Espanha foi superior ao Uruguai e vence na Arena Pernambuco

Andrés Iniesta foi o grande maestro da seleção espanhola e colocou o Uruguai na roda. Foto: Paulo Paiva/Diário de Pernambuco.

16 de junho de 2013 (Domingo)

Movimentação constante, marcação impecável, troca de passes envolvente e objetiva. Um modelo de futebol a ser copiado. Um jogo vencido antes mesmo de a bola começar a rolar. A Espanha, campeã do Mundo e bicampeã da Europa, mostrou em sua estreia na Copa das Confederações os motivos pelos quais é a seleção a ser batida. Na Arena Pernambuco, a Fúria jogou o suficiente para atropelar o atual campeão da América, o Uruguai, no primeiro tempo, administrando a vantagem durante a etapa final. Aos 43, Suárez, que nada fizera até então, acertou uma bela cobrança de falta, fechando o placar em um ilusório 2 a 1.

Mas, pelo que se via e ouvia nas arquibancadas, a Celeste era quem jogava em casa. Apoio justificado pela esmagadora maioria de brasileiros, que têm a certeza do potencial da Espanha. E não era por acaso. Dentro de campo, a Fúria era a dona do jogo. Com um toque de bola envolvente, os europeus circundavam as linhas de marcadores da Celeste, buscando o mínimo espaço. A sensação era de que a qualquer momento, o placar sairia da igualdade. E foi.

Aos 20 minutos, quando os espanhóis detinham 80% da posse de bola e já havia acertado a trave, Fábregas deixou sua marca. Aproveitando o cruzamento mal cortado pela zaga da Celeste, o meia do Barcelona arriscou um chute da meia lua. O desvio de Lugano matou qualquer chance de defesa de Muslera impedir o gol.

A aula continuou. Ainda que num ritmo um pouco menos acelerado, a Espanha seguia dominando as ações. Com uma marcação impecável, abafavam todas as investidas uruguaias. Chance mesmo, só em cobrança de falta e ainda assim, sem grandes riscos para Casillas. A Celeste nem teve tempo de começar a gostar do jogo, quando levou o segundo golpe. Com um toque desconcertante, Fábregas serviu Soldado com maestria. Completamente livre, o atacante do Valência tocou na saída de Muslera, ampliando a vantagem da Fúria.

As circunstâncias talvez justifiquem a mudança no cenário do jogo. Com a vantagem, a Espanha passou a administrar o resultado desde a volta do intervalo. Os uruguaios, entretanto, não pareciam capazes de mostrar qualquer poder de reação. Com seus homens de frente em noite nada inspirada, a Celeste tinha todas as suas investidas frustradas. Um dos piores em campo, Suárez acertou uma bela cobrança no fim da partida.

Gol de honra do Uruguai, marcado por Suaréz. Foto: Victor R. Calvano/AP.

Na próxima rodada, na quinta-feira, a Espanha encara o frágil Taiti no Maracanã, enquanto o Uruguai enfrenta a Nigéria na Fonte Nova.

Espanha
Casillas; Arbeloa, Piqué, Ramos e Alba; Busquets, Iniesta, Xavi (Martinez) e Fábregas (Cazorla); Pedro (Juan Mata), e Soldado. Técnico: Vicente Del Bosque

Uruguai
Muslera; Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Diego Pérez (Forlan), Gargano (Lodeiro), Rodriguez e G.Ramírez (Gonzalez); Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Assistentes: Toshiyuki Nagi (JAP) e Toru Sagara (JAP)
Gols: Fábregas, Soldado (E) e Suárez (U).
Cartões Amarelos: Piqué, Arbeloa (E), Cavani e Lugano (U)
Público: 41.705.

Por: Brenno Costa e Celso Ishigami/Diário de Pernambuco.

MAIS FOTOS DO JOGO: ESPANHA 2 X 1 URUGUAI

Seleção da Espanha na Arena Pernambuco. Foto: Victor R. Calvano/AP.

O segundo gol da Espanha, marcado por Soldado. Foto: Victor R. Calvano/AP.

Torcida pernambucana apoiou o selecionado espanhol. Foto: Marcelo Pereira/Terra.

Uruguaios vibram e pernambucanos demonstram amor aos seus clubes. Foto: Marcelo Pereira/Terra.

A torcida sofreu para assistir ao jogo, transporte caótico, alimentação cara e longas filas para entrar na Arena. Foto: Bobby Fabisak/ Jornal do Commercio- Recife.