Carlos Fernando |
Foi enterrado no início da tarde
desta segunda-feira (2) o corpo do compositor e produtor musical pernambucano
Carlos Fernando. Ele faleceu na noite de domingo (1º) depois de lutar contra um
câncer. Ele estava internado no Instituto de Medicina Integral Professor
Fernando Figueira (Imip), nos Coelhos, área central do Recife. O sepultamento
aconteceu no cemitério de Santo Amaro, área central da capital.
Em nota, o governador Eduardo
Campos lamentou a morte de Carlos Fernando e destacou a importância do
compositor para o estado em vários aspectos. "Pernambuco perde um grande
artista, um poeta, um músico, alguém que contribuiu de forma muito expressiva
para a cena cultural que temos hoje. Alguns podem até nem ter consciência da
importância de Carlos Fernando para a cena cultural pernambucana. É um dia de
pesar, mas também é um dia de aplaudirmos a vida, a obra e a criação desse
grande pernambucano que foi Carlos Fernando".
Campos também destacou que a
morte do produtor "é uma perda pessoal para mim e para minha família, pois
ele era um grande amigo nosso. Há algum tempo, vínhamos acompanhando a luta que
ele travava com a doença. Por isso, em meu nome, em nome de minha família e em
nome do povo de Pernambuco, manifesto o nosso pesar e solidariedade aos
familiares e amigos deste grande artista".
Para o prefeito do Recife,
“Carlos Fernando deixará um legado muito representativo para a música
pernambucana; para o frevo, para o Recife e os recifenses. Um compositor que
marcou muito a nossa cidade e Olinda também. Além da sua história política,
Carlos foi uma pessoa muito atuante na redemocratização do Brasil. É, sem
dúvida, uma perda muito grande para todos nós”.
Carlos Fernando, jovem |
Carlos Fernando nasceu em
Caruaru, no Agreste pernambucano, e compôs músicas que fizeram sucesso na voz
de Elba Ramalho, como "Banho de Cheiro" e "Canta Coração",
além de "Noites Olindenses", gravada pelo baiano Caetano Veloso. Em
2009, ele foi um dos homenageados do Carnaval do Recife.
Na década de 80 produziu o
"Asas da América", projeto que contou com vários artistas e divulgou
o frevo no País. O compositor também participou da produção do CD "100
anos de Frevo – É de perder o sapato", lançado em 9 de fevereiro de 2007,
quando o ritmo recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Por: G1- Pernambuco.
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