sábado, 30 de abril de 2016

Santa Cruz vence o Campinense no último minuto do jogo

O artilheiro Grafite, abriu o placar no Colosso do Arruda. Foto: Aldo Carneiro/PE Press.

27 de abril de 2016 (Quarta-feira)



Foi sofrido. Foi só no fim do jogo que o Santa Cruz conseguiu a vantagem para o "segundo tempo" da final da Copa do Nordeste. Em noite de grande público no Arruda, o Tricolor bateu o Campinense por 2 a 1 nesta quarta-feira e pode empatar no próximo domingo, em Campina Grande, para conquistar o título inédito do torneio regional. Após Grafite ter aberto o placar na etapa inicial e a Raposa ter empatado depois do intervalo, foi o "General" Bruno Moraes, quem saiu da reserva para decretar a vitória, aos 46.
Posta à beira do campo antes do começo da final, a taça da Copa do Nordeste dava aos jogadores que entravam em campo, de imediato, a noção da magnitude do jogo. A peça recebia olhares de tricolores e rubro-negros e parecia reluzir a vontade deles de sair com alguma vantagem no primeiro duelo da decisão. Mas foi o Campinense que iniciou mais aceso na busca deste objetivo. Mesmo com um Arruda lotado, os visitantes não se intimidaram com a pressão. Organizados taticamente, tiveram oportunidade até ter aberto o placar com Felipe Ramon.

Sem o treinador Milton Mendes no banco de reservas, que cumpriu suspensão automática por expulsão, o Santa Cruz aos poucos foi entrando na defesa do adversário, embora a troca de passes ainda não saísse com a primazia de outrora. Logo depois da melhor jogada do time (um cruzamento de Leandrinho não completado por ninguém), o Tricolor chegou ao primeiro gol. Aproveitou-se de um escanteio batido pelo mesmo Leandrinho. Grafite encontrou o caminho das redes, de cabeça, aos 29 da etapa inicial. Fez-se festa no Arruda.

A desvantagem e a torcida coral ainda mais incendiada não esmoreceram o Campinense, que chegou a marcar um gol com uma testada de Tiago Sala, anulado pela arbitragem - que alegou impedimento. A equipe pernambucana, por sua vez, intensificou a sua postura cirúrgica, de defender com as linhas próximas e atacar apenas quando encontrava boas brechas. Também bem compactado, o time paraibano fazia com que esses espaços custassem para aparecer, entretanto.
Sob o comando do auxiliar Edinélson da Silva no segundo tempo, o Tricolor voltou do intervalo num ritmo mais intenso. Não demorou para o goleiro Glédson impedir que Arthur fizesse o segundo numa cabeçada. Por pouco, ele também não leva um gol contra de Leandro Sobral, numa bola que bateu na trave. Em seguida, cresceu para cima de Lelê e evitou um gol que o meia não poderia ter perdido. O Santa Cruz tentava buscar o gol com mais ímpeto. Mas Lelê e Keno não acompanhavam a toada de Grafite e Arthur.

Defensivamente, os corais começaram a dar o combate ao adversários sem tanta proximidade. A consequência dessa falha foi um escanteio para o Campinense. A consequência desse escanteio, o empate. Tiago Sala colocou no fundo das redes de Tiago Cardoso. Sem cumprir direito a suas atribuições táticas, Lelê ainda perdeu mais um gol e acabaria substituído por Raniel.

 Bruno Moraes decretou a vitória coral. Foto: Diego Nigro/JC Imagem

O time acusou o golpe e esfriou. Junto da torcida, que vaiava os jogadores que saíram substituídos. Muitos deles começaram a deixar o estádio. Perderam. Não viram o gol de Bruno Moraes, que entrou no lugar de Leandrinho e parecia fadado a passar em branco. Mas, quando o centroavante recebeu a bola dentro da grande área, não perdoou. Estufou as redes de Glédson: 2 a 1. Mais festa no Arruda. As vaias transformavam em euforia, aplausos e gritos para o "General" do Arruda.

 Vibração geral após o gol do General. Foto: Revista Placar.

FICHA DO JOGO              

Santa Cruz 2
Tiago Cardoso; Vitor (Léo Moura), Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Leandrinho (Bruno Moraes), Lelê (Raniel), Keno e Arthur; Grafite. Técnico: auxiliar Adriano.

Campinense-PB 1
Glédson; Negretti, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Leandro Sobral (Chapinha), Magno, Filipe Ramon e Roger Gaúcho (Fernando Pires); Raul (Jucimar) e Rodrigão. Técnico: Francisco Diá.

Estádio: Arruda (Recife-PE). Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA), substituido por Nielson, após sofrer contusão.
Assistentes: Elicarlos Franco de Oliveira (BA) e Adaílton José de Jesus Silva (BA). Gols: Grafite (29' do 1T, Grafite); Tiago Sala (26' do 2T, Campinense) e Bruno Moraes (47' do 2T, Santa). Cartões amarelos: Uillian Correia (Santa Cruz); Negretti, Tiago Sala e Jucimar (Campinense). Público: 36.106. Renda: R$ 607.450,00.

Por: Yuri de Lira/Diário de Pernambuco.

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