O timaço do Tramways, campeão invicto do Campeonato Pernambucano de 1936, do artilheiro Bermudes (3º) e do craque uruguaio Furlan (com a bola) e demais jogadores, goleiro Zé Miguel, Domingos, Moacir, Zezé, Paizinho, Alcides, Chinês, Quetreco e Olívio. Tinha ainda, o goleiro Rubinho, Faustino, Carreiro, Raul, Jorge e Sopinha. (A formação acima, não está de acordo com a foto). Foto: Diário da Manhã/Cepe.
GRANDES ACONTECIMENTOS DE 1936:
10/1- Vicente Rao, ministro da justiça, forma a comissão de repressão ao
comunismo; Fevereiro: “Pierrô Apaixonado” de Heitor dos Prazeres e Noel Rosa, e
“Mamãe eu quero”, de Jararaca e Vicente Paiva, fazem sucesso no carnaval; 5/3-
Presos Júlio Prestes e Olga Benário (entregue a Gestapo); 15/3- Graciliano
Ramos e 115 outros presos políticos do Nordeste são trazidos ao Rio de Janeiro;
21/3- O Congresso sob pressão militar, aprova o estado de guerra e suspensão
dos direitos civis; 30/3- O Senado aprova o uso do estado de guerra; Março:
Eleições parciais. Os Integralistas fazem 24 prefeitos e 500 vereadores; 17/6-
O general Franco inicia a Guerra Civil Espanhola, causando a morte de 500 mil
pessoas; 8/9- Criado o Tribunal de Segurança Nacional; Inaugurada a Rádio
Nacional do Rio de Janeiro; 9/11- A polícia do Ceará expulsa do sítio do Caldeirão, Juazeiro, 2 mil fiéis
do beato José Lourenço, destrói casas e roças; 27/11- Nasce numa prisão alemã
Anita Leocádia, filha de Júlio Prestes. A mãe, Olga Benário, é executada;
Primeira transmissão regular de TV, na Inglaterra; Vicente Celestino grava “O
Ébrio”; Charles Chaplin filma “Tempos Modernos”.
Combinado de Caruaru que enfrentou o Vasco da Gama (RJ), formado por jogadores do Central e Sport Club Caruaru. Foto: Diário de Pernambuco.
VASCO DA GAMA JOGA NO RECIFE E EM
CARUARU PELA PRIMEIRA VEZ: A convite da Associação dos Cronistas Desportivos de
Pernambuco (ACDP), a equipe do Vasco da Gama que neste ano havia sido campeão
carioca pela Federação Metropolitana de Desportos, já que no Rio de Janeiro,
houve dois campeões, o outro, foi o Fluminense, que sagrou-se campeão pela Liga
carioca, veio para o Recife, para jogar quatro amistosos antes do início do
Campeonato Pernambucano, onde destacaram-se,
as vitórias vascaína sobre o Náutico por 5 a 1, e sobre o Santa Cruz por 6 a 2.
Depois dos amistosos em Recife, a direção do Vasco da Gama recebeu um novo convite,
desta vez, para jogar em Caruaru. Graças ao prestígio do industrial, Pedro de
Souza, nascido na terra de Vitalino, e que era sócio do time de São Januário,
já que tinha negócios no Rio de Janeiro. Numa segunda-feira, 6 de abril de
1936, a comitiva vascaína deixa o Recife rumo a Caruaru, em vários automóveis
para enfrentar 124 quilômetros de terra batida e irregular, pois, não existia
ainda, as BRs, que só começaram a serem construídas nos anos 50. A comitiva fez
uma rápida parada em Vitória de Santo Antão para uma breve refeição. Enquanto
isso, em Caruaru, a euforia tomou conta da população, que a princípio, achou
que tratava-se de boato. A chegada do Vasco da Gama em Caruaru foi apoteótica,
a multidão acompanhou a delegação de São Januário até a prefeitura, onde foram
recepcionados com festa e foguetório, depois, seguiram para o hotel. Três horas
depois, a delegação seguiu até o Campo do Central Parque, para enfrentar o
Combinado Caruaruense formado por jogadores do Central e do Sport Club Caruaru.
Para a torcida local, as opiniões eram em torno do placar, todos acreditavam
numa goleada do Vasco: 5 a 0, 6 a 0, até 10 a 0. Tudo porque, o combinado era
formado por jogadores amadores, o principal jogador que foi o destaque do
amistoso, Tutu, era um alfaiate de ofício, além do mais, as equipes da capital
foram goleadas. Quem esperou um jogo fácil para o Vasco da Gama, se enganou
redondamente, pois, o Combinado, jogou de igual para igual com o time carioca.
O Vasco da Gama abriu o placar através do atacante Nena. Mas o Combinado não se
abateu e partiu para cima do Vascão. E
quando Tutu, recebeu uma bola, matou no peito e chutou no ângulo da baliza
do goleiro Rey, do Vasco, a torcida caruaruense foi ao delírio. Parecia ser o
gol de empate, no entanto, o árbitro, Osvaldo Kraff, que veio com a delegação
carioca, viu um toque de mão no lance. A anulação do gol, provocou uma grande
revolta, que por pouco, não ocasionou uma invasão de campo pela torcida. O
árbitro encerrou a partida quando ainda faltavam dez minutos, alegando falta de
visibilidade, já que escureceu e não havia iluminação entorno do campo. Houve
muitos xingamentos e vaias contra o árbitro. Há de se levar em conta, que a
equipe vascaína estava bastante cansada por causa da viagem. Toda a renda do
jogo, foi destinada à obra do Hospital São Sebastião de Caruaru. O Vasco da
Gama alinhou com: Rey; Poroto e Itália; Oscarino, Zarzur e Gringo; Orlando,
Ladislau, Nena, Kuko e Luna. O Combinado Caruaruense, jogou com: Piancó;
Teonilo e Neco; Joaquim, Otoniel e Tinguinho; Piloto, Amâncio, Tutu, Zuza e Zé
de Nane.
Delegação do Central que veio de Caruaru jogar um amistoso com o Tramways, campeão pernambucano. O Central venceu por 4 a 3 e foi recebido com festa na terra de Vitalino.
CENTRAL VENCE O CAMPEÃO: No dia
16 de setembro de 1936, com o Campeonato Pernambucano em andamento, o
presidente do Central de Caruaru, Pedro Victor de Albuquerque, através de um
convite da diretoria do Tramways Sport Club, trouxe a equipe Centralina para um
amistoso contra aquele que seria o campeão pernambucano, de forma invicta. O
Central desembarcou na estação de trens do Recife, num vagão da Great Western.
Os jornais recifenses deram grande destaque ao jogo, e elogiavam os
centralinos, analisando-o, como uma equipe bastante difícil para as pretensões
do Tramways, sem tirar o favoritismo do elétrico, que vinha arrasador no
campeonato, sem perder para ninguém. A
verdade, é que aos 20 minutos do primeiro tempo, o Tramways já vencia os
centralinos por 2 a 0, mas antes de encerrar a primeira etapa, Tutu, diminuiu
para o Central. No segundo tempo, aconteceu o que poucos acreditavam, o Central
virou o placar e venceu o jogo por 4 a 3. Diretores e jogadores se abraçaram em
campo, muitos choravam. A chegada da delegação em Caruaru, na estação de trem,
foi com muita festa, bandas de música, corso, e muita queima de fogos. O
prefeito decretou feriado municipal para que a torcida pudesse comemorar a
grande façanha centralina. Muitos torcedores gritavam: “É campeão, é campeão
pernambucano”.
13/9/1936- O craque pernambucano Artur Carvalheira (o último agachado) pousando com os craques do Fluminense- RJ, na histórica foto. Artur foi o primeiro jogador pernambucano a jogar em uma equipe do sudeste, jogou contra o Flamengo no empate em 1 a 1, rejeitou o bicho de 100 réis e voltou para jogar pelo Clube Náutico Capibaribe. Foto: Diário de Pernambuco/Blog do Roberto.
ARTUR CARVALHEIRA DEVOLVE
PREMIAÇÃO AO FLUMINENSE: Em setembro, quando o campeonato ainda estava em
andamento, chegava do Rio de Janeiro, um telegrama enviado a diretoria do Clube
Náutico Capibaribe, através do Sr. Antônio Vicente Filho, do Fluminense,
solicitando o embarque imediato do meio-campista timbu, Artur Carvalheira,
considerado pelos desportistas pernambucanos, o melhor futebolista de
Pernambuco. A notícia espalhou-se pela cidade, enchendo de orgulho os torcedores alvirrubros. Artur Carvalheira
embarcou muito empolgado e satisfeito, ainda mais, por ser o primeiro jogador
pernambucano a sair de Pernambuco para jogar no sudeste do país, pelo
Fluminense, um clube de um centro futebolístico mais evoluído contra um
poderoso Flamengo, que tinha no time, o goleiro Yustrich e o diamante negro, Leônidas,
um dos maiores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos. O fato é que
Artur Carvalheira fez uma grande apresentação e foi muito elogiado pela
imprensa carioca, sendo inclusive responsável pelo gol de empate do Fluminense,
quando foi derrubado dentro da área flamenguista. O jogo foi realizado em 13 de
setembro e terminou empatado em 1 a 1. Pelo empate, Artur Carvalheira recebeu
100 mil réis, como premiação (bicho), mas, para surpresa de todos, ele não quis
receber o dinheiro e devolveu ao Fluminense. A diretoria do clube carioca
considerou a atitude de Artur, um gesto nobre.
Com menos de uma semana no Rio de
Janeiro, ele começava a se decepcionar com os novos colegas e o ambiente boêmio
que o cercava, onde só se falava em bichos e farras, muito diferente do
ambiente vivido nos Aflitos, altamente amadorístico. A verdade é que Artur
Carvalheira não quis se profissionalizar e retornou ao Recife em 28 de setembro
de 1936, desembarcando do navio Oceania, no Cais do Porto, sendo recebido com
muita festa e celebração. Artur, revelou ter recebido convite do clube carioca
para assinar contrato profissional, porém recusou porque não queria mesmo fazer
do futebol profissão.
O 22º CAMPEONATO PERNAMBUCANO DE
FUTEBOL, contou com nove participantes, todos do Recife, com jogos de
ida e volta. A abertura do campeonato aconteceu com a realização do 18º
Torneio-Início, envolvendo todas as equipes no Campo da Jaqueira, que pertenceu
ao América-PE e que foi comprado pelo Tramways, neste ano. A decisão do torneio
foi entre América e Santa Cruz, que empataram em 2 a 2. Como o América teve o
maior número de escanteios a seu favor, um a mais que o tricolor, foi
considerado o campeão. O Campeonato Pernambucano começou em 10 de maio e encerrou em 24 de outubro.
Escudo do Tramways |
Tramways Sport Club, fundado em
23 de abril de 1934, no bairro da Torre, foi o campeão invicto e a grande
surpresa do campeonato, sobrou em campo, teve o melhor ataque, a melhor defesa
e o artilheiro do campeonato. Sua campanha foi impecável: somou 24 pontos, em
13 jogos, sete a mais que o segundo colocado. Teve 11 vitórias e 2 empates ( contra o América e o Íris),
marcou impressionantes 69 gols e levou apenas 24, ficando com o extraordinário
saldo de 45 gols, além do mais, no dia 19 de julho de 1936, aplicou a maior
goleada do campeonato, vencendo o Great Western por 13 a 1. Sendo campeão do
campeonato de forma invicta e por antecipação, além do mais, Flamengo-PE e
Náutico, resolveram entregar os pontos, desistindo dos jogos (na época, o
regulamento permitia). O Tramways tinha
como mascote a águia. Era chamado pelos torcedores de “Elétrico e
Expresso da Torre”. O Tramways pertencia
a uma empresa inglesa que explorava o serviço de bonde e de luz elétrica do
Recife, com dinheiro para investir no futebol, o “elétrico”, comprou ao
América, o Campo da Jaqueira, habilitando-o de iluminação para jogos noturnos,
empregou vários jogadores na empresa, além de ter contratado o técnico Joaquim
Loureiro, que veio de São Paulo e montou uma equipe quase imbatível para o
campeonato. Os grandes destaques do time foram: o volante uruguaio e craque da
equipe, Furlan; o meia atacante Bermudes que fez mais de 18 gols (houve jogos
em que as súmulas foram preenchidas incompletas, sem os autores dos gols da
partida) e foi artilheiro do campeonato, e os atacantes, Chinês e Carreiro. O
campeonato foi marcado por um número imenso de goleadas, o que provocou uma
excelente média de gols.
O POLÊMICO JOGO DA BOLA DE
BASQUETE: No dia 5 de julho de 1936, aconteceu um fato inusitado em nosso
futebol, o jogo entre Sport Recife e Flamengo-PE pelo campeonato, na Avenida
Malaquias, domínio do rubro-negro, o Sport Recife entra em campo como principal
favorito para vencer o jogo, entretanto, o que parecia fácil, tornou-se uma
pedreira, ninguém esperava que o clube alvinegro do bairro da Boa Vista, que já
havia levado algumas goleadas, iria engrossar o caldo pra cima do leão. A
torcida rubro-negra que havia comparecido em bom número ao campo, ficaram
perplexos e irritados com o time, que aos 30 minutos do primeiro tempo, já
perdia o jogo por 3 a 1. Mas, antes mesmo de terminar o primeiro tempo, o Sport
Recife fez mais um. De volta para o tempo complementar, os jogadores do leão,
foram com tudo para cima dos flamenguistas pernambucanos em busca do empate. No
primeiro chute a gol dos rubro-negros contra a meta de Francelino, a bola foi
por cima e caiu sobre uns pedaços de
folhas de zinco que estavam por trás da meta flamenguista. O goleiro Francelino
foi pegar a bola e retornou com ela murcha, pois estava furada. O goleiro
flamenguista, logo, informou ao árbitro Alberto Gomes Alves, que também era
Diretor do Departamento de Desportos Terrestres, que verificou a bola e
constatou o fato, solicitando outra bola. Como não havia uma outra bola,
funcionários do Sport Recife foram em busca de outra bola no depósito existente
no Campo da Avenida Malaquias. Cinco minutos depois, de lá voltaram com uma
bola bem maior que a tradicional, era uma bola de basquete, desconhecida por
muitos daqueles jogadores. Os jogadores do Flamengo-PE se recusaram a dar continuidade à partida com aquela bola. Os
jogadores do Sport Recife disseram que não tinha nada demais, o árbitro também.
O jogo continuou até o final, o Sport Recife venceu de virada, por 8 a 3.
No dia seguinte, o presidente do
Flamengo-PE, Alonso de Souza, entrou com um protesto na FPD (Federação
Pernambucana de Desportos), pedindo o cancelamento da partida, alegando que a
bola estava com uma circunferência medindo 0,731, quando máximo permitido pela
regra era de 0,711. A imprensa até que publicou o fato, mas não acreditava no
êxito da equipe da Boa Vista, já que dificilmente a FPD era favorável aos
impetrantes. O presidente da FPD, Carlos Rios, encaminhou o documento ao
diretor de Desportos Terrestres, Alberto Gomes Alves, que desta feita concordou
com as alegações do Flamengo-PE e anulou a partida. O Sport Recife recorreu ao
Conselho de Julgamento, que levou pouco mais de dois meses para julgar o
recurso rubro-negro, dando ganho de causa ao Flamengo-PE.
Posse antes do treino do Tramways no Campo da Jaqueira, começando da esquerda estão: Sàlvio, o goleiro Zé Miguel; o artilheiro do campeonato, Bermudes; o craque uruguaio, Furlan; e o zagueiro Domingos. Foto: Diário da Manhã/Cepe.
O Campeonato Pernambucano de 1936, marcou a transição do futebol amador para o futebol profissional, pois era sabido que muitos jogadores jogavam sem receber nenhuma remuneração, mas por outro lado havia inúmeros jogadores que recebiam para jogar, principalmente, do Sport Club do Recife e do América Futebol Clube, que já vinham exercendo esta prática a muito tempo. Já o Tramways, além de remunerar jogadores, ainda empregavam em sua empresa. O fato que aconteceu com Artur Carvalheira, que rejeitou “o bicho” do tricolor carioca, marcou simbolicamente o fim do amadorismo no futebol em nosso Estado.
AS GRANDES GOLEADAS: (exceto os
clássicos e as surpresas) Tramways 13 x 1 Great Western; Santa Cruz 11 x 1 e 10
x 1 Íris; Tramways 9 x 1 Flamengo; Santa Cruz 8 x 0 Flamengo; Sport Recife 8 x
2 Torre; Náutico 8 x 2 Flamengo; Náutico 8 x 3 Torre; Tramways 8 x 3 e 8 x 4
Torre; Sport Recife 7 x 1 Íris; Sport Recife 7 x 1 Great Western; Santa Cruz 7
x 2 Torre; América 6 x 0 Flamengo; Náutico 6 x 1 Great Western; Náutico 6 x 1
Íris; América 6 x 1 Great Western; Íris 5 x 0 Great Western; América 5 x 0
Íris; Flamengo 5 x 2 Great Western; Sport Recife 5 x 2 Great Western; Íris 5 x
3 Flamengo e Santa Cruz 4 x 0 Great Western.
AS SURPRESAS: Tramways 6 x 2
Náutico; Tramways 3 x 1 Sport Recife; Tramways 4 x 4 América; Tramways 5 x 1
Santa Cruz; Íris 4 x 2 América; Tramways 3 x 2 América; Íris 3 x 1 Náutico;
Íris 1 x 1 Tramways; Tramways 3 x 1 Santa Cruz e Tramways 3 x 2 Sport Recife.
OS CLÁSSICOS: 10/5- América 2 x 2
Santa Cruz; 11/6- Santa Cruz 4 x 2 Sport Recife; 23/7- Náutico 5 x 0 Sport
Recife; 2/8- América 4 x 1 Náutico; 9/8- Sport Recife 4 x 0 América; 23/8-
Náutico 5 x 1 Santa Cruz; 13/9- América 6 x 3 Sport Recife; 24/9- Santa Cruz 5
x 4 América; 1/10- Náutico 3 x 3 Sport Recife.
Bermudes, o artilheiro. |
ARTILHEIRO DO CAMPEONATO:
Bermudes (Tramways) sem registro exato dos gols marcados.
*Foram registrados 18 gols de
Bermudes no campeonato, entretanto, houve dois
jogos do Tramways que venceu o Flamengo por 9 a 1, e o Torre por 8 a 3
que não há registro de quem marcou os gols das partidas.
CLASSIFICAÇÃO FINAL:
1º Tramways- 24 pontos
2º Santa Cruz- 17 pontos
(Saldo de gols: 31)
3º Náutico- 17 pontos (Saldo
de gols: 23)
4º América- 16 pontos
5º Sport Recife- 11 pontos
6º Íris- 10 pontos
7º Flamengo- 9 pontos
8º Great Western- 5 pontos
9º Torre- 3 pontos.
JOGO DECISIVO
TRAMWAYS 3 X 1 SANTA CRUZ
Data: 15/10/1936
Local: Campo da Jaqueira, do
Tramways
Árbitro: Osvaldo Salsa (que
era jogador do Náutico)
Renda e Público: Na época, não
era divulgado.
Gols: Olívio (2) e Bermudes,
para o Tramways, e Marcionilo, para o Santa Cruz
O Tramways venceu com: Zé
Miguel; Domingos e Moacir; Zezé, Paizinho e Furlan; Alcides, Bermudes, Chinês,
Quetreco e Olívio. O Santa Cruz perdeu com: Neco; Sidinho II e João Martins;
Marcionilo, Zé Orlando e Ernani; Zé Pequeno, Lauro, Tará, Sidinho I e Siduca.
*OBS: Este jogo não foi o do
titulo, pois o Tramways já havia conquistado o campeonato um jogo antes contra o
Íris, onde empatou em 1 a 1. No entanto, este jogo tornou-se decisivo porque
foi o confronto direto entre o campeão e o vice.
A SELEÇÃO DO ANO
Goleiro: Heitor (América)
Zagueiro: Edson (Náutico)
Zagueiro: Picareta (América)
Lateral-Direito: Martorelli (América)
Lateral-Esquerdo: Zé Orlando
(Santa Cruz)
Volante: Furlan (Tramways)
Meia: Bermudes (Tramways)
Meia: Artur Carvalheira
(Náutico)
Atacante: Tará (Santa Cruz)
Atacante: Chinês (Tramways)
Atacante: Carreiro (Tramways)
OUTROS CAMPEÕES ESTADUAIS PELO
BRASIL EM 1936: Em São Paulo, o Palestra Itália (atual Palmeiras) foi o
campeão. No Rio de Janeiro houve dois campeões, o Vasco da Gama pela FMD, e o
Fluminense tornou-se bicampeão carioca, agora pela LCF. Em Minas Gerais, o
Atlético sagrou-se campeão. No Rio Grande do Sul, O Rio Grande, tornou-se
campeão. No Paraná, o Atlético levantou a taça de campeão. Na Bahia, o Bahia
foi o campeão. No Ceará, o Maguari de Fortaleza, tornou-se campeão. No Pará, a
taça de campeão ficou com o Remo.
Por: Jânio Odon
Fonte: Livros: “85 anos de
bola rolando (1915 a 1999)” e “história do futebol em Pernambuco” de Givanildo
Alves, Editora Bagaço; www.rsssfbrasil.com/Autor: Ricardo Brito, extraído do
livro: Campeonato Pernambucano- 1915 a 1970,de Carlos Celso Cordeiro e Luciano
Guedes Cordeiro.
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