segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Jovem jogador da Bomba do Hemetério é a nova promessa do Bahia

Rômulo (D) comemora com Henrique o primeiro gol contra o Coritiba, depois, ele deixou o dele. Foto: Giuliano Gomes/Estadão.


O bairro da Bomba do Hemetério, na zona norte do Recife, é conhecido como o bairro mais carnavalesco e cultural da Veneza Brasileira, bairro do consagrado maestro Forró, da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. E agora, surge uma nova promessa do bairro, esta promessa desta feita não vem do carnaval, e sim, do futebol. Trata-se do meia-atacante Rômulo, do sub-20, do Esporte Clube Bahia, o tricolor de aço baiano. O jovem Rômulo, 19 anos, nasceu na Bomba do Hemetério e logo cedo partiu para Salvador em busca de um sonho, ser jogador de futebol. Neste ano, quando o treinador ainda era Gilson Kleina, Rômulo foi promovido a equipe profissional do tricolor baiano no jogo contra a Chapecoense, na derrota por 1 a 0 na Arena Fonte Nova, pela 28ª Rodada do Brasileirão- Série A, no dia 12 de outubro. Mas ele ficou no banco de reservas.

Rômulo, da Bomba para o Bahia
O grande dia aconteceu em 30 de novembro, pela 37º Rodada, contra o Grêmio, Rômulo foi o titular e de sobra o Bahia venceu por 1 a 0. Resultado que encheu de esperança o torcedor do tricolor de aço que ainda sonhava com a permanência na primeira divisão do Brasileirão. O novo técnico do Bahia, Charles Fabian, ficou satisfeito com a atuação de Rômulo e o manteve como titular na última rodada. No dia 7 de dezembro, última rodada do Brasileirão, o velho Tibinha, pai de Rômulo, reunido com familiares e moradores na Rua Arapixuna, na Bomba do Hemetério, tinha como certa a escalação de seu filho contra o Coritiba, no Couto Pereira. No entanto, a situação do Bahia não era nada boa, pois precisava  vencer o jogo e torcer pelas derrotas de seu maior rival, o Vitória, e o Palmeiras. Enquanto isso, o nervosismo e a ansiedade tomava conta de Tibinha. Em Curitiba, o jogo começava, e logo aos 13 minutos, o Bahia abria o placar com gol de Henrique, a euforia tomou conta, tanto dos baianos, como de Tibinha que torcia também pelo sucesso do tricolor baiano, afinal de contas, o sucesso do Bahia significava o sucesso de seu filho. O melhor estava por vim, aos 26 minutos, Rômulo recebeu a bola na entrada da grande área tabelou com Henrique, recebeu na frente, e tocou na saída do goleiro Vanderley, no canto direito. A galera da Rua Arapixuna, junto com Tibinha, pulavam, gritavam, extravasaram de tanta emoção, afinal, era a consagração do garoto, o gol que dar confiança ao atleta, dar personalidade. Ao final do jogo, o Bahia perdeu de virada para o coxa, mas para Tibinha, o que importa mesmo é o sucesso de seu filho, futebol ele têm, o garoto é bom de bola, ninguém duvida. E se nasceu na Bomba do Hemetério, talento não faltará. 

Por: Jânio Odon/VZN.

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