3 de fevereiro de 2016 (quarta-feira)
O Sport tinha no América o
adversário ideal para se recuperar da derrota para o Salgueiro na estreia do
Campeonato Pernambucano. Clube com menor orçamento no hexagonal do segundo
turno, o Mequinha tinha além do abismo técnico e financeiro, um tabu de não
vencer o Leão há 43 anos. Porém, como em uma sessão de futebol retrô, o
alviverde incorporou o espírito do clube vencedor dos anos 20 e 30 quando fazia
com os rubro-negros o “clássico dos campeões” e saiu da Ilha do Retiro com um
resultado histórico. Um magro 1 a 0, mas com peso de ouro e que além de tudo o
mantém invicto na competição. Voltando ao presente, o resultado abre no Leão
uma crise precoce, com o time ainda zerado na competição após duas rodadas.
Algo que não acontecia desde 2004 - quando caiu para Serrano e Itacuruba, ambas
no Sertão.
As dificuldades se desenharam para o Sport desde o primeiro tempo. Porém, muito mais pela sua incompetência para criar do que pela retranca do inofensivo e frágil América. Mesmo se defendendo muitas vezes com sete jogadores dentro da sua área, bastava aos rubro-negros um mínimo de organização tática para furar a parede alviverde, formada apenas por número de jogadores, não por qualidade.
Assim, toda a etapa inicial transcorreu em ritmo de jogo-treino. De ataque contra defesa. A única diferença é que, se fosse disputada no centro de treinamento do clube, certamente o técnico Paulo Roberto Falcão pararia a movimentação algumas vezes para melhor postar seu time em campo. Apesar do amplo domínio, faltava aos donos da casa uma troca de passes com um mínimo de qualidade, que já seria suficiente para envolver os esforçados, mas limitados defensores americanos.
As dificuldades se desenharam para o Sport desde o primeiro tempo. Porém, muito mais pela sua incompetência para criar do que pela retranca do inofensivo e frágil América. Mesmo se defendendo muitas vezes com sete jogadores dentro da sua área, bastava aos rubro-negros um mínimo de organização tática para furar a parede alviverde, formada apenas por número de jogadores, não por qualidade.
Assim, toda a etapa inicial transcorreu em ritmo de jogo-treino. De ataque contra defesa. A única diferença é que, se fosse disputada no centro de treinamento do clube, certamente o técnico Paulo Roberto Falcão pararia a movimentação algumas vezes para melhor postar seu time em campo. Apesar do amplo domínio, faltava aos donos da casa uma troca de passes com um mínimo de qualidade, que já seria suficiente para envolver os esforçados, mas limitados defensores americanos.
O número de chances mostra bem o fraco
poderia ofensivo do Sport no primeiro tempo. Mesmo com praticamente toda a
etapa com a bola nos pés, foram apenas duas oportunidades claras de gol. Uma
cabeçada de Túlio de Melo em cima do goleiro Delone e um chute de Durval salvo
em cima da linha pelo volante Danyel.
Na volta para o segundo tempo,
Falcão resolveu não mexer no time. Charles Muniz, sim. Com a entrada do
experiente Carlinhos Bala na vaga de Jackson. Campeão da Copa do Brasil pelo
Sport em 2008, o atacante foi aplaudido pela torcida. Porém, homenagem à parte,
o futebol demonstrado pelo Leão seguia irritando os rubro-negros, a essa
altura, mais irritados com o empate a cada minuto. Antes dos 10 minutos, Túlio
de Melo, de cabeça, perdeu mais duas oportunidades. Seria uma tônica da partida,
ao ponto do jogador ser xingado pelos torcedores.
Aos 13 minutos, Falcão, enfim, resolveu mudar o time, colocando em campo Maicon e Luiz Antônio nas vagas de Everton Felipe e Rithely. Essa última, gerou protestos da torcida com direito a gritos de “burro” para o treinador rubro-negro. Para piorar, no minuto seguinte, o que parecia impossível. No único ataque do América no jogo, Danyel tocou por cima de Danilo Fernandes e abriu o placar para o Periquito. Na base do desespero, o Sport pressionou, mas esbarrou na sua própria incompetência e na raça americana. Resultado histórico.
Aos 13 minutos, Falcão, enfim, resolveu mudar o time, colocando em campo Maicon e Luiz Antônio nas vagas de Everton Felipe e Rithely. Essa última, gerou protestos da torcida com direito a gritos de “burro” para o treinador rubro-negro. Para piorar, no minuto seguinte, o que parecia impossível. No único ataque do América no jogo, Danyel tocou por cima de Danilo Fernandes e abriu o placar para o Periquito. Na base do desespero, o Sport pressionou, mas esbarrou na sua própria incompetência e na raça americana. Resultado histórico.
Carlinhos Bala, do América-pe é aplaudido pela torcida leonina. Foto: Paulo Paiva/DP.
Ficha do jogo
Sport Recife 0
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê (Fábio); Rithely (Luiz Antônio), Serginho, Reinaldo Lenis, Éverton Felipe (Maicon) e Mark Gonzalez; Túlio de Melo. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
América 1
Delone; Ricardinho, Danilo, Yuri e Jair (Da Silva); Glauber, Danyel, Thiago Laranjeira (Kleytinho) e Alex Gaibu; Jackson (Carlinhos Bala) e Neto Bala. Técnico: Charles Muniz.
Local: Ilha do Retiro.
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê (Fábio); Rithely (Luiz Antônio), Serginho, Reinaldo Lenis, Éverton Felipe (Maicon) e Mark Gonzalez; Túlio de Melo. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
América 1
Delone; Ricardinho, Danilo, Yuri e Jair (Da Silva); Glauber, Danyel, Thiago Laranjeira (Kleytinho) e Alex Gaibu; Jackson (Carlinhos Bala) e Neto Bala. Técnico: Charles Muniz.
Local: Ilha do Retiro.
Árbitro: Giorgio Wilton.
Assistentes: Francisco Chaves
Bezerra Júnior e José Daniel Torres.
Cartões amarelos: Danilo, Da
Silva(A), Carlinhos Bala, Mark Gonzalez (S).
Gol: Danyel, aos 14 min do 2º
tempo
Público: 2.786
Renda: R$53.505,00
Por: João de Andrade Neto/Diário
de Pernambuco.
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