O bairro da Bomba do Hemetério,
na zona norte do Recife, é conhecido como o bairro mais carnavalesco e cultural
da Veneza Brasileira, bairro do consagrado maestro Forró, da Orquestra Popular
da Bomba do Hemetério. E agora, surge uma nova promessa do bairro, esta
promessa desta feita não vem do carnaval, e sim, do futebol. Trata-se do meia-atacante
Rômulo, do sub-20, do Esporte Clube Bahia, o tricolor de aço baiano. O jovem
Rômulo, 19 anos, nasceu na Bomba do Hemetério e logo cedo partiu para Salvador
em busca de um sonho, ser jogador de futebol. Neste ano, quando o treinador
ainda era Gilson Kleina, Rômulo foi promovido a equipe profissional do tricolor
baiano no jogo contra a Chapecoense, na derrota por 1 a 0 na Arena Fonte Nova,
pela 28ª Rodada do Brasileirão- Série A, no dia 12 de outubro. Mas ele ficou no
banco de reservas.
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Rômulo, da Bomba para o Bahia |
O grande dia aconteceu em 30 de novembro,
pela 37º Rodada, contra o Grêmio, Rômulo foi o titular e de sobra o Bahia
venceu por 1 a 0. Resultado que encheu de esperança o torcedor do tricolor de
aço que ainda sonhava com a permanência na primeira divisão do Brasileirão. O
novo técnico do Bahia, Charles Fabian, ficou satisfeito com a atuação de Rômulo
e o manteve como titular na última rodada. No dia 7 de dezembro, última rodada
do Brasileirão, o velho Tibinha, pai de Rômulo, reunido com familiares e
moradores na Rua Arapixuna, na Bomba do Hemetério, tinha como certa a escalação
de seu filho contra o Coritiba, no Couto Pereira. No entanto, a situação do
Bahia não era nada boa, pois precisava
vencer o jogo e torcer pelas derrotas de seu maior rival, o Vitória, e o
Palmeiras. Enquanto isso, o nervosismo e a ansiedade tomava conta de Tibinha.
Em Curitiba, o jogo começava, e logo aos 13 minutos, o Bahia abria o placar com
gol de Henrique, a euforia tomou conta, tanto dos baianos, como de Tibinha que
torcia também pelo sucesso do tricolor baiano, afinal de contas, o sucesso do
Bahia significava o sucesso de seu filho. O melhor estava por vim, aos 26
minutos, Rômulo recebeu a bola na entrada da grande área tabelou com Henrique,
recebeu na frente, e tocou na saída do goleiro Vanderley, no canto direito. A
galera da Rua Arapixuna, junto com Tibinha, pulavam, gritavam, extravasaram de
tanta emoção, afinal, era a consagração do garoto, o gol que dar confiança ao
atleta, dar personalidade. Ao final do jogo, o Bahia perdeu de virada para o
coxa, mas para Tibinha, o que importa mesmo é o sucesso de seu filho, futebol
ele têm, o garoto é bom de bola, ninguém duvida. E se nasceu na Bomba do
Hemetério, talento não faltará.
Por: Jânio Odon/VZN.
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