18 de março de 2016 (sexta-feira)
Várias pessoas - a maioria
vestida de vermelho - tomaram as ruas do Recife na tarde desta sexta-feira (18)
em defesa ao ex-presidente Lula. Com gritos de "não vai ter golpe",
os militantes se concentraram na Praça do Derby, na área central do Recife, e
seguiram até a Praça da Independência, também no Centro. O ato foi organizado
por grupos sindicais (como CUT-PE) ligados ao ex-presidente. Carlos Veras,
presidente da CUT-PE, disse inicialmente que 50 mil pessoas estiveram no local.
Entretanto, no final da passeata, asseverou que 200 mil foram ao ato. A Polícia
Militar estima que 15 mil compareceram.
O clima da passeata foi de paz
durante todo o trajeto. No entanto, na Avenida Conde da Boa Vista, houve
panelaço de contrários ao ato, gerando vaias generalizadas. O ato contou com a
presença do vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), da deputada
federal Luciana Santos (PCdoB), do ex-prefeito do Recife, João Paulo, e
diversas personalidades políticas nacionais.
Declarações fortes foram feitas
pelos simpatizantes do ex-presidente Lula. O senador Humberto Costa, durante
discurso em cima de um carro de som, afirmou que falta coerência ao Judiciário
para analisar os casos. "Estamos vendo uma Justiça que permite que Eduardo
Cunha ainda presida a Câmara Federal e prenda Lula", acusou. "Até o
dia do impeachment, nós temos que fazer uma guerra de guerrilha", atacou o
senador petista.
Já o prefeito de Olinda, Renildo
Calheiros (PCdoB), durante o seu discurso, assegurou que cabe ao povo
"barrar o golpe contra a presidente". "Vamos deixar claro para a
direita fascista que, se tiver um golpe, não vai ficar barato", ameaçou.
O presidente da CUT-PE, Carlos
Veras, disse que as ameaças que foram feitas (segundo a central sindical,
ligações telefônicas foram feitas aos integrantes do grupo para ameaçar a
integridade física e do espaço) não irão coagí-los. "Não adianta. Quem
enfrentou a ditadura não tem medo de coxinha", assegurou.
Além de gritos em defesa ao
ex-presidente e à Dilma, críticas foram direcionadas ao juiz federal Sérgio
Moro, responsável pela Operação Lava Jato.
Por: Jornal do Commercio/Recife
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