Leandro Costa, do Central, disputa com Thomás a posse de bola. Costa marcou o gol histórico da patativa.
21 de março de 2018 (quarta-feira)
A noite desta quarta-feira (21) reservou um capítulo que vai entrar para a história do Campeonato Pernambucano. O Central, clube mais tradicional do interior do Estado, se garantiu, de forma inédita, na final da competição. E não foi sem méritos. A Patativa fez valer a vantagem conquistada na primeira fase e bateu o Sport por 1x0, gol de Leandro Costa, em Caruaru, e garantiu a festa no Luiz Lacerda, casa da equipe alvinegra. Agora, a equipe comandada por Mauro Fernandes espera a definição do seu adversário na decisão, que será o vencedor de Náutico x Salgueiro, confronto marcado para o próximo domingo (25), no Recife.
O duelo começou sem muitas surpresas. Como a vaga na final seria decidida em apenas um jogo, os dois times adotaram uma postura aparentemente retraída. Afinal, qualquer descuido poderia ser mortal. Apesar de ter feito boas partidas dentro de casa, o Central não conseguia impor seu estilo de jogo. Leandro Costa, com personalidade e buscando jogo, era a principal arma dos donos da casa. Em boa jogada individual, o meia alvinegro levantou na área e Júnior Lemos, de cabeça, quase marcou. A bola saiu por cima do gol de Magrão. Pouco depois, o Leão teve uma chance incrível de abrir o placar, com 22 minutos de jogo.
Sander tabelou bem com Marlone, entrou driblando na área e serviu Índio, na entrada da área. O prata da casa rubro-negro tinha a opção de tocar para Gabriel, que estava livre, mas preferiu bater. O chute saiu fraco, pela linha de fundo. Em seguida, outra grande chance do Sport. Marlone cobrou falta levantando a bola na área. Léo Ortiz desviou de cabeça e França, meio sem jeito, jogou pra longe, evitando um rebote que deixaria Ronaldo Alves de cara para o gol. O duelo começou a ficar mais ríspido, com um alto número de faltas cometidas por ambos os lados. E os lances de perigo escassearam. Assim, o primeiro tempo terminou em 0x0.
No segundo tempo, Nelsinho Baptista apressou o retorno de Everton Felipe. O meia-atacante, que tinha sofrido grave lesão e não jogava há cerca de seis meses, foi acionado no lugar de Índio. Como de costume, o jovem atleta voltou imprimindo gás ao time. Logo no começo da segunda etapa, o jogador arrancou em velocidade, mas falhou feio na hora do passe decisivo. Mesmo sem conseguir trocar tantos passes, o Central voltou a levar perigo. Júnior Lemos chutou de longe, a bola desviou em Ronaldo Alves e foi para fora. Pouco depois, aos 14 minutos, o Lacerdão explodiu. Em bola levantada na área, a bola sobrou para Itacaré. Magrão saiu para abafar, mas o jogador rolou para Leandro Costa, livre, fazer 1x0.
Com a vantagem conquistada, coube à Patativa jogar com inteligência. Os mandantes se organizaram na defesa e souberam sair jogando com tranquilidade. Além disso, o Sport caiu com facilidade nas provocações dos donos da casa. Fellipe Bastos, que entrou na segunda etapa, mal começou a jogar e tomou logo um cartão amarelo. Enquanto os minutos finais se aproximavam, os rubro-negros começavam a se desesperar. Aos 47 minutos, Fellipe Bastos fez outra falta violenta e acabou sendo expulso. Era a pá de cal que faltava para decretar a eliminação do Sport e para confirmar a classificação do Central, pela primeira vez, à final do Campeonato Pernambucano.
Depois do término do jogo, jogadores e torcedores vibraram bastante com a vitória histórica do Central. Foto: Diário de Pernambuco.
Central de Caruaru 1
França; Dudu Gago, Vitão, Danilo Quipapá e Charles; Eduardo Erê, Douglas Carioca (Graxa), Fernando Pires e Júnior Lemos (Issa); Leandro Costa e Itacaré (Lucas Silva). Técnico: Mauro Fernandes.
Sport Recife 0
Magrão; Raul Prata, Ronaldo Alves, Léo Ortiz e Sander (Capa); Anselmo, Neto Moura (Fellipe Bastos), Gabriel, Thomás e Marlone; Índio (Everton Felipe). Técnico: Nelsinho Baptista.
Local: Luiz Lacerda (em Caruaru).
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG). Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Neusa Back (SC).
Gol: Leandro Costa, aos 14 do 2ºT;
Cartões amarelos: Douglas Carioca, Eduardo Erê, Júnior Lemos (C); Anselmo, Fellipe Bastos, Thomás (S).
Cartão vermelho: Fellipe Bastos (S)
Público: 8.530 Renda: R$ 89.500.
Por: Folha de Pernambuco.
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