26 de maio de 2015
Durante uma discussão na
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre a violência no interior do
Estado, o deputado Joel da Harpa (PROS), que é policial militar, defendeu que o
programa Pacto Pela Vida, do Governo de Pernambuco, deixe de contabilizar como
crimes violentos letais intencionais (CVLI) a morte de criminosos durante ações
da polícia.
“Bandido que troca tiro com a
polícia tem que morrer mesmo”, defendeu no plenário da Casa. Ele também chamou
os criminosos de “marginais”. Entre janeiro e abril deste ano, o Pacto Pela
Vida registrou 1.304 assassinatos em Pernambuco. O número é 11% superior ao de
2014.
Ao discursar logo após Joel, a
deputada Teresa Leitão (PT) disse que o Estado tem o papel de defender as
pessoas e não de matar.
Tanto Joel, quanto Teresa fizeram
apartes ao discurso do deputado Álvaro Porto (PTB), que criticou o assassinato
do vereador Reginaldo Falcão, em São João (Agreste), e o sequestro-relâmpago do
vice-prefeito da cidade vizinha de Angelim, Josemir Miranda.
O deputado Romário Dias (PTB),
que também comentou o pronunciamento, alfinetou o governo ao dizer que a
questão talvez resultasse na contratação de uma consultoria.
Recentemente, o Governo do Estado
anunciou a contratação de uma consulturia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para
avaliar o contrato da Arena Pernambuco e sinalizou com a possibilidade de uma
outra consultoria para analisar o Pacto Pela Vida.
Ao final da sessão, no tempo
destinado exclusivamente às lideranças, o líder do Governo, Waldemar Borges
(PSB), reagiu dizendo que a violência não pode ser vista de forma isolada e
criticando a “omissão” do governo federal com a fiscalização das fronteiras
brasileiras, permitindo a entrada do crack no País.
“Não sou de ficar nessa disputa
do governo federal e estadual”, assegurou Waldemar no discurso.
Por: Paulo Veras/
Jornal do Commercio
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