Fernando Bezerra se defende no Congresso |
12 de Janeiro de 2012- Quinta-feira
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, foi ao Congresso dar explicações sobre o dinheiro para combate a enchentes.
O ministro chegou treinado ao Congresso. Estudou os números apresentados aos parlamentares até as 3h com técnicos do Ministério da Integração, e, mais uma vez, negou ter privilegiado Pernambuco na distribuição de dinheiro para prevenção de desastres.“Quero afirmar que a decisão foi tomada em avaliação técnica, de forma correta, adequada, para poder remediar uma situação recorrente e que causou prejuízos bilionários”, afirmou.
Bezerra também negou ter influenciado na escolha do irmão, Clementino Coelho, para a presidência interina da Codevasf, subordinada ao Ministério. Clementino já deixou o cargo após pedido do governo, segundo admitiu o próprio ministro.
Fernando Bezerra foi aplaudido e também cobrado pelos parlamentares que se reuniram no meio do recesso só para ouvi-lo. “Não podemos subestimar a inteligência nacional. Há orientação política da Casa Civil do Palácio do Planalto”, disse Álvaro Dias, senador (PSDB-PR) e líder do partido. “A distribuição dos recursos respondeu às necessidades regionais e não a privilégios”, respondeu Humberto Costa, senador (PT-PE) e líder do partido.
Os esclarecimentos duraram cinco horas. Enquanto Fernando Bezerra se explicava no Congresso, no prédio ao lado, no Palácio do Planalto, o Governo convocava uma entrevista de última hora. Ministros anunciaram medidas contra a seca no Sul do país.
Serão liberados R$ 30 milhões, R$ 10 milhões para cada estado da região investir em projetos e obras de prevenção; outros R$ 18 milhões para o Rio Grande do Sul, o estado mais atingido pelos efeitos da seca; e R$ 200 milhões de linha de crédito para cooperativas refinanciarem dívidas de produtores rurais que vivem em municípios em situação de emergência.
Por: Camila Bonfim/G1
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