O time do acesso: (pé) André Oliveira (encoberto), Tiago Cardoso, Chicão, Jeovânio, Leandro Souza, Dutra e Memo; (agachados): Fernando Gaúcho, Natan, Wesley e Tiago Cunha. |
Foi dramático. E não poderia ter sido diferente. Até o último minuto, foi sofrido, angustiante, de tirar o folêgo. Com o Santa Cruz tinha que ser assim. O empate em 0 a 0 com o Treze, na tarde deste domingo, testemunhada por quase 60 mil tricolores, no Arruda, foi histórica ao mesmo tempo que doída. No coração dos tricolores uma dor que fazia lembrar os anos de decepção. Era impossível não recordar, não temer pelo passado recente. Porém, era a vez do Santa Cruz versão 2011. Diferenciado e diferente. Sem decepção, os "guerreiros corais" deram a vida pelo clube das três cores. E dessa vez, deu certo. O script mudou. Vida nova. Acesso e lágrimas. Felicidade de volta. Agora, a missão é bater o Cuiabá para chegar a final da Série D.
O jogoEmpurrado pela torcida, o Santa Cruz foi melhor desde os primeiros minutos de jogos. Não terminou o primeiro tempo na frente do placar, por pura falta de capricho dos atacantes. Apesar do amplo domínio coral, o teor bruto da partida ficava por conta do nervosismo de ambos os times. Muitos erros de passe, finalização e até de cobranças de bola parada davam a tônica do jogo. Quando a ansiedade diminuiu o Mais Querido começou a se soltar em campo e, pouco a pouco, empurrar os paraibados para a defesa. Aos 11 minutos, o primeiro susto no Galo. Weslley cobrou escanteio na cabeça de Leandro Souza, que testou perto do travessão.
O Treze só veio responder dez minutos depois. O veloz Cléo puxou um contra-ataque rápido, driblou Jeovânio e chutou com força, mas sem perigo. A partir daí só deu Santa Cruz. Aos
Warley, do Treze disputa com Fernando Gaúcho, do Santa. |
Bem postado na defesa, o Tricolor não permitia chegadas com perigo do adversário. Sem conseguir agredir o Santa, o Treze, lentamente, começou perder a cabeça. E foi aí que, simultaneamente, o Santa Cruz começou a ganhar o jogo. Sem nem precisar fazer gol. Só no erro do adversário. Aos 24 minutos, Celico deu um pisão em Jeovânio e foi expulso. Aos 32, foi a vez de Roberto dar um chute em Renatinho e receber o segundo amarelo e também ser expulso. Era o caminho aberto para o Tricolor. Aos 40, após escanteio André Oliveira ainda cabeceou na trave. Com dois a mais em campo, bastou administrar. Ao apito do juiz, a explosão de felicidade. Era o adeus à Série D.
A Torcida tricolor vibra com o acesso a série C |
Santa Cruz 0Tiago Cardoso, Weslley (Renatinho), Leandro Souza, André Oliveira e Dutra; Jeovânio, Chicão, Memo e Natan (Everton Sena); Fernando Gaúcho e Thiago Cunha (Bismarck).
Técnico: Zé Teodoro
Treze-PB 0Lopes; Ferreira, Anderson, André Lima (Vavá) e Celico; Saulo, Fábio Oliveira (Roberto), Cléo e Doda; Chapinha e Warley (Cleiton Cearense).
Técnico: Marcelo Vilar
Local: Estádio do Arruda, no Recife
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Marco Antônio Martins (SC) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Cartões amarelos: Leandro Souza, Dutra e Jeovânio (SC); Fábio Oliveira, André Lima, Chapinha, Roberto, Saulo (T)
Cartões vermelho: Celico e Roberto (T)
Público: 59.966 mil
Renda: R$ 1.010,860
Por: Daniel Leal e Brenno Costa (Diário de Pernambuco/ Superesportes. Fotos: Ricardo Fernandes)
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