O Instituto de Pesquisas e
Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou as
notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 por escola e revelou que
as dez melhores escolas públicas do ensino médio estão no Nordeste, sendo seis
delas em Pernambuco. Ao todo, 15.640 instituições de ensino tiveram os dados
divulgados, nas quais 1.295.954 estudantes fizeram o Enem.
As Escolas Estadual de Educação Profissional Padre João Bosco de Lima e de Ensino Fundamental e Médio Deputado Cesário Barreto Lima, ambas no Ceará, ocupam o primeiro e o segundo lugares, respectivamente. Já a terceira, quarta, quinta e sexta posições são de estabelecimentos pernambucanos. São eles: Escola de Referência em Ensino Médio Coronel João Francisco (São Vicente Ferrer), Erem João Pessoa Souto Maior (Sairé), Erem Barão de Exu (Exu), Erem Padre Antônio Barbosa Júnior (Jurema).
Das 10 melhores escolas publicas de ensino médio do Brasil, seis estão em Pernambuco.
A sétima colocação foi alcançada
pelo Colégio Estadual Pedro Calmon, da Bahia, e a oitava pelo Colégio Estadual
Dr. Milton Dortas, de Sergipe. O nono e o décimo lugares são novamente de
Pernambuco: Erem Senador Nilo Coelho (Dormentes) e Erem Manoel Guilherme
da Silva (Passira). Segundo o Inep, são escolas de grande porte – com mais de
90 alunos – que tem indicador de permanência alto, onde mais de 80% dos alunos
cursaram todo o ensino médio, e têm alunos de nível socioeconômico baixo ou
muito baixo.
Segundo o ministro da Educação, Renato Janine, o Inep está propondo pela primeira vez rankings alternativos à listagem pelas maiores notas. “A primeira da lista não é necessariamente melhor, porque existem fatores externos que podem determinar isso. E do ponto de vista da prestação de serviço, se você quer mostrar às famílias qual a melhor escola para o seu filho, às vezes a primeira da lista pode ser muito pequena, e não ter vaga, ou ter uma política restrita de aceitação de alunos. Então, não é uma informação de serviço muito boa. Queremos aproximar o resultado do mundo real e ver a contribuição efetiva das escolas”, disse.
Janine explicou que o Ministério da Educação está valorizando três fatores nesse ranking. O primeiro é o porte das escolas. “Elas têm geralmente uma nota menor porque lidam com uma complexidade de alunos, que é o mundo real. A escola grande prepara melhor o aluno para o mundo real, mesmo que ela pontue abaixo. Não podemos ignorar que uma escola pequena facilita o trabalho do professor, mas também forma um aluno menos apto a lidar com a complexidade crescente do mundo atual”, disse o ministro.
São Vicente Férrer, Pernambuco |
O instituto divide as escolas pelo fator de permanência, entre aquelas que têm menos de 20% dos alunos que fizeram todo o ensino médio na instituição, e as que têm de 20% a 40%, de 40% a 60%, de 60% a 80% e de 80% ou mais. O fator determinante para o ministro é o nível socioeconômico. “Uma escola com alunos mais pobres, ou mesmo miseráveis, vai ter uma nota inferior. Mas essa escola pode estar fazendo um trabalho educativo mais importante. Ela pode talvez melhorar esses alunos mais do que aquela que já recebeu o aluno com muita formação e com nível socioeconômico alto, apenas dando um pequeno avanço nele”, explicou.
Por: Agência Brasil.
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