Amaury
de Medeiros foi um dos mais bem conceituados médicos sanitaristas do Brasil.
Pernambucano, nascido no bairro recifense do Parnamirim, em 7 de dezembro de
1893, filho do professor Bianor
Gadault Fonseca de Medeiros e de
Maria Cândida Góes Loreto de Medeiros. Casado com Aspásia Loreto de Medeiros, que era filha do
governador de Pernambuco, Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto (Sérgio
Loreto).
Foi
aluno do centenário Ginásio
Pernambucano. De 1906 a 1915, alguns jornais recifense publicavam relatórios do desempenho dos alunos em destaque nesta unidade de ensino, Amaury de Medeiros, sempre se destacava, inclusive, nas aulas de grego, alemão e espanhol. Foi primeiro lugar no curso de medicina num grupo de oitenta
alunos. Formado em 7 de dezembro de
1915, foi médico do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, por concurso. Diplomado em clínica médica e cardiologia experimental,
tendo como professor, o ilustre Raul Carnot. Medeiros tornou-se professor de
medicina.
Em
1917, chefiou os serviços da Cruz Vermelha Brasileira. No ano de 1919, com seus
26 anos, foi nomeado pelo então Presidente da República, Epitásio Pessoa, para representar o Brasil no Congresso da Cruz Vermelha, em
Genebra, na Suíça. Foi representante também no Congresso Pan-Americano de
higiene na época do governo Arthur
Bernardes (1922-1926)
Solenidade de inauguração da Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose. Foto: Revista da Cidade/1926
Durante a administração de Sérgio Loreto (1922-1926), foi convidado a integrar o governo, onde foi diretor do Departamento de Saúde e Assistência de Pernambuco (DSA). Sob sua direção, transformou de forma eficaz a medicina, saúde e higiene no Estado. Mudou o sistema de atendimento de saúde na capital e interior, reformou o Hospital Oswaldo Cruz e o hospital de doenças nervosas e mentais (Hospital da Tamarineira), foi pioneiro em solução dos casos de mocambos no Recife. Foi um dos primeiros a tratar de exames pré-nupcial e prevenção de doenças venéreas. Em 1926, criou a Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose, que agregou aos serviços de saneamento rural e combateu a malária, a febre amarela, a varíola e a peste bubônica. Durante os anos de 1924 e 1925, conseguiu que nenhum caso de peste bubônica fosse registrado no Recife.
Durante a administração de Sérgio Loreto (1922-1926), foi convidado a integrar o governo, onde foi diretor do Departamento de Saúde e Assistência de Pernambuco (DSA). Sob sua direção, transformou de forma eficaz a medicina, saúde e higiene no Estado. Mudou o sistema de atendimento de saúde na capital e interior, reformou o Hospital Oswaldo Cruz e o hospital de doenças nervosas e mentais (Hospital da Tamarineira), foi pioneiro em solução dos casos de mocambos no Recife. Foi um dos primeiros a tratar de exames pré-nupcial e prevenção de doenças venéreas. Em 1926, criou a Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose, que agregou aos serviços de saneamento rural e combateu a malária, a febre amarela, a varíola e a peste bubônica. Durante os anos de 1924 e 1925, conseguiu que nenhum caso de peste bubônica fosse registrado no Recife.
Foi
uns dos organizadores da Fundação Casa Operária, criada em 1924, que construiu
as vilas do Arraial, da Torre e de Afogados.
Foi
deputado federal por Pernambuco, se transferindo definitivamente para o Rio de Janeiro, que na
época, era a capital federal. Apresentou um projeto, solicitando a criação do
Ministério da Saúde e Assistência.
Numa sessão tumultuada na Câmara dos Deputados de Pernambuco, do dia 22 de dezembro de 1926. O deputado Carlos de Lima Cavalcanti, em seu discurso, fez graves denúncias contra o governador Sérgio Loreto, onde o acusou de prática de nepotismo, onde teria nomeado pessoas de sua família ou ligadas a ele, sem qualificação para exercer tais funções, inclusive de Dr. Amaury de Medeiros, que era genro do governador.
Carlos de Lima Cavalcanti, foi incisivo em atacar o Dr. Amaury de Medeiros, o acusando de prepotente e que só foi nomeado para ser diretor do Departamento de Saúde e Assistência do Estado porque era casado com a filha do governador. Adiantou, que Medeiros se esnobava com um diploma que ele dizia ser de sua especialização em medicina em Paris, todavia, Cavalcanti afirmou que aquele diploma, nada mais era, que um simples diploma de participação e que era entregue a todos os participantes das palestras. Ele disse também, que Medeiros, quando era diretor do Departamento de Saúde, forjou estatísticas em seus relatórios de combate a epidemias, obrigando médicos ligados ao departamento, a mudar os resultados das perícias que determinavam as causas dos óbitos por febre amarela, já que Medeiros vinha noticiando que a doença estava sendo erradicada no Estado.
Estas denúncias, veio afetar a reputação de Amaury de Medeiros, que era tido como expert na área da medicina, e que a partir do discurso de Carlos de Lima Cavalcanti, parte da imprensa e das pessoas começaram a pôr em dúvida sua real competência. No entanto, Amaury de Medeiros, sempre manteve o status de grande personalidade brasileira no campo da medicina até sua morte que aconteceu dois anos depois, onde foi reverenciado como grande personalidade da medicina e da política, já que era deputado federal por Pernambuco.
Numa sessão tumultuada na Câmara dos Deputados de Pernambuco, do dia 22 de dezembro de 1926. O deputado Carlos de Lima Cavalcanti, em seu discurso, fez graves denúncias contra o governador Sérgio Loreto, onde o acusou de prática de nepotismo, onde teria nomeado pessoas de sua família ou ligadas a ele, sem qualificação para exercer tais funções, inclusive de Dr. Amaury de Medeiros, que era genro do governador.
Carlos de Lima Cavalcanti, foi incisivo em atacar o Dr. Amaury de Medeiros, o acusando de prepotente e que só foi nomeado para ser diretor do Departamento de Saúde e Assistência do Estado porque era casado com a filha do governador. Adiantou, que Medeiros se esnobava com um diploma que ele dizia ser de sua especialização em medicina em Paris, todavia, Cavalcanti afirmou que aquele diploma, nada mais era, que um simples diploma de participação e que era entregue a todos os participantes das palestras. Ele disse também, que Medeiros, quando era diretor do Departamento de Saúde, forjou estatísticas em seus relatórios de combate a epidemias, obrigando médicos ligados ao departamento, a mudar os resultados das perícias que determinavam as causas dos óbitos por febre amarela, já que Medeiros vinha noticiando que a doença estava sendo erradicada no Estado.
Estas denúncias, veio afetar a reputação de Amaury de Medeiros, que era tido como expert na área da medicina, e que a partir do discurso de Carlos de Lima Cavalcanti, parte da imprensa e das pessoas começaram a pôr em dúvida sua real competência. No entanto, Amaury de Medeiros, sempre manteve o status de grande personalidade brasileira no campo da medicina até sua morte que aconteceu dois anos depois, onde foi reverenciado como grande personalidade da medicina e da política, já que era deputado federal por Pernambuco.
Resgate dos destroços do avião onde vitimou o Dr. Amaury de Medeiros na Ilha de Cobras, no litoral do Rio de Janeiro em 1928. Foto: Jornal "Crítica", do Rio de Janeiro.
Seu falecimento aconteceu de forma trágica no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1928, quando ainda jovem, aos 34 anos, participava de uma grande festa de recepção do “Pai da Aviação”, Santos Dumont, que retornava da Europa. Durante as homenagens, Amaury de Medeiros e outros políticos e intelectuais, embarcaram a bordo do hidroavião Santos Dumont cedido pelo Sindicato Kondor. O avião realizava manobras jogando flores no convés do navio onde estava o ilustre homenageado. Quando sobrevoava nas proximidades na Ilha de Cobras, no litoral carioca, o avião, que voava muito baixo, ao tentar desviar de outro hidroavião, o Guanabara, perdeu o controle e caiu de bico no mar, fazendo doze vítimas fatais, entre elas, o então deputado, Amaury de Medeiros, que de acordo com o diagnostico posterior do IML, ficou constatado que Medeiros sofreu múltiplas fraturas de costelas, braços e coxa direita.
O interessante nesta história, é que Medeiros, não estava relacionado para decolar no hidroavião, seria o sr. Leonidio Ribeiro, acontece que Medeiros insistiu e não abriu mão de embarcar. O hidroavião já estava acima da lotação, diante do temperamento de Medeiros, o sr. Leonidio Ribeiro, desistiu de embarcar.
Amaury de Medeiros foi sepultado no dia 4 de dezembro de 1928, no cemitério de Botafogo, na catacumba nº 971-F. O enterro saiu de sua residência, na Rua Marquês de Olinda, Nº 31, Botafogo (RJ), às 09 horas.
A importância de Amaury de Medeiros no campo da medicina brasileira e de nosso Estado, reflete nas justas homenagens a este ilustre pernambucano. Atualmente, quatro ruas em Pernambuco recebe o seu nome: No bairro Derby, no Recife; no bairro de São Francisco, em Caruaru; no Centro de Gravatá e no bairro de Heliópolis, em Garanhuns. Temos ainda, a Maternidade da Encruzilhada Amaury de Medeiros (CISAM) e a escola Amaury de Medeiros, no bairro de Afogados.
Seu falecimento aconteceu de forma trágica no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1928, quando ainda jovem, aos 34 anos, participava de uma grande festa de recepção do “Pai da Aviação”, Santos Dumont, que retornava da Europa. Durante as homenagens, Amaury de Medeiros e outros políticos e intelectuais, embarcaram a bordo do hidroavião Santos Dumont cedido pelo Sindicato Kondor. O avião realizava manobras jogando flores no convés do navio onde estava o ilustre homenageado. Quando sobrevoava nas proximidades na Ilha de Cobras, no litoral carioca, o avião, que voava muito baixo, ao tentar desviar de outro hidroavião, o Guanabara, perdeu o controle e caiu de bico no mar, fazendo doze vítimas fatais, entre elas, o então deputado, Amaury de Medeiros, que de acordo com o diagnostico posterior do IML, ficou constatado que Medeiros sofreu múltiplas fraturas de costelas, braços e coxa direita.
O interessante nesta história, é que Medeiros, não estava relacionado para decolar no hidroavião, seria o sr. Leonidio Ribeiro, acontece que Medeiros insistiu e não abriu mão de embarcar. O hidroavião já estava acima da lotação, diante do temperamento de Medeiros, o sr. Leonidio Ribeiro, desistiu de embarcar.
Amaury de Medeiros foi sepultado no dia 4 de dezembro de 1928, no cemitério de Botafogo, na catacumba nº 971-F. O enterro saiu de sua residência, na Rua Marquês de Olinda, Nº 31, Botafogo (RJ), às 09 horas.
A importância de Amaury de Medeiros no campo da medicina brasileira e de nosso Estado, reflete nas justas homenagens a este ilustre pernambucano. Atualmente, quatro ruas em Pernambuco recebe o seu nome: No bairro Derby, no Recife; no bairro de São Francisco, em Caruaru; no Centro de Gravatá e no bairro de Heliópolis, em Garanhuns. Temos ainda, a Maternidade da Encruzilhada Amaury de Medeiros (CISAM) e a escola Amaury de Medeiros, no bairro de Afogados.
Por: Jânio Odon/ VOZES DA ZONA NORTE. (DIREITOS RESERVADOS).
Fonte: Diário de Pernambuco, Jornal do Recife, Jornal Crítica (RJ) e Biblioteca Nacional (memoria.bn.br).
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