A festa de Diego Souza foi completa. O meia chegava ao seu 100º jogo com a camisa do Leão e isso, certamente, o incentivou a protagonizar mais uma grande atuação. Não foi a sua maior apresentação com a camisa rubro-negra, é verdade. O camisa 87 também não fez nenhum lance plástico ou jogada de efeito, mas foi decisivo quando necessário. Participou dos melhores lances da partida e mostrou a raça de sempre. O bastante para ajudar o Sport a vencer o Atlético-PR por 2 a 0, na Ilha do Retiro. O Rubro-negro engatou, assim, a terceira vitória consecutiva na Série A, se afastando um pouco mais da zona de rebaixamento.
Mais uma vez, Oswaldo de Oliveira não contou com Durval e a zaga foi composta por Ronaldo Alves e Matheus Ferraz. A dupla se mostrou sólida e não cometeu nenhuma falha crucial. O resultado da boa atuação foi que a equipe voltou a terminar uma partida sem sofrer gols, algo que não ocorria desde a 10ª rodada, quando o Leão empatou com o São Paulo no Morumbi. O meio de campo e o ataque seguiram o ritmo dos defensores e funcionaram bem. Souberam equilibrar a marcação com as investidas ofensivas. Só faltou equilíbrio nos avanços. Everton Felipe foi o principal motor da equipe e concentrou as jogadas pelo lado direito.
O jogo
Até os dez minutos de partida, as equipes pareciam determinadas em não perder a posse de bola e estudar o adversário ao máximo. Foi assim que Everton Felipe começou a partida errando lances bobos. Drible ou passe. Nada dava certo para o camisa 97. Só após as equipes ultrapassarem a desconfiança inicial é que os ataques, principalmente o do Sport, começaram a funcionar. Foi aí que Everton apareceu de forma positiva e o jogo começou a ser mais favorável ao Leão.
Ao menos dois escanteios foram conquistados por Everton e ficava claro que os donos da casa estavam bem mais perto de abrir o placar do que os visitantes. Porém, não foi o 97 que iniciaria a jogada que resultaria em um pênalti sobre Rogério. Foi o 87. Aos 15 minutos, em uma bola lançada por Diego Souza por cima da defesa, Rogério tentou dominar e foi calçado. Lance que rendeu muita reclamação dos atletas do Furacão, mas que o árbitro Wilton Pereira Sampaio não teve dúvidas. O homenageado da noite foi para a bola e não decepcionou. Bateu no ângulo e não permitiu que Weverton pensasse em defender: 1 a 0 para o Leão.
O gol foi o motor para o Sport seguir pressionando, mas havia um problema. Ou melhor, dois. Rogério e Edmilson estavam destoando do restante da equipe e isso refletia nas finalizações sem perigo ou nos erros no último passe. Como o Leão atacava muito pelo lado direito, talvez o principal problema do time na primeira etapa, o Furacão decidiu que o melhor era pressionar justamente nas costas de Everton Felipe e Samuel Xavier. Foi assim que pelo menos dois lances de perigo ocorreram, mas nada que assustasse Magrão. O maior risco que o camisa 1 correu em todo o primeiro tempo foi na falta cobrada por Rafael Galhardo, já nos acréscimos.
A torcida rubro-negra voltou a acreditar no time após três vitórias expressivas. Foto: Sport Recife.
Segundo tempo
Mais uma vez os times não mudaram a postura inicial e nenhum dos rubro-negros se atirou ao ataque. Edmilson, no entanto, estava destinado a ser figura principal no início da segunda etapa. Aos seis minutos, Diego Souza rolou para Samuel Xavier e o lateral direito deixou Edmilson na cara do gol através de um passe rasteiro. Era só rolar para o gol, mas o camisa 17 quis inventar. Tentou finalizar de letra. Errou e sofreu com as reclamações.
A recuperação do atacante veio em apenas dois minutos. Após escanteio, Rogério recuperou a bola na entrada da área e chutou para a defesa parcial de Weverton. O rebote foi parar nos pés de Edmilson, que desta vez não perdoou: 2 a 0 para o Sport e o clima de tranquilidade se instaurou na Ilha do Retiro.
Com a boa vantagem, o Sport, não se atirou mais ao ataque. Soube concentrar os seus esforços em sair para o jogo apenas quando era necessário. Consequentemente, o Furacão buscou bem mais o ataque e Magrão começou a ter mais trabalho. O primeiro a testá-lo foi o atacante Pablo, que após a bola ser mal desviada, dominou livre na área e forçou o goleiro a fazer grande defesa. O mesmo jogador chutou um pouco mais de longe logo no ataque seguinte e levou perigo outra vez ao camisa 1.
Após os sustos, Oswaldo de Oliveira foi pontual. Aos 25 minutos, decidiu tirar Serginho, que já tinha recebido um cartão amarelo, e colocou Rodrigo Mancha em busca de novo fôlego na marcação. Deu certo e os avanços dos curitibanos foram minimizados. Ainda houve tempo para promover a estreia do volante Paulo Roberto, que fechou de vez o meio de campo e contribuiu para que o Sport voltasse a sair da partida sem a meta ser vazada após seis jogos.
FICHA DO JOGO
Sport Recife
Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Ronaldo Alves e Rodney Wallace; Serginho (Rodrigo Mancha, aos 26’ do 2ºT), Rithely e Diego Souza; Everton Felipe, Rogério (Paulo Roberto, aos 40’ do 2ºT) e Edmilson (Mark Gonzalez, aos 33’ do 2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira
Atlético-PR
Weverton; Rafael Galhardo, Paulo André, Wanderson e Nicolas; Marcão, Luciano Cabral e Marcos Guilherme (Giovanny, aos 49’ do 2ºT); Juninho (Matheus Rosseto, aos 20’ so 2ºT), Yago (Lucas Fernandes, aos 26’ do 2T) e Pablo. Técnico: Paulo Autuori
Estádio: Ilha do Retiro
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO/Fifa).
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO/Fifa) e Cristhian Passos Sorence (GO).
Gols: Diego Souza (aos 16’ do 1ºT) e Edmilson (aos 8’ do 2ºT) (SPO)
Cartões amarelos: Serginho e Paulo Roberto (SPO)
Público: 22.491
Renda: R$ 380.625
Por: Rafael Brasileiro/Diário de Pernambuco
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