segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Santa Cruz empata com o Treze e deixa a Série "D" do Brasileirão

O time do acesso: (pé) André Oliveira (encoberto), Tiago Cardoso, Chicão, Jeovânio, Leandro Souza, Dutra e Memo;
(agachados): Fernando Gaúcho, Natan, Wesley e Tiago Cunha. 

Foi dramático. E não poderia ter sido diferente. Até o último minuto, foi sofrido, angustiante, de tirar o folêgo. Com o Santa Cruz tinha que ser assim. O empate em 0 a 0 com o Treze, na tarde deste domingo, testemunhada por quase 60 mil tricolores, no Arruda, foi histórica ao mesmo tempo que doída. No coração dos tricolores uma dor que fazia lembrar os anos de decepção. Era impossível não recordar, não temer pelo passado recente. Porém, era a vez do Santa Cruz versão 2011. Diferenciado e diferente. Sem decepção, os "guerreiros corais" deram a vida pelo clube das três cores. E dessa vez, deu certo. O script mudou. Vida nova. Acesso e lágrimas. Felicidade de volta. Agora, a missão é bater o Cuiabá para chegar a final da Série D.
O jogo
Empurrado pela torcida, o Santa Cruz foi melhor desde os primeiros minutos de jogos. Não terminou o primeiro tempo na frente do placar, por pura falta de capricho dos atacantes. Apesar do amplo domínio coral, o teor bruto da partida ficava por conta do nervosismo de ambos os times. Muitos erros de passe, finalização e até de cobranças de bola parada davam a tônica do jogo. Quando a ansiedade diminuiu o Mais Querido começou a se soltar em campo e, pouco a pouco, empurrar os paraibados para a defesa. Aos 11 minutos, o primeiro susto no Galo. Weslley cobrou escanteio na cabeça de Leandro Souza, que testou perto do travessão.
O Treze só veio responder dez minutos depois. O veloz Cléo puxou um contra-ataque rápido, driblou Jeovânio e chutou com força, mas sem perigo. A partir daí só deu Santa Cruz. Aos 23, a primeira grande chance do jogo com Natan. O meio-campista invadiu a área, driblou o zagueiro e soltou uma bomba em cima do goleiro. Aos 32, a melhor chance tricolor. Thiago Cunha recebeu lançamento, driblou o marcador e, precipitado, chutou em cima do goleiro. O atacante ainda poderia ter avançado mais porque estava sozinho. Errou. Seria a última boa chance do primeiro tempo.

Warley, do Treze disputa com Fernando Gaúcho, do Santa.
Os 45 minutos da glória, o Santa Cruz voltou no mesmo nervosismo apresentado no começo do jogo. Nervosismo que os paraibanos deixaram no vestiário. Mais incisivos no ataque, o Treze partiu para o abafa. Pressão nos corais. A primeira boa chance surgiu logo aos quatro minutos. Chapinha fez a festa na defesa coral e chutou de fora da área. A bola passou no pé da trave direita. A torcida coral chegou a fazer um silência ensurdecedor no estádio. O Galo seguia melhor em campo, porém não conseguia finalizar com eficiência. Aos 11, Celico cruzou e Cléo tentou o chute, mas o goleiro Tiago Cardoso travou na hora.
Bem postado na defesa, o Tricolor não permitia chegadas com perigo do adversário. Sem conseguir agredir o Santa, o Treze, lentamente, começou perder a cabeça. E foi aí que, simultaneamente, o Santa Cruz começou a ganhar o jogo. Sem nem precisar fazer gol. Só no erro do adversário. Aos 24 minutos, Celico deu um pisão em Jeovânio e foi expulso. Aos 32, foi a vez de Roberto dar um chute em Renatinho e receber o segundo amarelo e também ser expulso. Era o caminho aberto para o Tricolor. Aos 40, após escanteio André Oliveira ainda cabeceou na trave. Com dois a mais em campo, bastou administrar. Ao apito do juiz, a explosão de felicidade. Era o adeus à Série D.


A Torcida tricolor vibra com o acesso a série C
 Ficha do jogo - 16/Out/2011

Santa Cruz 0
Tiago Cardoso, Weslley (Renatinho), Leandro Souza, André Oliveira e Dutra; Jeovânio, Chicão, Memo e Natan (Everton Sena); Fernando Gaúcho e Thiago Cunha (Bismarck).
Técnico: 
Zé Teodoro

Treze-PB 0
Lopes; Ferreira, Anderson, André Lima (Vavá) e Celico; Saulo, Fábio Oliveira (Roberto), Cléo e Doda; Chapinha e Warley (Cleiton Cearense).
Técnico:
 Marcelo Vilar

Local: 
Estádio do Arruda, no Recife
Árbitro:
 Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes:
 Marco Antônio Martins (SC) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Cartões amarelos:
 Leandro Souza, Dutra e Jeovânio (SC); Fábio Oliveira, André Lima, Chapinha, Roberto, Saulo (T)
Cartões vermelho:
 Celico e Roberto (T)
Público:
 59.966 mil
Renda:
 R$ 1.010,860

Por: Daniel Leal e Brenno Costa (Diário de Pernambuco/ Superesportes. Fotos: Ricardo Fernandes)

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