AS PRIMEIRAS APARIÇÕES DE ROBERTO CARLOS EM PERNAMBUCO
Em 4 de março de 1972, o cantor
Roberto Carlos cantava pela primeira vez no Recife, no Ginásio Geraldo
Magalhães (Geraldão) no bairro da Imbiribeira, em show trazido pelo empresário
Pinga e patrocinado pela rede de supermercados Bompreço. Em 28 de março de 1972, Roberto Carlos
desembarcava novamente no Recife, um
pouco mais magro, com visíveis rugas e alguns cabelos brancos, a convite do produtor teatral José Pimentel para assistir a encenação da Paixão de Cristo
em Nova Jerusalém, em Fazenda Nova-PE .
No desembarque no Aeroporto dos Guararapes, Roberto Carlos em entrevista ao
Diário de Pernambuco, lamentou que sua esposa Nice não tinha podido vir
presenciar o espetáculo sacro de Nova Jerusalém. Roberto Carlos afirmou na
ocasião, que o drama da Paixão de Fazenda Nova começava a ter uma grande
divulgação nacional, e que o convite formulado por José Pimentel foi uma ótima
oportunidade para ele se integrar ainda mais com as coisas do Nordeste. Durante
sua permanência em Fazenda Nova, Roberto Carlos declarou que ia aproveitar para
descansar um pouco, devido ao excesso de trabalho dos últimos meses e que lhe
vinha deixando com estafa. Ressaltou ainda, que como simples assistente do
espetáculo, teria a oportunidade de ouvir trechos da música Jesus Cristo. No
dia 29 de março de 1972, estavam presentes ao espetáculo da Paixão, além de Roberto
Carlos, o governador de Pernambuco,
Eraldo Gueiros; o figurinista e amigo de Roberto, Denner, que participou da
peça interpretando um príncipe indu; Erasmo Carlos, Carlos Imperial e Maritza
Cavalcanti. José Pimentel dirigiu o espetáculo, mas o Jesus Cristo foi
interpretado pelo ator pernambucano Carlos Reis. Roberto Carlos voltaria ao
Recife em 7 de julho de 1976, onde fez uma apresentação no Clube Yolanda, no
bairro do Jiquiá. Estas foram as primeiras aparições do rei Roberto Carlos em Pernambuco.
28/3/1972- Roberto Carlos desembarca no Aeroporto dos Guararapes. Foto: Diário de Pernambuco.
29/3/1972- Roberto Carlos abraçado com o figurinista e amigo Denner, em Fazenda Nova, no espetáculo da Paixão de Cristo. Foto: Diário de Pernambuco.
12/4/2014- ROBERTO CARLOS NO ARRUDÃO
Roberto Carlos quase nos exime de
qualquer impasse no show do último sábado, no Estádio do Arruda. Por diversas
vezes, conversou com o público e soltou gracinhas, contrariando as próprias
previsões. "Não sou muito falar. Meu negócio é cantar", reconheceu.
Vestindo os tons pastéis de sempre, estreou por aqui a gravata com detalhes
vermelhos – a mesma usada no especial de fim de ano da Globo, em 2013 - mas
mostrou-se, surpreendentemente, desleixado. A peça, folgada, chamava a atenção
junto com a blusa de seda amassada por dentro do paletó.
12/4/2014- Roberto Carlos cantando no Estádio do Arruda. Foto: Leiajá
O Rei estava à vontade. Como de costume, iniciou a apresentação com Emoções e,
ao final, declarou a alegria de voltar ao Recife, depois de uma temporada sem
shows na cidade. "Que prazer ver vocês mais uma vez aqui no Estádio do
Arruda", agradeceu, no início, e logo chegou o nome do local com a
produção. "Vou tentar dizer, cantando, tudo o que eu penso, tudo o que eu
sinto e tudo o que eu tenho para dizer." A partir daí, seguiram as canções
Eu te amo, eu te amo, Além do horizonte, Ilegal, imoral ou engorda e Cama e
mesa, até Roberto cantar, tocando violão, Detalhes. Foi um dos momentos mais
aplaudidos pelo público, estimado em 31 mil pessoas.
Quando se trata do Rei, as fãs sempre surpreendem. Antes mesmo de o cantor subir ao palco, o Estádio se declarava, uníssono, ao som de Como é grande o meu amor por você. Avós, filhos e netos partilhavam uma mesma emoção. "Deus e Roberto são as minhas razões de viver", confessou a aposentada Naíse Canuto, de 68 anos, fã desde os 15. O clima de intimidade com o ídolo se intensifica com as revelações, como quando ele resgata uma história dos tempos de menino para falar do cachorro de estimação, o Axaxá, lembrado na canção O portão.
"Quando eu tinha seis anos, li um livro infantil sobre um vira-lata da maior qualidade que se apaixonou por uma cadelinha. Mas aí chegou o cachorrão da cidade grande e ela se impressionou. O vira-lata, chamado Axaxá, com ciúmes, começou a beber leite com cachaça. Aquilo me marcou. Na Jovem Guarda, quando ganhei um cachorro, também vira-lata da maior qualidade, pus o mesmo nome, e foi ele quem ‘me sorriu latindo", revelou. Na plateia, a dentista Andréa Santiago, 50, se reconheceu. Em homenagem a Roberto, de quem é fã há 43 anos, ela batizou a cadelinha com o mesmo nome.
E as confissões continuaram. Antes de cantar Proposta, o Rei revelou como enveredou para as temáticas sensuais em suas composições. “Há muito tempo, descobri que as canções de amor que eu fazia falavam de coisas simples, inocentes – inocente eu nunca fui, e eu me perguntava "o que falta?’ Descobri que faltava falar de sexo. Mas, pensava, ‘o que vão dizer de mim na rua? Vou ficar falado no meu bairro’. Mas não posso deixar de falar o que eu quero", lembrou. O clima de festa tomou conta com o pout-pourri de É proibido fumar, Namoradinha de um amigo meu, Quando e outras.
Quando se trata do Rei, as fãs sempre surpreendem. Antes mesmo de o cantor subir ao palco, o Estádio se declarava, uníssono, ao som de Como é grande o meu amor por você. Avós, filhos e netos partilhavam uma mesma emoção. "Deus e Roberto são as minhas razões de viver", confessou a aposentada Naíse Canuto, de 68 anos, fã desde os 15. O clima de intimidade com o ídolo se intensifica com as revelações, como quando ele resgata uma história dos tempos de menino para falar do cachorro de estimação, o Axaxá, lembrado na canção O portão.
"Quando eu tinha seis anos, li um livro infantil sobre um vira-lata da maior qualidade que se apaixonou por uma cadelinha. Mas aí chegou o cachorrão da cidade grande e ela se impressionou. O vira-lata, chamado Axaxá, com ciúmes, começou a beber leite com cachaça. Aquilo me marcou. Na Jovem Guarda, quando ganhei um cachorro, também vira-lata da maior qualidade, pus o mesmo nome, e foi ele quem ‘me sorriu latindo", revelou. Na plateia, a dentista Andréa Santiago, 50, se reconheceu. Em homenagem a Roberto, de quem é fã há 43 anos, ela batizou a cadelinha com o mesmo nome.
E as confissões continuaram. Antes de cantar Proposta, o Rei revelou como enveredou para as temáticas sensuais em suas composições. “Há muito tempo, descobri que as canções de amor que eu fazia falavam de coisas simples, inocentes – inocente eu nunca fui, e eu me perguntava "o que falta?’ Descobri que faltava falar de sexo. Mas, pensava, ‘o que vão dizer de mim na rua? Vou ficar falado no meu bairro’. Mas não posso deixar de falar o que eu quero", lembrou. O clima de festa tomou conta com o pout-pourri de É proibido fumar, Namoradinha de um amigo meu, Quando e outras.
Roberto Carlos na tradicional distribuição de rosas. Foto: Site Roberto Carlos.
A disputa pelas rosas
Quando soam os primeiros acordes da música Jesus Cristo, os fãs mais experientes já sabem: é hora de brigar por uma das rosas vermelhas e brancas distribuídas pelo Rei. A disputa é acirrada. Ao final da canção, a última da noite, um grupo tentava descobrir a dona de uns óculos perdidos durante a confusão.
A psicóloga Marluce Tavares, 37, encarou a concorrência, mas saiu de lá com apenas o talo de uma das flores. "Quando cai, todo mundo mete a mão. Eu segurei o talo e uma mulher puxou as pétalas. Mas valeu a pena, claro", conta. O mimo ficará com a tia, Maria Socorro Tavarez, que veio de Natal, no Rio Grande do Norte, apenas para ver a apresentação.
Muitos vieram de longe. A secretária Raimunda Pereira de Luna, 53, que estava acompanhada do filho Raimundo, 22, viajou 12 horas de de Juazeiro, na Bahia, à capital pernambucana. "E o ônibus ainda quebrou", conta, sem lamentações ou arrependimentos. "Esse é meu segundo show. O primeiro foi em 1992. Eu nunca tive a oportunidade de ver outro show dele. Mas só mudou a idade. O carisma é o mesmo", garante ela, com uma rosa vermelha na mão.
A professora e economista Márcia Rosana, 50, também levou uma flor e ainda conseguiu dar um presente ao Rei, o terceiro. "Eu já dei um coração vermelho com os dizeres ‘amo você um tantão assim’, com bilhetinhos amarelos, um passarinho azul e branco e o coelhinho, que ele pegou hoje", comemora Márcia. O coelhinho, explica, é pela Páscoa e pelo aniversário. O militar da Aeronáutica André Brandão, 46, entrou na briga pela esposa, Ediles Brandão. "Somos fãs há muito tempo, mas é nosso primeiro show. Ela merece isso", declarou.
Repertório
Emoções
Eu te amo, eu te amo
Além do horizonte
Ilegal, imoral ou engorda
Cama e mesa
Detalhes
Desabafo
O portão
Outra vez
Lady Laura
Nossa Senhora
O calhambeque
Mulher pequena
Proposta
Esse cara sou eu
Pout-pourri – É proibido fumar/Namoradinha de um amigo meu/Quando/E por isso estou aqui/Jovens tardes de domingo/Emoções
Como é grande o meu amor por você
Jesus Cristo
Quando soam os primeiros acordes da música Jesus Cristo, os fãs mais experientes já sabem: é hora de brigar por uma das rosas vermelhas e brancas distribuídas pelo Rei. A disputa é acirrada. Ao final da canção, a última da noite, um grupo tentava descobrir a dona de uns óculos perdidos durante a confusão.
A psicóloga Marluce Tavares, 37, encarou a concorrência, mas saiu de lá com apenas o talo de uma das flores. "Quando cai, todo mundo mete a mão. Eu segurei o talo e uma mulher puxou as pétalas. Mas valeu a pena, claro", conta. O mimo ficará com a tia, Maria Socorro Tavarez, que veio de Natal, no Rio Grande do Norte, apenas para ver a apresentação.
Muitos vieram de longe. A secretária Raimunda Pereira de Luna, 53, que estava acompanhada do filho Raimundo, 22, viajou 12 horas de de Juazeiro, na Bahia, à capital pernambucana. "E o ônibus ainda quebrou", conta, sem lamentações ou arrependimentos. "Esse é meu segundo show. O primeiro foi em 1992. Eu nunca tive a oportunidade de ver outro show dele. Mas só mudou a idade. O carisma é o mesmo", garante ela, com uma rosa vermelha na mão.
A professora e economista Márcia Rosana, 50, também levou uma flor e ainda conseguiu dar um presente ao Rei, o terceiro. "Eu já dei um coração vermelho com os dizeres ‘amo você um tantão assim’, com bilhetinhos amarelos, um passarinho azul e branco e o coelhinho, que ele pegou hoje", comemora Márcia. O coelhinho, explica, é pela Páscoa e pelo aniversário. O militar da Aeronáutica André Brandão, 46, entrou na briga pela esposa, Ediles Brandão. "Somos fãs há muito tempo, mas é nosso primeiro show. Ela merece isso", declarou.
Repertório
Emoções
Eu te amo, eu te amo
Além do horizonte
Ilegal, imoral ou engorda
Cama e mesa
Detalhes
Desabafo
O portão
Outra vez
Lady Laura
Nossa Senhora
O calhambeque
Mulher pequena
Proposta
Esse cara sou eu
Pout-pourri – É proibido fumar/Namoradinha de um amigo meu/Quando/E por isso estou aqui/Jovens tardes de domingo/Emoções
Como é grande o meu amor por você
Jesus Cristo
GALERIA DE FOTOS/SHOW DE ROBERTO CARLOS NO ARRUDÃO
Panorama geral do Arrudão
O campo do Arruda tomado de gente. Foto: Site Roberto Carlos.
Panorama das cadeiras. Foto: Jânio Alencar.
Aos poucos, os fãs foram chegando. Foto: Jânio Alencar.
Por: Jânio Alencar/VZN e Camila Souza e Luiza Maia/
Diário de Pernambuco.
BOA TARDE, MIM CHAMO JOJO YOLANDENSE DA VILA YOLANDA RECIFE, NESTE PERIODO QUE ROBERTO CARLOS ESTEVE NO CLUBE YOLANDA O QUENTE NO BAIRRO DO JIQUIA , EU TINHA 8ANOS DE IDADE, FOI UM DIA DE SABADO , FICOU EM MINHA MEMORIA A QUANTIDADE DE CARROS QUE FICOU NAS RUAS DA VILA YOLANDA... KKKKK O YOLANDA, HA HA E O QUENTE
ResponderExcluirObrigado Jojo, pela seu comentário. Realmente, o Yolanda já foi sensação.
ExcluirBoa noite eu JÓJÓ YOLANDENSE do clube yolanda é o quente 🔥 dr Recife Pernambuco recordamos os momentos felizes que vivemos no show de Roberto
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