17 de
abril de 2016 (Domingo)
O
plenário da Câmara dos Deputados aprovou neste domingo a abertura do processo
de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A votação terminou, atingiu os 367 votos favoráveis necessários para dar continuidade ao
processo de afastamento da presidenta.
O
deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o 342º voto pelo andamento do impeachment,
que agora será analisado pelo Senado Federal. Trinta e seis deputados ainda não
votaram. O quórum no painel eletrônico do plenário da Câmara registra 511
parlamentares presentes na sessão. Até o placar que definiu a abertura do
impeachment, 137 deputados votaram "não" e seis se abstiveram. Dois
parlamentares não compareceram.
A votação
A sessão
de hoje foi aberta às 14h pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Após manifestações do relator da Comissão Especial do Impeachment, deputado
Jovair Arantes (PTB-GO), de líderes partidários e representantes da minoria e
do governo, a votação começou por volta de 17h45.
Os
deputados foram chamados a votar de acordo com ordem definida no regimento
interno da Câmara, da região Norte para a Sul do país. O primeiro a votar foi o
deputado Abel Galinha (DEM-RR), que disse “sim” ao impeachment.
A
discussão do parecer sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma, que
antecedeu a sessão de hoje, começou na última sexta-feira (15), durou mais de
43 horas ininterruptas e se tornou a mais longa da história da Câmara dos
Deputados.
Histórico
Antes de
chegar ao plenário, na Comissão Especial do Impeachment, o relatório de Arantes
pela admissibilidade do processo foi aprovado com placar de 38 votos favoráveis
e 27 contrários. O pedido de impeachment, assinado pelos juristas Miguel Reale
Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, foi recebido por Cunha em dezembro de
2015.
O pedido
teve como base o argumento de que Dilma cometeu crime de responsabilidade por
causa do atraso nos repasses a bancos públicos para o pagamento de benefícios
sociais, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais. Os autores do pedido
também citaram a abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem
autorização do Congresso Nacional como motivo para o afastamento da presidenta.
Collor
Na votação
do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, estiveram
presentes 480 dos 503 deputados que compunham a Câmara na época. O placar na
ocasião foi de 441 votos favoráveis ao impeachment, 38 contrários. Houve 23
ausências e uma abstenção.
Por:
Agência Brasil.
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