28 de março de 2014 (sexta-feira)
Um jato comercial que partiu do
aeroporto de Petrolina-PE, fez um pouso de emergência em Brasília que terminou
com o avião bastante danificado, mas sem feridos.
O problema do avião foi causado
por um defeito no circuito hidráulico número 1, que impediu que o trem
dianteiro, mesmo baixado, permanecesse travado. E já havia sido percebido em
voo pelos pilotos que tentaram, sem êxito, garantir que o trem de pouso pudesse
ser usado com segurança.
Foi quando o comandante Eduardo
Verli, com calma e profissionalismo, comunica à torre de Brasília que vai
declarar emergência e precisa de todo apoio no solo.
“Não obtivemos sucesso, ainda
temos a informação do trem de nariz ainda que não baixado e travado. A partir
de agora, a gente declara emergência. A gente ainda tem ainda aproximadamente
mais 17, 18 minutos de combustível. Eu não quero assustar os passageiros com
passagem baixa, vou prosseguir, solicito apoio de solo, bombeiros e
ambulância”, disse o comandante em comunicação com a torre do Aeroporto JK, em
Brasília.
A aeronave, um Fokker 100 de
fabricação holandesa, veio para pouso na cabeceira 11 da direita, uma das
pistas mais longas e modernas dos aeroportos brasileiros.
Como sempre, o piloto fez o avião
tocar o solo apenas com as rodas do trem principal, que fica junto às asas,
segurando o nariz no alto até que a perda de velocidade o baixasse. Bombeiros
tinham preparado a pista com espuma, para evitar incêndio a partir das faíscas
do contato do metal do avião com o asfalto.
Era pouco mais que 17h40, e a
pista com o avião acidentado ficou fechada até as 21h, com pousos e decolagens
sendo efetuadas na antiga pista de número 1.
44 passageiros e cinco
tripulantes estavam a bordo. Todos desembarcaram pelos escorregadores infláveis
e ninguém ficou ferido. "Eu senti que todo mundo ficou muito tranquilo. A
forma como ele passou para a gente o problema foi muito tranquilo. Não houve
nenhuma tumulto. É claro que algumas pessoas são mais suscetíveis com esse tipo
de vento", lembra o engenheiro agrônomo Roque Marinato.
Em nota, a Avianca disse que,
durante todo o tempo, priorizou o atendimento aos passageiros. Dos 44
passageiros, 14 tinham como destino Brasília e foram para casa. 20 seguiram
viagem para outras cidades em voos da própria companhia. Nove adultos e uma
criança foram acomodados em um hotel.
Segundo a Infraero, horas antes
do pouso forçado em Brasília, o piloto de outro avião da Avianca pediu que o aeroporto
de Fortaleza também se preparasse para uma situação de emergência, mas acabou
pousando normalmente, às 15h43. Nesse voo, não havia passageiros no voo, apenas
a tripulação.
A Avianca informou que o avião
que pousou em Fortaleza é novo e que saiu da Europa para ser levado para a
Colômbia, onde vai operar. A companhia disse que a parada na capital cearense
já estava programada e que o piloto pediu ajuda por precaução porque detectou
um aquecimento no motor. A Avianca reafirmou que o pouso foi normal.
Por: Caroline Dulley/Jornal da
Globo.
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