sexta-feira, 22 de abril de 2016

Santa Cruz vence o Náutico no primeiro jogo da semifinal do Pernambucano

Arthur em noite inspirada fez dois gols e o Santa Cruz está perto da final. Foto: André Nery/JC Imagem.



20 de abril de 2016 (Quarta-feira)

O Santa Cruz abriu uma boa vantagem para chegar à decisão do Campeonato Pernambucano. Na noite desta quarta-feira, foi superior ao Náutico na primeira semifinal e aplicou 3 a 1 no rival em jogo de maior público no ano no Arruda. Em curva ascendente sob o comando do invicto Milton Mendes, o Tricolor marcou duas vezes com Arthur (que ainda não havia balançado as redes oficialmente pelo clube) e com Tiago Costa. Joazi descontou no fim e deixou o Timbu ainda vivo para o reencontro do próximo domingo, na Arena Pernambuco De quebra, o resultado fez time coral dar fim ao “jejum” de vitórias em clássicos, que durava oito partidas, e diante do próprio Timbu, que durava oito.
A escolha de Gilmar Dal Pozzo por Joazi na lateral direita parecia arriscada. A impressão se confirmaria com pouco tempo de jogo. Agudo, Keno era a principal válvula do Santa Cruz e o prata da casa alvirrubro sentia dificuldade em pará-lo. E exatamente pelo setor saiu o primeiro gol do Santa, aos 10 minutos. Em jogada individual, Keno passou pelo atleta da base do Náutico e cruzou para Arthur fazer 1 a 0.

Compacto, como tem se mostrado desde a chegada de Milton Mendes, o Tricolor não permitiu o Timbu reagir depois do gol sofrido. Em todo o primeiro tempo, foram apenas duas chances. A primeira por causa de uma saída de bola errada de Tiago Cardoso, que, adiantado, poderia ter sido pego de surpresa fosse Rony mais certeiro. Depois, num outro lance fortuito e de novo com Rony. O chute dele desviou na zaga, encobriu o goleiro coral, só que não o suficiente para que o camisa 1 não pudesse desviá-la.

A postura do Santa Cruz era de cautela. Pouco ameaçado pelo rival, que não conseguia trocar muitos passes, estudava o momento ideal para dar o bote e ampliar a vantagem no Arruda. Quase sempre, por sinal, pela direita do Náutico. Grafite poderia ter feito o segundo, de cabeça, depois de um cruzamento de Neris pelo lado de Joazi. Os aplausos da torcida tricolor e o silêncio da alvirrubra na hora do intervalo refletiram como foi o andamento da etapa inicial da partida.
Dal Pozzo voltou dos vestiários com Esquerdinha no lugar de Gil Mineiro, apagado no primeiro tempo. A intenção do treinador era dar mais mobilidade ofensiva ao time. A troca não deu certo. Mal deu tempo ser testada, na verdade. Com oito minutos do segundo tempo, João Paulo cruzou para área em cobrança de escanteio e Arthur deu mais uma testada para o gol: 2 a 0.

A partir de então, o Timbu até tentou ganhar campo, mas esbarrava em suas próprias limitações no momento de criar. Quando se atirou demais, o Santa aplicou-lhe um contra-ataque fatal puxado por Lelê, que tocou para Tiago Costa fazer o terceiro, colocando a bola no lado direito de Júlio César. Parte da torcida do Náutico começou a deixar o estádio. Poderia ter ampliado diante de um adversário basante exposto. Danny Morais chegou a acertar a trave. Quem deixou o Arruda, porém, não viu o gol de honra aos 41, feito justamente pelo contestado Joazi. Um fio de esperança para os alvirrubros. Rafael Coelho teve como encostar ainda mais no placar.

Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vitor, Danny Morais, Neris e Tiago Costa; Uillian Correia, Lelê, João Paulo, Keno (Raniel) e Arthur (Bruno Moraes); Grafite (Wallyson). Técnico: Milton Mendes.

Náutico
Júlio César; Joazi, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gaston; Ygor (Eduardinho) e Rodrigo Souza; Rony (Rafael Coelho), Renan Oliveira e Gil Mineiro (Esquerdinha); Thiago Santana. Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

Local: Arruda (Recife-PE). Árbitro: Sebastião Rufino Filho (PE). Assistentes: Ricardo Chianca (PE) e José Daniel (PE). Gols: Arthur (10’ do 1T e 8’ do 2T, Santa), Tiago Costa (24’ do 2T, Santa); Joazi (42’ do 2T, Náutico). Cartões amarelos: Arthur e Uillian Correia (Santa Cruz); Renan Oliveira, Rodrigo Souza, Esquerdinha (Náutico). Público: 40.140. Renda: R$ 346.288,00

Por: Yuri de Lira/Diário de Pernambuco.

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