quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sport Recife detona o Náutico na Ilha, pelo inédito jogo da Copa Sul Americana

Náutico de Elicarlos, cai diante do Sport Recife de Richely na Ilha, pela Copa Sul Americana. Foto: Diego Nigro/Folha de Pernambuco.

Foi a vitória de um time sobre um grupo de jogadores. O Sport venceu o Náutico por 2 a 0, nesta terça-feira, na Ilha do Retiro, na base da organização. O Leão foi superior durante os 90 minutos, diante de um Timbu que transparece cada vez mais desespero. Mas foi apenas o primeiro jogo. Na próxima semana, tem a volta, agora na casa alvirrubra, a Arena Pernambuco. A missão não é fácil. O Rubro-negro saiu na frente e tem uma ótima vantagem. Mas não acabou.

Na partida de volta, o Sport pode perder pelo placar de 1 a 0 ou por qualquer diferença de dois gols, contanto que ele marque pelo menos uma vez. Repetição do placar de 2 a 0 leva à decisão por pênaltis. Para se classificar direto, o Náutico tem que vencer por três gols de diferença. O vencedor do confronto
enfrenta Libertad-PAR ou Mineros-VEN, que jogam nesta quarta-feira.
Os times refletiram dentro de campo os momentos por que passam fora dele. Sport entrou leve, usando a pressão a seu favor. O Náutico estava tenso e se deixou levar pela pressão. O Leão nem precisou apertar muito para sofrer o primeiro gol. Logo aos 4, após uma blitz rubro-negra, Felipe Azevedo mandou de carrinho para o gol, após bate rebate dentro da área.

O gol só reforçou a tranquilidade de quem entrou solto e aumentou a pressão de quem veio para o jogo pressionado. E isso ficava claro em campo. O Sport era muito mais organizado. O Náutico apático, sem esquema tático definido, nem ofensiva, nem defensivamente. Mais entrosado, o Leão tocava bem a bola e atacava no principal ponto fraco alvirrubro: o lateral esquerdo de Eltinho. Patric dominou o setor, aproveitando da péssima atuação do adversário.

Foi justamente por esse lado (esquerdo do Náutico e direito do Sport) que saiu o segundo gol rubro-negro, já no final do primeiro tempo. Roger achou bem Patric, livre de marcação, dentro da área, pelo lado direito. Ele dominou e bateu forte, cruzado, sem defesa para Berna. Fez 2 a 0, um placar justo a esta altura, pelo que as equipes apresentaram na etapa inicial.

O caminho natural era que o Náutico tentasse mudar o jogo, mostrando, pelo menos, um pouco mais de vontade em campo, na volta para o segundo tempo. A entrada de Hugo na vaga de Maikon Leite tinha, em parte, esse objetivo. Não foi o que aconteceu. Continuou prevalecendo a maior organização do Sport, que manteve o domínio da partida, sempre com um bom toque de bola.

Também foi natural a diminuição do ritmo de jogo do Sport, com uma vantagem no placar. O Leão marcava bem, principalmente no meio campo, conseguindo segurar o Náutico, que pouco chegava à meta de Magrão - o máximo que o Alvirrubro conseguia era trocar bolas na intermediária. E por meio dos contra-ataques o Rubro-negro era ainda mais perigoso que o Timbu.

O Náutico ainda tentou uma pressão final. As entradas de Olivera e, principalmente, de Peña, bem mais presente em campo do que Tiago Real, ajudaram a dar um pouco mais de lucidez ao time. Não foi, no entanto, o suficiente. As jogadas de perigo ainda foram poucas. E inofensivas. Os velozes contra-ataques do Sport, por sua vez, continuavam perigosos.

Felipe Azevedo, do Sport, combate Elicarlos, cercado por Derley e Martinez. Foto: Diário de Pernambuco.

Ficha do jogo

Sport Recife
Magrão; Patric, Tobi, Gabriel e Pery; Anderson Pedra (Renan), Rithely, Camilo e Lucas Lima; Roger (Diego Maurício) e Felipe Azevedo. Técnico: Marcelo Martelotte

Náutico
Ricardo Berna; Auremir, Jean Rolt, João Filipe e Eltinho; Derley, Elicarlos, Martinez e Tiago Real (Peña); Maikon Leite (Hugo) e Rogério (Olivera). Técnico: Jorginho

Estádio: Ilha do Retiro. Árbitro: Sandro Meira Ricci (FIFA-PE). Assistentes: Alessandro Rocha Matos (FIFA-BA) e Emerson Carvalho (FIFA-SP). Gols: Felipe Azevedo (aos 4 minutos do 1o T), Patric (aos 42 minutos do 1oT). Cartões amarelos: Rogério, Auremir, Derley, Elicarlos (N), Patric, Rithely, Camilo e Renan (S). Público: 16.125. Renda: R$ 348.500.


Por: Alexandre Barbosa/Diário de Pernambuco.

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