8 de agosto de 2015 (sábado)
A festa estava preparada. Um
momento bastante planejado e muito ansiado pelo tricolor. A volta de Grafite ao
Arruda mexeu com o ânimo coral. E o Arruda foi tomado, pela primeira vez nesta
Série B, para celebrar o retorno do ídolo. O primeiro tempo, é verdade, deixou
a desejar. Nem o centroavante, nem o Santa Cruz fizeram suas partes. Na etapa
complementar, contudo, o cenário mudou. E com direito ao melhor dos scripts.
Daqueles épicos inesquecíveis. Grafite voltou. E foi dele, de cabeça, o gol do
triunfo de 1 a 0 do tricolor sobre o Botafogo. Vitória que leva o Santa Cruz
para a oitava posição da segundona, a somente cinco pontos do tão almejado G4
de acesso à Série A.
Homenagem da torcida coral a Grafite. A empolgação e o novo recorde de público da Série B.
O clima nas arquibancadas era de final. Estádio lotado, como não se via desde a
decisão do Campeonato Pernambucano contra o Salgueiro. Ambiente que parece ter
passado para os jogadores corais. O Santa Cruz entrou em campo elétrico,
acelerado, demonstrando uma ânsia de resolver tudo muito cedo. Um nervosismo
típico de final, porém em um jogo apenas da 17ª rodada da Série B. Afobamento
prejudicial ao tricolor, que não conseguia criar perigo e ainda se arriscava em
saídas de bolas equivocadas, causando calafrios ao torcedor.
As principais oportunidades do Santa Cruz no primeiro tempo foram explorando a velocidade de Lelê pelo lado direito do ataque. O meia-atacante, porém, desperdiçou as chances que teve, ora chutando sem força, ora cruzando muito mal, com a bola sempre passando longe de Grafite, que esperava pelo passe no centro da área. A única vez que o tricolor esteve próximo de abrir o placar foi aos 36 minutos, quando Lelê finalmente acertou um passe e Bileu bateu de primeira, para grande defesa do goleiro Jefferson.
Tecnicamente, a etapa inicial deixou muito a desejar. Não foi só o Santa Cruz que demonstrou dificuldade para criar perigo. E nem Grafite o único jogador apagado em campo. O Botafogo também deixou evidente suas limitações e praticamente não assustou Tiago Cardoso. A exceção foi um lance aos 23 minutos, mas surgido após bate-rebate em lance de bola parada. E só. O zero a zero ao intervalo era fiel espelho do que foi a partida. Para desilusão do torcedor que lotava o Arruda.
As principais oportunidades do Santa Cruz no primeiro tempo foram explorando a velocidade de Lelê pelo lado direito do ataque. O meia-atacante, porém, desperdiçou as chances que teve, ora chutando sem força, ora cruzando muito mal, com a bola sempre passando longe de Grafite, que esperava pelo passe no centro da área. A única vez que o tricolor esteve próximo de abrir o placar foi aos 36 minutos, quando Lelê finalmente acertou um passe e Bileu bateu de primeira, para grande defesa do goleiro Jefferson.
Tecnicamente, a etapa inicial deixou muito a desejar. Não foi só o Santa Cruz que demonstrou dificuldade para criar perigo. E nem Grafite o único jogador apagado em campo. O Botafogo também deixou evidente suas limitações e praticamente não assustou Tiago Cardoso. A exceção foi um lance aos 23 minutos, mas surgido após bate-rebate em lance de bola parada. E só. O zero a zero ao intervalo era fiel espelho do que foi a partida. Para desilusão do torcedor que lotava o Arruda.
O descanso fez bem ao Santa Cruz. A equipe de Marcelo Martelotte voltou para o jogo mais calma, colocando a bola no chão, procurando trocar mais passes e, assim, ia envolvendo o Botafogo em seu campo defensivo. O alvinegro carioca tentava sair em contra-ataques, mas sem êxito. E aos cinco minutos, o Arruda explodia de alegria. João Paulo fez cruzamento perfeito. Grafite se antecipou à marcação e cabeceou com força. Sem chances para Jefferson. O gol do ídolo. O artilheiro voltou.
O cruzamento de João Paulo foi perfeito para o atacante Grafite, que de peixinho fez o gol da vitória coral.
Na frente do placar, o Santa Cruz passou a jogar com inteligência. A equipe
coral dava a bola ao Botafogo e se armava para sair em transição rápida,
explorando os espaços deixados entre as linhas de meio-campo e defesa. O
resultado, entretanto, manteve-se inalterado até o apito final.
Ficha do jogo
Santa Cruz 1
Tiago Cardoso; Vitor (Moradei), Danny Morais, Neris e Marlon (Lúcio); Wellington Cézar, Bileu, Lelê, João Paulo e Anderson Aquino; Grafite (Luisinho). Técnico: Marcelo Martelotte.
Botafogo 0
Jefferson; Luís Ricardo, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Serginho (Daniel Carvalho), Willian Arão, Diego Jardel e Octávio (Lulinha); Neílton (Sassá) e Navarro. Técnico: Ricardo Gomes.
Ficha do jogo
Santa Cruz 1
Tiago Cardoso; Vitor (Moradei), Danny Morais, Neris e Marlon (Lúcio); Wellington Cézar, Bileu, Lelê, João Paulo e Anderson Aquino; Grafite (Luisinho). Técnico: Marcelo Martelotte.
Botafogo 0
Jefferson; Luís Ricardo, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Serginho (Daniel Carvalho), Willian Arão, Diego Jardel e Octávio (Lulinha); Neílton (Sassá) e Navarro. Técnico: Ricardo Gomes.
Estádio: Arruda (Recife-PE).
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra
(SP).
Assistentes: Vicente Romano Neto
(SP) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP). Gol: Grafite (Santa Cruz).
Cartões amarelos: Anderson
Aquino, Danny Morais, Luisinho (Santa Cruz); Serginho, Lulinha, Carleto
(Botafogo).
Público: 44.485
Renda: R$ 1.008.815,00
Por: Emanuel Leite Jr./Diário de
Pernambuco.
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