O maior agremiação carnavalesca do mundo, o Galo da Madrugada, agitou a multidão com muito frevo. Foto: Larissa Lins/DP.
A bateria de Gigante do Samba mostrou que Pernambuco também sabe sambar. Foto: Larissa Lins/DP.
Porta bandeira e mestre-sala da Escola de Samba "Gigante do Samba", deram um show pelas ruas do Recife Antigo e mostrou porque é a campeã pernambucana. Foto: Larissa Lins/DP.
A apresentação da Escola de Samba Unidos da Tijuca foi bastante aplaudida pelo público presente, pela sua grande performance. Foto: Katherine Coutinho/G1.
A bateria da Unidos da Tijuca desfilando pelo Recife Antigo, bastante aplaudido. Foto: Adriana Ávila.
Os bonecos do Mestre Vitalino, da comissão de frente da Unidos da Tijuca foi a uma atração à parte. Foto: Adriana Ávila.
11 DE MARÇO DE 2012
A noite do domingo foi de muita emoção no Marco Zero do Recife. A escola de samba carioca Unidos da Tijuca se encontrou com o Galo da Madrugada no palco montado para a comemoração do aniversário da cidade, que completa 475 anos nesta segunda-feira (12). A escola de samba campeã do carnaval recifense, Gigante do Samba, também participou da festa, que reuniu milhares de pessoas que acompanharam As Escolas de Samba: Gigante do Samba, Unidos da Tijuca e o Galo da Madrugada pelas Ruas da Moeda, Mariz de Barros e o palco do Marco Zero.
Mais do que comemorar o aniversário do Recife, a festa lembrou também Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que completaria cem anos em 2012 e foi homenageado pelas três agremiações no carnaval deste ano. Samba, frevo e forró se misturaram no Marco Zero, assim como pessoas de todos as regiões do Brasil. “Eu fiquei surpreso de encontrar essa festa aqui, parece carnaval ainda”, diz o paranaense Alexandre Nishimura.
Muita gente prestigiou a festa, parecia até um dia de carnaval no Recife. “Eu fiquei impressionado com a quantidade de pessoas, mas tudo muito tranquilo, famílias inteiras aqui”, conta o governador do estado, Eduardo Campos. Nesta segunda-feira (12), a festa ainda continua. “Vamos ter um bolo de 475 quilos e muito mais festa. O Recife merece”, defende o prefeito João da Costa.
O presidente da Gigante do Samba ficou feliz com o clima de carnaval e confraternização. “Prestar uma homenagem como essa ao Recife com uma escola como a Unidos da Tijuca é uma honra. Nessa noite, viemos mostrar aos cariocas e a todo mundo que nós também sabemos fazer samba”, avisa o presidente Rivaldo Lacerda, defendendo também que Luiz Gonzaga também cairia no samba se estivesse vivo. “Ele desfilou com a gente na década de 1980, ele é um ícone mundial”, acredita Lacerda.
Mesma opinião sobre o Rei do Baião tem o presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses. “O Galo tem o lema de levar alegria o ano todo. Esse é um momento muito especial para nós como recifenses, poder homenagear tanto Luiz Gonzaga como a nossa cidade é uma verdadeira honra”, afirma Meneses.
Honra foi também como definiu Tatiana Mello, integrante da comissão de frente da Unidos da Tijuca. “A gente está muito feliz de estar aqui, a receptividade do povo é incrível”, se declara Tatiana. “A festa hoje está perfeita. Galo da Madrugada, Unidos da Tijuca, samba, frevo… Não podia ser melhor”, comemora a pedagoga recifense Sinara Lins, que foi com o marido, Marconde Cantarelli, conferir a apresentação da agremiação carioca de perto.
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No palco do Marco Zero, a Unidos da Tijuca e o Galo da Madrugada se encontraram, uma homenagem dos cariocas aos pernambucanos. “Unindo Rio de Janeiro e Pernambuco só pode dar boa coisa, não é à toa que ganhamos. Estar aqui é também uma forma de agradecer a esse povo que torceu tanto por nós. É muito importante poder participar da festa de uma cidade como essa”, diz o presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta.
A escola carioca trouxe aproximadamente cem integrantes, entre eles as baianas, a ala de Mestre Vitalino e a comissão de frente, que levou o público recifense ao delírio com as sanfonas humanas no palco do Marco Zero. Para fechar a apresentação, a escola ainda tocou clássicos de Luiz Gonzaga, colocando todos para dançar ‘Pagode Russo’. “Esse diálogo é o melhor que podia acontecer. Nada mais natural em uma cidade multicultural”, comemora a professora Valda Collares.
Depois dessa noite, os recifenses não tem dúvida. “O frevo é pernambucano, mas o samba também, assim como o baião, o forró. Essa festa linda é tudo de bom”, diz o engenheiro José Honório Dias. “É de emocionar qualquer um”, finaliza a aposentada Maria Givoneide Silva.
Por: G1
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