11 de maio de 2017 (quinta-feira)
A atuação do Sport no místico
Centenário foi lamentável. Na primeira apresentação no Uruguai, a formação
alternativa do rubro-negro pouco fez em campo. No ataque, inoperante. Na
defesa, uma calamidade. E a ótima vantagem construída na Ilha do Retiro ruiu, com
o Danubio devolvendo 3 x 0.
A vaga só não escapou porque o clube tem um trunfo
no desempate. Mais uma vez, Magrão brilhou nos pênaltis. Foi a terceira vez em
2017. Aos 40 anos, o goleiro segue decisivo. Só neste ano já defendeu cinco
penalidades, duas em Montevidéu. Chegou a 30 pelo leão, um número excepcional,
que, literalmente, mudou a história do Sport Club do Recife desde 2005, quando
assinou o primeiro contrato.
Com a bola rolando, o leão teve
um atuação vergonhosa, errando tudo o que podia. Começando na área técnica, com
Ney Franco omisso diante de tanta letargia. A formação mista até cabia, uma vez
que a vantagem era ótima e a sequência de jogos resultara num amplo desgaste.
Não por acaso ficaram de fora Ronaldo Alves, Rithely e Diego Souza, verdadeiros
pilares. Sem eles, o Sport perdeu bastante técnica e taticamente. Piorou a
presença de Fábio como titular, muito verde. Além de Matheus Ferraz, numa fase
indefensável, e Rodrigo, que ainda não mostrou a que veio.
Ambos foram substituídos no
segundo tempo, quando o time uruguaio já vencia por 2 x 0, num placar
econômico, tamanha a quantidade de chances desperdiçadas diante de uma defesa
desorganizada. Acionado, Henriquez não colaborou muito, cometendo um pênalti
tosco. E olhe que o Danúbio até chegou a comemorar o 4º gol, num lance anulado
depois depois de muita discussão. Decisão correta do árbitro,
pois Malrechauffe marcou com o braço – e acabou expulso por isso.
Na decisão por pênaltis, mesmo
após um péssimo desempenho, o Sport acabou recompensado. Everton Felipe,
Raul Prata, Fabrício e André cobraram muito bem, com Magrão fazendo duas
defesas, de orgulhar o torcedor rubro-negro (mais uma vez). O paredão leonino
garantiu a vitória por 4 x 2, com a torcida, em bom número, festejando no
Centenário. No apagar das luzes, num misto de frustação (pelo jogo) e alívio
(pela vaga). Com a primeira classificação diante de um adversário do exterior,
o Sport garantiu uma cota de 300 mil dólares na segunda fase, o que
corresponde a R$ 941 mil. Bicho na conta de Magrão, pra variar.
Magrão, do Sport Recife, foi o herói do jogo. Defendeu dois pênaltis e levou o time para próxima fase pela primeira vez.
Sport Recife: Rodrigo, Magrão, Matheus Ferraz, Raul Prata e Durval; Rogério, André, Mena, Ronaldo, Fabrício e Fábio.
DANUBIO-URU 3 (2) X (4) 0 SPORT
RECIFE
Local: Estádio Centenário, em
Montevidéu, Uruguai
Horário: 21h45 (Brasília).
Árbitro: Eduardo Gamboa (Chile).
Assistentes: Raul Orellana e
Edson Cisternas (Chile).
Cartões amarelos: DANUBIO
Malrechauffe. SPORT: Matheus Ferraz, Oswaldo Henríquez, Ronaldo, Raul Prata.
Cartão vermelho: DANUBIO
Malrechauffe.
Gols: DANUBIO: Jonathan dos
Santos, aos 14, e Olaza, aos 22 minutos do 1T e aos 10 minutos do 2T.
DANUBIO: Ichazo; Augustin Peña,
De Los Santos, Leandro Fernández e Olaza; Malrechauffe, Gonzalo González,
Zarfino e Ignacio González (Marcelo Tabárez); Arroyo (Juan Oliveira) e Jonathan
dos Santos (Graví). Técnico: Gastón Machado
SPORT RECIFE: Magrão; Raul Prata,
Matheus Ferraz (Oswaldo Henríquez), Durval e Mena; Rodrigo (Paulo Henrique),
Fabrício, Ronaldo e Fábio; Rogério e André. Técnico: Ney Franco
Por: Cassio Zirpoli/Diário de
Pernambuco.
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