17 de abril de 2016 (Domingo)
Nunca antes na história o Santa
Cruz foi tão longe numa Copa do Nordeste. A hora de disputar a decisão do
torneio regional finalmente chegou. Graças à aplicação e ao jogo coletivo do
Tricolor Pernambucano na tarde deste domingo, ao derrotar o Bahia por 1 a 0, na
Arena Fonte Nova, em partida com ânimos acirrados. A classificação inédita à
final veio com gol solitário de Grafite, ainda no primeiro tempo.
Antes mesmo de o cronômetro marcar dois minutos, João Paulo já pedia calma para o Vitor. Recado que poderia se estender para outros atletas do time do Santa Cruz e também do Bahia. Os ânimos estavam aflorados. A ansiedade tomava conta de muitos jogadores. Tiago Cardoso e Neris, por exemplo, não se entenderam para chegar a uma bola que parecia inofensiva e quase dão de graça um gol para Danilo Pires. O Bahia errava também. Sorte dos corais. Ao tentar sair com bola dominada na defesa, o zagueiro Róbson perdeu disputa para Grafite, que tirou o goleiro Marcelo Lomba da jogada e fez 1 a 0.
O descontrole permanecia e contrariava um dos pilares do trabalho do treinador Milton Mendes, da corrente que preza pelo “equilíbrio mental” em campo. Neris se desentendeu com Hernane Brocador e deixou o braço no rosto do atacante dentro da área, num lance sem bola. A arbitragem não marcou pênalti porque não viu. O Brocador revidou depois. Mas em Alemão. Deu uma entrada dura no tornozelo do zagueiro do Santa e escapou de ser expulso.
Neste clima de acirramento, foi o Tricolor de Aço quem cresceu. Principalmente aproveitando-se dos erros individuais e espaços deixados por Vitor e Tiago Costa nas laterais, começou a chegar na meta de Tiago Cardoso, autor de defesas em cabeçadas de Thiago Ribeiro e Edigar Junio. Antes, esse último ainda havia chutado para fora quando esteve à frente do goleiro do Santa, sem marcação alguma.
A aplicação tática da equipe de Mendes, entretanto, acabou eclipsando as falhas individuais e impediu que o Bahia progredisse ainda mais sobre o seu campo defensivo no primeiro tempo. Com essa mesma toada, o Santa soube ainda colocar mais a bola no chão para criar as jogadas no início do segundo. Grafite poderia ter feito mais um, já aos sete da etapa final. Mas jogo era aberto e foi ganhando contornos de drama com o passar do tempo.
Os comandados de Doriva se viam obrigados a partir para cima e tentar um empate que os levariam para a decisão após o 2 a 2 no jogo de ida, no Arruda. Foi o que fizeram. Criar não era uma missão ácil. Quando conseguiram, os atacantes, porém, perderam gols. Sorte de um diligente Santa Cruz que tinha uma tarde em que tudo deu certo. Se essa sorte perduraria até o apito final, ninguém sabia. Doriva acionou o atacante Zé Roberto e deixou o Bahia com quatro jogadores na linha de frente.
Antes mesmo de o cronômetro marcar dois minutos, João Paulo já pedia calma para o Vitor. Recado que poderia se estender para outros atletas do time do Santa Cruz e também do Bahia. Os ânimos estavam aflorados. A ansiedade tomava conta de muitos jogadores. Tiago Cardoso e Neris, por exemplo, não se entenderam para chegar a uma bola que parecia inofensiva e quase dão de graça um gol para Danilo Pires. O Bahia errava também. Sorte dos corais. Ao tentar sair com bola dominada na defesa, o zagueiro Róbson perdeu disputa para Grafite, que tirou o goleiro Marcelo Lomba da jogada e fez 1 a 0.
O descontrole permanecia e contrariava um dos pilares do trabalho do treinador Milton Mendes, da corrente que preza pelo “equilíbrio mental” em campo. Neris se desentendeu com Hernane Brocador e deixou o braço no rosto do atacante dentro da área, num lance sem bola. A arbitragem não marcou pênalti porque não viu. O Brocador revidou depois. Mas em Alemão. Deu uma entrada dura no tornozelo do zagueiro do Santa e escapou de ser expulso.
Neste clima de acirramento, foi o Tricolor de Aço quem cresceu. Principalmente aproveitando-se dos erros individuais e espaços deixados por Vitor e Tiago Costa nas laterais, começou a chegar na meta de Tiago Cardoso, autor de defesas em cabeçadas de Thiago Ribeiro e Edigar Junio. Antes, esse último ainda havia chutado para fora quando esteve à frente do goleiro do Santa, sem marcação alguma.
A aplicação tática da equipe de Mendes, entretanto, acabou eclipsando as falhas individuais e impediu que o Bahia progredisse ainda mais sobre o seu campo defensivo no primeiro tempo. Com essa mesma toada, o Santa soube ainda colocar mais a bola no chão para criar as jogadas no início do segundo. Grafite poderia ter feito mais um, já aos sete da etapa final. Mas jogo era aberto e foi ganhando contornos de drama com o passar do tempo.
Os comandados de Doriva se viam obrigados a partir para cima e tentar um empate que os levariam para a decisão após o 2 a 2 no jogo de ida, no Arruda. Foi o que fizeram. Criar não era uma missão ácil. Quando conseguiram, os atacantes, porém, perderam gols. Sorte de um diligente Santa Cruz que tinha uma tarde em que tudo deu certo. Se essa sorte perduraria até o apito final, ninguém sabia. Doriva acionou o atacante Zé Roberto e deixou o Bahia com quatro jogadores na linha de frente.
Muita vibração da torcida coral na Fonte Nova. Foto: A Tarde/Bahia.
Ânimos se acirram ainda mais
Ao ser substituído, Grafite, que já tinha cartão amarelo, recebeu o segundo do árbitro por ter feito “cera”. O árbitro voltou atrás e a sua atitude levou à revolta do time baiano. Armou-se uma confusão no gramado. No meio do tumulto, o técnico Milton Mendes deu uma cabeçada no auxiliar técnico do Bahia, Eduardo Souza. Destemperado e indo de encontro ao que prega para o elenco, terminou expulso. O zagueiro Róbson, do Bahia, e João Paulo também receberam cartões vermelhos ao parar contra-ataques. Mais retraído com a entrada do volante Wellington Cézar no lugar do camisa 23, a equipe pernambucana resolveu se segurar. Conseguiu com primazia. Fez história. Ainda viu Moisés ser também expulso no último lance do confronto.
Ao ser substituído, Grafite, que já tinha cartão amarelo, recebeu o segundo do árbitro por ter feito “cera”. O árbitro voltou atrás e a sua atitude levou à revolta do time baiano. Armou-se uma confusão no gramado. No meio do tumulto, o técnico Milton Mendes deu uma cabeçada no auxiliar técnico do Bahia, Eduardo Souza. Destemperado e indo de encontro ao que prega para o elenco, terminou expulso. O zagueiro Róbson, do Bahia, e João Paulo também receberam cartões vermelhos ao parar contra-ataques. Mais retraído com a entrada do volante Wellington Cézar no lugar do camisa 23, a equipe pernambucana resolveu se segurar. Conseguiu com primazia. Fez história. Ainda viu Moisés ser também expulso no último lance do confronto.
Os principais protagonistas do duelo tricolor, Hernane Brocador (Bahia), Keno e Grafite (Santa). Foto: Margarida Neide/A Tarde.
Santa Cruz 1
Tiago Cardoso; Vitor, Alemão, Neris e Tiago Costa; Uillian Correia, João Paulo, Wallyson, Keno (Léo Moura) e Arthur (Raniel); Grafite (Wellington Cézar). Técnico: Milton Mendes.
Bahia 0
Marcelo Lomba; Tinga (Zé Roberto), Róbson, Éder e Moisés; Paulo Roberto (Rômulo), Danilo Pires e Juninho; Thiago Ribeiro, Edigar Junio (Luisinho) e Hernane Brocador. Técnico: Doriva.
Local: Arena Fonte Nova (Salvador-BA).
Árbitro: José Ricardo Vasconcellos Laranjeira (AL).
Assistentes: Pedro Jorge Santos de Araújo (AL) e Rondinelle dos Santos Tavares (AL).
Gol: Grafite (13’ do 1T, Santa)
Cartões amarelos: Grafite e João Paulo (Santa Cruz); Hernane Brocador, Róbson e Juninho (Bahia)
Cartão vermelho: Milton Mendes e João Paulo (Santa Cruz); Róbson e Moisés (Bahia)
Tiago Cardoso; Vitor, Alemão, Neris e Tiago Costa; Uillian Correia, João Paulo, Wallyson, Keno (Léo Moura) e Arthur (Raniel); Grafite (Wellington Cézar). Técnico: Milton Mendes.
Bahia 0
Marcelo Lomba; Tinga (Zé Roberto), Róbson, Éder e Moisés; Paulo Roberto (Rômulo), Danilo Pires e Juninho; Thiago Ribeiro, Edigar Junio (Luisinho) e Hernane Brocador. Técnico: Doriva.
Local: Arena Fonte Nova (Salvador-BA).
Árbitro: José Ricardo Vasconcellos Laranjeira (AL).
Assistentes: Pedro Jorge Santos de Araújo (AL) e Rondinelle dos Santos Tavares (AL).
Gol: Grafite (13’ do 1T, Santa)
Cartões amarelos: Grafite e João Paulo (Santa Cruz); Hernane Brocador, Róbson e Juninho (Bahia)
Cartão vermelho: Milton Mendes e João Paulo (Santa Cruz); Róbson e Moisés (Bahia)
Público pagante: 22.519
Renda: R$ 551.506,00
Na outra semifinal, o Sport Recife perdeu no tempo normal no jogo de volta, para o Campinense-PB por 1 a 0. O jogo foi para cobrança de pênaltis, já que o clube pernambucano havia ganho na Ilha pelo mesmo resultado. Nas penalidades, o Campinense venceu por 3 a 1 e disputa a final com o Santa Cruz.
Por: Yuri de Lira/Diário de
Pernambuco.
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