segunda-feira, 2 de abril de 2012

Salgueiro se classifica vencendo o Náutico nos Aflitos

Salgueiro quebra invencibilidade de trinta jogos do Náutico nos Aflitos.Foto: Ricardo Fernandes/DP


28 de fevereiro de2012 –Quarta-feira  CAMPEONATO PERNAMBUCANO

A invencibilidade de 30 jogos do Náutico nos Aflitos chegou ao fim da maneira mais melancólica possível. Derrota por 1 a 0 para o Salgueiro, numa apresentação em que ficou nítida a fragilidade de elenco do Timbu. Bastante desfalcada, a equipe parou na eficiente marcação do Carcará e não teve competência para finalizar, apesar de criado algumas chances. Quarto jogo sem vitória, terceiro sem marcar um gol sequer. É muito difícil que a classificação para a fase final do do PE2012 não venha. Mas fica o aviso.

Para um jogo do qual se esperava grande movimentação, a partida começou decepcionante. Com muitos erros de passe, as equipes demoraram a se acertar no primeiro tempo. O Náutico tomava a iniciativa e tinha a maior posse de bola. Chegou a criar algumas chances, mas não foi competente nas finalizações. Henrique, escalado na sua última chance de mostrar serviço, perdeu dois gols incríveis. Phillip, encarregado da criação, não ajudava. A salvação alvirrubra eram os laterais, Auremir e Jefferson, mais uma vez atuando bem.

O Salgueiro, por sua vez, não fazia uma partida brilhante. No ataque, errava muito. Na defesa, porém, foi muito bem, praticamente sem erros. Assim, suportou a pressão do Náutico e aos 36 minutos abriu o placar. Numa bobeira incrível de marcação do Timbu, Victor Caicó pegou a bola sozinho na entrada da área e foi muito feliz na finalização. Acertou um belíssimo chute, sem defesa para Gideão. Por ironia, a própria torcida alvirrubra aplaudiu o gol adversário.

Os irônicos aplausos foram os primeiros sinais de insatisfação da torcida. Outra parte das arquibancadas foi mais direta: vaiou o time até a descida para o vestiário. O alvo preferido: Henrique. Na volta para o segundo tempo, nos primeiros minutos, uma trégua. Waldemar Lemos tentou dar uma movimentação diferente para a equipe. Trocou Phillip por Berger. Depois, tirou Tozo e colocou Marquinho, puxando Auremir para o meio-campo.

O enredo, porém, continuou o mesmo. Maior posse de bola e nenhuma eficiência na finalização. O grande problema é a falta de qualidade no elenco. Com os vários desfalques, faltaram substitutos à altura. As oportunidades escassas foram desperdiçadas por pura falta de habilidade dos jogadores. Berger teve a chance do empate nos pés, mas, de frente para o gol, recuou para o goleiro. Doriélton fez o mais difícil, que foi arrancar e limpar a zaga. Na hora de bater, mandou por cima.

Assim, não tem paciência que não acabe. E assim como os aplausos para o gol adversário, surgiram os gritos de olé quando o Náutico tocava a bola, tentando sair da marcação do Salgueiro. E então foram surgindo as vaias e os gritos de insatisfação das arquibancadas. Que se tornou um coro nos minutos finais. Após o apito final do juiz, derrota e fim da invencibilidade decretados, o último ato de protesto dos torcedores. Um reflexo do que se viu em campo: "timinho, timinho".

Ficha do jogo

Náutico 0
Gideão; Auremir, Marlon, Ronaldo Alves e Jefferson; Lenon, Tozo (Marquinho), Derley e Phillip (Berger); Henrique (Anderson) e Doriélton. Técnico: Waldemar Lemos

Salgueiro 1
Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Luiz Eduardo e Peri; Pio, Josa, Victor Caicó e Clébson (Romário); Élvis (Edmar) e Fabrício Ceará (Júnior Ferrim). Técnico: Neco

Local: Aflitos. Árbitro: Neilson Santos. Assistentes: Albert Júnior e Clóvis Amaral. Gol: Victor Caicó. Cartões amarelos: Tozo, Auremir, Marquinho, Lenon (N) e Victor Caicó (S). Público:10.344. Renda: R$ 78.324.

Por: Alexandre Barbosa/ Diário de Pernambuco

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