André marcou o único gol da partida. Foto: Diário de Pernambuco.
3 de novembro de 2017 (Domingo)
Não foi tranquilo, mas o Sport garantiu a presença na Série A do ano que vem. O Leão fez o principal, a sua parte. Neste domingo, o Leão venceu o Corinthians por 1 a 0 na Ilha do Retiro lotada. Ainda viu todos os demais resultados que lhe beneficiavam acontecerem. Coritiba e Vitória perderam seus respectivos jogos - bastava apenas que um desses dois times não vencessem, além do triunfo leonino -, possibilitando ao Rubro-negro pernambucano dar um salto para fora da zona de rebaixamento, ultrapassando ambos.
O Sport foi um time aguerrido, superando o nervosismo que perdurou durante boa parte do jogo. O Corinthians, repleto de jogadores jovens e com alguns reservas, não foi nem sombra do time campeão brasileiro. O Leão, que não tem nada com isso, teve competência para marcar o gol, com André, que ratificou o seu papel de jogador mais decisivo da equipe no campeonato. Depois, segurou o valioso resultado. No fim das contas, o Rubro-negro se salvou, o que não deve apagar, porém, a série de erros durante a competição que levou a equipe a chegar na última rodada em situação delicada.
O jogo
A torcida compareceu para apoiar o Sport no momento em que o time mais precisou no campeonato. Motivado, o Leão começou bem o jogo, com mais posse de bola e presença no ataque. Criou chances com boas descidas de Marquinhos pelo lado direito, mas não conseguiu o tão esperado gol, que poderia trazer maior tranquilidade para a equipe no decorrer da partida.
E o grande problema do Sport no primeiro tempo foi justamente o nervosismo. Conforme o relógio corria, aumentava a ansiedade, o que fazia o time forçar jogadas desnecessárias e errar passes importantes. Tranquilo, com uma equipe formada por jogadores mais jovens e reservas com vontade de mostrar serviço, o Corinthians equilibrou o confronto e a posse de bola. Teve, inclusive, a melhor chance da partida, com Magrão operando dois milagres seguidos, na cabeçada de Pedrinho e no rebote de Rodrigo Figueiredo.
Fora de campo, a torcida acompanhava o jogo e os adversários diretos do Sport na briga contra o rebaixamento. Kléber abriu o placar para o Coritiba, mas Elicarlos empatou para a Chapecoense e voltou a dar chances para o Leão. Em Salvador, o empate em 0 a 0 persistia entre Vitória e Flamengo, até que Carlos Eduardo abriu o placar para o Rubro-negro baiano. Péssimo resultado para a equipe pernambucana. Ainda assim, faltava o time fazer sua parte em campo. Ao fim do primeiro tempo, o rebaixamento era o destino leonino.
Segundo tempo
Assim como o primeiro tempo, a etapa final começou com o Sport ainda nervoso. Enquanto isso, o Corinthians manteve o seu papel e tocava a bola fazendo o tempo passar. O time paulista veio para o Recife dentro da sua tática, bem posicionado na defesa em busca de um contra-ataque certo para matar o jogo. Embora esforçados, os jogadores que vieram ao Recife, no entanto, não conseguiam ter a mesma 'letalidade' da equipe principal.
Diego Souza domina a bola diante do goleiro Cássio, toca de lado para Mena que cruza certeiro na cabeça de André, que fez o gol. Foto: Diário de Pernambuco.
O Sport precisava do gol de qualquer jeito e tomava a iniciativa. Até que, aos 11 minutos, enfim, deu certo. O lançamento longo caiu nos pés de Diego Souza dentro da área, que se livrou de Cássio e serviu para Mena, que cruzou na medida para André, decisivo, tocar de cabeça para o gol. Alívio e vibração na Ilha do Retiro lotada. Com o gol, o Leão se livrava do rebaixamento.
O jogo pegou fogo. O Corinthians esboçou uma saída para o ataque, deixando espaços que antes não haviam. O Sport tentava aproveitar, jogando em velocidade, empurrado pela torcida e motivado pelo gol. O melhor para o Leão, no entanto, veio em seguida. Rafael Vaz empatou a partida entre Vitória e Flamengo, outro resultado que beneficiava o Rubro-negro pernambucano. A torcida, na Ilha, comemorou como gol do próprio time.
No caminhar para o fim do jogo, o Sport viu que manter a posse de bola era o mais interessante. Os dois resultados de que precisava estavam acontecendo, inclusive, com Chapecoense e Flamengo, quase que simultaneamente, marcando os gol que levaram à virada sobre Coritiba e Vitória. O Corinthians também teve pouca reação, parando na marcação forte e na raça dos jogadores rubro-negros. Foi assim até o tão esperado apito final da partida.
A torcida do Sport Recife comemorou muito a permanência da equipe na divisão principal do Brasileirão. Foto: Williams Aguiar/ Sport Recife.
Sport Recife 1
Magrão; Raul Prata, Henríquez, Durval e Sander; Anselmo, Patrick, Marquinhos (Rogério), Mena (Rithely) e Diego Souza; André. Técnico: Daniel Paulista.
Corinthians 0
Cássio; Léo Príncipe, Pedro Henrique, Balbuena e Marciel; Gabriel e Fellipe Bastos (Paulo Roberto); Pedrinho (Matuan), Rodrigo Figueiredo e Giovanni Augusto; Kazim (Danilo). Técnico: Fábio Carille.
Estádio: Ilha do Retiro (Recife-PE). Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG). Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG) e Sidmar dos Santos Meurer (MG). Gol: André (aos 11 min do 2°T). Cartões amarelos: Durval, Osvaldo (SPO), Fellipe Bastos, Kazim (COR). Público: 29.977. Renda: R$ 145.105,00
Por: Alexandre Barbosa/Diário de Pernambuco.
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