José Domingos de Morais, o
Dominguinhos, nasceu em Garanhuns, em 12 de fevereiro de 1941. Foi um
instrumentista, cantor e compositor brasileiro. Exímio sanfoneiro, teve como mestres nomes como Luiz Gonzaga e
Orlando Silveira. Teve em sua formação musical influências de baião,bossa nova,
choro, forró, xote e jazz.
Oriundo de família humilde, seu
pai, mestre Chicão, era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas.
Dominguinhos interessou-se por música desde cedo, começando a aprender sanfona
com seis anos de idade, quando ganhou um pequeno acordeão de oito baixos e
chegou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum
dinheiro junto com seus dois irmãos, com quem formava o trio Os Três
Pingüins. Praticava o instrumento por horas a fio, e logo tornou-se proficiente
nas sanfonas de 48, 80 e 120 baixos, e acabou por tornar-se músico profissional
ainda garoto.
Dominguinhos com o mestre Luiz Gonzaga.
O INÍCIO
Em 1950, aos nove anos de idade,
conheceu Luiz Gonzaga quando tocava na porta do hotel em que este estava
hospedado. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o
convidou a ir ao Rio de Janeiro. Dominguinhos o fez em 1954, então com treze
anos de idade, acompanhado do pai e dos dois irmãos, indo morar em Nilópolis. Ao encontrar-se com Luiz Gonzaga no Rio, este
deu-lhe de presente uma sanfona e o integrou à sua equipe de músicos, e
Dominguinhos passou a fazer shows pelo Brasil e participar de gravações. Em uma
dessas viagens, em 1967, conhece a cantora de forró Anastácia (nome
artístico de Lucinete Ferreira), com quem se casa e forma uma parceria
artística que duraria onze anos. Dominguinhos já tinha um filho, Mauro, nascido
em 1960 de seu primeiro casamento. Em 1976, Dominguinhos conhece a também
cantora Guadalupe Mendonça, seu terceiro casamento, do qual nasceria uma filha,
Liv.
Separaram-se, mas mesmo após a separação, os dois mantiveram a amizade até a morte do cantor.
Separaram-se, mas mesmo após a separação, os dois mantiveram a amizade até a morte do cantor.
A sua integração à equipe de
músicos de Luiz Gonzaga fez com que ganhasse reputação como músico e arranjador e
ele aproximou-se de músicos do movimento bossa nova. Fez trabalhos junto a inúmeros músicos de
renome, como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elba e Toquinho, e eventualmente
acabou por consolidar uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais
diversos como bossa nova, jazz e pop.
A DOENÇA
No fim de 2012, Dominguinhos teve
problemas relacionados à arritmia cardíaca e infecção respiratória e foi
internado no Recife, sendo posteriormente transferido para o Hospital
Sírio-Libanês em São Paulo. Os médicos informaram que o cantor não deverá
mais retornar do coma em que se encontra.
Apesar das declarações feitas por
seu filho, Dominguinhos está minimamente consciente e apresenta leve quadro de
melhora.
Em 13 de julho, o cantor deixou a
UTI, mas ainda permaneceu internado, com quadro considerado estável.
Dominguinhos estava internado no
hospital Sírio-Libanês em São Paulo e morreu às 17h50 do dia 23 de julho de
2013 após sofrer complicações infecciosas e cardíacas. O músico morreu após
perder uma batalha que durou seis anos contra um câncer de pulmão. Dominguinhos foi sepultado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife.
Luiz Gonzaga, Guadalupe (esposa), Dominguinhos e Genival Lacerda.
OS PRÊMIOS
Em 2002, Dominguinhos foi
vencedor do Grammy Latino com o CD Chegando de Mansinho.
Após cinco anos sem lançar um
trabalho solo, Dominguinhos voltou em 2006 a gravar pela Eldorado na qual Conterrâneos 2006,
agraciado no Prêmio TIM (2007) na categoria Melhor Cantor Regional.
Em 2007, Dominguinhos, concorreu
ao 8º Grammy Latino com mesmo álbum na categoria melhor disco regional.
Em 2008, Dominguinhos foi o
grande homenageado do Prêmio Tim de Música Brasileiro.
Em 2010, foi o vencedor do Prêmio
Shell de Música 2010.
DISCOGRAFIA:
O primeiro disco em 1964 |
1964 – Fim de Festa
1965 – Cheinho de Molho
1966 – 13 de Dezembro
1973 – Lamento de Caboclo
1973 – Tudo Azul
1973 – Festa no Sertão
1974 – Dominguinhos e Seu
Acordeon
1975 – Forró de Dominguinhos
1976 – Domingo, Menino
Dominguinhos
1977 – Oi, Lá Vou Eu
1978 – Oxente Dominguinhos
1979 – Após Tá Certo
1980 – Quem me Levará Sou Eu
1981 – Querubim
1982 – A Maravilhosa Música
Brasileira
1982 – Simplicidade
O sexto disco, em 1973 |
1982 – Dominguinhos e Sua
Sanfona
1983 – Festejo e Alegria
1985 – Isso Aqui Tá Bom
Demais
1986 – Gostoso Demais
1987 – Seu Domingos
1988 – É Isso Aí! Simples
Como a Vida
1989 – Veredas Nordestina
1990 – Aqui Tá Ficando Bom
1991 – Dominguinhos É Brasil
1992 – Garanhuns
1993 – O Trinado do Trovão
1994 – Choro Chorado
1994 – Nas Quebradas do
Sertão
1995 – Dominguinhos É
Tradição
1996 – Pé de Poeira
1997 – Dominguinhos &
Convidados Cantam Luiz Gonzaga
1998 – Nas Costas do Brasil
1999 – Você Vai Ver o Que É
Bom
2001 – Dominguinhos Ao Vivo
2001 – Lembrando de Você
2002 – Chegando de Mansinho
2004 – Cada um Belisca um
Pouco (com Sivuca e Oswaldinho do Acordeon, Biscoito Fino)
2005 – Elba Ramalho &
Dominguinhos
2006 – Conterrâneos
2007 – Canteiro (participação
especial no CD de Margareth Darezzo)
2008 – Yamandu +
Dominguinhos
O CD "Sem limites", um dos últimos trabalhos.
MAIS FOTOS DE DOMINGUINHOS
Anastácia e Dominguinhos em 1976, na gravação do "Som Brasil".
O filho do primeiro casamento, Mauro, com Dominguinhos. Desse casamento, nasceu também, Madalena que faleceu aos 30 anos. Foto: Blog Play, de Carolina Santos.
A cantora de forró, Anastácia (segunda esposa, conviveu por 10 anos).
Guadalupe (terceira esposa, conviveu com ele por 20 anos) e a filha, a cantora Liv Morais. Foto: Blog Play, de Carolina Santos.
Parceria com Elba Ramalho.
Dominguinhos e o forrozeiro Santana.
Fonte: Jornal do Commercio,O
Nordeste, Dicionário Cravo Albin e G1.
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