1º de maio de 2016 (Domingo)
CAMPINA GRANDE - Passará o tempo
e o dia de hoje seguirá imortalizado na memória de cada tricolor. O Santa Cruz
levantou a taça do Nordestão pela primeira vez na história. Ao empatar em 1 a 1
com o Campinense, o clube coral afirma a alcunha de "Terror do
Nordeste" - que recebera há décadas e se respalda agora com um triunfo
desta magnitude. Muda também o seu DNA. Como prêmio pelo título, a equipe coral
tem agora a chance de romper as fronteiras do Brasil, também pela primeira vez,
e disputar as duas próximas edições da Copa Sul-Americana. A conquista regional
sacramenta a caminhada de um time que se reinventou durante o próprio torneio,
foi cirúrgico ao eliminar adversários valiosos como Ceará e Bahia no mata-mata,
soube jogar diante de um empenhado finalista e conseguiu silenciar a parte
vermelha e preta do Amigão neste domingo inesquecível. Enfim, o Nordeste é do
Santa Cruz!
A parcela preta, branca e vermelha da torcida presente no estádio não era pequena. Campina Grande virou um pedaço do Arruda. Transformou-se num reduto de uma gente que alimenta um sentimento quase sagrado por um clube que tem se familiarizado a conquistas nos últimos anos. Que não iria fraquejar quando chegou mais próximo de alcançar o título que lhe faltava.
A parcela preta, branca e vermelha da torcida presente no estádio não era pequena. Campina Grande virou um pedaço do Arruda. Transformou-se num reduto de uma gente que alimenta um sentimento quase sagrado por um clube que tem se familiarizado a conquistas nos últimos anos. Que não iria fraquejar quando chegou mais próximo de alcançar o título que lhe faltava.
Paulatinamente, a cidade e o
estádio foram se pintando em três cores desde o começo do dia, quando carros e
caravanas com torcedores entusiasmados partiam do Recife com a certeza que
voltariam para casa com a inédita Copa do Nordeste. Não ficou espaço vazio na
área reservada aos tricolores no Amigão. Os jogadores não decepcionaram esta
gente. Jogaram pela torcida. Pelos seus familiares, que fizeram uma visita de
surpresa na preleção deste domingo. Pelos torcedores que também ansiavam pela
taça na capital pernambucana.
Ainda que fora de casa e
pressionado pela maioria do estádio, o Santa Cruz conseguiu iniciar o duelo de
volta até melhor que o de ida. Poderia ter aberto o placar numa falta perigosa
cobrada por Tiago Costa, ainda aos dois. O ritmo do Tricolor não diminuiria até
o intervalo. Pelo contrário. Aumentou quando João Paulo, voltando de lesão que
o deixou de fora dos dois últimos jogos da temporada, entrou aos 18 no lugar de
Leandrinho, machucado.
Cinco minutos depois da substituição, Grafite perderia um gol inacreditável. Recebeu passe de Arthur e, frente a frente com Glédson, chutou a bola por cima da barra. A reação da torcida mandante foi imediata: comemorou o lance como se fora um gol da Raposa. Já a do Santa viu aquilo tudo incrédula, ciente que chances como aquela custariam para surgir num embate tão acirrado.
Cinco minutos depois da substituição, Grafite perderia um gol inacreditável. Recebeu passe de Arthur e, frente a frente com Glédson, chutou a bola por cima da barra. A reação da torcida mandante foi imediata: comemorou o lance como se fora um gol da Raposa. Já a do Santa viu aquilo tudo incrédula, ciente que chances como aquela custariam para surgir num embate tão acirrado.
Arthur, o herói do título, marcou o gol da vitória. Foto: Portal do Cariri.
Os gols e mais nervosismo
Sem chegar com qualidade para emburacar na retaguarda equipe pernambucana, o Campinense atacava os tricolores mais na base do apoio dos seus torcedores. Aos gritos de “eu acredito” ecoados no estádio, quase sempre pelas laterais, a Raposa esboçou uma pressão no fim do primeiro tempo, insuficiente para exigir alguma grande defesa de Tiago Cardoso.
Parte da torcida do Santa no Amigão já começou o segundo tempo comemorando um gol. Ledo engano de uma bola por trás das redes chutadas por Arthur. Daí em diante a apreensão (tanto de raposeiros, como dos corais) crescia a cada batida do relógio requintes de nervosismo. O técnico Milton Mendes, então, decidiu fechar a equipe ao tirar o meia Lelê para colocar o volante Wellington Cézar. Alteração que chamou demais o rubro-negro para o campo de defesa.
O preço foi alto: gol de Rodrigão
aos 25. Barulho na maior parte do estádio, contrastada com o silêncio fúnebre
dos cerca de 2 mil torcedores do Tricolor. Mas o Santa não esmoreceria. Tudo do
Santa Cruz sempre foi difícil. Por que teria de ser fácil agora? Estamos
falando de Santa Cruz, um clube acostumado a muitas adversidades. Mas também a
conquistas heroicas. A equipe do invicto Milton Mendes agigantou-se. Keno fez jogada
pela esquerda, Arthur fuzilou na segunda tentativa: 1 a 1. Eram milhares de
corações derretidos em Campina Grande, no Recife e espalhados por qualquer
lugar do Brasil ou do mundo. Era o gol do título inédito do Santa Cruz.
Mais de 5 mil tricolores invadiram o Estádio Amigão e fizeram uma grande festa após o titulo inédito da Cobra Coral. Foto: Diário de Pernambuco.
Campinense-PB 1
Glédson; Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Fernando Pires, Magno, Raul (Filipe Ramon) e Roger Gaúcho (Adalgísio Pitbull); Jussimar (Tiago Pedra) e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.
Santa Cruz 1
Tiago Cardoso; Vitor (Bruno Moraes), Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Leandrinho (João Paulo), Lelê (Wellington Cézar), Keno e Arthur; Grafite. Técnico: Milton Mendes.
Local: Estádio Amigão (Campina Grande-PB)
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e José Carlos Oliveira dos Santos (BA)
Gols: Rodrigão (25’ do 2T, Campinense); Arthur (33’ do 2T, Arthur)
Cartões amarelos: Arthur e Tiago Cardoso (Santa Cruz)
Glédson; Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Fernando Pires, Magno, Raul (Filipe Ramon) e Roger Gaúcho (Adalgísio Pitbull); Jussimar (Tiago Pedra) e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.
Santa Cruz 1
Tiago Cardoso; Vitor (Bruno Moraes), Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Leandrinho (João Paulo), Lelê (Wellington Cézar), Keno e Arthur; Grafite. Técnico: Milton Mendes.
Local: Estádio Amigão (Campina Grande-PB)
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e José Carlos Oliveira dos Santos (BA)
Gols: Rodrigão (25’ do 2T, Campinense); Arthur (33’ do 2T, Arthur)
Cartões amarelos: Arthur e Tiago Cardoso (Santa Cruz)
Por: Yuri de Lira/Diário de
Pernambuco.
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