçamento do Alto do Brasil tinha 700 metros de extensão, por 5 metros de
largura e custou CR$ 6 milhões de cruzeiros. Num palanque armado
no Alto da Serrinha, o prefeito Gustavo Krause falou para cerca de 10 mil
pessoas : “Quantos títulos de propriedade de terra foram distribuídos aos
favelados do Recife, quando os mistificadores se encontravam no poder? O
serviço de pavimentação de ruas, a exemplo da construção de escadarias, escolas
e creches é importante para o bem-estar das comunidades, porém o mais
importante ainda é que vocês permaneçam unidos, permaneçam organizados e
permaneçam senhores de seu destino. Que o homem do Recife seja dono de seu
destino e participe politicamente, socialmente e democraticamente dos seus
destinos, para que não cheguem outros mistificando. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Para que a força da decisão não
seja no poder, mas que esteja em vocês. Esteja em cada associação de bairro, em
cada vereador, em cada conselho de moradores, em cada homem. Tenho dedicado
todo tempo e ações na Prefeitura procurando criar uma consciência social. É
para isto que estou lutando, e para isto continuarei a lutar, e deste caminho
não desviarei”. Finalizou. Esteve na inauguração, o governador Marco Maciel, o
secretário de cultura, turismo e esportes, Francisco Bandeira de Melo,
vereadores, secretários municipais, representantes de bairros e a </span><span style="color: #04ff00;">Escola
Gigante do Samba.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXwiPtCLbP4JFVryn8Rwg-ThrsP6BY1rqt2_ivg_vfQ6Is1aK1J4ojMVF1EiCR6BRTScltaFHigvc5J795hV6xoxu-b13h32RJLpItN_HOriLiGQW1bdf3ijM7WWsGFH3-C7XK4VcIblT5/s400/AJB.S.pAULO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="342" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXwiPtCLbP4JFVryn8Rwg-ThrsP6BY1rqt2_ivg_vfQ6Is1aK1J4ojMVF1EiCR6BRTScltaFHigvc5J795hV6xoxu-b13h32RJLpItN_HOriLiGQW1bdf3ijM7WWsGFH3-C7XK4VcIblT5/s320/AJB.S.pAULO.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Antigo ônibus da Empresa São
Paulo nos anos de 1980, linha AJB/Av. Norte. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Facebook/autor
desconhecido.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O TRANSPORTE COLETIVO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antes do prefeito do Recife,
Manuel César de Moraes Rego, concluir parte da pavimentação do Córrego do
Bartolomeu e do Córrego de Euclides em 1950. Surgiu a primeira linha
de ônibus adentrar nestes córregos. Foram seis ônibus pertencentes a </span><span style="color: #04ff00;">Rodoviária
Vasco da Gama.</span><span style="color: #ffa400;"> Conforme publicou o Jornal Pequeno do dia 28 de agosto de 1950.
Os ônibus, não ultrapassaram a conhecida “Rodinha”, porque não foi feita uma
ponte sobre o riacho que vem do Vasco da Gama, atravessando a via e seguindo em
direção a Bomba do Hemetério. De qualquer forma, amenizou o sofrimento dos
antigos moradores do atual bairro do Alto José Bonifácio que tinham que descer
a Ladeira do Boi e dos difíceis acessos daqueles que moravam nas encostas e
córregos da localidade em direção ao distante centro de Casa Amarela ou para
pegar os escassos ônibus que circulavam na Avenida Norte rumo
ao centro do Recife.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno, de 15 de dezembro
de 1953, publicou a </span><span style="color: #04ff00;">insatisfação</span><span style="color: #ffa400;"> dos moradores do Córrego do Euclides
e de sr. Júlio, proprietário da linha de ônibus local, pela buraqueira
existente na estrada entre o Córrego do Bartolomeu e o pequeno trecho
do Córrego do Euclides. Apelaram também para que fosse feito o calçamento
do Beco do Pavão. O jornal adiantou: “...os moradores não estão satisfeitos, e
muito menos o sr. Júlio, proprietário da Rodoviária Vasco da Gama, porque os
seus calhambeques fazem um esforço dos diabos para chegar ao fim da linha”.
Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a conclusão da pavimentação
em paralelepípedo de toda a extensão do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">, no primeiro
semestre de 1960. A </span><span style="color: #04ff00;">Empresa Borborema</span><span style="color: #ffa400;"> começou a operar nesta linha
com vinte ônibus divididos com a linha da Avenida Norte. A Empresa Borborema,
foi a primeira a servir a população da parte baixa do Alto José Bonifácio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">CTU VERSUS BORBOREMA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em junho de 1960, a recém-criada
Companhia de Transportes Urbanos (CTU), pertencente a Prefeitura do Recife,
resolveu criar e explorar as linhas de </span><span style="color: #04ff00;">ônibus elétricos</span><span style="color: #ffa400;"> na região de Casa Amarela,
entre elas, a do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">. Isto, gerou insatisfação e
indignação por parte dos empresários da Empresa Borborema que exploravam parte
das linhas de ônibus desta populosa região e que seriam obrigados a
deixarem suas áreas de atuação para ceder aos chamados “Trolleybuses". <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 8 de junho deste mesmo
ano, houve uma reunião entre os representantes da Empresa Borborema e da CTU
para resolver este verdadeiro imbróglio. Durante reunião no DBEP, o advogado da
Empresa Borborema, sr. Craveiro Leite, </span><span style="color: #04ff00;">argumentou</span><span style="color: #ffa400;"> que seu constituinte foi
tomado de surpresa, motivo pelo qual, esperava contar com a compreensão da
Prefeitura. Disse que o plano inicial da Prefeitura Municipal do Recife era
instalar os elétricos em Tejipió, motivo pelo qual, naquela oportunidade, fez
altos investimentos na aquisição de nova frota.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Essa quebra de braço entre a
Borborema e a </span><span style="color: #04ff00;">CTU</span><span style="color: #ffa400;"> perdurou por mais dois anos. No dia 30 de janeiro de 1961, o
presidente da CTU, general </span><span style="color: #04ff00;">Viriato de Medeiros</span><span style="color: #ffa400;"> disse a imprensa que as redes
aéreas há dias estavam montadas e que os ônibus elétricos (trolleybus) da linha
do Córrego do Euclides começariam a circular dentro de poucos dias.
Fato este, que não aconteceu. A CTU informou que o problema era com a companhia
de energia elétrica que não havia instalados os transformadores necessários
para o funcionamento eficaz dos elétricos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 14 de maio de 1963, No
Recife, havia um grande descontentamento pelos donos das empresas de ônibus
particulares contra a CTU, que segundo eles, quis monopolizar e agiu de forma
arbitrária e discriminatória ao entra nas áreas onde já existiam as linhas
exploradas pelas empresas particulares. O que acarretou um boicote contra a
CTU, onde os </span><span style="color: #04ff00;">ônibus particulares</span><span style="color: #ffa400;"> foram retirados de suas áreas de atuação pelos
seus proprietários, obrigando a CTU a fazer um remanejamento de alguns ônibus
de suas linhas para suprir às necessidades dos bairros mais afetados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O diretor- presidente da CTU,
Geraldo Porto de Mendonça, declarou à Agência Nacional de Notícias, que de
janeiro do ano em curso até os dias atuais (1963), nada menos de 108 ônibus
saíram de circulação no Recife. O que representa um déficit de mais ou menos
130 mil lugares diários. A CTU teve, em consequência, que obturar algumas de
suas linhas, sacrificando outras, porque do contrário, parte da população nos
lugares em que as empresas particulares retiraram ou diminuíram o número de
seus veículos, ficaria sem nenhum meio de transporte.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Salientou ainda, que agravando
esta situação, a frota da CTU foi sobrecarregada por um número maior de
passageiros por veículo, o que acarretou demora mais prolongada, inclusive,
devido às paradas mais sucessivas e demoradas, e ainda em face de fraturas de
molas e outras panes. Algumas decorrentes da deficiente pavimentação da cidade.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante deste grande problema
entre a CTU e as empresas particulares, os moradores do Córrego do Euclides
foram os mais prejudicados. Pois, a </span><span style="color: #04ff00;">Empresa Borborema </span><span style="color: #ffa400;">que mantinha vinte ônibus
circulando na linha, com a entrada dos ônibus elétricos da CTU, retirou todos.
O que obrigou a CTU a remanejar ônibus de outras linhas para o Córrego do
Euclides, sendo em quantidade bem menor. O que ocasionou revolta e insatisfação
aos moradores, já que houve muitas reclamações por violações de filas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 16 de
junho de 1968, publicou o pronunciamento do secretário de Viação e Obras da
Prefeitura do Recife, José Mário Freire, falando da conclusão da pavimentação de
diversos morros da zona norte da Cidade e da circulação dos ônibus da CTU. O
jornal acrescenta: “Os altos José Bonifácio, Serrinha, Terezinha, Pascoal e
Deodato estão pavimentados, onde já trafegam os ônibus da CTU, facilitando
assim, o transporte das populações ali residentes e permitindo a passagem dos
ônibus em locais antes inacessíveis ao tráfego.” Finalizou. A</span><span style="color: #04ff00;">
primeira linha de ônibus</span><span style="color: #ffa400;"> a subir a Ladeira do Boi, no ponto mais alto do
bairro, foram os ônibus da CTU à diesel, Linha 109- Alto José Bonifácio. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">ÔNIBUS APREENDIDOS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário da Manhã de 18 de abril
de 1972, publicou uma nota sobre apreensão de dois ônibus da linha do Alto José
Bonifácio pela DCP por irregularidades. A </span><span style="color: #04ff00;">nota dizia</span><span style="color: #ffa400;"> o seguinte: “O
Departamento de Concessões e Permissões (DCP) de funcionamento de coletivos,
apreenderam dois ônibus da linha do Alto José Bonifácio, por ter multas
atrasadas e sem extintores de incêndio. O DCP também fiscalizou ônibus
para coibir a ação dos fumantes em cumprimento da Lei Municipal Nº
4695/57, que proíbe aos passageiros , motoristas e cobradores fumarem dentro
dos coletivos. Quando constatado um passageiro fumando, são multados os
cobradores e os motoristas, mas se eles forem os fumantes, o ônibus seria
apreendido e a empresa multada”. Finalizou. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #04ff00;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaQhvCyBt87EJf8GlE1qXqxzks2jol6b3k42mIRBBVIQMB0hmq7GRuBjLS_S2GMLuQOXDwqSxIzWnNp1wn5KRz_tv_kEE2-Hs20uxg_ZweyRCShsDDIbMWlhvuOatPmBZaYK7B3VstysYp/s400/expresso-18-de-setembro-005-1+%25283%2529+%25281%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaQhvCyBt87EJf8GlE1qXqxzks2jol6b3k42mIRBBVIQMB0hmq7GRuBjLS_S2GMLuQOXDwqSxIzWnNp1wn5KRz_tv_kEE2-Hs20uxg_ZweyRCShsDDIbMWlhvuOatPmBZaYK7B3VstysYp/s320/expresso-18-de-setembro-005-1+%25283%2529+%25281%2529.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="color: #04ff00;">O Expresso 18 de
Setembro, serviu pouco tempo a população do Alto José Bonifácio, em junho de
1980, foi vendida à Empresa São Paulo. </b><b><span style="color: #ffa400;">Gravura: Erick
Santos/busdovanderbilt.wordpress.com</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">MUDANÇAS</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em janeiro de 1978, os ônibus
da </span><span style="color: #04ff00;">Expresso 18 de Setembro</span><span style="color: #ffa400;"> já faziam a linha do Alto José Bonifácio,
substituindo os ônibus à diesel da CTU. Em novembro de 1979, a CTU retirou
todos os ônibus à diesel que circulavam em Casa Amarela. A Expresso 18 de
Setembro tinha 38 ônibus, além de servir a linha do Alto José Bonifácio, servia
as linhas da Bomba do Hemetério e do Alto do Mandu. Em junho de 1980, foi
vendida para a </span><span style="color: #04ff00;">Empresa São Paulo</span><span style="color: #ffa400;">, da Família Morato. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNvZSf8qMmfVmgrXg559XJt5nH6V2u-nHGk9p_ScwoPFujLVOjV2-9CJjhSRVX7KSpNlCqLQ5mlFaKbo2SOsWlNxJuXl1TWq__HoLED3DVaGyjeHMdrfxonqwne74jLgM3P55aUnhTUJdf/s320/OnibusC.Euclides1980.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNvZSf8qMmfVmgrXg559XJt5nH6V2u-nHGk9p_ScwoPFujLVOjV2-9CJjhSRVX7KSpNlCqLQ5mlFaKbo2SOsWlNxJuXl1TWq__HoLED3DVaGyjeHMdrfxonqwne74jLgM3P55aUnhTUJdf/s0/OnibusC.Euclides1980.jpg" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Ônibus elétrico do Córrego do
Euclides/1980. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Facebook/Autor desconhecido.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">OS ELÉTRICOS DO CÓRREGO DO
EUCLIDES</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 20 de
março de 1978, publicou uma reclamação sobre as condições e o péssimo
atendimento aos usuários dos ônibus elétricos do Córrego de Euclides. A </span><span style="color: #04ff00;">nota
dizia</span><span style="color: #ffa400;"> o seguinte: “Vários moradores do Córrego do Euclides, fizeram um
apelo a CTU, sobre a desorganização que está havendo no serviço de ônibus
daquela linha, prejudicial aos que trabalham, têm horários a cumprir e dependem
dos coletivos que fazem o terminal no Córrego do Euclides. O caso está a
merecer as providências da direção da CTU, porque não é de hoje, que o
desmantelo vem acontecendo. Afirmam os reclamantes, que o intervalo de um
ônibus para o outro é muito grande, tendo ocasião de esperarem quase uma hora,
para chegar um coletivo naquele terminal. Além disso, dizem os reclamantes, que
os ônibus que servem a linha do Córrego do Euclides, são verdadeiros
calhambeques, largando os pedaços, e que são servidos só por ônibus elétricos.
Alguns moradores daquele bairro, impacientes de tanto esperarem pelos tais
elétricos, resolvem descer para a Avenida Norte, onde passam coletivos abundantemente.
Eles fazem um apelo a direção da CTU, no sentido que seja melhorado o serviço
de atendimento, colocando na linha ônibus à diesel, e pelo menos uns dois
opcionais,pois, dizem eles, que no Córrego do Euclides tem passageiros que
podem pagar muito bem uma passagem no opcional. Alegam que existe
linha para opcional no Vasco da Gama, Monteiro e porque não, no Córrego do
Euclides?”. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgia6lAymrMv_Ny4cNaskY3TACm9gu3_YDubb0VlHd4QqOu5Hq8G5-9w8oLeO3ucLVmv9K0XWZgDUm48hUbt5A6LUqJSpGkN968gXqofWcdw9mKXKn42khyphenhyphenFEGdneY4sHrEK_sApnUD-_5i/s320/Bonifacio.PauloRafaelViana.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="248" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgia6lAymrMv_Ny4cNaskY3TACm9gu3_YDubb0VlHd4QqOu5Hq8G5-9w8oLeO3ucLVmv9K0XWZgDUm48hUbt5A6LUqJSpGkN968gXqofWcdw9mKXKn42khyphenhyphenFEGdneY4sHrEK_sApnUD-_5i/s0/Bonifacio.PauloRafaelViana.JPG" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A Empresa São Paulo da família
Morato, serviu a comunidade do Alto José Bonifácio durante 33 anos e 11 meses,
quando se desfez em 2014. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Paulo Rafael Viana.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">AS NOVAS MUDANÇAS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante 33 anos e onze meses,
a</span><span style="color: #04ff00;"> Empresa São Paulo,</span><span style="color: #ffa400;"> do empresário Luiz Antônio Morato de Souza, serviu a
comunidade do bairro Alto José Bonifácio. No dia 23 de maio de 2014, ela se
desfez e sua frota </span><span style="color: #04ff00;">foi vendida</span><span style="color: #ffa400;"> as empresas de ônibus, Caxangá, Globo,
Pedrosa e Transcol. O consorcio Globo/Pedrosa ficaram com a linha 710-
Beberibe/Derby, que faz terminal no Alto José Bonifácio. A Transcol ficou com a
linha 718- Córrego do Euclides e a Rodoviária Caxangá ficou com as linhas: 714-
Alto José Bonifácio/ Av. Norte; 743- Alto José Bonifácio/João de Barros e a
745- Alto José Bonifácio/Bacurau. Ainda circula a linha 118- Alto do
Maracanã/Alto do Brasil, pelo Serviço de Transporte Complementar de Passageiros
(STCP).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em junho de 1979, a Prefeitura do
Recife, criou as vias alimentadoras para facilitar a mobilidade do
transporte público da Cidade. Foram pavimentadas e restauradas 47 ruas,
financiada pela Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU) no valor
global de CR$ 96 milhões de cruzeiros. O Alto José Bonifácio foi beneficiado
com a pavimentação do </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Serrinha</span><span style="color: #ffa400;">, que foi inaugurado no dia 9 de março de
1980. Foram criados 16 corredores de ônibus de vias alimentadoras: Monsenhor
Fabrício; Vila Cardeal Augusto Lins e Silva; Campina do Barreto; Vila do Sesi;
Várzea; Vila dos Contínuos; Três Carneiros; Camaragibe/Cohab; Alto Dois
Carneiros; Vila da Cohab; Jardim Jordão; São Benedito; General San Martin,
Engenho do Meio e o do Alto José Bonifácio que teve sua via alimentadora
inaugurada em 10 de março de 1980.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 25 de abril de 1983, a EMTU
criou a linha Nº 755- Alto José Bonifácio, que tinha o terminal na Praça João
XXIII no Alto da Serrinha, descia a Ladeira do Boi, ia pela Bomba do Hemetério,
pegava a Rua Fernanda César e saía na Avenida Norte, seguia pela Avenida Cruz
Cabugá, Rua do Hospício e retornava pela Rua do Sol. Esta linha não vingou e
acabou sendo extinta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 28 de abril de 1992, o
CMTU (Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos) através da resolução Nº
009/92, criou a linha de ônibus 770- Alto José Bonifácio /Casa Amarela, que
depois foi extinta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 24 de janeiro de 1999, a
EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) inaugurou o mini terminal
de passageiros no Alto da Serrinha, no Alto José Bonifácio, equipados de
lanchonete e sanitário. Concluído.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">IGREJA BATISTA, A MAIS
ANTIGA DO BAIRRO </span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A igreja Batista do Alto José
Bonifácio, localizada na rua principal, na antiga Ladeira do Boi, foi fundada
em 2 de março de 1951, já serviu como escola primária, recebendo subvenção da
Prefeitura.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">ONZE BELMONTE FUTEBOL CLUBE</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Onze Belmonte foi o
time de várzea mais famoso e o segundo mais antigo do bairro do Alto José
Bonifácio. É mais antigo até do que a Escola Caio Pereira, o clube foi
fundado em 8 de maio de 1954, representou o bairro junto com o
Palmeirinha na tradicional Copa Arizona, o maior campeonato de futebol
amador já realizado no Estado, nos anos de 1970 e 1980. Infelizmente, os times
de bairros estão se acabando, os campos de pelada estão ficando escassos,
motivos pelo qual, o Onze Belmonte foi extinto. Sua antiga sede na Rua Alto da
Conquista, se transformou numa biblioteca Comunitária em 1997, menos mal.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje5fRvr8ZjiLQ4tXc1HT9k99ygvCxYsTmcT98_jJ65E-FMmFbM4zotx6JcCcivUYBrAY6Lff4La1Ue-K-q2o785pLvBw_fahohohD7Z56A8E2d3CDmjFSe0BYCiQ-VfU3tsd-T9UPOHUkk/s222/CaioPereira39.J.Pequeno.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="222" data-original-width="158" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje5fRvr8ZjiLQ4tXc1HT9k99ygvCxYsTmcT98_jJ65E-FMmFbM4zotx6JcCcivUYBrAY6Lff4La1Ue-K-q2o785pLvBw_fahohohD7Z56A8E2d3CDmjFSe0BYCiQ-VfU3tsd-T9UPOHUkk/w285-h400/CaioPereira39.J.Pequeno.jpg" width="285" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Jornalista Caio Pereira em foto de 1939. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jornal Pequeno/Recife.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A PRIMEIRA ESCOLA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A</span><span style="color: #04ff00;"> Escola Caio Pereira</span><span style="color: #ffa400;"> é um marco
na história da comunidade do bairro do Alto José Bonifácio por ser a primeira
instituição pública instalada na localidade, a escola foi base dos principais
eventos culturais e sociais do bairro, como local de votação nas diversas
eleições do TRE, posto de vacinação, distribuição de leite, cursos
profissionalizantes, desde o tempo do Serviço Social Contra o Mocambo (SSCM).
No entanto, ela não foi a primeira instituição de ensino no Alto. No dia 25 de
março de 1949, funcionou uma pequena escola particular no antigo lote 18, que
em 1962, foi reconhecida como de utilidade pública e denominada de </span><span style="color: #04ff00;">“Unificação
Escolar”</span><span style="color: #ffa400;"> pela Câmara Municipal do Recife através do Decreto Nº 8008, de 14
de junho de 1962, na sessão presidida por Antônio Moury Fernandes. Nenhum
documento foi encontrado sobre o fim de suas atividades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 30 de outubro de 1953, o
Departamento de Obras da Prefeitura do Recife encaminhou o ofício Nº 313 à
Procuradoria Fiscal do Estado, o termo de contrato provisório com a
empresa </span><span style="color: #04ff00;">Construtora</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Lemos & Asfora Ltda</span><span style="color: #ffa400;"> para a edificação de um
prédio destinado à </span><span style="color: #04ff00;">Escola Típica Rural da Ladeira do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Boi</span><span style="color: #ffa400;"> (atual
Escola Caio Pereira), na Ladeira do Boi, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante o </span><span style="color: #04ff00;">governo de Etelvino
Lins</span><span style="color: #ffa400;"> (12/12/1952 a 31/01/1955) o déficit escolar no Estado era imenso, era
preciso mais escolas e mais investimentos. A periferia começou a crescer desde
a criação da Liga Social Contra os Mocambos em 1939, no governo de Agamenon
Magalhães. Mais de 40 mil mocambos foram demolidos na região central do Recife
durante sua gestão. A população desalojada procuravam os morros da zona norte e
noroeste do Recife e Olinda. As comunidades criadas nos morros sem a menor
infraestrutura, era um portal aberto para a entrada das chamadas células
comunistas, bastantes combatidas neste período pelo governo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Etelvino Lins, foi buscar ajudar
do governo federal nas gestões dos Presidentes da República Getúlio Vargas e
Café Filho. Em sua gestão, o governador construiu vários grupos escolares e
escolas rurais em todo o Estado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em março de 1955, o governador
</span><span style="color: #04ff00;">Etelvino Lins</span><span style="color: #ffa400;"> publicou no Diário Oficial do Estado, um balanço de seu governo.
Destacando a </span><span style="color: #04ff00;">criação</span><span style="color: #ffa400;"> de quatros escolas denominadas </span><span style="color: #04ff00;">“Escolas Típicas</span><span style="color: #ffa400;">
</span><span style="color: #04ff00;">Rurais”</span><span style="color: #ffa400;"> construídas nas seguintes localidades: Alto do Mandu (França
Pereira), Córrego da Guabiraba (Tomé Gibson), Vila São Miguel em Afogados e
outra na</span><span style="color: #04ff00;"> Ladeira do Boi</span><span style="color: #ffa400;"> (Caio Pereira). O relatório revela que a escola da
Ladeira do Boi foi </span><span style="color: #04ff00;">construída</span><span style="color: #ffa400;"> em 1954, todavia, </span><span style="color: #04ff00;">não informa</span><span style="color: #ffa400;"> dia e mês. Diz
apenas que a escola foi entregue mobiliada e que suas carteiras foram
</span><span style="color: #04ff00;">fabricadas</span><span style="color: #ffa400;"> pela Indústria de móveis Santa Terezinha através de concorrência pública. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">As primeiras professoras </span><span style="color: #ffa400;">foram
nomeadas pela Secretaria de Educação do Estado em abril de 1955 para ensinarem
na escola rural da Ladeira do Boi, foram elas: Aurelina Alves de Araújo que
veio transferida de Xexéu no município de Água Preta através da Portaria Nº 918
de 1/4/1955, e Elizete Pessoa de Carvalho que era do município de Angelim
através da Portaria Nº 1086, de 22/4/1955. As disciplinas não foram divulgadas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de outubro de 1955, o
governador Cordeiro de Farias assina o </span><span style="color: #04ff00;">Ato Governamental Nº 2746,</span><span style="color: #ffa400;">
modificando o nome da escola que outrora </span><span style="color: #04ff00;">chamava-se</span><span style="color: #ffa400;"> Escola Típica Rural da
Ladeira do Boi e que passou a se chamar </span><span style="color: #04ff00;">Escola Reunida Rural Caio Pereira.</span><span style="color: #ffa400;"> O
Ato acrescenta a justificativa do nome do jornalista dado a escola: ...tendo em
vista a sua destacada atuação como jornalista na capital pernambucana.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 27 de outubro de 1955,
a </span><span style="color: #04ff00;">Srª Petronila Lins Pereira</span><span style="color: #ffa400;">, viúva do jornalista Caio Pereira, envia um
telegrama para o secretário de educação, </span><span style="color: #04ff00;">Aderbal Jurema</span><span style="color: #ffa400;">, agradecendo a
escolha do nome de seu marido para ficar imortalizado na faixada deste
verdadeiro marco localizado na Ladeira do Boi, a Escola Caio Pereira. O
</span><span style="color: #04ff00;">telegrama</span><span style="color: #ffa400;"> acentua: “Viúva Caio Pereira e filhos, sensibilizados agradecem a proposta de
V. Exª para a denominação dada as Escolas Reunidas Caio Pereira, com homenagem
ao nosso inesquecível chefe”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihRKG5-ygj2FcspeYIOY6M5bs0z56kl1BZNyCu1noHfSvxc2v2exCcMc3ikCQKU4gDuFvUR0wKh54jWlCqTKbaakX9jf6mAtw6xvimaYuhZQWKluR-YmJbrArz5yWwNhUUpRC0ZrBFGNVo/s320/CaioMonteiroPereira1920.VidaModerna+%25282%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihRKG5-ygj2FcspeYIOY6M5bs0z56kl1BZNyCu1noHfSvxc2v2exCcMc3ikCQKU4gDuFvUR0wKh54jWlCqTKbaakX9jf6mAtw6xvimaYuhZQWKluR-YmJbrArz5yWwNhUUpRC0ZrBFGNVo/s0/CaioMonteiroPereira1920.VidaModerna+%25282%2529.jpg" /></a></div> <b><span style="color: #04ff00;">O jovem jornalista Caio Monteiro Pereira. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Revista Moderna/Recife/1920.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Caio Pereira</span><span style="color: #ffa400;"> era jornalista,
advogado e filósofo. Nasceu na cidade de Palmares-PE em 22 de abril de 1895.
Era filho de José Luiz Pereira e Rosa Cavalcanti Pereira. Era casado com a Srª
Petronila Lins Pereira (Dona Nila) e </span><span style="color: #04ff00;">tiveram cinco filhos:</span><span style="color: #ffa400;"> Aldo,
Aleth, Ajax, Ada e Aglaia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diplomou-se pela Faculdade de
Direito do Recife em 1915. Chegou a ser promotor público em sua cidade, mas
quis mesmo seguir o jornalismo. Foi secretário da redação do Jornal do
Commercio do Recife desde a sua fundação em 1919.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 25
de maio de 1948 em sua coluna “Os escritores da vida comum” presta uma
homenagem ao jornalista Caio Pereira, dirigente do Jornal do Commercio do
Recife e o seu rigoroso uso gramatical em seus artigos. O Diário publicou um
desses episódios da seguinte forma:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Uma das figuras mais dignas da
imprensa do Recife foi o jornalista Caio Pereira, prematuramente desaparecido.
Secretário de um matutino, era conhecido o seu rigorismo gramatical, a sua
aristocracia verbal e a sua imediata resistência a tudo quanto lhe parece
afetar a pureza da expressão vernacular.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Recebeu certa vez, a incumbência
de escrever um artigo de ataque a determinado político. O artigo foi escrito e
dele, entre outras expressões difíceis constava esta: “O sr. Fulano de tal
pitateado de embofias...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ninguém da redação sabia o que
aquilo queria dizer e ninguém queria perguntar. O diretor tomou essa iniciativa:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Dr. Caio, o que significa
“pitateado de embofias”?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Ora, uma coisa muito simples:
cheio de si.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- E porque o sr. não escreveu
mesmo cheio de si?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Ah! Isso não, nunca! É a
linguagem do vulgo. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Caio Monteiro Pereira faleceu
em 13 de julho de 1939, aos 46 anos, vítima de tuberculose. Na ocasião de sua
morte, morava na Rua Corredor do Bispo, nº 111, no bairro da Soledade em
Recife.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como se pode ver, a </span><span style="color: #04ff00;">Escola
Caio Pereira</span><span style="color: #ffa400;"> foi </span><span style="color: #04ff00;">inaugurada</span><span style="color: #ffa400;"> no ano de </span><span style="color: #04ff00;">1954,</span><span style="color: #ffa400;"> provavelmente no final do ano.
As primeiras professoras começaram a ser nomeadas a partir de 1955, quando
começaram a dar aulas aos primeiros alunos do ensino primário (1ª a 4ª série).
A escola ainda se chamava de Escola Típica Rural da Ladeira do Boi, mas logo
foi mudado para Escola Reunida Rural Caio Pereira. No início de 1965, passa a
ser Grupo Escolar Caio Pereira. A partir de 1974, a escola com apenas cinco
salas de aula, amplia os ensinamentos para a 5ª e 8ª séries. Em 1987, é
implantado o ensino médio. Atualmente a escola conta com 13 salas de aula e
aproximadamente com 1.350 alunos, distribuídos entre os ensinos fundamental,
médio e educação de jovens e adultos (EJA).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">SENEC PROMOVE INTEGRAÇÃO ESCOLA –
COMUNIDADE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 18 de novembro de 1965, o
Diário Oficial do Estado, publicou: Senec realiza integração a escola no
Alto José Bonifácio – dizia o título – O Alto José Bonifácio, antiga
Ladeira do Boi, Casa Amarela, constitui mais uma área selecionada pelo Serviço
Social Escolar, do Departamento de Assistência Escolar do Senec, com vistas ao
trabalho de integração da escola à comunidade, de acordo com a orientação do
programa educacional do Governo Paulo Guerra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sua população é avaliada em 2.500
pessoas e a percentagem de adultos analfabetos atinge a 48%. Funcionam no Alto
José Bonifácio o </span><span style="color: #04ff00;">Grupo Escolar Caio Pereira</span><span style="color: #ffa400;">, da Secretaria de Educação e três
escolas particulares de capacidade de atendimento muito limitada. A Senec
juntamente com a Paróquia do Bom Jesus do Arraial (Rua da Harmonia) e a Escola
do Serviço Social de Pernambuco, ali iniciou um trabalho que obedece a
interesses gerais das três entidades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Pela Senec foi aberto um núcleo
do Serviço Social Escolar no </span><span style="color: #04ff00;">Grupo Escolar Caio Pereira</span><span style="color: #ffa400;">. A equipe de trabalho
do Alto José Bonifácio é composta por uma assistente social e uma auxiliar
técnica, pertencente ao quadro da Senec, três alunas da Escola do Serviço
Social e uma assistente social supervisora dos estágios, além de três
seminaristas, ligados diretamente a paróquia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O trabalho no </span><span style="color: #04ff00;">Alto José Bonifácio</span><span style="color: #ffa400;">
foi iniciado com a realização de uma pesquisa social que possibilitou aos
membros da equipe adquirirem conhecimento das condições econômicas, culturais,
sociais e religiosas da área, identificando os principais problemas e o seu
reconhecimento pelos próprios moradores. Foram constatados como problemas
prioritários: rua principal sem calçamento, racionamento de água nos
chafarizes, banheiros e lavanderias, número de matriculas escolares
insuficientes e falta de recursos médicos assistenciais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Junto às escolas foi aplicado um
questionário que mostrou o grau de relacionamento escola-família-comunidade. A
equipe de trabalho uma vez conhecedora de certos aspectos da realidade local,
tomou como meta a formação de um Conselho de Moradores que se responsabilizasse
por toda ação na área. O trabalho visa também levar às escolas uma maior
integração na comunidade, isto através de uma ação junto ao professorado, para
um melhor preparo e utilização dos círculos de pais e mestres. Outro objetivo é
a organização de grupos de voluntários da Paróquia, dotados de melhores
condições sociais e econômicas, e dispostos a atuar no Alto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A iniciativa, através de reuniões
com grupos de vizinhos caminha para eleição de representante de rua, que
constituirão o Conselho de Moradores. De tais reuniões organizaram-se, também,
comissões para estudo e solução para os problemas locais. Foi assim que depois
de vários contatos na Prefeitura Municipal do Recife e de “abaixo-assinados”
dirigidos ao prefeito, os moradores do Alto obtiveram a promessa do calçamento
da ladeira (do Boi), ainda este ano.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As atividades desenvolvidas
juntos às escolas e em particular, ao Grupo Escolar Caio Pereira, onde está
localizado o Núcleo do Serviço Social Escolar, contam com a maior aceitação e
apoio por parte dos dirigentes e professoras, igualmente integrados nas
atividades gerais da comunidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Grupos da Paróquia também estão
sendo mobilizados no sentido de uma maior participação nos trabalhos do Alto,
prestando sua colaboração na organização de festividades, motivação da
comunidade para as reuniões e mobilização de recursos necessários à
conclusão de um prédio que serviria de ambulatório médico e centro social.
Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 13
de setembro de 1966, publicou uma nota do deputado Wilson Santana, saudando a
então </span><span style="color: #04ff00;">diretora</span><span style="color: #ffa400;"> da Escola Caio Pereira da seguinte forma: Missão – O sr. Wilson
Santana congratulou-se com a diretora do Grupo Escolar Caio Pereira, professora
Maria de </span><span style="color: #04ff00;">Lurdes Tasselli de Macedo Assis</span><span style="color: #ffa400;">, pelo seu grande e devotado
amor à nobre e espinhosa missão que lhe foi confiada. Concluiu. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de setembro de 1970,
foi </span><span style="color: #04ff00;">inaugurado a cantina</span><span style="color: #ffa400;"> do Grupo Escolar Caio Pereira, que na
ocasião atendia 1.250 crianças, foi instalado uma máquina homogeneizadora de
leite em pó, com capacidade de liquidificar 249 litros de leite por hora.
Publicado no Diário Oficial do Estado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 24 de abril de 1985, foi
</span><span style="color: #04ff00;">fundada a Banda Marcial da Escola Caio Pereira</span><span style="color: #ffa400;">. atualmente composta
por 65 jovens da comunidade, alunos do grêmio da escola e sob coordenação da
professora Jane Coutinho. Já fez apresentações nos Estados da Bahia, São Paulo
e diversas cidades do interior de Pernambuco. Ocupa o 7º lugar no ranking das
bandas marciais do Estado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVKphXaUoAv9hcYcfrcZQWUmz33xXp5ql3GMMhhQNp3VI5xVx8qe22Tvvwu61bEdhjuNh-2_AWQksuZfe9Wr5-r2bAhJEiRGN03UfJVh0jwii1O1eVQIJB2HPbkbdsy0vjk2_YE0o2xoF/s320/Zanoni.Almir+%25283%2529.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUVKphXaUoAv9hcYcfrcZQWUmz33xXp5ql3GMMhhQNp3VI5xVx8qe22Tvvwu61bEdhjuNh-2_AWQksuZfe9Wr5-r2bAhJEiRGN03UfJVh0jwii1O1eVQIJB2HPbkbdsy0vjk2_YE0o2xoF/s0/Zanoni.Almir+%25283%2529.jpeg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O célebre professor Zanoni Carvalho
ao lado do vereador Almir Fernando, sendo homenageado pela Câmara Municipal do
Recife em 2018.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 2 de março de 2018,
através da indicação do vereador Almir Fernando, que nasceu no Alto José
Bonifácio. A Escola Caio Pereira foi homenageada na Câmara Municipal do Recife,
pelos 60 anos de sua existência, na verdade, ela estaria completando 64 anos.
Entre os homenageados se destacou o professor Zanoni Carvalho da
Silva que há 42 anos ensina nesta escola. O célebre professor Zanoni,
recebeu merecidamente uma placa comemorativa pelos relevantes serviços
prestados a Escola Caio Pereira, onde leciona desde 1975.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na ocasião, a gestora da escola,
Cláudia Jaqueline, salientou que a Escola Caio Pereira é o coração do Alto
José Bonifácio, congregando ex-alunos, artistas locais, a Banda, e a equipe de
futsal. E é agradecendo a equipe de professores e funcionários, além da
comunidade que nos ajuda, que recebemos a homenagem. “Nós fazemos a diferença e
seremos sempre vitoriosos”. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 25 de novembro de 2019, A
vice-governadora de Pernambuco, </span><span style="color: #04ff00;">Luciana Santos</span><span style="color: #ffa400;">, inaugurou o </span><span style="color: #04ff00;">Telecentro</span><span style="color: #ffa400;"> da
Escola Caio Pereira que recebeu mobília, computadores, um roteador, uma
impressora multifuncional, switch, projetor multimídia, câmara IP, tela de
projeção, televisor e ar condicionado. Luciana Santos em seu discurso, disse:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Vivemos uma transformação radical
no mundo do trabalho a partir da inserção da tecnologia e das ferramentas de
inovação. Hoje a robótica, a inteligência artificial, a impressora 3D, e os
aplicativos, por exemplo, são as ferramentas que estão mudando a relação de
trabalho, e nós precisamos preparar a nossa juventude, para o futuro, para esse
futuro que já é presente. Temos que dar conta destas transformações e, sem
dúvida alguma, ter bons equipamentos na escola e internet com velocidade
contribui para que a escola possa avançar na pesquisa e no aprendizado,
concluiu. Estiveram presente na solenidade, a gestora regional de educação –
Recife Norte, Neuza Pontes; vereador Almir Fernando; diretora da escola,
Verônica Moraes; moradores e lideranças comunitárias.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Depois que a Escola Caio Pereira
começou suas atividades em 1955, outras escolas surgiram no bairro,
como: a Escola Primária da Igreja Batista, na Ladeira do Boi; Escola Primária
Fonte de Cristo no lote 18, na Ladeira do Boi; Escola Primária “A Caridade”, no
Córrego do Euclides, Nº 1274; Escola Mista Alto José Bonifácio, na Rua São
Miguel (atual Rua Âmbar), Nº 1156; e o Serviço Social do Centro Espírita
Cabocla Antônina, Rua São Miguel, nº 86. Estas escolas surgiram entre 1959 a
1964.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 3 de fevereiro de 1957,
foi inaugurada a Escola Mínima do Córrego do Euclides. Através da Lei Municipal
Nº 16.936 de 29 de dezembro de 2003, sancionada pelo prefeito João Paulo, a
escola passou a ser denominada Escola Municipal Córrego do Euclides.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 5 de junho de 1960, o
prefeito Miguel Arraes de Alencar, inaugurou a Escola Municipal do Centro
Esportivo Bartolomeu, no Córrego do Euclides. O </span><span style="color: #04ff00;">Centro Esportivo Bartolomeu</span><span style="color: #ffa400;"> foi
fundado em 1936. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 12 de março de 1961, o
governador Cid Sampaio </span><span style="color: #04ff00;">inaugurou</span><span style="color: #ffa400;"> 38 escolas de 1º grau na área de
Casa Amarela, instaladas pelo Grupo de Trabalho da Promoção Social, do Serviço
Social Contra o Mocambo (SSCM) que era presidida pelo sr. Paulo Rangel Moreira.
Uma dessas escolas foram instaladas no Alto Santa Terezinha e outra
no </span><span style="color: #04ff00;">Córrego José Grande.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxCIJFWShaTRa03FlhHivLw9kVrYNb_LekAmPhkLpSfWwTiCQKYYkUujvPVI7ZNH45WUUqgf1gVbaQNU1ORgV34tz3N9OVezn4j0CvA-tFwdTCjaxqL1xVnZdFrPTg4bVFyRaNZWa4yKSZ/s400/EscolaMargarida.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxCIJFWShaTRa03FlhHivLw9kVrYNb_LekAmPhkLpSfWwTiCQKYYkUujvPVI7ZNH45WUUqgf1gVbaQNU1ORgV34tz3N9OVezn4j0CvA-tFwdTCjaxqL1xVnZdFrPTg4bVFyRaNZWa4yKSZ/s320/EscolaMargarida.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Escola Municipal Margarida de
Siqueira Pessoa, no Córrego José Grande. Inaugurada em 1970. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio
Odon/28.8.2019</span></b><span style="color: #ffa400;">.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através da Portaria Estadual Nº
933 de 9 de abril de 1970, a Secretária de Educação e Cultura, autorizou o
funcionamento da Escola Reunidas Margarida de Siqueira Pessoa,
no Córrego José Grande, Nº 1307, Casa Amarela.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2kwWJeX2a8phf55xQltReKq39pIYaDhTgXVClbLK_9UI06kYAoFRuzz-Ko89gYLqvdaH_8ibpX-7WTItyxvwX2SpOZGShUwhZWpdPBA-nfNhsuWZQkfSHK5wlNay2vUEgRD1_2wZZM7CX/s400/EscolaLevinoFerreira1978.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="324" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2kwWJeX2a8phf55xQltReKq39pIYaDhTgXVClbLK_9UI06kYAoFRuzz-Ko89gYLqvdaH_8ibpX-7WTItyxvwX2SpOZGShUwhZWpdPBA-nfNhsuWZQkfSHK5wlNay2vUEgRD1_2wZZM7CX/s320/EscolaLevinoFerreira1978.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Foto antiga da Escola Municipal
Compositor Levino Ferreira.</span><span style="color: #ffa400;"> Foto: Diário de Pernambuco/1978.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de maio de 1978, o
prefeito Antônio Farias </span><span style="color: #04ff00;">inaugurou</span><span style="color: #ffa400;"> a Escola Compositor Levino Ferreira, que
já estava funcionando desde fevereiro e tinha três salas de aula, 360 alunos e
funcionava em três turnos. Era mantida pela Fundação Guararapes. A inauguração
aconteceu às 16 horas, onde foi lida a biografia do compositor Levino Ferreira
e colocado o seu retrato na sala da diretoria. Diante do prefeito e demais
autoridades, a banda marcial da Escola Vasco da Gama executou dois números. A
Escola Maria Sampaio Lucena apresentou números de frevo. Houve um coquetel no
final da solenidade. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> No dia 20 de fevereiro de
1982, foi fundado o </span><span style="color: #04ff00;">Centro Recreativo do Alto José Bonifácio</span><span style="color: #ffa400;">, na Rua
Alto José Bonifácio, Nº 529, em Casa Amarela.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">ILUMINNAÇÃO PÚBLICA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante quase três décadas, as
localidades que compõem o atual bairro do Alto José Bonifácio, viveram à base
de velas e candeeiros. Isso porque, o Estado vivia uma crise energética imensa,
que só foi amenizada a partir da captação de energia da Usina Hidroelétrica do
São Francisco (CHESF) a partir de 1955, sendo que primeiramente na Capital.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Enquanto isso, o Departamento de
Águas e Energia (DAE) do governo do Estado, era responsável pelo fornecimento
de energia nesta região. Captando energia de pequenas usinas termelétricas e
usadas de forma precária no uso, principalmente, das bombas que impulsionavam água
aos chafarizes dos córregos e morros do Recife.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 1954, alguns pontos do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego
do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">, começou a ter energia elétrica fornecido pelo DAE. Já a </span><span style="color: #04ff00;">Ladeira
do Boi</span><span style="color: #ffa400;"> até o cume, chegou de maneira lenta e gradativa em 1959. Em 1960, o
DAE foi transformado numa autarquia, que autorizou a SILFB (Serviço
Industrializado de Luz e Força de Beberibe) que captava energia da Chesf
através da subestação de São Benedito, em Olinda, a fornecer energia elétrica
para o </span><span style="color: #04ff00;">Alto José Bonifácio</span><span style="color: #ffa400;"> e </span><span style="color: #04ff00;">Alto da Serrinha</span><span style="color: #ffa400;"> a partir de 1964. E
finalizando a eletrificação na parte norte da Ladeira do Boi até atingir a Rua
Uriel de Holanda, na Linha do Tiro, a partir de 1967, feito pela Celpe
(Companhia de Eletricidade de Pernambuco). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Abaixo, alguns pedidos de
parlamentares e uma queixa de um morador à respeito da iluminação pública, nas
localidades do bairro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal Pequeno do dia 10 de
setembro de 1953, publicou uma nota que dizia o seguinte: “ O cripto vereador
comunista José Guimarães Sobrinho, pediu iluminação pública para os
córregos do Bartolomeu e Jeca Tatu (atual Domingos Sávio) e para a Ladeira do
Boi, Todos em Casa Amarela”. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 2859 de 22 de
abril de 1954, promulgada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Antônio
Moury Fernandes, solicitou que a Prefeitura Municipal do Recife instalasse
iluminação pública na rua principal do Córrego do Euclides em
prosseguimento à posteação ali existente.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Lei Municipal Nº 2879, de 15 de
junho de 1954, autorizou o prefeito do Recife, José do Rego Maciel, a efetuar a
iluminação pública do Córrego José Grande. A sessão foi presidida pelo
vereador Antônio Moury Fernandes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 3252 de 15 de
março de 1955, autorizou o prefeito Djair Brindeiro, a instalar iluminação
pública no Alto da Saudade. A lei foi decretada e promulgada pelo
presidente da Câmara, vereador Sérgio de Godoy Vasconcelos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial de Pernambuco do
dia 11 de agosto de 1955, publicou que o governador Cordeiro de Farias liberou
uma verba de CR$ 300 mil cruzeiros, para a iluminação pública da Ladeira
do Boi, Rua Jerônimo de Albuquerque e do Alto da Serrinha.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 4823 de 15 de
outubro de 1957, autorizou a instalação de iluminação pública no Alto da
Saudade. A lei foi decretada e promulgada pelo presidente interino da Câmara,
Otacílio Vieira de Azevedo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 14
de maio de 1958, publicou uma solicitação do vereador Aristófanes de Andrade,
solicitando ao prefeito do Recife, Pelópidas da Silveira a instalação de iluminação
pública nos Altos: do Brasil, da Saudade e da Serrinha, além da Ladeira do
Boi. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 21
de junho de 1959, publicou um desabafo de um morador do Alto José
Bonifácio da seguinte forma: Sobre os problemas de seu bairro, assim falou o
sr. José Pereira dos Santos: No Alto José Bonifácio, os poderes públicos nada
tem feito. Ruas cheias de buracos, muriçocas, pavimentação. Nada foi feito.
Inauguraram o calçamento do Córrego do Euclides, mas a subida (Ladeira do Boi)
ficou interditada. Em caso de necessidade, como socorro médico, por exemplo,
que será de nós? Começaram a pavimentação, que ficou no meio do caminho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A luz elétrica vem se tornando
uma calamidade. Há posteação, mas cadê luz? Não é possível que continuemos a
passar sem luz há mais de 60 dias. Apelo através do Diário, em nome da
população desse Alto, no sentido que as autoridades adotem providências. Afinal
de contas, somos também brasileiros. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de fevereiro de 1960,
na Câmara Municipal do Recife, o vereador Expedito Côrrea, fez um requerimento
solicitando a instalação de iluminação pública para o Córrego José Grande,
que havia se expandido gradativamente e que não possuía iluminação pública.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 13
de setembro de 1966, publicou a seguinte nota: O sr. Wilson Santana requereu ao
Secretário de Viação que determine providências junto ao DAE (Departamento de
Águas e Energia), para beneficiar de luz elétrica a Rua Alto José Bonifácio,
lado norte, subindo pela Linha do Tiro, em Casa Amarela. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7OumYwFyuSEXvAHK39fJBz2B-3CaoeFw6BrKysuyNG9nMqKkoiDUKqsN9rHMfsNT8SjMuv4b0pEkSuRtbS9GMbN4rLVMcxR9yT3WxY7d4sWvmjZV3ejP5PBdFTeH8wfKWyHXHzBzGt2bl/s400/SaoDomingosSavio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7OumYwFyuSEXvAHK39fJBz2B-3CaoeFw6BrKysuyNG9nMqKkoiDUKqsN9rHMfsNT8SjMuv4b0pEkSuRtbS9GMbN4rLVMcxR9yT3WxY7d4sWvmjZV3ejP5PBdFTeH8wfKWyHXHzBzGt2bl/s320/SaoDomingosSavio.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">No dia 5/12/1960, o projeto
do vereador Mário Monteiro, foi aprovado e o Córrego Jeca Tatu, passou a ser
denominado Córrego São Domingos Sávio. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O CÓRREGO JECA TATU MUDA DE NOME</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As primeiras referências sobre o
Córrego Jeca Tatu, são da segunda metade da década de 1940, quando ainda era
uma localidade do bairro de Casa Amarela. Jeca Tatu era um personagem de
Monteiro Lobato, criado no início do século XX, provavelmente em 1916, de um
caipira paulista, desleixado e que não gostava de trabalhar. O personagem
ganhou grande visibilidade e sucesso, após estrear no cinema em 1959, na pele
do ator Amácio Mazzaropi.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 10 de junho de 1960, o
vereador do Recife, Mário Monteiro, encaminhou para Câmara Municipal, o projeto
de lei Nº 6551, modificando o nome do Córrego Zeca Tatu para a denominação Córrego
São Domingos Sávio, em homenagem a um santo católico. No dia 5 de dezembro do
mesmo ano, na sessão da Câmara, presidida pelo vereador Carlos José Duarte, o
projeto foi aprovado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O SANEAMENTO NO ALTO JOSÉ
BONIFÁCIO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de julho de 1957, o
Presidente da Câmara dos vereadores do Recife, Sérgio de Godoy e Vasconcelos
aprovou a Lei Municipal Nº 4734, autorizando o prefeito Pelópidas da Silveira a
instalar um chafariz público no Alto da Serrinha e outro no Alto da Saudade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 14 de agosto de 1957,
moradores do Alto da Serrinha e do Alto da Saudade foram até a redação do
Diário de Pernambuco e fizeram um apelo ao Secretário de Viação e Obras
Públicas, no sentido de ser providenciada a construção de um chafariz naquelas
localidades. O jornal adiantou: ...em vistas de as mesmas serem grandemente
habitadas e não possuírem qualquer espécie de saneamento. Assim sendo, cerca de
30 mil pessoas, entre adultos e crianças, vivem sofrendo as consequências da
falta d’água, sendo cobrada por uma lata daquele precioso líquido a exorbitante
importância de CR$ 2,50 (Dois cruzeiros e cinquenta centavos). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Esperam as referidas
pessoas que o seu pedido seja realizado, uma vez que existem todas as
facilidades fosse para tal fim, desde que um homem de negócios
de nossa capital já cedeu um terreno de sua propriedade, para que alie
construído um chafariz. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O fato não era tão simples assim.
Não havia uma estrutura preparada para levar água aos morros de forma eficaz,
não bastava apenas um terreno, tinha que haver um grande investimento pelo
governo para levar água aos morros, córregos e vielas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de julho de 1958, o
governador de Pernambuco, Cordeiro de Farias, inaugurava o maior sistema de
distribuição de água dos morros da zona norte na tentativa de solucionar o
problema de falta d’água dessas comunidades carentes. O sistema ligava o
reservatório do Alto do Céu, no atual bairro do Fundão, atravessando todo
bairro de Casa Amarela até o Alto Novo Mundo, no Vasco da Gama, sendo feito uma
bifurcação no Alto da Favela, em Nova Descoberta. Para abastecer todo o Alto
Santa Izabel. Projetado para abastecer 45 chafarizes, no entanto, em janeiro de
1965, já abastecia 73 chafarizes e mais de 200 variações domiciliares. O
sistema entrou em colapso e obrigou o Departamento de Saneamento do Estado
(DSE) a fazer diversos </span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #ffa400;">racionamentos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCl8AzuZZ7Fg98iedmiAmZMgKWlhwKqVuZoNVrpTie-rKTtJbAJSJXxkGx1FJCGzvDXUcA4lLkGKU9WGtqWKonlv36Di455swyv3762MjUKseUbTRpk_LbCHJheqbWuCpZXO9QPEnf_Ns9/s2048/IMG_20181113_085154312.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1561" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCl8AzuZZ7Fg98iedmiAmZMgKWlhwKqVuZoNVrpTie-rKTtJbAJSJXxkGx1FJCGzvDXUcA4lLkGKU9WGtqWKonlv36Di455swyv3762MjUKseUbTRpk_LbCHJheqbWuCpZXO9QPEnf_Ns9/s320/IMG_20181113_085154312.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Guarnições da Rádio Patrulha
foram ao Córrego do Euclides, para conter o descontentamento do povo contra o
aumento do preço da água no chafariz. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1959.</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O AUMENTO DO BANHO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 8 de
abril de 1959, publicou uma matéria sobre a revolta da população contra a
proprietária de vários chafarizes que resolveu aumentar o preço da água. Veja
na íntegra a matéria completa. “Houve protesto e ameaças por causa de aumento
do preço d’água” dizia a manchete – Estão em pé de guerra os habitantes do
Córrego do Euclides, Alto José Bonifácio e Ladeira do Boi, em Casa Amarela,
nesta cidade, em virtude do aumento decretado pela proprietária de vários
chafarizes ali existentes, para o preço da água.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Movimentos de protestos já foram
realizados , mas até o momento, nenhuma solução conciliatória foi encontrada.
Na tarde de ontem foram mandadas duas guarnições da Rádio Patrulha para
aqueles lugares, afim de evitar possíveis alterações da ordem pública.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A História – Nos lugares
acima, existem três chafarizes de propriedade da sra. Eleanor de Oliveira, e
que são supervisionados pelo seu filho, advogado Gilberto Pacheco de Oliveira.
Há tempos, vinha sendo cobrados por uma lata d’água a importância de CR$ 0,60
(Sessenta centavos), enquanto o banho custava CR$ 1,50 ( Um cruzeiro e
cinquenta centavos), há três dias, entretanto, houve um aumento de 0,20 e 0,50
centavos, respectivamente na lata d’água e no banho, o que não foi bem recebido
pelo povo. Iniciou-se um movimento de protesto, que obrigou, inclusive, o
delegado Geraldo Frazão a locomover-se até ali, em companhia de um
auxiliar, para tentar a paz, o que foi conseguido voltando a ser cobrados os
preços antigos, sob ameaça de atos de violência, praticados pelo povo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ontem, o sr. Gilberto Pacheco,
com o delegado Frazão esteve no gabinete do major Costa Cavalcanti, enquanto um
representante dos prejudicados também assistia à conferência. Ficou
decidido que o preço da lata d’água será o mesmo de antigamente, enquanto o
banho aumentará para CR$ 2,00 (Dois cruzeiros). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O major Costa Cavalcanti, na
oportunidade, revelou que iria manter contato com o secretário de Viação,
para que os chafarizes da Ladeira do Boi, Córrego do Euclides e Alto José
Bonifácio, passassem ao Estado, sendo a água distribuída gratuitamente.
Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 27 de dezembro de 1960, o
prefeito do Recife, Miguel Arraes de Alencar, inaugurou pela manhã, um chafariz
no Alto José Bonifácio, com quatro torneiras e quatro banheiros para homens e
mulheres. A obra custou CR$ 320 mil cruzeiros, fora a construção do prédio que
custou CR$ 150 mil cruzeiros.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 4 de setembro de 1962, o
vereador Liberato Costa Júnior, subiu à tribuna da câmara e criticou a
Secretaria de Viação por não providenciar a ligação d’água para os
chafarizes do Alto Santa Terezinha, Córrego do Cotó, Alto da Saudade, Córrego
José Grande, Alto do Pascoal, Beco dos Casados e Córregos do Euclides, inaugurados
pela Prefeitura do Recife há mais de seis meses, mas que não estavam
funcionando por falta de água. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLl_LWirAn5Ff2Q3CFiboVDLKlK8o1W2-LrVYdffVKMy3ZKyeZk-PtyEfxgVr7uZpDDpIriWvtKCdJedhyphenhyphen7vB99q00eAec9YfShM9jGhaAPdsB40b7amu7t2Ts0jQlFq2L6BT0D2iGrAzs/s400/ChafarizAltoSaudade1962.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="289" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLl_LWirAn5Ff2Q3CFiboVDLKlK8o1W2-LrVYdffVKMy3ZKyeZk-PtyEfxgVr7uZpDDpIriWvtKCdJedhyphenhyphen7vB99q00eAec9YfShM9jGhaAPdsB40b7amu7t2Ts0jQlFq2L6BT0D2iGrAzs/s320/ChafarizAltoSaudade1962.jpg" width="320" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O chafariz do Alto da Saudade,
ainda em construção, no Alto José Bonifácio. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de
Pernambuco/1962.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">OS CHAFARIZES DE PELÓPIDAS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 9 de
setembro de 1962, publicou uma matéria com duras críticas ao ex- prefeito do
Recife, Pelópidas da Silveira, que era do PSB (Partido Socialista Brasileiro),
portanto, taxado como “vermelho” e comunista e que houvera gasto milhões de
cruzeiros com dezenas de chafarizes inúteis, já que não havia água para seu o
funcionamento regular em diversas localidades do Recife, entre elas, o Córrego
José Grande, Alto da Saudade e Córrego do Euclides. A matéria dizia o seguinte:
“Chafarizes: milhões jogados fora para enganar a poeira (povo)” dizia a
manchete – O ex- prefeito (Pelópidas da Silveira) e seus bem pagos assessores
de publicidade alardeavam, com grande estardalhaço que nunca se construíram, em
córregos e morros, tantos chafarizes para abastecer d’água as populações mais
pobres da cidade. É verdade. Nunca um administrador gastou tanto
dinheiro em obras inacabadas. São dezenas de chafarizes sem água,
invertendo-se em cada um mais de duzentos mil cruzeiros, no afã de iludir o povo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como podem ver, alguns desses
chafarizes que o candidato subversivo deu como inaugurados, ainda não estão nem
prontos. E água que é bom, não tem mesmo, em nenhum deles. A orgia com os
dinheiros públicos chegou ao inacreditável no que diz respeito aos chafarizes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O ex-prefeito malbaratou alguns
milhões de cruzeiros na construção de galpões e depois os batizou com o
nome de chafarizes. Mas, chafariz sem água só entra mesmo na cabeça do
candidato subversivo e de seus assessores. E o povo não acredita mais nessa conversa
fiada de administração quando vê que foi iludido, enganado, traído, por um
mistificador. O povo quer chafarizes mas que tenham água. E isso o ex-prefeito
não fez. Eis a relação dos chafarizes não ligados porque a Prefeitura do homem
de vermelho os construiu eleitoreiramente distante das linhas d’água:
...Córrego José Grande, Alto da Saudade, Córrego do Euclides... Finalizou.
Apesar das críticas, Pelópidas da Silveira, foi eleito pela segunda vez e
assumiu a Prefeitura em 8 de abril de 1963. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 10 de julho de 1963, o
Departamento de Saneamento iniciou os serviços de construção de distribuidores
de água do Córrego do Euclides, dentro do plano de obras de 1963. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O DESABAFO DE ZUZÚ, O GUARDADOR
DO CHAFARIZ</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 22 de
novembro de 1964, publicou o desabafo do guardador do chafariz do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego
do Euclides</span><span style="color: #ffa400;"> da seguinte forma: </span><span style="color: #04ff00;">Zuzú</span><span style="color: #ffa400;"> – “ Uma infâmia. Uma miséria
o que disseram de mim. Foram reclamar na Prefeitura que eu não ligo para o
chafariz e que não abro o chafariz para o povo tirar água.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Mentira. Uma grossa mentira.
Quando falta água no Córrego do Euclides, a culpa não é minha. A culpa é do
saneamento. Que é então o que eu vou ficar fazendo no chafariz, quando não há
água? Sigo para casa e lá permaneço, cuidando dos meus negócios, somente por
alguns instantes. Quando a água chega, estou de volta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Falam por exemplo, que o chafariz
vive sujo. Sujo porquê? Nem a Prefeitura, nem o saneamento estão ligando para
nada. Não mandam vassouras. Não mandam creolina, não mandam sapólio. Eu mesmo é
que compro tudo com meu dinheiro. Ainda esta semana, dei 250 cruzeiros por uma
vassoura. Também comprei uma lata de creolina. Foi mais 250 cruzeiros.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Agora pergunto: Quanto ganha um
guarda de chafariz? Será que eu posso está fazendo tais despesas? E ainda falam
mal de mim. Seu criado, Zuzú. Guarda do chafariz do Córrego do Euclides”.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 30 de janeiro de 1970, foi
criada a SANER (Saneamento do Recife) que passou a ser o fornecedor de água do
Córrego do Euclides, Ladeira do Boi, Córrego José Bonifácio e Córrego Jeca Tatu
(atual Córrego São Domingos Sávio).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O APELO DA CRUZADA FEMININA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 10 de
setembro de 1965, fez um apelo aos poderes públicos para que fosse solucionado
a situação do desaparecimento das torneiras das lavanderias dos chafarizes do
Alto José Bonifácio e do Alto da Saudade, o que só veio agravar ainda mais a
situação da comunidade em relação aos inúmeros problemas existentes na questão
do saneamento básico daquela região. A nota dizia o seguinte: Retiraram
torneiras das lavandarias públicas: Cruzada faz apelo – dizia a manchete –
A Cruzada Democrática Feminina tomou conhecimento da constrangedora situação em
que se encontram as populações do Alto José Bonifácio e do Alto da Saudade, de
onde foram retiradas (sem se saber exatamente por quem) no primeiro 26
torneiras e no segundo 16, as quais estavam as lavandarias públicas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Um grupo de senhoras da Cruzada
subiu até os Altos citados, tendo constatado o fato e, mais ainda, a calamidade
que o mesmo representa para as pessoas que ali residem, principalmente as
pobres lavadeiras que são obrigadas a fazer, longa caminhada, morro abaixo,
morro acima, para lavar roupa, trabalho em que muitas se ocupam como meio
de vida. Isso se constitui um grave incômodo e um problema de ordem sanitária,
desde que a roupa é lavada geralmente em poços e cacimbas, em geral poluídos,
ou em qualquer lugar onde a água pode ser encontrada. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Cruzada já se dirigiu aos
poderes competentes, expondo o problema e solicitando providências, as mais
breves possíveis, pois casos como esses exigem soluções imediatas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Agora, publicamente a Cruzada
apela no sentido de que a água possa chegar até o Alto José Bonifácio e o Alto
da Saudade, como antes acontecia, levando saúde e um pouco mais de conforto
àquelas populações. Que elas não sejam obrigadas a passar por mais esse vexame.
O de ficar sem água, um dos elementos essenciais à vida. Quando já tem de
suportar a pobreza , o que já é muito. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgriH3gegpZ7AZuHrvC1tm5i97YeLEdOsjPO_niAc4G2wnsNq8TDvpKpyn9Fn81HL4Lhmy63jcGB1KMIP0idE_9LFwk6nQusO5EwD8hALq17OB0-fZkLlWNPWqk79IniKz8t2N_2Dks1S15/s400/MeninaChafariz1981.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="242" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgriH3gegpZ7AZuHrvC1tm5i97YeLEdOsjPO_niAc4G2wnsNq8TDvpKpyn9Fn81HL4Lhmy63jcGB1KMIP0idE_9LFwk6nQusO5EwD8hALq17OB0-fZkLlWNPWqk79IniKz8t2N_2Dks1S15/s320/MeninaChafariz1981.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Crianças em busca de água no
chafariz do Córrego do Euclides. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco/1981.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 12 de
março de 1981, publicou uma nota sobre falta d’água no chafariz do Córrego
do Euclides. A nota dizia: Água por aqui, explica um morador, sempre é
inconstante e nós já nos acostumamos a isso. O chafariz do Córrego do
Euclides, de Nº 136, permanece fechado há quase duas semanas, o que é grave,
pois dele se abastecem moradores dos Altos próximos. Segundo moradores , o
problema seria com a rede de distribuição que vem da Bomba do Hemetério.
Finalizou. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial do Estado, do
dia 21 de novembro de 1987, diante das dificuldades dos moradores do Alto José
Bonifácio com a constante falta de água na localidade e as críticas feita
contra a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), foi divulgada a
seguinte nota: O presidente da Compesa, Antônio Carlos Maranhão Aguiar, disse
ontem que concorda com a reclamação da comunidade do Alto José Bonifácio,
sobre os maus serviços prestados quanto ao abastecimento d’água, pois a função
da empresa é atender toda a população do Estado, o que ainda não está
ocorrendo. Salientou no entanto, que além dos moradores do Alto José Bonifácio,
outras 500 mil pessoas foram deixadas totalmente sem abastecimento na Região
Metropolitana do Recife, “sendo necessário haver o entendimento de que não é
possível resolver do dia para noite problemas que têm muitos anos”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Explicou que desde o início a
Compesa esclareceu que a política deste Governo ( Miguel Arraes) é de dar
prioridade de atendimento àquelas populações ainda excluídas dos serviços de
saneamento. Isto já está ocorrendo, mais especificamente nos morros das zonas
norte e sul da Cidade do Recife. Nos últimos meses, a Compesa já executou cerca
de 9.100 novas ligações de água, a maioria nos morros da área norte,
representando o atendimento a mais de 50 mil habitantes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antônio Carlos Aguiar disse que
os projetos para os atendimentos às populações das áreas de morros já estão
concluídos. No entanto, para a execução das obras, é preciso que se disponha
dos materiais – tubulações e equipamentos diversos do sistema – que não se
conseguem com rapidez que se possa desejar. Adiantou que para conclusão das
obras nos morros da zona norte do Recife faltam ainda 57 mil metros de cano.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 15 de fevereiro de 1990, a
Compesa recuperou um dos principais reservatório d’água da zona norte
do Recife, que armazena 2.000³ de água, foi construído em 1958. Nesta ocasião,
o reservatório Mundo Novo, no Vasco da Gama, apresentava uma rachadura que
já havia completado oito anos. Este problema impedia que vários pontos dos
morros da zona norte, entre eles, o Alto José Bonifácio, não chegassem água.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBg766LMY_7hg9_nC4CgP6BIp-zHziDD-XLBLz4TR6IKelYh7tZUMPpEFDgcMJssAFybasgsPBX5q1kLWzgA0jk0rAXQy9Pr2AUJcY3NXy4BP3P6DHPj-89RwZkMUpPRqPOwvNaGTJY14v/s400/AdutoraBonifacio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBg766LMY_7hg9_nC4CgP6BIp-zHziDD-XLBLz4TR6IKelYh7tZUMPpEFDgcMJssAFybasgsPBX5q1kLWzgA0jk0rAXQy9Pr2AUJcY3NXy4BP3P6DHPj-89RwZkMUpPRqPOwvNaGTJY14v/s320/AdutoraBonifacio.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Poço do Córrego José Grande,
construído em 2000. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 16 de dezembro de 2000, o
presidente da Compesa, Gustavo Sampaio, anunciava através do Diário Oficial, a
construção do poço do Córrego José Grande. Disse ele, que o sistema
beneficiaria todo o bairro do Alto José Bonifácio. O poço com 160 metros de
profundidade e com uma perspectiva de captar 15 litros por segundo. Sendo
construído também no local, um reservatório d’água capaz de armazenar 500m³ de
água, além de uma Estação Elevatória e uma Adutora de 1.400 metros e que a obra
custaria R$ 500 mil reais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Gustavo Sampaio argumentou que,
atualmente, o abastecimento da área é deficiente em decorrência de vários
fatores, entre eles, a topografia acidentada, além de ser localizada em final
de rede ou abastecimento. Outro agravante é o fato da comunidade depender
exclusivamente do abastecimento de uma adutora que vem dos morros, o que
dificulta a distribuição do produto no Alto José Bonifácio. Com a
execução deste projeto, a comunidade será atendida diretamente pelo poço a ser
perfurado. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através do requerimento Nº 4726
de do vereador Almir Fernando, que solicitou a Compesa a perfuração de um
poço artesanal no bairro do Alto José Bonifácio para melhoramento de oferta de
água naquela localidade, na sessão da Câmara dos Vereadores do Recife do dia 21
de agosto de 2019. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 19 de dezembro de 2019, a
Compesa anunciava através de seu diretor-técnico, o engenheiro Flávio
Figueiredo, aos meios de comunicações do Estado, que o governador de
Pernambuco, Paulo Câmara, com recursos da Caixa Econômica Federal do FGTS e
Compesa iria investir R$ 35 milhões de reais para aumentar a oferta de água, a
expansão e o aumento da eficiência operacional da rede de distribuição em
catorze bairros da Zona Norte do Recife, entre eles, parte do bairro do Alto
José Bonifácio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A estimativa é que o sistema
atenda há 142 mil pessoas da região. As obras foram iniciadas em julho de 2019
e com previsão para terminar em 2021. A nova adutora terá 3 Km de extensão,
captando água dos sistemas do Alto do Céu, no bairro de Fundão; Tapacurá, a
partir da Estação Elevatória da Bela Vista, no bairro de Casa Amarela,
seguindo para o Reservatório Mundo Novo, no bairro do Vasco da Gama. A nova
adutora terá a incrível vasão de 200 litros por segundo, com 84 Km de
tubulações e 7 mil ramais prediais. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Este sistema que foi iniciado
pelo governador, Etelvino Lins, e que já completou 62 anos, sendo considerado
pelo próprio governo como o maior já implantado no Norte-Nordeste. Na
realidade, durante todos esses anos, nunca chegou a resolver em definitivo o
problema de abastecimento de água dos morros do Recife, pois demonstrou com o
tempo, que os investimentos feitos foram insuficientes para acabar com o
sofrimento da população desta região e assim a luta continua.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">POLICIAMENTO DO BAIRRO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O</span></b> <b><span style="color: #04ff00;">SUBCOMISSARIADO DO ALTO DA
SAUDADE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 23 de maio de 1961, o
deputado Agripino Almeida, subiu à tribuna na Assembleia Legislativa e
apresentou o seu requerimento Nº 3065, solicitando um comissariado para
o Alto José Bonifácio. O parlamentou disse: “ O Alto José Bonifácio tem
uma densa população e a prova disto, está no grande número de assinantes do
abaixo assinado junto a este requerimento. Daí, a criação do comissariado se
tornar necessário, para que melhorse assegurem as garantias às famílias que ali
residem. A pretensão dos habitantes do local, tem objetivo evitar a insegurança
da que ali vem reinando de há muito, motivo de nervosismo para os homens de bem
que ali habitam com as suas famílias”. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 26 de junho de 1962,
era inaugurado o subcomissariado do Alto da Saudade, chefiado
pelo guarda civil Miguel Torres. O subcomissariado era responsável pelas
ocorrências no Alto José Bonifácio, Córrego do Tiro, Córrego do Euclides, Alto
do Brasil e o Alto Nossa Senhora de Fátima no Vasco da Gama.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 24 de
abril de 1963, publicou um incidente provocado por um araque em uma ocorrência,
que provocou o afastamento do primeiro comissário do Alto José Bonifácio. A
nota dizia o seguinte: Delegado proíbe presença de araques nos
comissariados – dizia a manchete – O delegado Rubens Guimarães da Delegacia
do 3º Distrito, resolveu afastar do cargo o comissário Miguel Torres, do
Comissariado do Alto da Saudade, enquanto aquele policial responde inquérito
instaurado naquela Distrital para apurar responsabilidades num crime de
ferimento sofrido pelo marginal J.M.L, vulgo Marta Rocha.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">“Marta Rocha” foi baleado pelo
araque (exerce a função de policial sem ser) conhecido pelo vulgo de “Severino
do Taró”, numa diligência realizada na Rua do Dendê, no Córrego do Euclides,
sob orientação do comissário Torres. Afirma o policial que “Severino do Taró”,
apesar do marginal já haver sido dominado por ele e por outro policial do
destacamento do Alto da Saudade, sacou da arma e fez três disparos contra ele,
atingindo-o no peito direito, evadindo-se após a consumação do crime.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Diante dos acontecimentos, o
delegado do 3º Distrito, expediu circulares em todos os comissariados e
subcomissariados afetos à jurisdição da 3ª Delegacia Distrital, proibindo seus
auxiliares de recorrerem a auxílio dos chamados “araques”, que prejudicam mais
do que auxiliam a polícia em seus trabalhos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O delegado lamenta o afastamento
do comissário Torres do Subcomissariado do Alto da Saudade, pelo ótimo serviço
que aquele policial vinha fazendo ali, contra os ladrões que antes infestavam a
zona. Acha que somente o fato de haver recorrido ao auxílio de um “araque”
tenha levado o comissário Torres aos últimos acontecimentos. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 10 de abril de 1977, o
Diário de Pernambuco publicou uma entrevista com o secretário da Secretaria de
Segurança Pública, Rinaldo Cisneiros, sobre segurança pública na periferia. A
moradora do Alto José Bonifácio, Mirian Costa, formulou a sua
pergunta para o secretário:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">- Secretário, falta um
comissariado para o Alto José Bonifácio, tal medida é possível?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ele respondeu: - Não, e de certo
modo, desnecessária, pois a delegacia do distrito tem condições de resolver o
problema. Verdade que áreas como o Alto José Bonifácio, são muitos populosas e
estão a exigir um policiamento mais efetivo, entretanto, não dispõe a Secretária
de Segurança de condições, tanto em material quanto em pessoas, para instalar
comissariados em todos os bairros. Daí a responsabilidade das delegacias
distritais de, através de rondas permanentes, cuidar do policiamento da área
sob sua jurisdição e isto se faz rotineiramente. Finalizou. O
Subcomissariado do Alto da Saudade havia sido fechado no ano anterior. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEPP5Bpt2tpy5yHsCtG87y5hhiHMkuIKsiA_qzUxgc6SDp4zCKNPZp2FzDukb14VlsNuvuOikRzciyebRGs78BfeTdxaXLVodYiwRWXpHgq-00iB2Qh_a0ReSyepShkSW0IYLmD_UBgf5_/s320/PPO.AJB+%25282%2529+%25281%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="241" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEPP5Bpt2tpy5yHsCtG87y5hhiHMkuIKsiA_qzUxgc6SDp4zCKNPZp2FzDukb14VlsNuvuOikRzciyebRGs78BfeTdxaXLVodYiwRWXpHgq-00iB2Qh_a0ReSyepShkSW0IYLmD_UBgf5_/s0/PPO.AJB+%25282%2529+%25281%2529.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Solenidade de inauguração do
Posto Policial da PM em 1988. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário Oficial do Estado</span></b><span style="color: #ffa400;">.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;"> O DESTACAMENTO DA POLÍCIA
MILITAR</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 3 de agosto de 1988, a
Polícia Militar implantou um PPO (Posto de Policiamento Ostensivo) no Alto José
Bonifácio. O Diário Oficial de Pernambuco do dia seguinte publicou uma nota
sobre a solenidade: PM reforça a segurança em Altos do Recife – dizia
o título – A Polícia Militar inaugurou no Alto José Bonifácio, uma cabina dupla
de fibra de vidro, para sediar pelotão de policiamento ostensivo do 11º
Batalhão. Com 40 soldados e uma viatura, o novo pelotão vai reforçar o
policiamento do Alto José Bonifácio e nos Altos da Serrinha, do Tiro, do
Brasil, da Saudade, e adjacências.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A cabina foi inaugurada pelo
coronel Fernando Gonzaga Pessoa, Comandante Geral da Polícia Militar. Também
participaram da solenidade os líderes comunitários Severino Miguel de Souza,
presidente da Associação de Moradores do bairro, e Marco Antônio dos Santos,
presidente da Associação Esportiva Assistencial Bela Vista, além dos coronéis
do alto escalão, Valdeci Lopes, Rivo Ribeiro e Oficiais do batalhão da área.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Segundo o Tenente-Coronel,
Ximenes Neto, comandante do 11º Batalhão (Batalhão 17 de Agosto), o posto de
policiamento ostensivo instalado no Alto José Bonifácio, vai funcionar 24 horas
por dia, reforçando a segurança na área e prestando apoio à população. O
pelotão será comandado pelo tenente Pacífico e será responsável também, pelo
policiamento ostensivo dos morros da proximidades. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZH0DQWd8IqZkiMr6hBnvhHX22lliRAo9UGR6Ril2_4Nnk3T8qgrFacWRsBKzLoxr6Dyj92845GFKoigzhqZNYWt3FbgGLMfarWSkNn2_7ZWse5mMuQG6CfMh2AQD0rO0CFqjFo5IXObtR/s399/D.Helder64.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="371" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZH0DQWd8IqZkiMr6hBnvhHX22lliRAo9UGR6Ril2_4Nnk3T8qgrFacWRsBKzLoxr6Dyj92845GFKoigzhqZNYWt3FbgGLMfarWSkNn2_7ZWse5mMuQG6CfMh2AQD0rO0CFqjFo5IXObtR/s320/D.Helder64.jpg" /></a></b></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O arcebispo de Olinda e Recife,
Dom Helder Câmara antes da posse esteve no Alto da Saudade em 1964. O arcebispo
demonstrou todo seu carisma nas comunidades pobres, o que lhe rendeu o titulo
de "Pai dos Pobres". </span><span style="color: #ffa400;">Foto ilustrativa.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A VISITA DE DOM HELDER CÂMARA AO
ALTO DA SAUDADE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 15 de
abril de 1964, publicou a seguinte nota à respeito da visita do arcebispo de
Olinda e Recife, Dom Helder Câmara, ao Alto da Saudade: Dom Helder visita
Morros e Mangues – Dizia a manchete – Surpreendendo os mais otimistas,
mesmo aqueles que têm conhecimento da capacidade de trabalho do novo Arcebispo
Metropolitano, Dom Helder Câmara, ainda com as saudações pela sua chegada ao
Recife ecoando nos céus de Pernambuco e do Brasil, mesmo antes de iniciar as
visitas protocolares de agradecimentos às autoridades que estiveram presentes
as solenidades de sua investidura como sucessor de Dom Carlos Coelho, já
iniciou uma série de visitas aos favelados e as populações dos
alagados do Recife. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Visitando o Alto da Saudade,
onde as freiras da Obra Social Sagrado Coração de Jesus, vêm realizando um
trabalho notável, fez suas primeiras promessas de se empenhar com o
governo do Estado para colocar em funcionamento, o Grupo Escolar (a Escola Caio
Pereira ainda não era um Grupo Escolar). Disse na oportunidade que as
associações de bairros, tiveram princípios e finalidades totalmente
desvirtuados pelo governo anterior (Referindo-se ao governo de Miguel Arraes),
porém dentro de uma linha de orientação sadia, darão os melhores frutos e
propiciarão às populações melhoria nas condições de vida. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Acompanharam-no nesta visita Dom
José Lamartine, recentemente nomeado vigário capitular, e padre Teobaldo Rocha,
vigário da Paróquia do Morro da Conceição, além de um grupo de senhoras do Rio
de Janeiro, que vieram ao Recife assistir à sua posse como Arcebispo.
Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antes de sua visita ao Alto da
Saudade, Dom Helder e comitiva, estiveram no alagado 1º de Maio, em Santo Amaro
e no Morro da Conceição. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RECLAMAÇÃO NO PERISCÓPIO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de julho de 1964, o
Diário de Pernambuco publicou em sua coluna “Periscópio”, uma reclamação contra
jogos de futebol realizados onde atualmente fica o ginásio poliesportivo. A
nota dizia o seguinte: O deputado Pedro Duere, pede a extinção de um jogo de
futebol no Morro do Boi. As famílias que residem no dito Morro
são prejudicadas com palavras de baixo calão e janelas quebradas. Que os
futuros Pelés procurem os campos adequados. Pediu ainda o sr. Pedro Duere ao
Secretário de Segurança que proíba o jogo de futebol no pátio
principal do Alto José Bonifácio (Morro do Boi) que vem prejudicando a centenas
de famílias ali residentes. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Dois dias depois, o deputado
Mário Monteiro vem ao “Periscópio” defender os peladeiros. A nota
dizia o seguinte: Diz o deputado Mário Monteiro, que em Casa Amarela tem os
seus mais fortes redutos eleitorais, que o seu colega Pedro Duere não tem
razão quando combate o jogo de futebol no Alto José Bonifácio (Morro do Boi).
“O joguinho que ali se pratica aos domingos não incomoda a ninguém. E, ademais,
o único divertimento dos rapazes pobres daquela zona”. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgujfy2DbsJbYVYlA9mbU9ywiVkODbbLLcXjffc_j6MxoVUFE4hqWaNDkVaC1sflgNgqUewDTv11Rs2k0uNeDraQMvjeObjHxqfGNa0WnwMWgKPmFk3D3rSpvDeisDWrszzXJHy1MqXnQTZ/s320/ALTO-FALANTE.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="309" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgujfy2DbsJbYVYlA9mbU9ywiVkODbbLLcXjffc_j6MxoVUFE4hqWaNDkVaC1sflgNgqUewDTv11Rs2k0uNeDraQMvjeObjHxqfGNa0WnwMWgKPmFk3D3rSpvDeisDWrszzXJHy1MqXnQTZ/s0/ALTO-FALANTE.jpg" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Os moradores da antiga Rua São
Miguel (atual Rua Âmbar) não suportaram a barulheira e denunciaram Zé
Vitorino. </span><span style="color: #ffa400;">Foto ilustrativa/Blog do radialista Célio Cavalcante/CE.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A ALVORADA DE ZÉ VITORINO </span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 16
de dezembro de 1964, publicou uma nota sobre uma curiosa perturbação de
sossego na antiga Rua São Miguel (atual Rua Âmbar), no Alto José Bonifácio
que dizia o seguinte: <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Alvorada –
Ninguém consegue mais dormir na Rua São Miguel, no Alto José Bonifácio, em
Casa Amarela. Foi chegar a alvorada e danou-se tudo. Ela berra a noite toda,
cantando música de Miltinho, Ângela Maria e Orlando Dias. Verdadeira
calamidade. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A alvorada é um serviço de
alto-falante que pertence a um tal de Zé Vitorino. Quando a alvorada
começa a tocar vai até de madrugada e só para com o romper do dia. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA PASSIRA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 7558, de
27 de julho de 1965, denomina de Rua Passira, o logradouro que começa no Nº
1370 do Córrego José Grande e termina no Alto da Saudade, S/Nº. O Decreto foi
sancionado pelo prefeito Augusto Lucena.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O PRIMEIRO PARQUE INFANTIL</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 28 de agosto de 1965, o
prefeito do Recife, Augusto Lucena, inaugurou o primeiro Parque Infantil do
Alto José Bonifácio. A nota não revela o local.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc8kgV018bFkY_UIwNbakbtFS5-iSasN-kn3i_aNDSHBRxvQ8Jz53N6ZeR_1Fb_nnHFDjx2JXZlhl9R4Hng8WsEcZ-3ZDXI6S0LY3CVtKwBZ2pp_YLhBbvzaPpBWxNMuvVYzeDk5UHovc-/s320/RuaHidrolandia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc8kgV018bFkY_UIwNbakbtFS5-iSasN-kn3i_aNDSHBRxvQ8Jz53N6ZeR_1Fb_nnHFDjx2JXZlhl9R4Hng8WsEcZ-3ZDXI6S0LY3CVtKwBZ2pp_YLhBbvzaPpBWxNMuvVYzeDk5UHovc-/s0/RuaHidrolandia.jpg" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Rua Hidrolândia recebeu esse nome
em 1965. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Jânio Odon/28.8.2019.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA HIDROLÂNDIA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 7663, de
20 de outubro de 1965, denomina de Rua Hidrolândia, a via esquerda do Córrego
José Grande, iniciando nos Nºs 521 e 529 e terminando no Alto da Serrinha,
S/Nº. O Decreto foi sancionado pelo prefeito Augusto Lucena.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">RUA LAJEDO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 7821, de 7
de março de 1968, denomina de Rua Lagedo, a antiga Travessa do Córrego José
Grande. Este logradouro tem início na Rua Hidrolândia no Nº1427 e termina no
Nº793, no Alto da Serrinha. O Decreto foi sancionado pelo prefeito Augusto
Lucena.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CENTRO COMUNITÁRIO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco em 15 de
setembro de 1968, publicou uma nota sobre a inauguração do Centro Comunitário
do Alto José Bonifácio que dizia o seguinte: O arcebispo Dom Helder Câmara
inaugura amanhã o Centro Comunitário do Alto José Bonifácio, nas comemorações
do 3º ano da Operação Esperança que teve ele como fundador. A Operação
Esperança é uma conjunção de forças coordenadas visando proporcionar uma
assistência educacional, social e religiosa às populações marginalizadas do
Recife. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO4yn5zGHH3Wnupt1rEshKai62A3usGskpdACy6rtSpskagp0WJcyW1InGfZ1qJR8Qx8j7IX1nuKImNBoLn_DfPXGQAdWnofeFQHnclViAdKVVql5TlEjeTFrCx6yRz5WoTDOeBO1gnBp2/s238/images.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="238" data-original-width="212" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO4yn5zGHH3Wnupt1rEshKai62A3usGskpdACy6rtSpskagp0WJcyW1InGfZ1qJR8Qx8j7IX1nuKImNBoLn_DfPXGQAdWnofeFQHnclViAdKVVql5TlEjeTFrCx6yRz5WoTDOeBO1gnBp2/w356-h400/images.jpg" width="356" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A elite presente no Baile
Municipal do Recife de 1969, no Clube Português. Onde o carnaval de gafieira
suburbano não foi bem aceito. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Revista Manchete/Blog do Fernando
Machado.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CARNAVAL E POBREZA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco do dia 2
de fevereiro de 1969, em sua coluna social editada pelo colunista Antônio
Azevedo, ele fez duras críticas aos organizadores do Baile Municipal
do Recife por permitir que carnavalescos suburbanos exibissem suas pobres
fantasias num baile considerado de elite da sociedade pernambucana. Em sua
nota, o colunista em explicita discriminação, cita até o </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do</span><span style="color: #ffa400;"> </span><span style="color: #04ff00;">Euclides</span><span style="color: #ffa400;">
como o carnaval de gafieira. O colunista em sua nota disse o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Senhoras e senhores, em matéria
de gafieira, ninguém baterá o Baile Municipal promovido pela Prefeitura do
Recife na semana passada. Criado com o sentido muito justo de divulgar o
carnaval, a cidade e os costumes da sua gente, o Municipal atingiu o clímax
este ano, ao receber gente bem vestida, a rigor, numa inaceitável mistura com
subnutridos que ingressaram no Clube Português exibindo trajes facilmente em
primeiro lugar no Clube do Cachorro do Homem do Miúdo e outros sodalícios
do subúrbio. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A situação chegou a tal ponto que
a Prefeitura só terá agora uma saída: ou continua a linha atual, anunciando
através da Comissão Organizadora do Carnaval (COC), uma festa a rigor (e a
devida fiscalização) num adorável blefe à sociedade ou toma atitude e patrocina
de fato uma noite chique, somente para gravata preta e vestido de baile
(fantasia é claro, não arranjo de meia- tigela, de mau gosto e
autêntica gozação aos bem trajados) e firmará o Municipal como um baile de
primeira linha.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Se a gafieira repetir-se, os
convidados sulistas não se disporão a sair do Rio de Janeiro para apreciar
gente do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego do Euclides</span><span style="color: #ffa400;">, da Bomba do Hemetério, do Alto do Cotó,
esnobando num baile oficial os trajes horríveis (tamancos, saco de
açúcar, roupão de banho, short de praia...) que foram anotados no Clube
Português. Tudo afinal, culpa dos que tiveram a responsabilidade de fiscalização
na entrada do Português. Isso tudo precisa ser dito em defesa do Municipal de
1970. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 24 de
fevereiro de 1977, publicou uma matéria sobre o carnaval de rua no Alto José
Bonifácio, que dizia o seguinte: </span><span style="color: #04ff00;">Alto José Bonifácio brinca sem estímulo</span><span style="color: #ffa400;"> –
dizia a manchete – No Alto José Bonifácio, o pouco apoio da Prefeitura, a falta
d’água e a falta de recursos dos moradores não impediram que o local fosse
transformado numa “república do frevo”, onde o mela-mela sadio predominou,
contagiando até a nossa reportagem, que participou com os moradores da
animação. Troças improvisadas com os moradores locais faziam o plano de fundo
para aquele frevo bem pertinho do céu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Desde as primeiras horas de Zé
Pereira até ontem, os moradores improvisaram batucadas e algumas troças, e
colocaram um tonel cheio de água, para iniciar aqueles que quisessem participar
dos folguedos. E tome água, tinta e pó. A animação era contagiante e os
moradores, muito civilizados, demonstraram urbanidade.</span><span style="color: #ffa400;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeAd0ecJXWGN-6C7bgeOXe0P1Uz8mK-YI_kBxG7m2_GmQThyphenhypheniZANBXviyFHv5IGycQNPyMA7xu9jIC8WoNi8DG4OOSSlGLIQhAOuQslpHqfDbVhstfdu-6EqPF2NcyhcNOTkzSSwqKMEG2/s400/mela-mela.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="318" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeAd0ecJXWGN-6C7bgeOXe0P1Uz8mK-YI_kBxG7m2_GmQThyphenhypheniZANBXviyFHv5IGycQNPyMA7xu9jIC8WoNi8DG4OOSSlGLIQhAOuQslpHqfDbVhstfdu-6EqPF2NcyhcNOTkzSSwqKMEG2/s320/mela-mela.jpg" /></a></b></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O tradicional mela-mela com talco. </span><span style="color: #ffa400;">F</span><span style="color: #ffa400;">oto: Blog do Fernando Machado.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 4 de
março de 1981, publicou uma matéria sobre a realidade do carnaval de rua da
Zona Norte do Recife e a saída da Escola de Samba Bafo da Raposa, do
Córrego do Euclides. A publicação dizia o seguinte:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Carnaval Zona Norte: reflexos da
pobreza</span><span style="color: #ffa400;"> – dizia a manchete- O empobrecimento crescente da população
recifense vem se refletindo claramente na limitação da euforia carnavalesca.
Principalmente nos subúrbios, onde reside a população mais carente, as
brincadeiras parecem evidenciar a dureza de dias difíceis. Enquanto os adultos
embriagam-se e esperam a passagem de algumas troças ou batucadas, as crianças
divertem-se jogando água ou talco nos transeuntes ou tamborilando em latas de
cerveja, leite e goiabada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na maioria dos bairros da Zona
Norte da cidade, nem mesmos os palanques, tradicionalmente, montados pela
Prefeitura ou pelos políticos locais, foram postos à disposição da comunidade,
que se viu obrigada a se deslocar até o Centro e Boa Viagem, em busca de alguma
diversão. Por outro lado, os blocos, troças e agremiações de menor porte, que
não contam com os recursos fornecidos pelos órgãos oficiais para a confecção
das fantasias e estandartes, enfrentaram toda sorte de dificuldades para saírem
às ruas. Muitos, no entanto, apesar da boa vontade, desistiram de animar o
carnaval.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os ursos eram os personagens mais
comuns nos subúrbios. Exigindo pouco dinheiro para seus folguedos, apenas um
velho saco de estopa, uma máscara e alguns instrumentos de percussão eles
exibiam uma lata , provocando os foliões com suas cantorias: “A La Ursa quer
dinheiro, quem não der é pirangueiro”. No final, a verba arrecadada era
revertida em cachaça, sofregamente consumida como forma de apagar as incertezas
do cotidiano. As fantasias, que durante muitos anos eram indispensáveis a
qualquer folião, também foram abolidas, assim como os confetes usados nas
brincadeiras.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Raposa – A folia do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego
do Euclides</span><span style="color: #ffa400;"> ficou a cargo da animação de Adeildo Gomes Jesus, conhecido
como Dada. É ele quem organiza as brincadeiras em todas as épocas do ano,
inclusive no carnaval. Como diretor da </span><span style="color: #04ff00;">Escola de Samba Bafo da Raposa</span><span style="color: #ffa400;"> superou
na dificuldades financeiras e botou o povo na rua. Vestidos de amarelo e preto,
350 figurantes alegraram não só o Córrego do Euclides, mas levaram sua
orquestra até Olinda, Paulista e Abreu e Lima. “ “Mística Amazônica” foi o tema
escolhido para o enredo. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">A FEIRA LIVRE DO CÓRREGO DO
EUCLIDES</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 5 de outubro de 1969, a
Prefeitura do Recife implantou na segunda quinzena de setembro, a </span><span style="color: #04ff00;">Feira Livre</span><span style="color: #ffa400;">
do Córrego do Euclides, na conhecida </span><span style="color: #04ff00;">Rodinha,</span><span style="color: #ffa400;"> encruzilhada que liga o Córrego
ao Córrego do Bartolomeu, Bomba do Hemetério e Morro da Conceição. A feira funcionava
as quintas-feiras das 06h às 18h.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de junho de 1971, O
secretário de Abastecimento, João Carlos, anunciou que as feiras livres do
Córrego do Euclides e de San Martin seriam extintas porque não tinham o número
mínimo de barracas para o seu funcionamento que era de vinte. Os feirantes do
Córrego do Euclides, informaram que preferiam negociar na feira de Casa
Amarela, porque era mais rentável, já que era uma feira maior em variedade e
que ficava localizada ao lado do Mercado e do Centro Comercial. Disseram que os
próprios moradores preferiam a feira de Casa Amarela. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">JOGO PROIBIDO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 22 de
janeiro de 1970, publicou a seguinte nota: </span><span style="color: #04ff00;">Mandado</span><span style="color: #ffa400;"> – Alguns antigos
craques do nosso futebol estariam dispostos a impetrar mandado de segurança
contra uma providência da Delegacia de Vigilância e Costumes, proibindo a
realização de jogos dos </span><span style="color: #04ff00;">“Batoteiros”</span><span style="color: #ffa400;">, Centro Esportivo Bartolomeu e Onze
Belmonte, em terrenos localizados no Alto José Bonifácio. Finalizou.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFh0jiPGIYGc8FUEjli3ShokfYhR34eKyAgloER9qkleG4O2TcXObkOCh15LpHM2JGVip6ctjQE2-p5OwB64KDZqkl7BqPFtNbr1qchftqNgo79KstCmeQsdWx5qfoLVJqLs0zuyziLVWj/s400/Album-de-Familia-frente-494x500.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFh0jiPGIYGc8FUEjli3ShokfYhR34eKyAgloER9qkleG4O2TcXObkOCh15LpHM2JGVip6ctjQE2-p5OwB64KDZqkl7BqPFtNbr1qchftqNgo79KstCmeQsdWx5qfoLVJqLs0zuyziLVWj/s320/Album-de-Familia-frente-494x500.jpg" width="320" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Caju e Castanha foram os ilustres
moradores do Córrego José Grande. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Gravadora Beverly/1984.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CAJU E CASTANHA, OS FAMOSOS
DO CÓRREGO JOSÉ GRANDE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os moradores do </span><span style="color: #04ff00;">Córrego José
Grande</span><span style="color: #ffa400;"> se orgulham de terem sido vizinhos da melhor dupla de emboladores
do Brasil. Segundo dona Suzana, moradora do Córrego José Grande e viúva de
José Albertino, o Caju. Dona Amélia, mãe da dupla, veio morar no córrego quando
Caju tinha seus 14 anos de idade, ou seja, entre 1976 e 1977. Eles passaram boa
parte da juventude na localidade, depois da fama seguiram para São Paulo. No
entanto, sua mãe, dona Amélia, permaneceu no Córrego José Grande até falecer há
poucos anos atrás. Dona Suzana, permanece morando na comunidade. <br />
<br />
José Albertino da Silva (Caju) e José Roberto da Silva (Castanha) nasceram em Matriz
da Luz, em São Lourenço da Mata, morou também no Alto da Fábrica, no bairro
Castanhola, em Jaboatão dos Guararapes. Quando Caju e Castanha eram garotos,
foram cantar com seus pandeiros feito de lata de doce pelo seu irmão mais
velho, Bartolomeu, na Praça do Jacaré, atual Praça Samuel Campelo, em Jaboatão.
Caju e Castanha no início, cantavam canções de Jackson do Pandeiro, Luiz
Gonzaga, Roberto Carlos e Manezinho Araújo. <br />
<br />
Certo dia, uma comitiva acompanhava o prefeito de Jaboatão, Severino
Claudino pelo Centro e viu os meninos cantando e disse: "Canta
falando mal da mãe do outro que eu dou uma prata ( o prefeito não sabia que
eles eram irmãos), quem usa pandeiro tem que tocar repente". Completou o
prefeito.. Eles cantaram as emboladas e todos os presentes gostaram e
aplaudiram os meninos. O prefeito continuou zoando os meninos, dizendo:
"Um tem cara de caju, o outro tem cabeça de castanha." E assim surgiu
o nome da dupla.<br />
<br />
Em 1972, Castanha conta que ele e seu irmão foram descobertos pelos produtores
Fernando Borges e Fernando Lima, que produziu o seu primeiro disco em
vinil.<br />
<br />
Castanha conta que conseguiu sua primeira televisão, quando sua mãe, dona
Amália, mandou uma carta para o programa de rádio de Alcides
Teixeira, que tinha uma grande audiência no Recife no início dos anos de
1970. Dizendo ser mãe de dois cantadores famosos, Alcides Teixeira havia dito a
ela que teria de provar levando os meninos ao programa. Ela levou os meninos
que mostraram seu talento ao vivo e ganharam a televisão. Lembrando que Alcides
Teixeira faleceu em 1973.<br />
<br />
Em 1975, a cineasta Tânia Quaresma estava em busca de talentos pelo
Nordeste para produzir um filme da cultura popular nordestina quando descobriu
Caju e Castanha e a levou de avião para São Paulo. Lá gravaram um excelente
documentário "Nordeste: cordel, repente, canção".</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSW7UnZ7QzlYEwCcvBAVOxLLU10CrMAw_hWpu47_FQTHKX09UHQ8MiBmQX0hyphenhyphen7HuWdSCGI8rVbohnvewyRTPD6VJjTAx-KFgwxdn6K2MhOq0TVPADTCgVn-vrBKHAycsfZW4_IT5tzBBLh/s400/caju-e-castanha-lp-1981-album-de-familia-11810-D_NQ_NP_616692-MLB28419064524_102018-F.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSW7UnZ7QzlYEwCcvBAVOxLLU10CrMAw_hWpu47_FQTHKX09UHQ8MiBmQX0hyphenhyphen7HuWdSCGI8rVbohnvewyRTPD6VJjTAx-KFgwxdn6K2MhOq0TVPADTCgVn-vrBKHAycsfZW4_IT5tzBBLh/s320/caju-e-castanha-lp-1981-album-de-familia-11810-D_NQ_NP_616692-MLB28419064524_102018-F.jpg" width="320" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A família de Caju e Castanha.
Dona Amélia (de lenço na cabeça), dona Suzana ( com o bebê no braço) e a
criança de short vermelho com um LP na mão é Ricardo que substituiu Caju, o
tio, que faleceu em 2001. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Gravadora Beverly/1984.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Castanha conta que a dupla
tiveram como inspiração para suas carreiras os
repentistas Oliveira e Beija-Flor, que também cantavam pelas ruas e
praças do Recife. Castanha adiantou que eles gostavam de se exibirem na Rua Nova,
no Mercado de São José, na Praça Joaquim Nabuco e a Praça do Diário.<br />
<br />
Castanha conta que ele e Caju foram para São Paulo só com a passagem de ida e
quando desembarcaram na rodoviária que na época era na Praça Santa Tereza
ficaram deslumbrados com o tamanho da cidade, dos arranha-céus e ficou
impressionado com a quantidade de gente na rua. Garantiu, que se naquele
momento estivesse com a passagem de volta, voltaria naquele mesmo instante,
pois ficou com bastante medo.<br />
<br />
Procuraram casa para alugar, mas não encontraram e dormiram debaixo do viaduto
do Minhocão. Conheceram Téo Azevedo que os levou para a casa dele. Descobriram
o programa "Som Brasil" no teatro Célia Helena e esperaram o
apresentador do programa, </span><span style="color: #04ff00;">Rolando Boldrin</span><span style="color: #ffa400;"> na saída para o almoço e o
abordaram. Tocaram uma embolada para Boldrin, que gostou da embolada e convidou
a dupla para se apresentarem no "Som Brasil".<br />
<br />
Em 2000, Caju foi diagnosticado com um tumor maligno no pulmão que se
alastrou pelo corpo e atingiu o cérebro, ainda apresentou melhoras e fez
algumas apresentações. Sabendo da gravidade de seu problema, pediu a Castanha
que preparasse Ricardo Alves, seu sobrinho, filho de seu irmão
Bartolomeu. Ricardo já cantava repente com seu primo Rinaldo e formavam a dupla
Chuchu e Pepino. Ricardo garante que não sabia ainda dominar totalmente a
embolada e que imitava os seus tios. Com o falecimento de Caju. Ricardo Alves
da Silva tornou-se o novo Caju. Castanha conta que trouxe ele da Muribeca
onde ele morava e o preparou para se apresentar no "Abril Pro Rock",
o novo integrante apesar de nervoso participou de uma embolada com seu tio no
palco, sendo bastante aplaudido pela platéia. Tornando-se a partir daí, um
parceiro perfeito. <br />
<br />
São 30 anos de carreira, gravou 17 discos, recebeu 7 discos de ouro.
Ganhou mais de 10 prêmios e foi indicado para concorrer o Grammy Latino em 2003
e tiveram participação na minissérie da Rede Globo - Amores Perdidos. A dupla
já foi convidada a participar de todos os programas importantes das principais
emissoras de televisão do Brasil.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">SURGE A COMUNIDADE DO BOQUEIRÃO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 11 de
novembro de 1976, publicou uma matéria sobre o início da </span><span style="color: #04ff00;">Comunidade do
Boqueirão</span><span style="color: #ffa400;"> da seguinte forma: “Mocambeiros constroem favela Boqueirão nas
encostas de dois morros” – dizia a manchete – Está nascendo uma nova favela no
Recife, no lugar “Boqueirão”. Estrada entre o Córrego do Euclides e a
Linha do Tiro, nas encostas íngremes de dois morros, estão sendo construídos
casebres em regimes de mutirão, no melhor estilo que deu origem ao tradicional
e sólido mocambo nordestino: estrutura de madeira rústica, paredes de barro
socado e coberta de material que varia de acordo com a posse do mocambeiro, no
momento.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Alguns mocambos novinhos em
folha, já estão habitados com alegres crianças barrigudas brincando no
barro vermelho e gaiolas pregadas nas paredes de barro irregular,
mostrando a extrema pobreza daquela gente, mas por enquanto sem a sujeira
excessiva a que estamos acostumados a ver em nossos alagados. Parece que no morro
é mais fácil disfarçar a miséria em sua plenitude. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sem nome – Os nomes dos
morros, ninguém sabe . Apenas informam ser chamada a localidade de Boqueirão. O
material usado é sempre o mesmo: caibros rústicos e ripas de madeira, que são
entrelaçados de forma a prender as porções de barro que serão socadas pelas
mãos de amigos e familiares dos novos moradores, geralmente gente das
redondezas, que mora na casa dos outros na base do arrego e paga aluguel “na
hora da morte”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como o mundo é dos mais espertos,
porém, já surgiu por lá um engenheiro da favela – um crioulo alto e forte, com
pinta de boa tapa e voz de trovão, aparentando estar esbanjando propriedade,
apesar de suas vestes simples. Ele se encarrega de conseguir terrenos
desocupados nas ladeiras, faz empreitada para escavar o local em que será
erguido o teto de mais uma família nordestina e “se precisar eu tapo, também”
(socar o barro nas paredes).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O nome do “engenheiro topa tudo”:
Jurandir Ferreira da Silva, 31 anos, que se declara lanterneiro e contra quem
existe uma queixa na Prefeitura: disseram que está vendendo terrenos e vão
tomar o que tiver de valor. Sua defesa: “ O que tenho é meu carrinho próprio,
mas está em nome de minha mãe. Passo o dia inteiro, mostrando terrenos
desocupados ao pessoal e fazendo minhas empreitadas. Mas o que é meu ninguém
toma”, assegura.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Mocambeiro – Com a ajuda da
mulher e dos quatro filhos, Mariano Leandro dos Santos, vendedor de confeitos e
chocolates de 34 anos, está construindo sua robusta casinha quase rente com a
barreira do morro. Mas está animado: “Estou fazendo a minha aqui porque vi os
outros levantando as suas”. Mora no Morro da Conceição, na casa de uma
velhinha, sem pagar aluguel e agora está bem próximo de ter o seu lar. Mariano
explica que não paga aluguel porque não pode mesmo pagar. Sua maratona para
cobrir-se e aos filhos com algo de seu: conseguiu madeira usada, um colega lhe
deu de graça. Comprou apenas alguns paus e pregos, vai cobrir a casa com umas
velhas telhas, insuficientes para todo o telhado, mas os buracos serão tapados
com plástico, folhas ou qualquer coisa, até que possa comprar o restante das
telhas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O terreno, Mariano não sabe de
quem é: “Deve ser da Prefeitura”. Não tem medo do deslizamento da ladeira, pois
está disposto a ir desbastando a barreira até afastá-lo da parede. Alertando
para o perigo que representará para sua família o próximo inverno, responde
resignado: “Aí Deus toma conta”. Do perigo ninguém pode se livrar, não.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Perigo – Ao lado e um pouco
abaixo da casa de Mariano, um esqueleto de um casebre, menor mais de feitio
idêntico, já consagrado pelo engenho do homem popular: ripas mal acabadas
(dessas de cerca do interior), pregadas vertical e horizontalmente em caibros
bem fincados ao solo, formando os quadrados que serão preenchidos pelo barro
mole.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O dono lá não estava, ontem à
tarde. Certamente “batalhava por mais material de construção”, fazendo biscate
ou pedindo, quem sabe. O perigo maior: o barraco está situado, como o de
Mariano, num local tão próximo da encosta do morro que faz prever, com um pouco
de chuva, que a casinha pode ser soterrada. Que Deus os ajude.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Intensa Procura – Logo que a
equipe de reportagem chegou ao local, deles se acercaram várias mulheres e
crianças esperançosas, em busca de terrenos livres. Dulcinéia de Souza, 33
anos, um filho e mãe idosa para sustentar, desempregada e que trabalhava em
restaurante, queria saber como seria possível conseguir um terreno para o seu
mocambo. Foi bem clara: “Sou eleitora, moro na Rua Santo Antônio, aqui perto,
pagando CR$ 100 cruzeiros de aluguel por uma metade de casa”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Também desempregada, Celina da
Conceição Dias, 28 anos e sete filhos, paga CR$ 150 cruzeiros de aluguel. Está
querendo “arranjar um cantinho” e, caso consiga, o material ela diz que “arruma
com os outros”. O marido “faz uns ganchos e ganha não sei quanto”. De enxada na
mão, dando a entender que já estava escavando alguma terra por lá.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Antônia Rodrigues da Silva, 48
anos, dois filhos, diz que está querendo fazer uma palhoça para morar com suas
duas meninas. É aposentada do INPS, ganha CR$ 425,00 (quatrocentos e vinte e
cinco cruzeiros) por mês. Não paga aluguel porque mora com uma filha e espera
contar com ajuda de Deus “e as pessoas de coração bondoso” para conseguir a
casa própria, mesmo na encosta do morro, a exemplo de Laelsa Costa
dos Santos, que também pensou que algum candidato a vereador estivesse à cata
de votos, lá no Boqueirão.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sete meses depois, fortes chuvas
caíram sob o Recife e a recém comunidade do Boqueirão se viu em apuros. O
Diário de Pernambuco do dia 5 de julho de 1977, publicou a seguinte nota:
“Deslizamento de barreiras no Boqueirão” – dizia a manchete – Barreiras
deslizaram na localidade conhecida como Boqueirão, entre
o Córrego do Euclides e Linha do Tiro, muitas famílias abandonaram suas casas,
nas encostas dos morros, temendo desabamentos. Nesse trecho, de uns meses para
cá, muitos mocambos vêm sendo construídos em terrenos escavados nas
ladeiras de barro vermelho das colinas do Córrego do Euclides, sem as
mínimas condições de segurança. Na mesma estrada, um enorme rebolo
de terra caiu no meio da pista, quase bloqueando o tráfego. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">CHUVAS E DESABAMENTOS DE
CASAS E BARREIRAS</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Alto José Bonifácio, é um
bairro formado numa região bastante acidentada, num morro totalmente habitado,
bem como, todas suas encostas. Esse fator tem colocado o bairro na lista das
regiões vulneráveis no período invernoso pela Defesa Civil. Durante todos os
anos de sua existência, o bairro do Alto José Bonifácio sempre sofreu com
deslizamentos de terra em suas encostas e desabamentos de suas frágeis moradias
que causaram mortes e dezenas de desabrigados, principalmente durante as
grandes enchentes que devastaram a cidade, nos anos de 1966, 1970 e 1975, esta
última, que atingiu 80% dos bairros recifenses. Todavia, foi no início da
década de 1980, que o Alto José Bonifácio foi mais castigado pelo rigoroso inverno
e ganhou às páginas dos jornais e demais veículos de imprensa diante de tantas
tragédias. Foi nesta década, que o bairro registrou o maior número de
construções irregulares, sendo classificado como o quarto bairro do Recife com
a maior incidência nesta prática.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de junho de 1965,
chuvas fortes provocaram diversos deslizamentos de barreiras nas áreas de
morros do Recife. Uma criança de 7 anos foi soterrada no Córrego José Grande e
dezenas de casebres ruíram nas localidades do Córrego São Domingos Sávio, Córrego
do Tiro e Alto do Brasil<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 11 de agosto de 1970,
aconteceu no Estado de Pernambuco, uma das maiores enchentes já registrada,
matando 84 pessoas por afogamentos, queda de barreiras, choque elétrico e
outras situações. O Diário de Pernambuco do dia seguinte noticiou: Eleva-se
para 84 o número de mortos no Recife, Olinda e Paulista, em consequência da
cheia que assola vários municípios do Estado, destruindo residências e deixando
ao desabrigo milhares de pessoas que estão sendo socorridas pelas autoridades
da “Operação Alívio”, Governo do Estado, Sudene, Prefeitura do Recife e clubes
de serviço... A tromba d’água que desabou sobre o Recife nas últimas 24 horas,
fez desmoronar morros, barreiras, pontes, deixando ao desabrigo quase 5 mil
pessoas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Até o momento, não foram
identificados 49 mortos, quase todos desaparecidos. Os próprios familiares,
amigos e parentes das vítimas que acorreram ao necrotério de Santo
Amaro, ontem, não puderam reconhecer seus mortos face a deformação de muitos
deles, em decorrência da violência dos acidentes. Até às 17:30 horas de ontem,
os bombeiros resgataram 84 corpos que se encontravam soterrados ou em encostas
nos morros, boiando em alagados e rios.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A maior incidência de
deslizamentos de morros e desabamentos de barracos verificou-se em Beberibe e
Casa Amarela, onde os bombeiros concentram mais da metade de seu
efetivo para remoção de escombros. No Córrego do Tiro, treze pessoas ainda
estão soterradas e no Córrego José Grande os bombeiros retiraram oito
mortos de uma casa que desabou. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário de Pernambuco de 11 de
junho de 1980, publicou: Soterramentos, a causa maior dos óbitos – dizia a
manchete – Todos os casos fatais decorrentes da enchente dos desabamentos foram
chocantes e constrangedores, mas, o que envolveu a família do sr. J.S,
residente no Alto José Bonifácio, destacou-se pois, ele, três filhos
menores e a esposa, M.S., morreram. A mulher, que estava no sétimo mês de
gestação teve a barriga estourada, com exposição da criança.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Da família, escaparam apenas os
filhos, C... de 10 anos; B... de 12 anos; J... de 6 anos e J...de 5 anos, que
se encontravam na casa de uma vizinha, quando a casa onde moravam desabou sobre
os demais. No local, morreram ainda, mais três crianças: de 7, 3 e um ano de
idade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Este caso teve tamanha
repercussão que comoveu e atraiu ao local os moradores de todo o Alto, tendo
várias mulheres sofrido crises de histerismo, algumas delas conduzidas por
vizinhas que lhes prestaram socorros de urgência, oferecendo calmantes das mais
diversas espécies.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na localidade Boqueirão,
entre o Córrego do Euclides e Linha do Tiro, um casebre foi soterrado
por uma barreira e registrou 11 mortes, inclusive de crianças, presumindo as
autoridades, a existência de outros cadáveres sob os escombros, que passaram o
dia sendo vasculhados por soldados do Corpo de Bombeiros e por voluntários.
Dessas onze vítimas fatais, apenas duas foram identificadas no local. Os irmãos
conhecidos por V... e E..., todos menores, cujo o pai, ao tentar salva-los foi
arrastado e morto pela grande quantidade de barro que destruiu e soterrou o
casebre. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 17 de junho de
1980, a Associação de Moradores de Casa Amarela, apresentou um
relatório dos prejuízos provocados pelas fortes chuvas nas seguintes
localidades: Morro da Conceição, Alto das Pedrinhas, Alto do Eucalipto, Alto 13
de Maio, Córrego do Ouro, Córrego do Caroá, Córrego do Joaquim, Córrego do
Inácio, Córrego da Areia, Córrego do Jenipapo, Alto do Cruzeiro, Alto Santa
Luzia, Alto do Maracanã, Alto da Alegria, Alto José Bonifácio, Alto José
do Pinho, Vila Skylab, Alto do Tiro, Córrego do Tiro, Boqueirão, Alto Santa
Izabel, Alto do Brasil e Mangabeira.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Nestas localidades da Zona Norte
do Recife, o total de famílias prejudicadas pelas quedas de barreiras foram:
909; 101 casas destruídas; 146 danificadas, além de 672 ameaçadas de
desabamento. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Defesa Civil do Recife,
informou que o inverno de 1980, provocou oito mortes no Córrego do
Euclides. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Diário Oficial de Pernambuco de
19 de outubro de 1982, publicou uma nota da Prefeitura do Recife, colocando um
ponto final nos desabamentos de barreiras no Alto José Bonifácio, depois de um
início de década trágica para os moradores das encostas da localidade. A nota
dizia o seguinte: No Alto José Bonifácio não vai haver mais
desabamentos – dizia a manchete – A comunidade do Alto José Bonifácio, em
Casa Amarela, poderá a partir de agora, dormir mais tranquila, sem se preocupar
com os desabamentos de barreiras, tão frequentes naquela localidade,
especialmente com chuvas fortes no Recife. As pessoas ali residentes disporão,
também, de amplas condições de deslocamento e de melhor prestação de serviços:
limpeza urbana, fornecimento de gás de cozinha mais próximos de suas
residências.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">É que a Prefeitura da Cidade do
Recife concluiu, naquela área as obras incluídas no projeto de sustentação dos
morros da Zona Norte, que serão inauguradas hoje às 20 horas, pelo prefeito
Jorge Cavalcante.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ali foram construídos muros de
arrimos, canaletas, escadarias, executadas obras de pavimentação de ruas de
acesso, iluminação e diversos outros serviços de urbanização. Estas melhorias
foram iniciadas há três anos, para evitar prejuízos e a insegurança que a
população da Zona Norte enfrentava no período de inverno. O projeto funciona sob
a seguinte sistemática: a Prefeitura fornece o material, a assistência técnica
e a comunidade beneficiada participa com a mão-de-obra. As Obras Recife
coordena e fiscaliza os trabalhos do “Um por Todos” que tem constituído,
inclusive uma experiência válida no sentido de desenvolver a ação comunitária.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Outras melhorias – Dentro de 60
dias, ruas do Córrego São Domingos Sávio terão pavimentação em
paralelepípedos e pedra granítica, além de assentamento de meio-fio e linha
d’água. O contrato para as obras já foram assinado pelo prefeito Jorge
Cavalcante, ficando responsável pelos serviços a Construtora Civilinorte.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O prefeito também assinou
contrato entre a Prefeitura e a W.M Construção e Empreendimentos Ltda, visando
a construção de muros de arrimo, num total de 54, para a contenção de barreiras
em oito locais. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> No dia 17 de abril de 2016,
por volta da 0 hora houve um deslizamento de barreira no Córrego do Euclides,
no bairro do Alto José Bonifácio, provocando a primeira morte do ano provocado
pelas chuvas de inverno. A vítima foi um homem de 39 anos, que só foi
encontrado debaixo dos escombros, treze horas depois. Outro homem de 43 anos,
foi encontrado vivo, mas com ferimentos no tórax e nas costas, foi encaminhado
pelos bombeiros, para a UPA- Solano Trindade, em Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A verdade, é que o Alto José
Bonifácio é repleto de córregos e barreiras, e que muita coisa precisa ser
feito para que velhas promessas sejam sustentadas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibFIaljlaH17fI2Y3EdMgJuAoiUuRo__8eATrpIbMOgPz7nL5sGNunC8Db7Qjmlmkoc2eUkiezs80NkBaqOCOFVksWmVII6IuaT2rCsm1EGTXBE90LR-HBdKLDSjeSY5BB6rBdYRXa4nlP/s400/Zika.DomingosSavio2016.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibFIaljlaH17fI2Y3EdMgJuAoiUuRo__8eATrpIbMOgPz7nL5sGNunC8Db7Qjmlmkoc2eUkiezs80NkBaqOCOFVksWmVII6IuaT2rCsm1EGTXBE90LR-HBdKLDSjeSY5BB6rBdYRXa4nlP/s320/Zika.DomingosSavio2016.jpg" width="320" /></a></b></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">O soldado do Exercito, segue nas
encostas do Alto da Saudade, distribuindo panfletos do combate ao mosquito
Aedes Aegypti. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Tomás Munita/National Geographic/2016.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">A NATIONAL GEOGRAPHIC NO
ALTO JOSÉ BONIFÁCIO</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O repórter norte-americano Becky
Little e o fotógrafo chileno Tomás Munita, da National Geographic estiveram
no Recife para fazer uma reportagem sobre o mosquito Aedes Aegypti,
principal transmissor do vírus Zika, vírus suspeito de causar microcefalia em
crianças nascidas de mães infectadas, que também carregam os vírus da dengue e
da chikungunya. Becky e Tomás, estiveram nas comunidades carentes do Ibura,
Jordão Baixo, Coelhos e no Alto José Bonifácio. Neste último, acompanharam
um pelotão do Exercito Brasileiro, que estiveram no Córrego São Domingos
Sávio e no Alto da Saudade, conversando e distribuindo aos moradores,
planfletos educativos de como combater o mosquito Aedes Aegypti. A National
Geographic retratou a difícil situação dos moradores dessas comunidades pobres,
que convivem sem saneamento básico e com a ameaça constante do mosquito. A
National publicou esta reportagem toda em inglês, no dia 25 de fevereiro de
2016 mas, o Blog Tok de História, do jornalista Rostand Medeiros,
reproduziu na íntegra, o texto traduzido em português, inclusive com as fotos
de Tomás Munita. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="color: #ffa400;"> </span><b><span style="color: #04ff00;">O PRIMEIRO ORELHÃO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 31 de agosto de 1980, o
prefeito do Recife, Gustavo Krause, inaugurou o primeiro telefone público (tipo
orelhão) no Alto José Bonifácio. O telefone foi instalado no Alto da Serrinha.
A medida decorreu através do convênio entre a Prefeitura do Recife e a Telpe (Telecomunicações
de Pernambuco S/A), que instalou 140 orelhões nas comunidades pobres do Recife.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Associação de Moradores do Alto
José Bonifácio, fundada em 1980. Nesta foto, evento promovido pela Rádio Jornal
em 1986. Foto: Arquivo do vereador Almir Fernando. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO ALTO
JOSÉ BONIFÁCIO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 6 de setembro de 1980, era
fundado a Associação de Moradores do Alto José Bonifácio, seu estatuto foi
publicado no Diário Oficial do Estado no dia 8/10/1980. O primeiro
presidente foi o sr. Manoel Miguel de Souza, os outros sócios fundadores
foram: José Minervino de Oliveira, Rita de Souza Alves, Francisco Gomes da
Silva Filho, Hilda Amaral de Souza, Maria Helena da Silva Mutzemberg e Noêmia
Bezerra da Silva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 5 de outubro de 2012,
o Blog Agenda Cultural do Recife contou a história do Alto José
Bonifácio. Sobre a Associação, segue o resumo: A Associação de Moradores do
Alto José Bonifácio adquiriu sua sede própria em 1984, que foi doada pela
Arquidiocese e a mobilização dos moradores resultou em muitos outros
benefícios, hoje, usufruídos por todos como a construção da Creche Criança
Feliz, a implantação da Unidade de Saúde da Família (USF), melhorias na Escola
Estadual Caio Pereira e da Escola Municipal Pastor Paulo Leivas Macalão, a
implantação do Posto de Policiamento, a construção da Praça Alto José Bonifácio
e de um Ginásio de Esportes (Quadra Poliesportiva).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Segundo Ivanilda Cavalcanti, a
Associação através de comissões nas áreas de saúde, educação, segurança,
transporte, recapeamento de encostas e barreiras trouxe muitos benefícios ao
bairro. Na sede da entidade são realizadas atividades profissionais como curso
de pintura e gesseiro. Já tivemos curso de hotelaria, garçom e artesanato. Lá
funciona a rádio comunitária Ágape FM. Finalizou. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">MEMBRO DA FEACA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Associação de Moradores do Alto
José Bonifácio, presidida pelo sr. José Ferreira de Menezes, torna-se uma das
entidades fundadoras da FEACA (Federação de associações, Centros Comunitários e
Conselhos de Moradores de Casa Amarela) que foi fundada em 11 de janeiro de
1984.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">CRECHES</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em fevereiro de 1988, foi criada
a Creche Unidos Venceremos, no Córrego José Grande, Nº 126-A, no Alto José
Bonifácio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 12 de dezembro de 1988, foi
inaugurada a Creche Criança Feliz, localizada na Praça Visconde de Sá
Bandeira, no Alto José Bonifácio. Através da Resolução Nº 13 de 28 de novembro
de 2000, a creche foi autorizada a funcionar oferecendo educação infantil.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Decreto Municipal Nº 20.439 de
12 de maio de 2004, sancionado pelo prefeito João Paulo Lima e Silva,
formalizou a criação e o funcionamento de creches da rede municipal de ensino.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">OS NOVOS MOCAMBOS</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em outubro de 1989, a Prefeitura
do Recife cadastrou 36.298 novos mocambos. O Alto José Bonifácio foi um dos
bairros com o maior número de mocambos erguidos com 4,54%, ficando atrás apenas
dos bairros de Água Fria, Pina, Linha do Tiro, Santo Amaro e Nova Descoberta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">POSTOS DE SAÚDE</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº 15.338 de 12
de fevereiro de 1990, sancionada pelo prefeito do Recife, Joaquim Francisco,
denominou o Posto de Saúde, localizado na Rua Fidélis Batista, no Alto José
Bonifácio, de Professor Alcides Codeceira.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A Lei Municipal Nº17.839 de 14 de
novembro de 2012, sancionada pelo prefeito em exercício, Milton Coelho.
Denominou a Unidade de Saúde da Família – USF (Upinha) de Maria Rita da Silva,
construído no Córrego do Euclides, Nº 309. No dia 10 de setembro de 2014, o
prefeito do Recife, Geraldo Julio, inaugurou a Upinha do Córrego do
Euclides. A obra custou R$ 900 mil reais. Recebeu o nome da agente comunitária
de saúde, Maria Rita da Silva, que morava no bairro e era conhecida por sua
solidariedade. A USF começou a funcionar com três equipes de saúde da família –
Cada uma com um médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e seis agentes
comunitários. A USF, beneficia a população do Alto José Bonifácio, Córrego do
Euclides, Córrego do Ouro, Córrego José Grande, Vasco da Gama e Morro da Conceição.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">CLUBE DE MÃES</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 29 de setembro de 1993,
foi fundado o “Clube de Mães e Mulheres de Hoje” na Rua Alto José Bonifácio, Nº
1084, presidida pela srª Iolanda Paulo da Silva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">“TERRAS DE NINGUÉM”</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 22 de outubro de 1982, o
governo de José Muniz Ramos, anunciou a aquisição de 242 hectares de terra
denominada “Terras de Ninguém”, por CR$ 158 milhões de cruzeiros, no Alto José
Bonifácio e mais nove localidades de Casa Amarela, com recursos do Banco
Nacional de Habitação (BNH). O gerente do BNH, Samuel Gueiros Pessoa, disse que
a operação garante o início efetivo do processo de legalização da posse da
terra em benefício de seus atuais ocupantes. Em nota, o governo disse, que as
comunidades contempladas serão beneficiadas com obra de infraestrutura e equipamentos
comunitários através do Programa de Erradicação as sub-habitação (Promorar).
Serão concedidos, também, financiamentos para construção, ampliação ou melhoria
para habitações.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A área denominada “Terras de
Ninguém” foi adquirida pela Companhia de Habitação Popular de Pernambuco
(Cohab) à Empresa Imobiliária de Pernambuco, com recursos cedidos pelo BNH,
através de empréstimos. A Cohab apresentou ao BNH os projetos específicos para
a área, como implantação de redes de energia elétrica, abastecimento d’água e
esgotamento sanitário e construção de escolas, postos de saúde e centros
comerciais, entre outros. De acordo com as normas operacionais do Promorar,
esses investimentos foram custeados pelos governos estadual e municipal, não
onerando a população beneficiada. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 6 de julho de 1995, o
governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar, entregou 1.128 títulos de
posse de terra nas áreas do movimento “Terras de Ninguém” no Alto José
Bonifácio, Córrego do Euclides e outros bairros da parte noroeste do Recife.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 27 de julho de 2005, o
governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, fez a entrega de 59 títulos de
terra no Alto José Bonifácio aos moradores do movimento “Terras de Ninguém”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">QUADRA POLIESPORTIVA</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 8 de julho de 2008, o
prefeito do Recife, João Paulo, inaugurou a Quadra Poliesportiva do Alto José
Bonifácio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 3 de julho de 2018, o
prefeito Geraldo Julio, deu início a reforma e requalificada da Quadra
Poliesportiva do Alto José Bonifácio. A obra foi concluída em 60 dias e custou
R$ 96.371,65 (noventa e seis mil, trezentos e setenta e um reais e sessenta e
cinco centavos).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Através de um projeto de lei Nº
175/19 de autoria do vereador Almir Fernando, a Lei Municipal Nº 18.684 de 28
de outubro de 2019, sancionada pelo prefeito Geraldo Julio, a praça e a Quadra
Poliesportiva, passou a ser denominada Severino Miguel de Souza (Bibiu),
que foi um importante líder comunitário do bairro. Ele era filho do fundador e
primeiro presidente da Associação de Moradores do Alto José Bonifácio, Manoel
Miguel de Souza. Sua mãe, Hilda Amaral de Souza, também fez parte da primeira
diretoria. Bibiu, como era conhecido, sempre foi voluntário nos trabalhos
na comunidade, sendo Presidente da Associação de Moradores em 1989. Foi
professor de história na Escola Caio Pereira. Nasceu no dia 22/12/1958 e
faleceu na quadra de esportes que recebeu seu nome em 26/6/2018, aos 59 anos.<br />
Almir Fernando, o vereador nascido no Alto José Bonifácio, estar no seu quinto
mandato. Foto: Blog do vereador Almir Fernando.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O VEREADOR DO BAIRRO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O bairro do Alto José Bonifácio,
é um dos poucos bairros da Zona Norte do Recife que tem o privilégio de contar
com um representante na Câmara dos Vereadores, uma pessoa nascida na própria
comunidade. Isto, trouxe um avanço muito grande nos benefícios e na
infraestrutura do bairro. Dizem, que santo de casa não faz milagre, mas, o
vereador Almir Fernando, vem se constituindo um parlamentar bastante atuante
nas causas referente ao Alto José Bonifácio e localidades adjacentes. Prova
disso, é que o parlamentar chega ao seu quinto mandato e que conquistou a
confiança da população local, que dar um grande exemplo de como se deve
escolher seu representante, valorizando um cidadão do bairro que tem todo o
conhecimento dos problemas de sua comunidade.Isto faz com que o bairro tenha um
desenvolvimento maior em relação aos outros que não tem um representante
natural do bairro.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O vereador Almir Fernando Alves,
nasceu no bairro do Alto José Bonifácio, no Recife, em 11 de abril de 1966. Em
1981, começou a jogar no tradicional Palmeirinha, time do bairro. Em 1982, foi
para as categorias de base do Santa Cruz Futebol Clube. Como profissional,
jogou naquele time de 1987, do goleiro Birigui, Ze do Carmo e Marlon, ele era
meio-campista, ficando até 1990. Quando abandonou o futebol, segundo ele, por
problemas de saúde. Antes, em 1986, já fazia parte da Associação de Moradores
do Alto José Bonifácio. Foi Agente da Polícia Civil em 2000; passou no
vestibular em licenciatura em história pela UFRPE; se formou em direito pela
Universo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Em 2003, filiou ao PHS, onde em
2004 foi eleito vereador pela primeira vez, obtendo 2.190 votos. Em 2008, foi
eleito novamente, concorrendo pelo novo partido PC do B, onde permanece até
hoje, obteve uma expressiva votação, 7.178 votos; em 2012 foi eleito pela
terceira vez com 8.522 votos; em 2016, foi eleito pela quarta vez com 6.852 votos;
e em 2020, foi eleito pela quinta vez, com 7.304 votos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">O GUETO PSICODÉLICO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Gueto Psicodélico é um grupo
formado em 2007, por jovens do Alto José Bonifácio que trabalham em atividades
culturais e artísticas na comunidade, como: grafitagem, serigrafia, pratica de
skate e hip-hop. Os líderes do Gueto Psicodélico são: Iverson Leandro, o Ito,
do skate; Marcos Pereira, Marquinhos, da grafitagem; Diego, o Tarta de Melo, da
serigrafia; e o Mc Welton Santos, do hip hop. O nome do grupo tem o significado
de Gueto= bairro e Psicodélico = alucinado.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Gueto Psicodélico adquire
recursos com as vendas das camisas do grupo e de cd`s do repper Welton Santos.
Organizam campeonatos de skate e apresentações de break dance e shows de bandas
locais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">PROGRAMA GOVERNO PRESENTE</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No dia 9 de junho de 2018, O
governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio compareceram a
12ª Edição do programa “Governo Presente” na Escola Estadual Caio Pereira.
Foram oferecidos serviços gratuitos à população, com emissão de
documentos, oferta de vacinação e exames. O programa existe desde 2006.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/BLOG VOZES
DA ZONA NORTE. (DIREITOS RESERVADOS).<o:p></o:p></span></b></span></p><p>
<span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 11pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco, Jornal do
Commercio, Folha de Pernambuco, Diário Oficial de Pernambuco, Folha da Manhã,
Diário da Manhã, Jornal Pequeno, Blog Agenda Cultural do Recife, Blog do
vereador Almir Fernando, Blog do Gueto Psicodélico, Blog Tok de História, Blog
do Fernando Machado, Arquivo Público de Pernambuco, CEPE, Biblioteca Nacional do
Rio de Janeiro (bndigital.bn). </span></b></span></span></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-66275608782514951802021-01-24T02:59:00.003-03:002021-04-30T17:57:05.839-03:00Pedestrianismo - A primeira corrida de rua do Recife (1929)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWOpbLTxrykL26vpCHVFLoOwXDyXk_iMR06MDlk9zZFA_9Wcr0VjTP2RcaYZEJfHecU-4WyqCC7ddrstm8FG3DjSFCWulNE7q7zMXOIxx3G1Yr6kmGllHMCFIYyzZAzaIrO_fWmOCJLG6L/s2016/IMG_20210123_092814653%257E2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2016" data-original-width="1443" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWOpbLTxrykL26vpCHVFLoOwXDyXk_iMR06MDlk9zZFA_9Wcr0VjTP2RcaYZEJfHecU-4WyqCC7ddrstm8FG3DjSFCWulNE7q7zMXOIxx3G1Yr6kmGllHMCFIYyzZAzaIrO_fWmOCJLG6L/w286-h400/IMG_20210123_092814653%257E2.jpg" width="286" /></a></div><b><span style="color: #ffa400;">Após 47 anos da primeira prova de pedestrianismo em Pernambuco. O cabo da PMPE, Marivaldo Sena, brilhou nas competições de corrida de rua, onde venceu diversas vezes. Ele foi destaque entre os anos de 1976 a 1989. <span style="color: #04ff00;">Foto: Diário de Pernambuco.</span></span></b><p></p><p><!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="371">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]--></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O dia 3 de março de 1929, ficou marcado como
um dia histórico para o pedestrianismo em Pernambuco. Foi realizado no Recife,
a<span style="color: #04ff00;"> primeira corrida de rua</span> da cidade e do Estado. Nesta época, os principais
eventos esportivos realizados no Recife eram o hipismo, o remo, a natação e o
futebol. Mas, já era possível também ver em clubes da cidade, principalmente os
de descendência inglesa e alemã, a realização da prática do rugby e do tênis.
Agora o que ninguém tinha visto ainda, era o pedestrianismo, na ocasião,
denominada “cross country”, onde sua principal característica é definida por
provas longas, praticados na natureza, em locais com grandes obstáculos e com
um grau de dificuldade muito grande para os atletas. O cross country foi
implantado nas escolas inglesas desde 1837.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No Recife, o que aconteceu de
fato, foi uma corrida de pedestrianismo com a marca de cross country, já que
foi um circuito de 10Km do Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo
Antônio, com retorno no Largo da Paz, no bairro de Afogados, sem nenhum
obstáculo. Uma prova de resistência.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A ideia surgiu do ilustre
desportista, sr. Ramos de Freitas, que foi o organizador do evento, e teve o
apoio da Liga Pernambucana de Desportos Terrestres (LPDT), atual Federação
Pernambucana de Futebol. O patrocínio foi da Companhia de Bebidas Brahma, que
ofereceu dois troféus, um para o clube cujo atleta foi vencedor e outro para o
clube que mais inscreveu atletas para a competição. Distribuiu guaraná para
todos os participantes. O <span style="color: #04ff00;">sr. Ramos de Freitas</span> encaminhou a LPDT, uma medalha
de ouro, cinco medalhas de prata e quinze medalhas de bronze como premiação aos
primeiros melhores colocados.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">As inscrições teve início no dia
19 de fevereiro do corrente ano, na Avenida Arquimedes de Oliveira, 956, no
bairro de Santo Amaro. Foram inscritos <span style="color: #04ff00;">atletas dos clubes suburbanos</span> afiliados
a Liga. O primeiro clube a inscrever seus atletas foi o Varzeano Sport Club, da
Várzea, que inscreveu sete atletas. Os demais clubes foram: Sport Club
Palmeira, Rio Corrente Futebol Club, Independência Futebol Club, Modesto Sport
Club, Fogão Sport Club, Mocidade Futebol Club, Afogadense Futebol Club, Centro
Reginaldo de Athetismo e Sport do Brum, Centro Esportivo da Encruzilhada, Pina
Sport Club, Centro Sportivo Barroso, Nacional Futebol Club, Centro Sportivo
Pharol, Associação Atlética Great Western, Associação Atlética Arruda, Cabo
Branco Futebol Club, Tegipió Sport Club, Fluminense Futebol Club, Monteirense
Sport Club, Íris Sport Club, Auto Sport Club, Atheniense Futebol Club, Sport
Club Concórdia. Foram inscritos 102 atletas, mais só participaram 85.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A inédita corrida começou às 7
horas e alguns minutos, pouco depois de um intenso temporal que caiu sobre a
Veneza Brasileira, a partida aconteceu no Palácio do Governo e seguiu pela
Alameda da Fronteira do Tesouro, Rua do Imperador Pedro II, Rua 1º de Março, à
direita pela Praça da Independência, Rua Barão da Vitória, Praça Joaquim
Nabuco, Rua da Concórdia, Praça Sergio Loreto, Rua Imperial, Largo da Paz em
Afogados, ponto de retorno. Retornando pela Rua Imperial, Rua Vidal de
Negreiros, Praça das Cinco Pontas, Rua das Calçadas, Pátio do Mercado de São
José, Rua da Penha, Pátio do Terço, Rua Duque de Caxias, Rua 1º de Março, Rua
do Imperador Pedro II, Praça da República até a chegada no Palácio do Governo. <br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5CIaw-aQofGN1VhCme_tjLI3f4d0tTD3dCg9f400AR5d85EegCO9-qhyphenhyphenam14j9RJjO-8C5IhbyqHbYgoz7R5dn6dpk2fTMENXY8CyUEj1nQTRB-AeSCSqcq7TC2v4kLaS3QAQ3FC5abGK/s2524/IMG_20210123_225919784%257E2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1645" data-original-width="2524" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5CIaw-aQofGN1VhCme_tjLI3f4d0tTD3dCg9f400AR5d85EegCO9-qhyphenhyphenam14j9RJjO-8C5IhbyqHbYgoz7R5dn6dpk2fTMENXY8CyUEj1nQTRB-AeSCSqcq7TC2v4kLaS3QAQ3FC5abGK/w400-h261/IMG_20210123_225919784%257E2.jpg" width="400" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>O Jornal de Recife, de 3/3/1929, anuncia a primeira corrida de pedestrianismo de Pernambuco</b></span><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O Jornal do Recife de 5 de março
de 1929, terça-feira, estampou a seguinte manchete em sua página de esportes:
Recife assistiu pela primeira vez, uma grande corrida. Aspecto encantador das
nossas principais ruas. Da manhã tempestuosa, obteve grande brilhantismo o
“Cross Country” de domingo - <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e fez a
seguinte narrativa – “A manhã de domingo último, em que se ia realizar a maior
prova desportiva até então disputada nesta capital, foi tempestuosa. Grandes e
violentas chuvas caíram sobre a cidade, acompanhadas de trovões, relâmpagos e
faíscas elétricas, pouco depois das 6 horas, prejudicando de alguma forma o
êxito da sensacional prova.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Todavia foi brilhantíssima a
sensacional corrida, tipo Cross Country, levada a efeito pelo conhecido
sportman sr. Ramos de Freitas e oficializada pela Liga Pernambucana de
Desportos Terrestres. Serenado o temporal, às 7 horas e alguns minutos, já
estando no ponto de partida, alguns concorrentes, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>começou a cidade a movimentar-se, enchendo as
nossas ruas principais de grande massa popular para assistir ao espetáculo
inédito que, pouco depois, teria início. E um aspecto encantador apresentava a
cidade sobressaindo o elemento feminino.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Com a presença de<span style="color: #04ff00;"> 85 concorrentes</span>
alinhados em frente do Palácio do Governo do Estado, o sr. Dr. Maviael do
Prado, presidente da LPDT, deu o sinal de partida. Largando todos na disputa do
título honroso do vencedor da prova, conquistando ricos troféus</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Os que assistiram a partida dos
85 homens, notaram logo que a corrida seria disputadíssima”. </span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Na partida da prova o corredor
João Amaral (57), partiu na frente dos demais, porém, logo na Rua do Imperador
foi ultrapassado por José Luiz (01), do Varzeano, que seguiu na ponta até o
Cabanga, onde foi ultrapassado pelo corredor Antônio Roberto (92), mas logo que
chega na Ponte de Afogados é novamente ultrapassado pelo atleta do Varzeano,
José Luiz (01), que às 08:22, após 15 minutos de prova, faz o retorno de volta
no Largo da Paz, em Afogados, acompanhado de perto pelos corredores Antônio
Roberto (92) e Manuel Rodrigues (25). Ao chegar no Cabanga, Manuel Rodrigues
(25) assume a segunda colocação ao ultrapassar Antônio Roberto (92). No Pátio
do Mercado de São José, o corredor Álvaro Moreira Farias, assume a terceira
colocação ao ultrapassar Antônio Roberto (92), que desceu para a quarta
colocação. Na entrada da Rua Duque de Caxias, pela ordem, seguiam: José Luiz
(01), Manuel Rodrigues (25), Álvaro Moreira (62), Antônio Roberto (92) e José
Maria Moraes (08).</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ao se aproximar da Praça da
Independência, o corredor José Luiz (01), do Varzeano, passa mal e abandonou a
prova. O Jornal do Recife assim descreveu o episódio: ...um fato contristador
emocionou a multidão que aguardava o regresso dos corredores. O representante
do Varzeano, número 1, inscrito na grande prova, teve uma indisposição orgânica
e baqueou. Um associado <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do querido clube
da Várzea, que tinha por vezes, acompanhado-o, encorajando-o, correu, auxiliado
por populares, não o deixando cair. Imediatamente o dr. Ramos Leal, que
acompanhava a grande prova, desceu do seu automóvel para prestar-lhe os
necessários socorros médicos e conduzindo-o para seu carro, fez transportá-lo
incontinente para o Posto de Assistência Pública, afim de melhor ser medicado
por acadêmicos e enfermeiros, prestou-lhe carinhosamente, os socorros que
necessitava, aplicando-lhe injeções e calmantes. Concluiu.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Enquanto isso, a prova chegava ao
seu final. Às 08:41:16, o corredor do Fogão Sport Club, <span style="color: #04ff00;">Manuel</span> <span style="color: #04ff00;">Rodrigues da
Silva (25)</span> deixava seu nome registrado na história do pedestrianismo
pernambucano, como o <span style="color: #04ff00;">primeiro vencedor</span> dessa competição no Estado, completando
os 10 quilômetros com o tempo de <span style="color: #04ff00;">34:16:05</span>. Ele que é natural de Caruaru- PE,
antes já havia participado de três competições fora do Estado, em Juiz de Fora
(MG), Distrito Federal (que era no Rio de Janeiro) e no Campo das Graças (BA).
Em segundo lugar ficou o corredor do Centro Sportivo Almirante Barroso, Álvaro
Moreira Farias (62) com o tempo de 36:08; em terceiro ficou o corredor do Sport
Club Palmeira, José Maria Moraes com o tempo de 38:25.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Uma banda de música recepcionou
os vencedores<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e o público com belíssimos
dobrados. O campeão recebeu a medalha de ouro das mãos do governador interino.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;"><b>CURIOSIDADES</b></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O corredor Pharáo Nascimento de
Oliveira (Nº 30) do Fogão Sport Club foi o último colocado da prova. Lembrando,
que muitos atletas não completaram a prova.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Manuel Zumba, um serralheiro,
resolveu entra na prova sem estar inscrito, quando faltava 2 Km para o
encerramento. O problema todo é que ele se empolgou tanto e acabou caindo e se
machucando, precisando ser medicado.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O corredor José Luiz (01), atleta
do Varzeano, que é natural de Taquaretinga-PE, que vinha liderando a prova até
a Praça da Independência e que passou mal e teve que ser socorrido para o
Pronto Socorro. Foi considerado “Campeão Moral”, recebendo medalha de consolo. </span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O corredor Adalberto Bezerra (04),
que chegou na 28ª colocação, só tinha 16 anos, sendo o atleta mais jovem da
competição.</span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Depois dessa competição,
existiram algumas competições de pedestrianismo pelo Estado, todavia, não
emplacou. Em 1934, o Clube Náutico Capibaribe, criou a Corrida da Fogueira, a
mais antiga e tradicional corrida de pedestrianismo de Pernambuco, apesar de
passar quase três décadas desativada, retornou em 1963 e continua até os dias
de hoje. O pedestrianismo está sacramentado no Estado, onde existe
diversas competições anuais. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvayk0eM_sWoAsdFu-xzz0Lv6xtzXI4RMPQzFup9BgNyhEi8AVjsR9RAgsR2Gha9MYGux5VFqHkwDhBtHUscoByqp5bvar54s-lPbIx1_fKLa5ZHqpfAahhmuUKkJ5XBJoQXGJST_ZzzM_/s967/FB_IMG_1611403513910.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="967" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvayk0eM_sWoAsdFu-xzz0Lv6xtzXI4RMPQzFup9BgNyhEi8AVjsR9RAgsR2Gha9MYGux5VFqHkwDhBtHUscoByqp5bvar54s-lPbIx1_fKLa5ZHqpfAahhmuUKkJ5XBJoQXGJST_ZzzM_/w298-h400/FB_IMG_1611403513910.jpg" width="298" /></a></div><p><b><span style="color: #ffa400;">Em 1981, José João da Silva, atleta do São Paulo, bicampeão da São Silvestre, ladeado por Daniel, atleta do Sport Recife; Marivaldo Sena, atleta da PMPE e o capitão-pm Paulo Fernando, do Centro de Educação da PMPE.</span><span style="color: #04ff00;"> Foto: Arquivo de Marivaldo Sena. <br /></span></b></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="color: #04ff00;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGJ7V-G9CKv-wLb0vIjVQ03TM9FK-doK-VWCfWfpupgkb2rit6OV_u2snKRZWvSv9hqNwnmLuYXcNewhG4Zgs2iPm5lFT1gF2EHENcF-0I0aF5xEc8_Yqe8_nX7h-rfTbzwpTpvWlS3i0H/s720/FB_IMG_1611402598498.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="720" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGJ7V-G9CKv-wLb0vIjVQ03TM9FK-doK-VWCfWfpupgkb2rit6OV_u2snKRZWvSv9hqNwnmLuYXcNewhG4Zgs2iPm5lFT1gF2EHENcF-0I0aF5xEc8_Yqe8_nX7h-rfTbzwpTpvWlS3i0H/w400-h300/FB_IMG_1611402598498.jpg" width="400" /></a></span></b></div><b><span style="color: #04ff00;"><span style="color: #ffa400;">Equipe da PMPE que participaram da Corrida da São Silvestre, em São Paulo, no início dos anos de 1980.</span> Foto: Arquivo de Marivaldo Sena.<br /></span></b><p></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span></b></p><p><b><span style="color: #04ff00;"> </span> </b><br /></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> <b><span style="color: #04ff00;">Por: </span>Jânio Odon/Blog Vozes da Zona Norte (DIREITOS RESERVADOS).<br /></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span> Jornal de Recife, Jornal Pequeno, Diário de Pernambuco e Biblioteca Nacional/RJ.</b><br /></span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"> </span></p><span style="color: #ffa400;">
</span><p><span style="color: #ffa400;"><br /> </span></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-91901661566178190042021-01-15T23:36:00.000-03:002021-01-15T23:36:14.976-03:00A viagem de trem e a festa de São Severino do Ramo de 1889<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_MmoDDCsMznnjX3Nf0tXAMweBDMJL6HkkjGIPPjn2B0pAPXVNKCqnEGoPKcaHx0S0oUA_bXUDq1L7DEKDzu1Ia2nvQlUJ2A2opMMvVIYs42S0smqTFFq6bECK5-7cC680G4Dttr1HAcKP/s960/Trem+de+Paudalho1929.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="672" data-original-width="960" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_MmoDDCsMznnjX3Nf0tXAMweBDMJL6HkkjGIPPjn2B0pAPXVNKCqnEGoPKcaHx0S0oUA_bXUDq1L7DEKDzu1Ia2nvQlUJ2A2opMMvVIYs42S0smqTFFq6bECK5-7cC680G4Dttr1HAcKP/w640-h448/Trem+de+Paudalho1929.jpg" width="640" /></a><br /><b><span style="color: #04ff00;">A grande dificuldade dos fiéis chegarem a Festa de São Severino dos Ramos, em Paudalho-PE e a penosa estadia num local desestruturado no Engenho Ramos em 1889.</span></b></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A tradição da romaria de São
Severino dos Ramos, chamada também de “São Severino” ou São Severino do Ramo”,
no município do Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, começou na
segunda metade do século XIX, quando segundo relatos, um dos filhos da
proprietária do Engenho Ramos, trouxe uma estátua do santo católico, de Roma,
que lá é conhecido por São Severinus de Norticum. Foi no século XIX, que se tem
conhecimento das primeiras notícias de milagres atribuídas ao santo, e que hoje
é referenciado na Capela de Nossa Senhora da Luz, neste município. Conta-se que
as vestes do santo era azul, mas a devoção ferrenha dos primeiros romeiros que
queriam tocá-lo, acabaram por rasgar suas vestes. As novas vestes, foram
confeccionadas na cor vermelha, predominante no fardamento dos soldados
romanos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O certo é que a romaria de São
Severino cresce a cada ano. Considerada como sendo a maior romaria do Estado e
a terceira do país. Prova dessa devoção, está registrada no extinto jornal
recifense, Jornal do Povo, onde o vespertino relata todas as dificuldades
encontradas pelos fiéis <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para chegarem
até a Estação de São Severino, vindo de trem do Recife, e a falta de estrutura
encontrada no local do evento, há 132 anos atrás. Veja na íntegra, todo relato
desta histórica aventura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Jornal do Povo,</span></b><span style="color: #ffa400;"> 22 de janeiro de
1889, terça-feira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">A FESTA DE SÃO SEVERINO</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ao partimos anteontem pelas 8
horas da manhã da Estação do Brum com destino ao </span><span style="color: #04ff00;">Engenho do Ramos</span><span style="color: #ffa400;">, auguramos
mal de semelhante passeio pelo modo porque havia começado. O adágio: - a mau
começo bom fim – mais uma vez deixou de realizar-se. Ou por falta de material
rodante ou por mal direção, ou porque a venda de bilhetes naquela estação
houvesse sido duas ou três vezes superior a lotação dos carros, certo é não só
que grande quantidade de passageiros foi obrigada a fazer a viagem de pé, e o
número destes era maior do que os que iam assentados, como também não pequeno
número de passageiros, por falta de lugares, teve que ficar na </span><span style="color: #04ff00;">“gare”</span><span style="color: #ffa400;">(=
prejuízo) e de ver, embora com seu bilhetes nas mãos, partir o trem a lhes
dizer um adeus de escárnio!...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Que se deem estas aglomerações
nos bondes e trens urbanos, nos dias de corridas nos hipódromos ou nos de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>festa do Poço e de Caxangá, mas em uma
estrada de ferro, e subvencionada pelo governo. É inadmissível.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Além da longitude da viagem, duas
horas e tanto, do que resultou grave incômodo para todos os passageiros, há de
entender<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que os carros, desde a caixa
até as molas e as rodas são construídos para suportarem <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>certo e determinado peso, e não mais do duplo
como anteontem aconteceu, podendo daí provir ou dano para a linha, ou, o que
seria pior, que se quebrasse alguma mola, dando em resultado o desmantelamento
do comboio e, provavelmente, até as perdas de vidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O que, porém, tornou-se mais escandaloso
ainda, foi o procedimento dos que dirigiram<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>esse serviço, ao chegar o trem na </span><span style="color: #04ff00;">Estação da Encruzilhada</span><span style="color: #ffa400;">; na do Brum,
deixaram ficar, como dissemos, muitos passageiros, por isso que havia não mais
lugar para acomodá-lo; conseguintemente, o trem ou deveria seguir expresso, ou
nunca tomar, como fez, todos os passageiros em número de trinta ou quarenta que
ali na Encruzilhada se achavam, e mais alguns dos que esperavam no </span><span style="color: #04ff00;">Arraial</span><span style="color: #ffa400;">
(estação que ficava próximo ao atual Largo Dom Luiz).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Sobremodo incômodo seguiu daí a viagem
até seu ponto terminal, acrescendo que os passageiros que ficaram, isto é, que
deixaram de ser aceitos no Arraial, vingaram-se atirando pedras contra o trem,
que bateram em alguns passageiros, e dando diversas pauladas que se empregaram
em outros e até no braço de uma senhora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Terminou-se, enfim, essa viagem
massantíssima, prenuncio necessário lógico, fatal de graves incômodos e
pungente tédio. Admira, pasma saber-se que tanta gente se abale daqui do Recife
para ir ao </span><span style="color: #04ff00;">Engenho do Ramos</span><span style="color: #ffa400;">, assistir a </span><span style="color: #04ff00;">Festa de São Severino</span><span style="color: #ffa400;">. Igreja pequena,
mal podendo acomodar umas duzentas pessoas, para perto de duas mil deixam
forçosamente de assistir a esta festa, para ou ficarem a passear por sobre um
terreno baixo ou desigual e descampado, e, por tanto, ao rigor do sol, e sol
ardentíssimo, ou ficarem sentados dentro das palhoças, chamadas de hotéis, a
comer, a beber, se porventura não julgassem mais acertado ficar por ali
assentados, meditando o triste fado que a tão aborrecido passeio os conduzira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Como pois tanta gente se abala
par ir a esse passeio? Nada, absolutamente nada ali se vê que valha a pena, nem
o sacrifício de um minuto, quanto mais de um dia inteiro. O engenho é uma pobre
e mal tratada engenhoca; o lugar é quente e sem menor atrativo e aonde existem
construídas apenas a igreja, a casa do proprietário e a do engenho; o terreno é
desigual, formado de massapê e de areia à qual reflete o ardente calor de um
sol abrasador; passeios não há nenhuns; lugares próximos e bonitos que
convidassem a ser visitados também não o há, e como já demos a entender
passa-se ali o dia ou exposto a esse rigor de um sol de verão, ou a caminhar-se
de palhoça para palhoça a ver-se sempre as mesmas pessoas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e as mesmas mesas de comidas e de jogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Bancas de </span><span style="color: #04ff00;">lasquinê</span><span style="color: #ffa400;"> (tipo de
dominó baiano) nas palhoças, isto é, nos hotéis; prados em números de loterias
relativas ao naipes das cartas no pequeno largo em frente à igreja, eis os
divertimentos da grande festa que serve apenas<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>de proveito aos festeiros que são os que armam os hotéis e que tanto
maior lucro tirarão, quanto maior for o número de incautos que para ali se
dirija.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">E, dali os anúncios pomposos, os
reclames repetidos e as vivas descrições dos inúmeros milagres do Senhor São
Severino. E não há aqui no Recife tanto santo milagroso. E, porque </span><span style="color: #04ff00;">São Severino</span><span style="color: #ffa400;">
não fez ali o milagre de conseguir a prosperidade de tal engenhoca e a completa
felicidade do respectivo dono desta? Felizmente só de ano em ano se produz
semelhante festa, ou de tão tremendo e pesado cacete. Finalizou. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/Blog Vozes da Zona Norte. (DIREITOS RESERVADOS)</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Jornal do Povo/Recife. Biblioteca Nacional (RJ). (bndigital.bn.gov.br)</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">GALERIA</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Zsnid1Uh6rSIFGkyGMBHDAIt5_2t1Z654yjY0ElcDgh_JzbscK3_qFBfXWw1jiEy0JiIDWHrBKUAjUJcEgjlNTPPPb6boUIR5eTx5dJodl5XaPe75zRDhTx1MXKm-S0KtnKew63NhIkv/s512/S.Severino.Paudalho..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="512" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6Zsnid1Uh6rSIFGkyGMBHDAIt5_2t1Z654yjY0ElcDgh_JzbscK3_qFBfXWw1jiEy0JiIDWHrBKUAjUJcEgjlNTPPPb6boUIR5eTx5dJodl5XaPe75zRDhTx1MXKm-S0KtnKew63NhIkv/w400-h295/S.Severino.Paudalho..jpg" width="400" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">A antiga Estação de São Severino, Paudalho/PE.</span></b><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3b26wosEsMl7185ryoE6FWqntZeOaiBL2we1LdVzVg8S7eAKjSX_TUeb_DKHjB6yTM7-UzMoIPZmuFjxtBPFSs3kpdrK284DiZhbV9JFxCCNS_mbDrxt2fjlkxb14KCElL5RmFiwsqpCX/s1080/Engenho+Ramos.Paudalho+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="608" data-original-width="1080" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3b26wosEsMl7185ryoE6FWqntZeOaiBL2we1LdVzVg8S7eAKjSX_TUeb_DKHjB6yTM7-UzMoIPZmuFjxtBPFSs3kpdrK284DiZhbV9JFxCCNS_mbDrxt2fjlkxb14KCElL5RmFiwsqpCX/w400-h225/Engenho+Ramos.Paudalho+%25282%2529.jpg" width="400" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Casarão em ruínas do Engenho Ramos.</span></b><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /><span style="color: #ffa400;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-61604302232619948842021-01-14T17:21:00.001-03:002021-01-15T06:59:12.379-03:00O ataque de "Negro da Mata", o ladrão nu de Sirinhaém-PE<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg09mnvlDYgX7StaYrtvmEl51pUkomhoh6C0YF9m3XG0z4pnVaB7kKa7Wxzm1wrM_p0UJ2bMLc9KPFLTBamLOQm5pfrS9bqcaSmSa2A31Viz9tWC7cTQ1BgAYmQlfsoTOVG3eKEwypTbBWW/s608/depositphotos_352450084-stock-video-rear-view-of-muscular-handsome+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="342" data-original-width="608" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg09mnvlDYgX7StaYrtvmEl51pUkomhoh6C0YF9m3XG0z4pnVaB7kKa7Wxzm1wrM_p0UJ2bMLc9KPFLTBamLOQm5pfrS9bqcaSmSa2A31Viz9tWC7cTQ1BgAYmQlfsoTOVG3eKEwypTbBWW/w400-h225/depositphotos_352450084-stock-video-rear-view-of-muscular-handsome+%25281%2529.jpg" width="400" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">Negro da Mata vivia como os homens das cavernas na mata de Sirinhaém. </span><span style="color: #ffa400;">Foto ilustrativa.</span></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Este fato curioso aconteceu há 84
anos na cidade de </span><span style="color: #04ff00;">Sirinhaém</span><span style="color: #ffa400;">. Um homem que ficou conhecido como </span><span style="color: #04ff00;">“Negro da Mata”</span><span style="color: #ffa400;">
que durante quatro anos viveu embreado no meio da mata, nu, sobrevivendo da
caça e assaltando transeuntes à beira da estrada para roubar-lhes as roupas,
causando pavor e medo aos moradores da cidade de Sirinhaém, em Pernambuco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">A notícia da prisão e da
surpreendente história de “Negro da Mata” foi </span><span style="color: #04ff00;">publicado</span><span style="color: #ffa400;"> pelo Diário de Pernambuco
de 26 de junho de 1936, assim narrado: </span><span style="color: #04ff00;">Negro da Mata viveu quatro anos despido</span><span style="color: #ffa400;"> –
dizia a manchete – Comia caça, andava feito índio e assaltava os transeuntes
para tomar-lhes a roupa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Chegou preso a esta capital e foi
recolhido ao xadrez da Secretaria de Segurança, o indivíduo conhecido por “Negro
da Mata”, que usa também os nomes de Manoel Galdino ou Manoel Barata. Foi
detido no dia 12 do corrente pela polícia de Sirinhaém, às margens do rio do
mesmo nome, quando pescava.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">É um mulato robusto, de cerca de
45 anos de idade. Vez por outra o nosso noticiário policial registrou assaltos
tão originais como os praticados por “Negro da Mata”. Costumava ele sair
despido de dentro do mato e assaltar os transeuntes para roubar-lhes as vestes.
Homem robusto, subjugava as suas vítimas e as despia. Levando-lhes as roupas
para si. Tempos depois, aparecia ele novamente na estrada, do mesmo estado,
perto de uma mata para tomar a roupa de outra pessoa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Seu nome chegou a correr boca a
boca em Sirinhaém e adquiriu o apelido, por só viver embrenhado na mata.
Algumas de suas vítimas saiam feridas, o que motivava queixas para a polícia.
As autoridades, por mais diligências<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que
fizessem, não o capturavam. E “Negro da Mata” continuava a sua original
aventura. Sucedeu porém, que véspera de Santo Antônio, o surpreenderam
pescando. “Negro da Mata” foi preso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">A HISTÓRIA</span><span style="color: #ffa400;"> – “Negro da Mata”
contou na polícia que era agricultor há quatro anos, mas desse tempo para cá,
foi viver no mato, sem roupa. De certo tempo a esta parte, sentia vergonha de
se apresentar em público e por isso roubava as vestes dos que passavam na
estrada da mata em que morava. Comia da caça e da pesca.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Disse ele que durante o dia
examinava a toca do tatu e da paca, para durante à noite ir esperá-los na saída
do passeio noturno. Assim, pegava esses animais, que segundo afirmou, eram os
de que mais gostava. Matava-os e assava. Comia sem sal. O fogo ele arranjava
nas casas dos moradores residentes ali às margens da mata, quando podia entrar
sem ser visto e retirar um </span><span style="color: #04ff00;">tição </span><span style="color: #ffa400;">(lenha abrasiva tirada do forno = fogão de
lenha).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Durante o dia, “Negro da Mata”
dormia em buracos que cavava debaixo de moitas e forrava de folhas. Pescava
também à noite e comia peixe da mesma forma. Foi instaurado inquérito afim de
apurar todas as suas responsabilidades. Finalizou.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA NORTE.</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Fonte:</span><span style="color: #ffa400;"> Diário de Pernambuco.</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p><br /><p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-85734234132079008982020-10-30T02:09:00.003-03:002021-01-17T14:48:16.480-03:00Morre aos 85 anos, "Seu Odon" um dos Líderes comunitários mais atuante e mais querido da BH e Alto Santa Terezinha<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbOD0SvrzqfVE_dMtIpDnqeRFUmJZa-BAoB49jHuC6lT5Gk4LvXykNFqyt1DnWgYaK0hTwKFmLzxVph2eoMdszabILMtmKunffmqZJsuwoHJsFAgV8DaaBDvh1Ds19qfaMX9C0rzkcu8Zb/s377/PhotoGrid_1499552312599+%25283%2529.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="377" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbOD0SvrzqfVE_dMtIpDnqeRFUmJZa-BAoB49jHuC6lT5Gk4LvXykNFqyt1DnWgYaK0hTwKFmLzxVph2eoMdszabILMtmKunffmqZJsuwoHJsFAgV8DaaBDvh1Ds19qfaMX9C0rzkcu8Zb/s320/PhotoGrid_1499552312599+%25283%2529.png" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">"Seu Odon" participou das lutas comunitárias de 1980 até 2006.</span></b><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Faleceu nesta quarta-feira, 28/10
às 13:30, de problemas respiratórios e renal proveniente da covid-19, “Seu Odon”,
era assim que todos o conheciam no Alto Santa Terezinha e Bomba do Hemetério.
Líder comunitário do Alto Santa Terezinha, no Recife. Era um líder incansável
na luta pelo bem-estar de sua comunidade e que não fugia da raia. Enfrentava
com coragem e determinação os poderes públicos em busca de melhorias para a
população do bairro. Foi com muito afinco e união com demais líderes da
localidade, que ele conquistou grandes feitorias e benefícios para o Alto Santa
Terezinha e Bomba do Hemetério junto aos órgãos públicos do município e do
Estado. Com apoio do povo, ele conseguiu que muitos muros de arrimos fossem
feitos, escadarias, canaletas, posto de saúde e umas das maiores conquistas,
foram a Escola Mardônio Coelho e os 350 lotes dos terrenos no bairro de
Passarinho.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Ele sempre deixou bem claro que
se não tivesse ajuda das demais lideranças comunitárias e a união da
comunidade, jamais este bairro conquistaria tantos benefícios. “Seu Odon”
morava na Rua Arapixuna (antiga Rua 35), Nº 80, na Bomba do Hemetério, divisa
com o Alto, desde 1967. Piauiense de Pio IX e pernambucano de coração, amava o
local e as pessoas da comunidade. Sempre disse que jamais deixaria aquela rua
por nenhum lugar no mundo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">O corpo saiu do Hospital dos
Servidores do Estado (HSE) nesta quinta- feira, 29, e seguiu para o Cemitério Metropolitano, com muito
atraso, mais que teve um sepultamento digno para uma pessoa tão querida por todos,
como “Seu Odon”. Apesar da pandemia e um velório rápido e restrito por conta da
covid. Foi permitido um momento de oração e despedida dos familiares, o que
deixou todos muitos felizes apesar da lamentável perda.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Odon Gomes de Alencar (Seu Odon),
deixou a esposa D. Severina, seis filhos, doze netos e dois bisnetos e o
carinho de toda comunidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> Vozes da Zona Norte. </span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p>
<span style="color: #ffa400;"> </span></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-76510249455885520672020-09-07T00:07:00.003-03:002020-09-07T00:26:58.953-03:00Em jogo histórico, o Afogados desclassifica o Atlético Mineiro da Copa do Brasil<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTgipQ0x6FmybifqC4ZIkWLG73pa4LB7ut83EX_VIM1ZFhMO2YepmdYV9GA4H8qG07abc4esWyf77ScIX8T8svK_zpVsk622z1khZH15Q9t8ez-RaZ9NMitPW9awPIceWY941XOXtXkBCu/s750/20200226235024854948u.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTgipQ0x6FmybifqC4ZIkWLG73pa4LB7ut83EX_VIM1ZFhMO2YepmdYV9GA4H8qG07abc4esWyf77ScIX8T8svK_zpVsk622z1khZH15Q9t8ez-RaZ9NMitPW9awPIceWY941XOXtXkBCu/s320/20200226235024854948u.jpg" width="320" /></a></div><b><span style="color: #04ff00;">O atacante Philip do Afogados, marcou o segundo gol sobre o galo. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Diário de Pernambuco.</span></b><p></p><p><span style="color: #ffa400;"><b>27 de março de 2020</b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Após testar um sistema tático com três zagueiros na vitória
por 2 a 0 sobre o Unión-ARG na última quinta-feira, o técnico Rafael Dudamel
optou por manter o trio de defesa em Afogados da Ingazeira. No lugar de Réver -
desfalque por conta de uma inflamação no tendão -, Iago Maidana formou a
primeira linha de marcação com Igor Rabello e Gabriel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Ao longo do primeiro tempo, o Atlético foi ligeiramente
melhor que o Afogados. O time alvinegro apostou, como esperado, nas subidas dos
laterais Guga e Guilherme Arana. O lateral-esquerdo, inclusive, foi responsável
pela finalização mais perigosa da etapa inicial. Aos 24’, invadiu a área,
fintou o marcador e chutou de direita, na trave.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Guga e Franco Di Santo também tiveram boas oportunidades,
mas não finalizaram bem e pararam em boas intervenções do goleiro </span><span style="color: #04ff00;">Wallef.</span><span style="color: #ffa400;"> O
centroavante argentino também se envolveu em outro lance importante ao sofrer
falta dentro da área de Márcio. O árbitro Sávio Pereira Sampaio (DF), porém,
não assinalou pênalti.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Defensivamente, o Atlético sofreu muitas finalizações, mas a
maioria sem perigo. A principal oportunidade dos donos da casa saiu dos pés do
atacante Diego Ceará, que passou por Iago Maidana e, travado por Igor Rabello,
chutou cruzado, para fora. No fim do primeiro tempo, o placar não se alterou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">No segundo tempo, o ritmo do jogo melhorou. O Atlético
passou a finalizar mais - nem sempre com tanta qualidade assim, já que Di Santo
perdeu boas oportunidades. Mas, quando o time alvinegro vivia o melhor momento
na partida, o Afogados abriu o placar, aos 16’.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #04ff00;">Candinho</span><span style="color: #ffa400;"> disputou com a marcação e levou a melhor sobre
Maidana. De fora da área, finalizou. A bola desviou no zagueiro, passou sobre
Michael e parou no fundo das redes: 1 a 0. O Atlético reagiu logo. Aos 20’,
Hyoran pegou rebote do escanteio e cruzou rasteiro. </span><span style="color: #04ff00;">Gabriel</span><span style="color: #ffa400;"> recebeu e, de
primeira, só completou para o gol: 1 a 1.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Aos 21’, apenas um minuto após o gol de empate, o zagueiro
Márcio, do Afogados, foi expulso após receber o segundo cartão amarelo. Mas se
engana quem pensa que o Atlético conseguiria a virada rapidamente. Na verdade,
os mandantes que marcaram. Aos 27’, </span><span style="color: #04ff00;">Philip</span><span style="color: #ffa400;"> fez bela jogada individual,
aproveitou falhas de Guilherme Arana e Gabriel e finalizou bem para marcar: 2 a
1.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Diante do cenário adverso e com um jogador a mais em campo,
Dudamel - que já havia tirado o zagueiro Iago Maidana para a entrada do
atacante Savarino - colocou o centroavante </span><span style="color: #04ff00;">Ricardo Oliveira</span><span style="color: #ffa400;"> na vaga do volante
Jair. E deu certo. No primeiro toque na bola, o experiente jogador de 39 anos
marcou após cruzamento de Arana: 2 a 2.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Daí em diante, o Atlético até tentou pressionar, mas não
conseguiu criar boas oportunidades. No finzinho, Hyoran ainda foi expulso por
uma falta desnecessária, num carrinho por trás. O meia seria um dos cobradores
na disputa de pênalti que se seguiria.</span></p><p class="MsoNormal"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu2S-7_UIjeytaQ2Efvi3KTH0iQf7BOw9E9Dc9YtkE8GwfKFnX2U9i_qYtSK-Z1kn9hHQ1_uepBruZZ_O6viF9XNoOpikyPiXI5kVVGna_XVZxsyc1wtUZUDaruLvD5kk0UQBokRupPVcu/s650/ricardo-oliveira02-0.jpg.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="437" data-original-width="650" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu2S-7_UIjeytaQ2Efvi3KTH0iQf7BOw9E9Dc9YtkE8GwfKFnX2U9i_qYtSK-Z1kn9hHQ1_uepBruZZ_O6viF9XNoOpikyPiXI5kVVGna_XVZxsyc1wtUZUDaruLvD5kk0UQBokRupPVcu/s320/ricardo-oliveira02-0.jpg.webp" width="320" /></a></b></div><b><span style="color: #04ff00;">O experiente Ricardo Oliveira, marcou o gol de empate, mas não evitou o vexame. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Bruno Candini/Site do Atlético(MG).</span></b><p></p><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">Afogados (PE) 2 (7)</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Wallef; Jader (Rodrigo, aos 37’ do 2ºT), Heverton Luís,
Márcio e Thalyson; Douglas Bomba, Eduardo Erê e Candinho (Willian Gaúcho, aos
26’ do 2ºT); Philip, Diego Teles e Diego Ceará.</span><span style="color: #04ff00;">Técnico:</span><span style="color: #ffa400;"> Pedro Manta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">Atlético Mineiro 2 (6)</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #ffa400;">Michael; Igor Rabello, Iago Maidana (Savarino, aos 19’ do
2ºT) e Gabriel; Guga, Jair (Ricardo Oliveira, aos 32’ do 2ºT), Allan e
Guilherme Arana; Hyoran, Otero e Franco Di Santo (Nathan, aos 37’ do 2ºT) </span><span style="color: #04ff00;">Técnico:</span><span style="color: #ffa400;"> Rafael Dudamel</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Gols no tempo normal:</span><span style="color: #ffa400;"> Candinho, aos 16’, e Philip, aos 27’ do 2ºT (AFO);
Gabriel, aos 20’, e Ricardo Oliveira, aos 33’ do 2ºT (GAB)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Cobrança de pênaltis: </span><span style="color: #ffa400;">Afogados cobraram:</span><span style="color: #04ff00;"> </span><span style="color: #ffa400;">Diego Ceará (perdeu), Douglas Bomba (perdeu), Thalyson, Willian Gaúcho, Philip, Rodrigo, Eduardo Erê, Diego e Herventon Luís. Atlético cobraram: Otelo, Ricardo Oliveira, Alan (perdeu), Nathan (perdeu), Savarino, Guga, Guilherme Arana, Igor Rabello e Gabriel (perdeu).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #04ff00;">Cartões amarelos:</span><span style="color: #ffa400;"> Márcio, aos 26’ do 1ºT e aos 21’ do 2ºT,
Willian Gaúcho, aos 42’, e Rodrigo, aos 49' do 2ºT (AFO); Allan, aos 37’, e
Gabriel, aos 44’ do 2ºT (ATL)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #04ff00;">Cartões vermelhos:</span><span style="color: #ffa400;"> Márcio, aos 21’ do 2ºT (AFO); Hyoran, aos
47’ do 2ºT<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #04ff00;">Local:</span><span style="color: #ffa400;"> Vianão, em Afogados da Ingazeira (PE)</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #04ff00;">Data e horário:</span><span style="color: #ffa400;"> quarta-feira, 26 de fevereiro, às 21h30<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #04ff00;">Árbitro: </span><span style="color: #ffa400;">Sávio Pereira Sampaio (DF)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #04ff00;">Assistentes:</span><span style="color: #ffa400;"> José Reinaldo Nascimento Júnior (DF) e Lehi
Sousa Silva (DF)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> João Victor Marques/DP.</span></b><span style="color: #ffa400;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">Publicado por:</span><span style="color: #ffa400;"> Jânio Odon.</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #04ff00;">GALERIA DE FOTOS</span></b></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn9565WMUuUzWhSrfYMg-2_F55iLDt_uMefTfiqR8zS9J460SqJ-I5Ac7PC8eq3RkjNXWIEQxMVhyT1c2uXVN4qzdROLB5c-JyNL6owj41THwnp1HVU2bczAgUZ6I3EbShKWhSzDNRgSjC/s616/afogados-x-atletico-616x338.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="338" data-original-width="616" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn9565WMUuUzWhSrfYMg-2_F55iLDt_uMefTfiqR8zS9J460SqJ-I5Ac7PC8eq3RkjNXWIEQxMVhyT1c2uXVN4qzdROLB5c-JyNL6owj41THwnp1HVU2bczAgUZ6I3EbShKWhSzDNRgSjC/s320/afogados-x-atletico-616x338.png" width="320" /></a></div><span style="color: #04ff00;"><b>João Manta, técnico do Afogados.</b></span><p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW-AsFWmp89k5iaTk7aPu6L2zUfgUskdgLevZvVAry2ln-U32TI4dBhx_q5uWAqVTpZOOcHeOr9MyxQbtX1FcJTlTZRkJYcKEoA3z8YflpQE5evFTGs5CNIildgSugWpWCYuLKGOb4p9Gt/s750/Afogados.Galo.BrunoCantini.Atl%25C3%25A9tico..jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW-AsFWmp89k5iaTk7aPu6L2zUfgUskdgLevZvVAry2ln-U32TI4dBhx_q5uWAqVTpZOOcHeOr9MyxQbtX1FcJTlTZRkJYcKEoA3z8YflpQE5evFTGs5CNIildgSugWpWCYuLKGOb4p9Gt/s320/Afogados.Galo.BrunoCantini.Atl%25C3%25A9tico..jpg" width="320" /></a></div><br /><b><span style="color: #04ff00;">A equipe do Afogados jogou com muita garra para segura o galo mineiro. </span><span style="color: #ffa400;">Foto: Bruno Cantini/Atlético (MG).</span></b><p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><b><br /></b></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><b><br /></b></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><b><br /></b></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><span style="color: #ffa400;"><br /></span></o:p></p>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-50760871442285490912020-08-07T01:16:00.005-03:002020-08-25T21:21:56.775-03:00Santa Cruz, Líder do Campeonato, vence o Náutico<p></p><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s640/Paulinho.Kieza.jpg" width="640" /> <span style="color: #04ff00;"> Paulinho, do Santa, ganha disputa da bola com Kieza. </span><span style="color: #ffa400;"><b>Foto: Paulo Paiva/DP.</b></span></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px;"><span style="color: #ffa400;"><b>1º de março de 2020. </b></span></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">No clássico de número 400 em
Campeonatos Pernambucanos entre Santa Cruz e Náutico, um passeio tricolor. Com
extrema facilidade, a Cobra Coral fez valer o seu papel de líder e venceu os
alvirrubros por 2 a 0 no Arruda. Com vaga para mais. Como prêmio, o resultado
já garante o Santa, de forma direta, na semifinal do Estadual, uma vez que com
19 pontos a equipe não pode ser mais alcançada pelo terceiro colocado,
atualmente o Retrô, com 11.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px; text-align: left;"></a></span></p><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><span style="display: inline; padding: 1em 0px;">Já o Náutico, que chega ao quarto
jogo sem vitórias (duas derrotas e dois empates), entra em um princípio de
crise.</span> <span style="display: inline; padding: 1em 0px;">E se complica no Estadual, já que deixa a vice-liderança e cai para o
quarto lugar, com 11 pontos. </span></span></a></div><div><p class="MsoNormal" style="display: inline; padding: 1em 0px; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><br /></span></p></div><div><p class="MsoNormal" style="display: inline; padding: 1em 0px; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px;"><span style="color: #ffa400;">Porém, tão preocupante quanto a
falta de resultados e a falta de futebol do time, que na quarta-feira tem nova
decisão. Dessa vez contra o CRB, em Maceió, pela Copa do Nordeste.</span></a></p><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Por motivos distintos, as duas
equipes foram para o clássico com modificações na equipe. Pelo lado do Santa,
tendo na quarta-feira o compromisso contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, o
técnico Itamar Schulle optou por poupar alguns jogadores, como o meia Didira e
os atacantes Patrick Nonato e Pipico.</span></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px; text-align: left;"></a></span></p><p class="MsoNormal" style="color: #ffa400; display: inline; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px;"><p class="MsoNormal" style="display: inline; text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Já no Náutico, o suspenso Gilmar
Dal Pozzo (viu o clássico das cabines) optou pela volta de Josa à equipe para
fortalecer o setor de marcação. E esse foi o único ponto a dar certo na equipe
alvirrubro em um primeiro tempo fraco tecnicamente. Dos dois lados.</span></p></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p> </o:p></span><span style="color: #ffa400;">Apesar de ter muito mais posse de
bola, e com isso ser melhor em campo, faltou ao Santa Cruz um maior capricho
nas definições das jogadas, muitas vezes feita de forma precipitada. Tanto que
das 12 finalizações, poucas foram as que de fato levaram perigo à meta do
goleiro Jefferson. Na melhor delas, Paulinho passou com facilidade por
Luanderson e obrigou o arqueiro timbu a fazer uma boa defesa, aos 13
minutos. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p><span style="color: #ffa400;">Na outra meta, o goleiro Maycon
Cleiton foi um mero espectador. Abusando de ligações diretas e sem acionar o
meia Jean Carlos, o Náutico foi um deserto de criatividade. Se resumindo a
jogar a bola para Kieza se virar na frente fazendo o papel de pivô. Assim, a
única finalização alvirrubra veio apenas aos 39 minutos, com o lateral Hereda
chutando fraco para fácil defesa do arqueiro coral. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p> </o:p>Para piorar o cenário, ainda aos
oito minutos Dal Pozzo foi obrigado a queimar a primeira substituição, com o
zagueiro Ronaldo Alves deixando o campo com dores no tornozelo. Fernando
Lombardi foi acionado.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p> </o:p><b>Segundo tempo</b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Apesar do primeiro tempo fraco
tecnicamente, as duas equipes voltaram para a etapa final sem mudanças. E com
isso, o cenário do clássico também não mudou, com o Santa sendo superior em
campo. Antes dos seis minutos, o Tricolor chegou três vezes com perigo. Na
melhor delas, com Mayco Félix obrigando Jefferson a se esticar para fazer boa
defesa. após uma bomba de fora da área. O gol coral estava maduro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p> </o:p>Aos 16 minutos, Itamar Schulle
tirou Jeremias, a pior figura do Santa em campo, para promover a estreia de
Chiquinho, que entrou aberto pela esquerda. Três minutos depois, enfim, a
superioridade coral se refletiu no placar. Após lindo lançamento de Paulinho,
</span><span style="color: #38761d;">Victor Rangel </span><span style="color: #ffa400;">recebeu com liberdade e chutou longe do alcance de Jefferson: 1 a
0.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj71YgmX-ty12V8g7GKzBFhS9epVv9khZJzv59taY-E0jYYaSUUL9ZFW5Wea__NvC0Bb6ys1Xrm2GGTg9GfjDZAZsbFyFVprvbxG8bvGDhXA0SCHL8sX6c_sNYwqpEtRt1Fqh_Nn9znBc3/s748/BrendaAlcantaraJC.BrunoRangel.jpg" style="display: inline; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="748" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj71YgmX-ty12V8g7GKzBFhS9epVv9khZJzv59taY-E0jYYaSUUL9ZFW5Wea__NvC0Bb6ys1Xrm2GGTg9GfjDZAZsbFyFVprvbxG8bvGDhXA0SCHL8sX6c_sNYwqpEtRt1Fqh_Nn9znBc3/s640/BrendaAlcantaraJC.BrunoRangel.jpg" width="640" /></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #38761d;"><b>Victor Rangel comemora seu gol diante do Náutico. </b></span><span style="color: #ffa400;"><b>Foto: Brenda Alcântara/JC.</b></span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p style="color: #ffa400;"> </o:p><span style="color: #ffa400;">Em desvantagem, Gilmar Dal Pozzo
tentou colocar o Náutico mais à frente com a entrada de Jorge Henrique na vaga
de Luanderson, apagado tanto na saída para o ataque, quanto na marcação. Não
deu certo. Com campo para jogar, o Santa seguia atuando sempre no campo de
defesa dos alvirrubros.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;"><o:p> </o:p>Aos 27 minutos, Itamar Schulle, tirou Paulinho (melhor jogador em
campo) para a entrada do volante André. Era uma forma de dizer também que o
clássico estava controlado. Tanto que, com naturalidade, o Santa ampliou aos 34
minutos, com </span><span style="color: #38761d;">William Alves</span><span style="color: #ffa400;">, de cabeça. Vitória tranquila do líder. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="color: #38761d;">Santa Cruz 2</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Maycon Cleiton; Toty, William
Alves, Danny Morais e Júnior (Feliphe Gabriel); Bileu, Paulinho (André),
Jeremias (Chiquinho) e João Cardoso; Mayco Félix e Victor Rangel. </span><span style="color: #38761d;">Técnico:
</span><span style="color: #ffa400;">Itamar Schulle<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p><b><span style="color: #38761d;">Náutico 0</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #ffa400;">Jefferson; Hereda, Ronaldo Alves
(Fernando Lombardi), Diego Silva (Rafael Ribeiro) e Willian Simões; Josa,
Luanderson (Jorge Henrique) e Jean Carlos; Erick, Jhonnatan e Kieza. </span><span style="color: #38761d;">Técnico</span><span style="color: #ffa400;">:
Gilmar Dal Pozzo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p><span style="color: #38761d;">Local:</span><span style="color: #ffa400;"> Arruda</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d;">Árbitro:</span><span style="color: #ffa400;"> Rodrigo José Pereira<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d;">Assistentes: </span><span style="color: #ffa400;">Bruno César Chaves e
Humberto Martins Dias<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d;">Gols:</span><span style="color: #ffa400;"> Victor Rangel, aos 19 min,
e William Alves, aos 34 min do 2º tempo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d;">Cartões amarelos:</span><span style="color: #ffa400;"> Marcão,
Luanderson, William Simões, Jhonnatan (N), Victor Rangel, William Alves (SC)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d;">Público: </span><span style="color: #ffa400;">8.155</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d;">Renda:</span><span style="color: #ffa400;"> R$ 117.910 </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px;"><b><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p><span style="color: #38761d;">Por:</span><span style="color: #ffa400;"> João de Andrade Neto/Diário
de Pernambuco.</span></b></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="color: #ffa400;"> </span></o:p></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHfkitEtJQi2MII5qxnKfIrMa6iltDEN9EqRYwKbA9_OCdgvYnz1-D8nfbQSaKrUZ725PRMJ7P-CH5J3zTkjB_qYZnjysSirSGX7k1ZVRTgt05UC5_u6MwfLsU2z-dL4ZV8I_vN40AUrqD/s750/Paulinho.Kieza.jpg" style="display: block; padding: 1em 0px;"><br /></a></div></div>Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4648466957289516015.post-64237459406263701922019-09-24T01:45:00.000-03:002020-04-25T18:46:25.369-03:00Como surgiu a Avenida Beberibe (Recife)? Conheça a história<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDWcbO_MR4gTxuUcgsJsR3NVzzdnFf0UKYQ0f2F7uIn5xqrIhS3SG-7DlThGX4wivD57AK7fjmvhyphenhyphen0m4rREpNo7j8-aL2hn1Gvwyj6Z97UmY_T9HnQ1JqGi82Nk4g6253Eed20yTd3Q_Z4/s1600/IMG_20190923_234910583_HDR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1003" data-original-width="1600" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDWcbO_MR4gTxuUcgsJsR3NVzzdnFf0UKYQ0f2F7uIn5xqrIhS3SG-7DlThGX4wivD57AK7fjmvhyphenhyphen0m4rREpNo7j8-aL2hn1Gvwyj6Z97UmY_T9HnQ1JqGi82Nk4g6253Eed20yTd3Q_Z4/s320/IMG_20190923_234910583_HDR.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="color: lime;">O trem a vapor (maxambombas) passando pela Estrada de Beberibe (Fundão) em 1910. </span><span style="color: orange;">Foto: Allen Morrison.</span></b><br />
<span style="color: orange;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">A </span><span style="color: lime;">Avenida Beberibe</span><span style="color: orange;"> é uma
importante via da zona norte do Recife que corta os bairros da Encruzilhada
(pequeno trecho), Ponto de Parada, Arruda, Água Fria, Fundão, Cajueiro, Porto
da Madeira e Beberibe. Ligada por importantes artérias como: Rua Fernando
César, Avenida José dos Anjos, Rua das Moças, Estrada Velha de Água Fria, Rua
Coronel Urbano Ribeiro de Sena, Avenida Sebastião Salazar, Rua Cidade do
Monteiro (Perimetral), Rua Dalva de Oliveira, Ladeira do Sapoti, Avenida Uriel
de Holanda, Estrada do Caenga que leva você para qualquer lugar do Recife,
Olinda, Paulista ou qualquer lugar que você quiser, basta você escolher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">De acordo com a Planta da Cidade
do Recife e seus Arrabaldes, do engenheiro Ildefonso Ilídio de Souza Lobo,
elaborada no século XIX, mas sem data. Porém, antes da abertura<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da Estrada Nova de Beberibe iniciada em 1866.
A planta revela a existência da Estrada Velha de Beberibe (atual Estrada Velha
de Água Fria) que começava na Tamarineira no lugar chamado de Riacho das Almas,
onde atualmente fica o ponto de intersecção entre as ruas Padre Roma e Muniz
Tavares e terminava no povoado de Beberibe. Outro grande obstáculo que
dificultou a aprovação do projeto de abertura da nova estrada foi a questão
geológica, pois, um pouco além da Encruzilhada de Belém, existia uma grande
área pantanosa que seguia até o Riacho Água Fria até encontrar o Riacho Jacaré
(área do atual canal do Arruda) e seguia até o Pântano de Olinda lá em
Salgadinho. Outro grande obstáculo era<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a
grande área arenosa, principalmente entre as margens da região pantanosa, que
ficavam localizadas entre os atuais trechos dos bairros da Encruzilhada, Ponto
de Parada e Arruda. A nova estrada seguiu em linha reta até o Beco da Beliscada
(atual Travessa Dowsley, encontro com a Estrada Velha de Água Fria) e sofreu
alargamento a partir deste ponto até a entrada do Fundão. Numa segunda etapa, a
nova estrada partiu deste ponto até o Porto da Madeira e o povoado de Beberibe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="color: lime;">E como esta importante avenida
surgiu?</span></b><span style="color: orange;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">A Avenida Beberibe surgiu a
partir do Projeto Provincial Nº 36, de 16 de março de 1864, de autoria do
deputado Nabor Carneiro Bezerra Cavalcanti. Na ocasião, denominada de Estrada
Nova de Beberibe. Para sair do papel, o projeto de abertura da Estrada Nova de
Beberibe (atual Avenida Beberibe) foi aprovado após três sessões <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na Assembleia Legislativa Provincial. O
Projeto de Nabor propôs que a nova estrada teria 60 palmos de largura, o que
prevaleceu. Que começaria na bomba (d’água) da Estrada da João de Barros, o que
foi modificado, e começou na Encruzilhada de Belém (atual Encruzilhada). Que
terminaria nos lugares bomba (outra bomba d’água) e Beco do Fundão, o que
realmente prevaleceu. Que seria feito o embarreamento (aterro com barro) do
ponto da junção do Riacho do Jacaré com o Riacho Água Fria até o Beco do
Fundão, o que se confirmou. Que seria designado a quantia de 40 contos de réis,
mais 10 contos de réis, caso ultrapassasse três desapropriações. Depois de muita
discussão, foram disponibilizados para toda a obra apenas 12 contos de réis.
Com a sequência da obra de Fundão até o povoado de Beberibe, a obra custou
18:326$000 (dezoito contos, trezentos e vinte seis mil réis). O projeto previa
também, a formação de uma barreira num ponto intermediário para a cobrança de
um pedágio, sendo aprovado. A barreira do pedágio foi montada onde atualmente
fica a ponte sobre o canal do Arruda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Veja </span><span style="color: lime;">trechos das discussões</span><span style="color: orange;">
ocorridas durante as sessões que determinaram a aprovação para a abertura da
Estrada Nova de Beberibe (Avenida Beberibe): <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Na </span><span style="color: lime;">Sessão Ordinária</span><span style="color: orange;"> da Câmara
Provincial de Pernambuco de 4 de março de 1865, houve o </span><span style="color: lime;">primeiro </span><span style="color: orange;">grande </span><span style="color: lime;">debate</span><span style="color: orange;">
sobre a abertura da Estrada Nova de Beberibe (atual Av. Beberibe) publicado
pelo extinto </span><span style="color: lime;">Jornal de Recife</span><span style="color: orange;"> do dia 7 de março de 1865 da seguinte forma:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Ordem do dia</span><span style="color: orange;"> – Projeto Nº 36 do
ano passado, que decreta a abertura de uma estrada de 60 palmos de largura e em
linha reta a começar do lugar denominado Bomba da Estrada de João de Barros,
Freguesia da Boa Vista, e a terminar em qualquer ponto intermediário dos
lugares Bomba e Beco do Fundão da estrada de Beberibe aproximando-se da
povoação o mais possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Vai a mesa e apoiasse a seguinte
emenda: Em lugar da palavra Bomba, diga-se Encruzilhada de Belém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Nabor Carneiro</span><span style="color: orange;"> – Sr.
Presidente, pedi a palavra para justificar o projeto que se acha em discussão ,
e que tive a honra de apresentar na sessão do ano próximo passado. Conhecedor
das localidades por onde tem de passar a estrada de que se trata, eu creio
poder dar aos nobres deputados alguns esclarecimentos suficientes, para
levai-os<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a votar pelo projeto, e contra
a emenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span>
<span style="color: orange;">A vantagem de uma estrada que
desta cidade encurte a distância para a povoação de Beberibe, me parece incontestável,
assim como julgo fora de dúvida que a direção da estrada pela maneira indicada
no projeto, é o mais conveniente. Uma reta tirada do ponto indicado no projeto
irá passar pelo beco chamado de Santo Amaro, a não muita distância da Encruzilhada
de Belém³, aproveitando por conseguinte, não só os habitantes desta localidade,
como aos da Soledade, Estrada da João de Barros, Pombal, Santo Amaro, e também
os habitantes de Belém, Campo Grande e Salgadinho, sendo que além de tudo
aproveita grande parte da Estrada de Belém, que é uma estrada larga, enxuta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e que poucos melhoramentos demanda,
podendo oferecer passagem mais fácil e mais curta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para o lugar chamado pé da ladeira de
Beberibe, que é em linha reta o mais próximo da assentada dessa bela povoação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Acho no entretanto que a emenda
em lugar de tender a encurtar a estrada, que é o que se deve ter em vista a bem
da serventia pública, tende apenas desviar com dispêndio, a que já existe, para
um ponto, que só aproveitará a um limitado número de proprietários, e não ao
público em geral, propriamente dito, que só tirará vantagens do encurtamento
das distâncias desta capital á aquela povoação, o que só se poderá conseguir de
uma estrada de linha reta a partir de um ponto mais próximo possível desta
capital. Eu pretendo pois, que a direção indicada pelo projeto é a mais
conveniente, e nesse sentido não duvidaria sujeitar a minha opinião a de
pessoas que estão mais a par dessas localidades e mesmo de votar por qualquer
exame topográfico que a assembleia julgue necessário fazer-se; porque estou
certo que deste exame resultará a preferência da direção da estrada indicada no
projeto á outra qualquer; por ser mais reta e muito menos dispendiosa que a
indicada na emenda a partir, segundo esta, da encruzilhada de Belém; tendo além
disso a estrada com essa direção, e ponto de partida de atravessar lugares
pantanosos em uma distância de menos de cinco mil palmos prejudicando sumamente
aos cofres públicos, ao passo que, se tomar a direção indicada no projeto, não
se dará semelhante gravame, não tendo de atravessar a estrada projetada –
distância superior a duzentos ou trezentos palmos de pântano, bastando para
isto uma simples ponte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Assim eu voto contra a emenda e a
favor do artigo que se acha em discussão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Francisco Amynthas </span><span style="color: orange;">– Obtendo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a palavra, fez algumas considerações à cerca
do projeto, e dizendo que julgava mais conveniente aos interesses econômicos da
Província, e mais cômodo aos transeuntes, que a estrada projetada se fizesse em
continuação da de João de Barros, começando da Encruzilhada de Belém. Mondou
uma emenda neste sentido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Ayres Gama</span><span style="color: orange;"> –
Manifesta-se em favor da emenda, asseverando, como conhecedor daquelas
localidades que, a direção nela indicada é a mais conveniente ao passo que, admitir-se
a do projeto, virá a perder-se toda a estrada existente até a Encruzilhada de
Belém, que aliás tem uma direção quase reta à povoação de Beberibe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Observa ainda o honrado membro
que a estrada , seguindo a direção indicada no projeto terá de ser muito dispendiosa,
por isso que terá de partir de um ponto distante mais 400 braças, atravessando
sítios, o que fará aumentar muito as despesas de desapropriação; entretanto que
partindo a estrada da Encruzilhada de Belém, não só se economizam essas 400
braças, com a despesa com desapropriações se tornará muito menor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Por estas considerações, julga o
honrado membro que a emenda é preferível<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>ao artigo do projeto e por ela votará.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado João Ramos</span><span style="color: orange;"> – Declara não
achar-se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ainda bastante esclarecido
sobre a matéria, por isso que vê, que quer pelo projeto, quer pela emenda, se
não fala em melhorar a estrada atual até o ponto donde deve partir a nova
estrada; entretanto que, transitando habitualmente por esses lugares tem
observado que a estrada a partir do bairro da Boa Vista até a Encruzilhada de
Belém se acha em péssimas condições, por isso que o seu leito é de areia
frouxa, como o da estrada que da Encruzilhada de Belém se dirige a Beberibe.
Para fazer-se um trabalho perfeito, entende o honrado membro, que seria conveniente
decretar-se o embarreamento da atual estrada, até encontrar com o ponto em que
deve começar a nova; e talvez mesmo, a não poder empreender-se, em virtude do
estado dos cofres provinciais, uma obra completa, talvez fosse preferível
mandar fazer o embarreamento da estrada existente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">O ilustre membro deseja que os
seus colegas que tem conhecimentos especiais da matéria se dignem de
esclarecê-lo, afim de poder, com perfeito conhecimento de causa, dar o seu voto
sobre o projeto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span>
<span style="color: lime;">Deputado Gervásio Campello</span><span style="color: orange;"> – Diz,
que se acha inclinado a votar pela emenda uma vez que se deve ter em vista o
mais possível economizar os dinheiros públicos, tanto mais quanto não se trata
de uma estrada de primeira ordem da província, tanto mais quanto não obstante
ser uma estrada que se pode considerar necessária, todavia não é daquelas em
que se torne indispensável fazê-la do mais curto trajeto entre um e outro
ponto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">A estrada de João de Barros,
entende o ilustre orador, tem até a Encruzilhada de Belém uma direção pouco
mais ou menos a melhor para a povoação de Beberibe, e se assim é, seria
prejudicial a fazenda, sem grande vantagem para o público, fazer partir a nova
estrada de um ponto aquém dessa encruzilhada, sendo mais conveniente e sobre
tudo mais econômico aproveitar a estrada existente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Quanto a objeção apresentada pelo
nobre 2º Secretário, entende o honrado orador, que não é de absoluta
necessidade o embarreamento da estrada da encruzilhada de Belém até o Recife; e
acredita que o público se contentará perfeitamente com o melhoramento que se
pretende fazer construindo a estrada de Belém até Beberibe, esperando que no
futuro, quando as circunstâncias da Província o permitirem se lhe possa
conceder a vantagem de ter uma estrada perfeita. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado João Ramos</span><span style="color: orange;"> – Ainda insiste
nas suas objeções. É lida e apoiada a seguinte emenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">No Art. 1º - Diga-se – Decretada
quando os cofres Provinciais o comportarem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span>
<span style="color: lime;">Deputado Silveira Lobo</span><span style="color: orange;"> – Havendo
mandado à mesa uma emenda ao 1º artigo do projeto que se acha em discussão,
entendo dever justificá-la, bem que a sua matéria seja simples e de primeira
intuição. Primeiramente eu vejo, Sr. Presidente, que os cofres da Província não
comportam despesas da ordem desta; eu vejo os embaraços com que luta todo o
país, vejo que não podemos meter em grandes obras, vejo finalmente que as
autorizações desta ordem podem dar lugar a graves abusos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Ora, como para mim todos os
administradores tem abusado, como entendo que de qualquer autorização, seja
qual for a sua forma, se pode abusar quando se quer proteger a um afilhado, o
que é muito trivial nesta época de corrupção e imoralidade, eu pela minha parte
desejo evitar o abuso. ( este pronunciamento, causou um grande tumulto e
protestos no plenário)...Quanto a mim, Sr. Presidente, desconfio de todos os
presidentes, todos, para mim, são maus enquanto não provarem que são
bons...(mais reclamações diante das palavras inflamadas do deputado Silveira
Lobo)...inverto para eles os princípios de direito. Depois dos horrores
administrativos do Sr. Domingos de Souza Leão...(os deputados João Ramos e
Buarque ficaram bastantes irritados e protestaram, outros aplaudiram e apoiaram
o discurso. Domingos de Souza Leão, pelo qual o deputado Silveira Lobo acusou-o
de corrupto, era conhecido por Barão de Vila Bela, pertencia ao Partido
Liberal, foi Presidente da Província de Pernambuco entre 1º de dezembro de 1864
a 25 de janeiro de 1865)...Silveira Lobo prosseguiu: ...depois dos horrores
eleitorais que presenciei, eu tenho o direito de não acreditar em administrador
algum por mais mansas que sejam suas palavras. (houveram vários apartes,
principalmente por parte dos parlamentares do Partido Liberal que se irritaram
e protestaram bastantes). </span><span style="color: orange;">Depois, Sr. Presidente, eu vejo
mais no projeto autorização para contratar com este ou com aquele.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado João Ramos</span><span style="color: orange;"> – (Irritado)
Daqui por diante não se pode fazer mais nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silveira Lobo</span><span style="color: orange;"> – Mas que
inconveniente acham os nobres deputados em adaptar a emenda que apresentei?
Pretendem que se faça a estrada não obstante a Província não comportar
semelhante despesa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado não identificado</span><span style="color: orange;"> – Não
havendo dinheiro, não se faz obra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silveira Lobo</span><span style="color: orange;"> – Pode o
Presidente lembrar-se de contrair empréstimos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado não identificado</span><span style="color: orange;"> – Não
sucedeu ainda isto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silveira Lobo</span><span style="color: orange;"> – Tem sucedido
milhares de vezes; o que não se sucedesse, são escrúpulos meus, e eu entendo
que os nobres deputados devem respeitar; acompanhem-me, se quiserem, ou deixem
de me acompanhar. Eu tenho razão para ser desconfiado, e se já o era com
relação as autorizações amplas dada pela Assembleia à Presidência, no tempo em
que não tinha a menor razão de suspeitar de seu procedimento, quanto mais hoje?
...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">O
Presidente</span><span style="color: orange;"> – Peço ao nobre deputado que se cinja a matéria em discussão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silveira Lobo</span><span style="color: orange;"> –
Perdoe-me V. Exª; eu posso dá razão do meu voto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">O Presidente</span><span style="color: orange;"> – Já deu por duas
vezes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silveira Lobo</span><span style="color: orange;"> – Posso
dá-la terceira e quarta, e o presidente não pode proibir isto, não pode
privar-me de expender as minhas ideias pelo modo porque eu julgar
conveniente. Posso falar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do Sr. Souza
Leão, no Sr. Castelo Branco e em todos os presidentes que me parecer. Já falei
da emenda devo também dizer alguma coisa<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>com relação ao resto do artigo. Eu vejo opiniões diversas à respeito da
direção da estrada, eu creio que duas emendas existem neste sentido. Confesso
ingenuamente que a este respeito devo me guiar pelas informações dos nobres
deputados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">O nobre deputado 2º Secretário
declarou-se incompetente para dar informações à cerca desses lugares, e pedem
esclarecimentos, ao passo que outros declaram falar com conhecimento de causa.
Eu entendendo também a que no projeto se acha uma autorização ilimitada,
podendo partir a estrada deste ou daquele ponto, conforme queira também
proteger a este ou aquele indivíduo, porque o sistema de patronato é seguido em
alta escala nesta nossa sociedade corrompida, atendendo a isto e vendo que há
maior número de opiniões<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com relação a
emenda apresentada pelo nobre<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>deputado
do 3º distrito, votarei pela emenda do nobre deputado, mas votarei contra o
artigo se não for adaptada a minha emenda, porque entendo que a Província não
comporta despesas tais agora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado José Eustáquio Jacobina</span><span style="color: orange;">
– Remeto a mesa o seguinte requerimento que é apoiado. Requeiro o adiamento do
projeto, e que seja remetida<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a comissão
de Obras Públicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span>
<span style="color: lime;">Deputado Nabor Carneiro</span><span style="color: orange;"> – Ainda
insiste<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em suas opiniões já emitidas em
favor do projeto e contra a emenda, concluindo por mandar a mesa o seguinte
requerimento: Requeiro que seja nomeada uma comissão especial de três membros,
e da qual devam fazer parte os profissionais afim de procedendo-se a um exame
topográfico, e tendo em vista a economia dos cofres públicos, dê uma informação
exata sobre a divergência que há no ponto de partida da estrada em questão,
segundo as designações do projeto e da emenda; outrossim<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>requeiro o adiamento da discussão até que
cheguem a casa as informações indicadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Encerrada a discussão é aprovado o
requerimento do Sr. Deputado Jacobina, prejudicado o do Sr. Deputado Nabor,
ficando as emendas adiadas até que o projeto volte a comissão a que vai ser
remetido. (Finalizou).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTtbLCWz-bjf6HlKxTKZbyTuZy-WLTpo00ilEbcP_LImhWAzMDcEAlpZiRzxiaI9fRDKwuXdfZ1V2EhsXGZjMhiXFioDhLqSTonXfMZpB_lVjHsZj4gjSwTTjjmj7oMpVAStxGsGnqE09t/s1600/IMG_20190923_235553398_HDR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="945" data-original-width="1600" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTtbLCWz-bjf6HlKxTKZbyTuZy-WLTpo00ilEbcP_LImhWAzMDcEAlpZiRzxiaI9fRDKwuXdfZ1V2EhsXGZjMhiXFioDhLqSTonXfMZpB_lVjHsZj4gjSwTTjjmj7oMpVAStxGsGnqE09t/s320/IMG_20190923_235553398_HDR.jpg" width="320" /></a></div>
<b><span style="color: lime;">Estação de trem da Encruzilhada, de onde começou a ser aberta a Estrada Nova de Beberibe. </span><span style="color: orange;">Foto: Allen Morrison</span></b><br />
<span style="color: orange;"><br /></span>
<span style="color: orange;">Paço da Assembleia Legislativa
Provincial de Pernambuco, em 24 de março de 1865.</span><span style="color: lime;"> Publicado</span><span style="color: orange;"> no extinto “Jornal
do Recife” de 28 de março de 1865.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Continua a </span><span style="color: lime;">segunda discussão</span><span style="color: orange;">
adiada do Projeto Nº 36 de 1864, que autoriza a fatura de uma estrada para Beberibe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 1º</span><span style="color: orange;"> Fica decretada a abertura
de uma estrada de 60 palmos de largura e em linha mais reta possível, a começar
do lugar denominado Bomba da estrada da João de Barros, Freguesia da Boa Vista,
e a terminar em qualquer ponto dos lugares Bomba e Beco do Fundão da estrada de
Beberibe, aproximando-se o mais possível da povoação deste nome.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">É aprovado o artigo com a
seguinte emenda da comissão de obras públicas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Em vez de começar do lugar
denominado Bomba – Diga-se: a começar da encruzilhada de Belém, seguindo a
direção mais conveniente para terminar entre a Estrada da Boiada e o Beco do
Fundão. (Deputados Soares Brandão, Souto Lima e Gervásio Campello).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 2º</span><span style="color: orange;"> Fica igualmente decretado
o embarreamento da atual Estrada de Beberibe, a começar do ponto denominado
Jacaré, até o referido Beco do Fundão, bem como uma ponte, que dê passagem dos
terrenos daquém para os terrenos dalém<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>do alagado denominado Água Fria, por onde tem de passar a referida
estrada, não devendo o ponto escolhido para a mesma ponte apartar-se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mais de 300 braças (equivalente a 660 metros)
do ponto de reunião do referido alagado com o pântano de Olinda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">É rejeitada e aprovada a seguinte
emenda da mesma comissão: Suprima-se o Art. 2º<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 3º</span><span style="color: orange;"> O Presidente da Província
fica autorizado a contratar as referidas obras com quem por menos fizer, e
melhores vantagens e condições oferecer, ficando para isto consignada a quantia
de 40:000$000 (quarenta contos de réis) e a de mais de 10:000$000 (dez contos
de réis) se for necessário proceder-se à mais de três desapropriações para
complemento da obra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Entra também em discussão esta
emenda da mesma comissão:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">O Art. 3º</span><span style="color: orange;"> substitua-se pelo
seguinte: o Presidente da Província fica autorizado a despender até a quantia
de 12:000$000 (doze contos de réis) com esta obra, podendo aplicar a sobra que
houver no orçamento se for superior a esta quantia, ao empedramento da estrada
de João de Barros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">O Sr. Deputado Francisco Amyntas
remeta à mesa a seguinte emenda que é apoiada:<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>E mais 2:000$000 (dois contos de réis) para embarreamento da estrada da
João de Barros. Solicitação feita pelo deputado Carvalho Moura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Gervásio Campello</span><span style="color: orange;"> –
Justifica o parecer da comissão de obras públicas que propôs as emendas
oferecidas ao projeto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silva Ramos</span><span style="color: orange;"> – Sr. Presidente,
vejo-me obrigado insistir ainda no que disse<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>quando pela primeira vez tratei deste projeto. Eu observei então, Sr.
Presidente, que sendo a única dificuldade que se encontra para o trânsito na
atual estrada de Beberibe as areias de Água Fria, uma vez mandada embarrear
essa parte da estrada...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Um </span><span style="color: lime;">deputado </span><span style="color: orange;">aqui </span><span style="color: lime;">não identificado</span><span style="color: orange;">
fala: - Com a nova estrada não precisa mais passar por Água Fria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Deputado Silva Ramos - ...então
as viagens para Beberibe serão muito cômodas, muito suaves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Disse eu também, que abrindo-se a
estrada à partir de qualquer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos dois
pontos, que designava quer o projeto quer a emenda que lhe foi oferecida, sendo
um ponto da estrada de João de Barros, e o outro da estrada de Belém, não
descobria nisso a menor vantagem porque íamos despender com desapropriações uma
grande soma, entretanto, que pouco se encurtava a estrada, ficando ainda a
parte da estrada de João de Barros que também tem muita areia que dificulta o
trânsito. Então, Sr. Presidente, foi-me dito que na estrada de João de Barros
não havia areias, que o trânsito era muito fácil, o que não pude admitir,
porque tendo passado ali muitas vezes em carro, vejo a dificuldade que há em
atravessar essas areias, e por consequência, sustentei que não se lucrava em
mandar abrir uma estrada desses pontos para Beberibe. Disse-se me, que não era
necessário o embarreamento da estrada de João de Barros, mas hoje vejo uma
emenda na casa que comprova que eu tinha muita razão quando impugnava o
projeto, dizendo que a abrir-se essa estrada, era necessário fazer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o embarreamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Não posso portanto deixar de
votar contra a emenda e contra o projeto, porque a querer-se melhorar as
condições da viagem para Beberibe, considero que a coisa era muito simples; e o
nobre deputado que é pessoa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>competente
talvez me possa responder se será necessário despender-se 10:000$000 (Dez
contos de réis) com o embarreamento da estrada de Água Fria, havendo barro tão
próximo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Gervásio Campello</span><span style="color: orange;"> – Não,
mas é muito mais longe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silva Ramos</span><span style="color: orange;"> – Toda vez
que se tirem as areias de Água Fria, ninguém deixa de ir a Beberibe pela
longitude. Quanto será de mais a distância? Será ¼ do caminho?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Soares Brandão</span><span style="color: orange;"> – No
parecer diz que se economiza uma 6ª parte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silva Ramos</span><span style="color: orange;"> – Já se vê
que ninguém deixará de ir por essa estrada pela longitude, entretanto, que a
querer-se construir a estrada para Beberibe, como se pretende no projeto em
discussão, vai fazer-se uma despesa que não é das mais urgentes. Eu desejava
que houvessem estradas abertas para todos os pontos, e estradas muitos
regulares, muito perfeitas, mas já que as não podemos fazer, devemos cuidar
daquelas que nos dão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os cômodos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com menos despesas. Em vez de fazermos a nova
estrada de Beberibe, para onde ainda há muito pouco trânsito, porque não vamos
aperfeiçoar a que já existe ou concluir a de Apipucos, muito mais importante e
de muito maior trânsito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado (Não identificado) </span><span style="color: orange;">– Vão
colocar carris de ferro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Silva Ramos</span><span style="color: orange;"> – Ainda
estão em projeto os carris, e ninguém sabe<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>no que ficarão. Assim eu deixo de estar pelo projeto, por não descobrir
utilidade pública.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Deputado Francisco Amyntas</span><span style="color: orange;"> – Sr.
Presidente, pedi a palavra para fazer uma muito pequena reflexão. Se
tratássemos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do Art. 1º, achava que viria
muito ao caso o que disse<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o nobre deputado
pelo 3º distrito que me precedeu, mas tendo passado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em segunda discussão o 1º artigo do projeto,
acho que é sem cabimento qualquer das razões produzidas na casa. Enquanto a
minha emenda, julgo que esta dispensa qualquer justificação. Uma vez que se
tenha de abrir a estrada de Beberibe, como já foi decretado no Art. 1º, nada
mais conveniente, nada mais razoável do que embarrar-se a estrada de João de
Barros, que não é senão o complemento dessa estrada projetada tanto mais quanto
o que se pede é uma cota muito insignificante. Feitas estas reflexões, eu
entrego a emenda a discussão da casa, e espero que ela decida com for de
justiça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Encerrada a discussão é o artigo
substitutivo aprovado, sendo a emenda rejeitada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 4º</span><span style="color: orange;"> Será criada uma barreira
e colocada no ponto da referida estrada, que mais conveniente parecer para a
cobrança do competente pedágio, devendo este ser regulado pelas leis já
existentes em referência a este imposto; e podendo ser concedido por certo
prazo ao empreiteiro das referidas obras, segundo as condições do contrato. E
aprovado sem debate.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 5º</span><span style="color: orange;"> Revogadas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as disposições em contrário. E aprovado. (Finalizado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2BkMVlK6UPJC1qQ9mVNUPL1VFjJhU9dUjO9myDxVgooDQxA_nHlPUCjhLKxPLVHlw9KQIriVnW26jZBU8utKxwldBMuG1tFxPLYocEPuyoHAj7c5sg3gVPvMyp4S2cstT-Tx-4GXRPjhg/s1600/pte.arruda47.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="575" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2BkMVlK6UPJC1qQ9mVNUPL1VFjJhU9dUjO9myDxVgooDQxA_nHlPUCjhLKxPLVHlw9KQIriVnW26jZBU8utKxwldBMuG1tFxPLYocEPuyoHAj7c5sg3gVPvMyp4S2cstT-Tx-4GXRPjhg/s320/pte.arruda47.jpg" width="318" /></a></div>
<b><span style="color: lime;">Ponte do Arruda sendo construída em concreto em 1947. Foi neste ponto que foi armado uma barreira onde foi cobrado o pedágio durante as obras de abertura da Estrada Nova de Beberibe em 1866. </span><span style="color: orange;">Foto: Alexandre Berzin/Museu da Cidade do Recife.</span></b><br />
<br />
<span style="color: lime;">LEI Nº 626</span><span style="color: orange;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Palácio do Governo Provincial de
Pernambuco, em 16 de maio de 1865.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Antônio Borges Leal Castelo
Branco – Presidente da Província de Pernambuco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Faço saber a todos os seus
habitantes, que a Assembleia Legislativa Provincial decretou e eu sancionei a
resolução seguinte: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 1º</span><span style="color: orange;"> Fica decretada a abertura
de uma estrada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de 60 palmos de largura e
em linha mais reta possível à começar da encruzilhada de Belém seguindo a
direção mais conveniente para terminar junto ao Beco do Fundão da estrada de
Beberibe, aproximando-se o mais possível da povoação deste nome.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 2º</span><span style="color: orange;"> O Presidente da Província
fica autorizado a despender até a quantia de 12:000$000 (Doze contos de réis)
com esta obra, podendo aplicar a sobra que houver, se o orçamento for inferior
a esta quantia, ao empedramento da estrada de João de Barros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 3º</span><span style="color: orange;"> Será criada uma
barreira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e colocada no ponto da referida
estrada que parecer mais conveniente para a cobrança<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do competente pedágio que será regulado pelas
leis já existentes em referência a este imposto, e podendo ser concedido por
certo prazo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao empreiteiro das referidas
obras, segundo as condições de contrato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art. 4º</span><span style="color: orange;"> Ficam revogadas as
disposições em contrário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Mando, portanto, a todas as
autoridades, a quem o conhecimento e execução da presente resolução pertencer,
que cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O secretário
do governo desta província<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a faça
imprimir, publicar e correr. (Finalizou).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Durante a abertura da Estrada
Nova de Beberibe foi aprovado o Decreto Lei Nº 689 do ano de 1866, autorizando
o empedramento (pavimentação com pedras) de parte da nova avenida. No dia 20 de
maio de 1867, o Presidente da Província de Pernambuco, Domingos de Sousa Leão
(Barão de Vila Bela) sancionou a Lei Nº 713, autorizando a conclusão do
empedramento de toda estrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Após concretizada a abertura da
Estrada Nova de Beberibe em 1867, o engenheiro </span><span style="color: lime;">Antônio</span><span style="color: orange;"> F. R. </span><span style="color: lime;">Sette</span><span style="color: orange;"> depois de
ter seus projetos boicotados por membros da Assembleia Legislativa teceu
críticas a </span><span style="color: lime;">Tibúrcio Magalhães</span><span style="color: orange;">, engenheiro responsável pela abertura da estrada.
Sette comentou:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"> “Seu projeto pecara simplesmente por atender menos as
conveniência públicas, do que o unem, isto é, a salubridade, ventilação,
beleza, aformoseamento das ruas e praça em geral, pois que nele se notarão ruas
profundamente oblíquas, obliquidade sensível, afastamento demasiado da teoria
das perpendicularidades, e conseguintemente do paratelismo, as direções das
estradas públicas, especialmente a nossa Estrada de Beberibe, apresentando<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entretanto, perfeitos retângulos no interior
do perímetro, e que talvez fosse esse o seu primeiro serviço no gênero”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">No dia 11 de maio de 1871, os
trens a vapor, as chamadas</span><span style="color: lime;"> maxambombas</span><span style="color: orange;"> começam a levar passageiros até o Porto
da Madeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">No dia 23 de setembro de 1871 o
trecho que faltava foi concluído e os trens finalmente chegavam ao povoado de
Beberibe. As maxambombas circularam até 1922 quando os bondes elétricos
assumiram o transporte de passageiros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgseA0_XyNK_3mQ7A9H0XXKdH7wgmxV88ir2ArBJ7UJZYVECvsfk3UYOdVzVKYYibr37lSkO3vUNQQmthn_r_Lc-AK-Xj1Uq-h6s3iQ4Vtl-sTK6by2sSzxP-T3GmXMZmbyQxPRUhdRAecV/s1600/beberibe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="512" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgseA0_XyNK_3mQ7A9H0XXKdH7wgmxV88ir2ArBJ7UJZYVECvsfk3UYOdVzVKYYibr37lSkO3vUNQQmthn_r_Lc-AK-Xj1Uq-h6s3iQ4Vtl-sTK6by2sSzxP-T3GmXMZmbyQxPRUhdRAecV/s320/beberibe.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="color: lime;">O bonde elétrico de Beberibe em 1930, passando pela Ponte Santa Izabel, ao fundo, o teatro. </span><span style="color: orange;">Foto: Benício Dias/Fundaj.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Em 26 de julho de 1922, os </span><span style="color: lime;">bondes
elétricos</span><span style="color: orange;"> começam a circular em caráter experimental até Água Fria, e no dia 30
de julho do mesmo ano, a linha de bondes elétricos até o povoado de Beberibe é
oficialmente inaugurada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Os primeiros </span><span style="color: lime;">ônibus</span><span style="color: orange;"> só começaram
a fazer transporte de passageiros pela Avenida Beberibe só em 1944, tendo os
irmãos Mário e Raul Morato sendo um dos pioneiros. Eles criaram a Empresa São
Paulo que tornou-se em uma grande empresa de transporte e que funcionou até
2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Muita gente não sabe, mas </span><span style="color: lime;">a
Avenida Beberibe já teve outro nome</span><span style="color: orange;">. O Conselho Municipal do Recife aprovou a
Lei Nº 475 de 5 de julho de 1907, sancionada pelo prefeito Eduardo Martins de
Barros que dizia o seguinte: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: lime;">Art 1º</span><span style="color: orange;"> - A Estrada de Beberibe,
na Freguesia da Graça, à partir da Encruzilhada até extremar com o município de
Olinda, denominar-se-á Avenida Clementino Tavares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Neste período, Beberibe pertencia
ao município de Olinda, portanto, a partir de Fundão que era distrito de
Beberibe, a estrada permanecia sendo Estrada de Beberibe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">No dia 13 de setembro de 1933,
durante sessão ordinária no Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de
Pernambuco, o historiador e geografo</span><span style="color: orange;">
</span><span style="color: lime;">Mario</span><span style="color: orange;"> Carneiro do Rego </span><span style="color: lime;">Mello</span><span style="color: orange;">, apresentou ao secretário da prefeitura do
Recife, Juvêncio Mariz que representou o prefeito, sua indicação para que a
</span><span style="color: lime;">Avenida Clementino Tavares</span><span style="color: orange;"> tivesse seu nome trocado para </span><span style="color: lime;">“Avenida Beberibe”</span><span style="color: orange;"> e
apresentou o seguinte argumento: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">- A antiga e conhecida estrada de Beberibe deu
a prefeitura, a parte que tocava ao Recife, o nome de rua ou avenida Clementino
Tavares. Como a outra metade, do Fundão para lá, pertencia a Olinda, o nome
recente teve que teve que terminar onde findavam os limites dos dois
municípios. Posteriormente, por uma lei do Congresso, todo o distrito de
Beberibe foi desmemorado de Olinda e incorporado ao Recife. A estrada que parte
da Encruzilhada para Beberibe, numa extensão de cerca de três quilômetros, e
que acaba de receber sensíveis melhoramentos, está oficialmente crismada com
três ou quatro nomes e as casas sem numeração continuada, porque a cada crisma,
corresponde o início de numeração. Tradicionalmente, essa via sempre foi e
continua sendo conhecida em qualquer trecho, como Estrada de Beberibe. Convém,
portanto, respeitar, apoiar e sancionar a tradição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Diante disto, que se solicite ao
prefeito (Antônio de Góis): a) Dar o nome de Avenida Beberibe, a exemplo da de
Caxangá a toda estrada de Beberibe a partir da Encruzilhada numerando-a
seguidamente até a vila (Beberibe); b) Dar ao largo da vila antiga bagaceira do
engenho, o nome de Praça da Convenção. Discutido o assunto, é unanimemente
aprovado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;">Acontece que </span><span style="color: lime;">82 anos depois,</span><span style="color: orange;">
através da Lei Municipal Nº 18.174 de 16 de setembro de 2015, sancionada pelo
prefeito Geraldo Júlio. </span><span style="color: lime;">Modifica o nome da avenida </span><span style="color: orange;">acrescentando um novo termo
para homenagear<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o tradicional clube de
futebol instalado na referida avenida desde 1943 no bairro do Arruda. Sendo
assim, o nome oficial desta via passou a chamar-se Avenida Beberibe Santa Cruz
Futebol Clube, fruto do Projeto de Lei Nº 415/2013 de autoria do vereador
Romarinho Jatobá. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="color: lime;">Por:</span><span style="color: orange;"> Jânio Odon/VOZES DA ZONA
NORTE (DIREITOS RESERVADOS)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="color: lime;">Fonte:</span><span style="color: orange;"> Diário de Pernambuco e
Jornal do Recife.</span></b><span style="color: orange;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Jânio Odon de Alencarhttp://www.blogger.com/profile/09033012276343095046noreply@blogger.com0