domingo, 6 de março de 2016

O Carnaval da Bomba do Hemetério em 2016 e o regaae do Natiruts

Pólo da Bomba do Hemetério 2016. Foto:Jânio Odon.

9 de fevereiro de 2016 (terça-feira)



No último dia 9 (terça-feira), do corrente, estive no bairro da Bomba do Hemetério, bairro onde nasci e cresci, para curtir um pouquinho o carnaval. Na verdade, foi o único dia que acompanhei algo ligado a festa de momo, preferir a tranquilidade da minha casa me recuperando de uma indesejada erisipela. Este ano, o carnaval da Bomba do Hemetério viveu um momento especial, pois a Prefeitura da Cidade do Recife, homenageou nosso filho ilustre, o maestro Forró, da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, como também, o criador do Mangue Beat, Chico Science. Pois bem, lá pelas 16 horas, me desloquei até o pólo carnavalesco da Bomba do Hemetério para curtir as apresentações das agremiações prevista para o horário. Aconteceu que as agremiações começaram a chegar. O Caboclinhos Canindé; o Caboclinho do Índio do Papo Amarelo de Goiana, e a Troça Estrela da Tarde, e nada do apresentador dar início ao evento. O palco se encontrava abarrotado de equipamentos de som, os músicos afinando os instrumentos, e os técnicos conectando e ajustando os equipamentos para o show de palco que aconteceria logo mais à noite. E o povo lá impaciente aguardando. Resultado: atraso de uma hora e meia. Mais tudo bem, o público presente aguardou de forma ordeira, e o que é melhor, sem bagunça.


A apresentação começou com a Troça Estrela da Tarde que deu show de exibição. Com uma evolução muito boa, passistas harmoniosos, músicos competentes. Mostrou como se faz carnaval. Muito bom. Depois foi a vez da Tribo Índio do Papo Amarelo, de Goiana. Sem querer desmerecer, mais foi a pior apresentação entre todas, os garotos pareciam que nunca haviam ensaiados de tão desorganizados. Totalmente perdidos, em uma apresentação bisonha. Apenas os músicos se salvaram. Fraquíssimo. Logo em seguida, a centenária Tribo dos Caboclinhos Canindé da Bomba do Hemetério, uma apresentação majestosa e belíssima, uma evolução impecável, o grupo mostrou muita competência e organização, uma das melhores de Pernambuco. Nota dez. Depois foi a vez do grupo de passistas do Linguarudo de Ouro Preto. Uma aula de frevo, um grupo muito vibrante e coeso, sabe tudo de frevo. Depois da exibição, aplausos merecidos. A quinta exibição foi a do tradicional Boi Mimoso, o puxador da agremiação demonstrou muita vibração, liderança e garra. O cara sabe tudo, e os componentes do bloco seguiram a vibração do puxador. O Boi Mimoso representa de fato, a verdadeira cultura pernambucana. Muito bom. Finalizando outra agremiação da Bomba do Hemetério, o Reisado Imperial, do mestre Geraldo Almeida, de 92 anos e que estava presente e fantasiado no Pólo da Bomba do Hemetério, com toda energia de um garoto. Na proporção em que a  sua agremiação se apresentava, o mestre Geraldo fazia evolução com sua espada aluminada em frente a orquestra dirigida pelo seu filho, Sérgio Almeida, que me parece não vai deixar o Reisado Imperial morrer. A apresentação do Reisado Imperial foi um conjunto explícito de uma agremiação que expressa em sua evolução harmoniosa e simples a essência de quem faz carnaval há 65 anos, levando a cultura do carnaval pernambucano ao extremo de sua maestria. Uma apresentação perfeita com elementos do pastoril, do bumba-meu-boi e do frevo.


À noite, o Pólo da Bomba do Hemetério lotou e veio gente de tudo que é lugar só para vê a grande atração da noite, a banda de regaee carioca do Natiruts, que diga-se de passagem, estava prevista para se apresentar às 23h40, mais subiu ao palco pouco mais das 20h00, o que frustrou muita gente que chegou no horário anunciado. Uma mancada imperdoável da organização. A verdade é que o Natiruts foi sensacional, espetacular. Uma banda excepcional que eu, por incrível que pareça, ainda não  conhecia. A Natiruts cantou grandes sucessos que a plateia já conhecia, a banda carioca foi a principal atração do Pólo da Bomba do Hemetério este ano, e deixou saudades. Foi uma apresentação de gala. Na programação do dia, ainda iria se apresentar o maestro Lima Neto, Stúdio Viegas de dança, orquestra 100% Mulher e Fabiana, a Pimentinha do Nordeste.

Parabéns a moçada da Bomba do Hemetério que se comportaram exemplarmente, de forma ordeira e pacifica. Fazendo desta forma, que o carnaval da Bomba do Hemetério fosse o mais tranquilo da RMR.


Por: Jânio Odon/Blog Vozes da Zona Norte (DIREITOS RESERVADOS)

GALERIA CARNAVAL DA BOMBA DO HEMETÉRIO 2016

 A Troça Estrela da Tarde e seus passistas com muito frevo no pé.

O reizinho na roda.

 Os papanguns do Estrela da Tarde.

Os passistas do Estrela da Tarde contagiou o público presente.

Evolução dos passistas do Estrela da Tarde.
Tribo Índio do Papo Amarelo de Goiana, deu vexame no pólo da Bomba. Um amontoado de garotos que não sabiam o que fazer. Sem ritmo, sem nada.

Tribo Canindé, da Bomba do Hemetério, muita vibração e tradição secular.

Tribo Canindé
Tribo Canindé, as crianças deram o seu show.

A nova geração da Tribo Canindé.

 Os músicos deram o ritmo a bela apresentação da Tribo Canindé.

 O Linguarudo de Ouro Preto, apresentação só de passistas que deram uma aula de frevo.
 O Boneco Linguarudo de Ouro Preto.

Muita harmonia na evolução dos passistas.

Muito frevo e beleza.

Boi Mimoso, uma apresentação magistral.

Reisado Imperial, outra tradicional agremiação da Bomba do Hemetério, sempre dá aula de frevo.

Evolução do Reisado Imperial.

À noite, o público lotou a Praça da Bomba para vê a sua maior atração, a banda de regaae carioca do Natiruts. Foto: Izabel Xenofonte.

 Pelo belo sorriso da garota, o Natiruts agradou bastante.

No final, muitos aplausos e o carinho da banda Natiruts com o público. Foto: Izabel Xenofonte.















































































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