1º de abril de 2018 (Domingo)
Título inédito do interior ou fim de uma fila de 13 anos? O primeiro jogo da final do Campeonato Pernambucano entre Central e Náutico, neste domingo, no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, não ajudou a responder essa pergunta. Em uma partida muito disputada, mas com poucas chances de gol de lado a lado, o placar de 0 a 0 manteve a disputa da taça em aberto para o duelo de volta, no próximo domingo, na Arena de Pernambuco.
Caso na partida de volta a igualdade se repita (por qualquer placar), o campeão sairá nos pênaltis. Quem vencer, dará a volta olímpica. Mais de 30 mil ingressos já foram vendidos para a decisão de forma antecipada.
O jogo
Central e Náutico tiveram um adversário em comum para a primeira partida da decisão. No caso, o duro e irregular gramado do Lacerdão, o que propiciou um duelo de muita marcação, chutões e bola parada. Porém, mais adaptado ao piso e cientes da importância do mando de campo, a Patativa tomou a iniciativa do confronto, pressionando os alvirrubros nos primeiros 15 minutos.
No entanto, diante da forte marcação do Náutico e do desnível do gramado, as chances dos donos da casa vinham em bolas alçadas na área e chutes de fora da área, tendo sempre no meia Júnior Lemos o seu principal articulador, com os fortes Leandro Costa e Itacaré dando trabalho aos defensores timbus.
Já o Náutico tendo Negretti e Josa na proteção da defesa, com Wallace Pernambucano atuando como meia, teve dificuldade para trabalhar ofensivamente em busca dos atacantes Robinho, Rafael Assis e Ortigoza, esse mais centralizado. Tanto que o primeiro chute da equipe da capital só veio aos 25 minutos, com o paraguaio arriscando de fora da área para fácil defesa do goleiro França.
Porém, aos poucos, o Náutico foi melhor se adaptando ao tipo de jogo que pedia a final. E usando os contra-ataques, sua principal arma nessa temporada, conseguiu equilibrar a partida. Tanto que foram dos alvirrubros a melhor oportunidade de abrir o placar no primeiro tempo, após Robinho receber bom lançamento e tocar no meio da área para Ortigoza, que pegou mal na bola e mesmo assim obrigou França a fazer boa defesa, já aos 38 minutos.
Segundo tempo
Na volta para a etapa final, enquanto Mauro Fernandes optou por não mexer no Central, Roberto Fernandes, buscando melhorar o passe na saída de bola, sacou Wallace Pernambucana para a entrada de Júnior Timbó. Além disso, Fernandinho foi acionado na vaga de Rafael Assis. Para completar, com cinco minutos o treinador alvirrubro foi obrigado a fazer sua última mudança, com o experiente Wendel entrando na vaga do lesionado Josa.
O que não mudou foi o início da etapa. Assim como no primeiro tempo, foi o Central que tomou a iniciativa do jogo na volta do intervalo. Porém, a primeira boa chance foi novamente do Náutico, com Ortigoza aproveitando bola mal rebatida da defesa alvinegra e obrigando França a fazer nova boa intervenção, aos 15 minutos.
Com Júnior Timbó entrando na partida e, de fato, melhorando a distribuição do jogo ofensivo, o Náutico mais uma vez conseguiu equilibrar as ações da final, com Robinho explorando o lado direito de ataque.
Porém, o jogo seguia muito equilibrado, onde um erro de lado a lado poderia ser determinante. Algo que não aconteceu. E com as defesas levando vantagem sobre os ataques, o placar seguiu inalterado até o fim. Título em aberto.
O paraguaio Ortigoza, que veio do Cerro Porteño, é o grande destaque do Náutico. Foto: Alexandre Gondim/JC.
Central 0
França; Eduardo Gago (Paulo Fernando), Danilo Quipapá, Vitão e Charles; Douglas Carioca (Graxa), Fernando Pires, Eduardo Eré e Júnior Lemos; Leandro Costa e Itacaré (Lucas Silva). Técnico: Mauro Fernandes.
Náutico 0
Bruno; Thiago Ennes, Camutanga, Camacho e Kevyn; Negretti, Josa (Wendel) e Wallace Pernambucano (Júnior Timbó); Robinho, Ortigoza e Rafael Assis (Fernandinho). Técnico: Roberto Fernandes.
Local: Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru.
Árbitro: Péricles Bassols
Assistentes: Clóvis Amaral e Francisco Chaves Bezerra
Cartões amarelos: Bruno, Ortigoza, Thiago Ennes (N), Dudu Gago, Paulo Fernando (C ) Público 14.080. Renda: R$ 398.980
Por: João de Andrade Neto/Diário de Pernambuco.
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