7 de dezembro de 2014 (Domingo).
O Mundial em Piscina Curta de Doha deu às brasileiras duas medalhas de ouro (uma delas no revezamento 4x50m medley misto), uma de bronze (revezamento 4x50m livre misto), um recorde mundial, sete finais e 13 recordes sul-americanos. Um tempo grande parece ter sido acelerado, pois há dois anos, no Mundial de Istambul, a natação feminina obteve quatro finais e um recorde sul-americano. Etiene Medeiros ganhou a medalha de ouro com recorde mundial nos 50m costas (25s67) e se tornou a primeira brasileira a ser recordista mundial e campeã num Mundial de Natação da FINA. Ela é fruto de trabalho.
A pernambucana de 23 anos vem se
destacando desde os 17, quando foi vice-campeã nos 50m costas do Mundial Júnior
da Fina, na cidade de Monterrey, em 2008. No entanto há dois anos mudou
radicalmente sua vida de atleta e isto coincidiu com a grande reformulação que
a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos fez na estratégia para tratar
os gêneros na natação. O superintendente técnico, Ricardo de Moura, com a
aprovação do presidente da entidade, Coaracy Nunes Filho, colocou sob sua
supervisão mais dois coordenadores: Alberto Silva, para tratar a natação
masculina e Fernando Vanzella, para cuidar da natação feminina. A medida se
mostrou um sucesso.
– Mudei minha vida toda.
Trabalhei duro e estou muito focada. Hoje sabia que qualquer uma que ganhasse a
prova poderia bater o recorde mundial. Não pensei no recorde. Pensei em bater
na frente, em ganhar. Pensei em todas as vezes que caí na água aqui e em tudo o
que treinei – revelou.
Etiene mudou-se para São Paulo
para treinar com Vanzella no clube Sesi e começou a cumprir uma programação
rígida. No Mundial em Piscina Curta de Istambul, em 2012, ela foi a 10ª na
mesma prova em que brilhou em 2014. Na Turquia, o novo trabalho tinha recém
começado e era a despedida de uma geração valente que tinha Flávia
Delaroli-Cazziolato e Fabíola Molina como referência, e estavam em seu primeiro
Mundial adulto Etiene Medeiros, Larissa Oliveira e Alessandra Marchioro,
algumas das atletas que já mostram maturidade competitiva em Doha.
– Vejo a estrutura da natação
brasileira para o feminino completamente diferente e muito boa. Mudanças não se
fazem em um ou dois anos. Isso é fruto de um processo do qual um monte de gente
fez parte. Tem muita menina talentosa no Brasil e espero que esse título sirva
pra motivá-las a treinar para um dia também chegarem aqui – disse.
A seleção brasileira de natação
disputa o Mundial de Doha com recursos dos Correios – Patrocinador Oficial dos
Desportos Aquáticos Brasileiros, e ainda do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal,
Lei Agnelo/Piva – Governo Federal – Ministério do Esporte, Speedo, Sadia e
Universidade Estácio de Sá.
Etiene é destaque na capa do DP. |
CARREIRA
Filha do autônomo Jamison
Medeiros e a funcionária pública Etiene Pires, teve seu primeiro
contato com as piscinas aos dois anos, pois sofria de asma. Também praticou
Ballet e Basquete.
Em 2000, aos 8 anos, iniciou sua
carreira de atleta no Sport Club do Recife Posteriormente, 2003,
nadou pelo Nikita Natação – SESI, onde permaneceu durante nove anos,
período que conseguiu superar várias marcas nacionais, como também integrar a
seleção brasileira. Em 2011, conseguiu patrocínio com o Shopping Rio Mar e fez
gastronomia na Faculdade Maurício de Nassau (hoje. Uninassau). Em 2012, decidiu deixar o Recife e mudou-se
para o Rio de Janeiro, dando continuidade aos treinamentos no Clube
de Regatas do Flamengo. No ano de 2013, transferiu-se para o clube SESI-SP, onde
continua até o determinado momento, ao lado do técnico Fernando Vanzella.
Aos 17 anos, Etiene Medeiros foi
medalha de prata nos 50 metros costas no Campeonato Mundial Júnior da FINA, em
2008, no México.
No Campeonato Mundial de
Esportes Aquáticos de 2009, ficou em 21º nos 50 metros costas.
Esteve no Campeonato Mundial
de Natação em Piscina Curta de 2010, em Dubai, onde ficou em 17º nos 50
metros costas e
30º nos 100 metros costas.
Integrou a delegação nacional que
participou do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2011 em Xangai,
na China, conquistando a vaga após o exame de doping de Fabíola Molina ter
dado positivo. Etiene
ficou com a 43a. colocação nos 100 metros costas, com o tempo de 1m05s18. Também
esteve nos 50 metros costas, onde ficou em 25º , e nos 4x100m medley, onde
ficou em 17º.
Nos Jogos Pan-Americanos de
Guadalajara 2011, Etiene ficou em 10º lugar nas eliminatórias dos 100 metros
costas, não indo à final.
Esteve no Campeonato Mundial
de Natação em Piscina Curta de 2012, em Istambul, onde ficou em 10º nos 50
metros costas e em 28º nos 100 metros costas.
No Campeonato Mundial de
Esportes Aquáticos de 2013, em Barcelona, Etiene terminou em 4º lugar na
final dos 50m costas, com o tempo de 27s83, sua melhor marca pessoal, obtendo a
melhor colocação de uma mulher brasileira em Campeonatos Mundiais. Ela
ficou em 21º lugar nos 100m costas , e em 12º lugar no 4×100m medley,
junto com Daynara de Paula, Larissa Oliveira e Beatriz Travalon.
No Campeonato Pan-Pacífico
de Natação de 2014, em Gold Coast, Austrália, ela terminou em 5º lugar no
revezamento 4x100m livres, junto com Graciele Herrmann, Daynara de
Paula e Alessandra Marchioro; 5º no revezamento 4x100m medley, junto
com Graciele Herrmann, Ana Carla Carvalho e Daynara de
Paula; 6º nos 50m livres; 7º nos 100m borboleta e 11º nos 100m costas.
Em 3 de setembro de 2014,
participando do Troféu José Finkel (em piscina curta), em Guaratinguetá, Etiene
quebrou 3 recordes sul-americanos: nos 50m livres com 24s15, nos 50m costas com
26s41 e nos 100m costas com 57s53.
Etiene Medeiros começou sua carreira na natação, no Sport Club do Recife em 2000, aos 8 anos.
Sua maior conquista foi a medalha
de ouro e o recorde mundial dos 50 m costas – 25s67 – conquistado no Campeonato
Mundial de Natação em Piscina Curta de 2014 realizado em Doha, Qatar,
em dezembro do mesmo ano. Foi a primeira mulher do Brasil a conseguir uma
medalha individual em Mundiais de Natação. Obteve 3 medalhas: um ouro nos 50m
costas, outro ouro no revezamento 4x50m medley misto do Brasil (junto com Felipe
França, Nicholas Santos e Larissa Oliveira), e um bronze no
revezamento 4x50m livres misto do Brasil (junto com César Cielo, João
de Lucca e Larissa Oliveira). Em 3 de dezembro, no revezamento 4x50m
medley misto, Etiene abriu a final com o tempo de 25s83 (que só não foi
considerado recorde das 3 Américas por ter sido realizado em um revezamento
misto), e o Brasil ganhou a prova batendo o recorde sul-americano com o tempo
de 1m37s26, quase batendo o recorde mundial dos EUA de 1m37s17.
Já no dia 6 de
dezembro, no revezamento 4x50m livres misto, o revezamento ganhou o bronze
quebrando o recorde sul-americano com a marca de 1m29s17, a apenas 4 centésimos
da Rússia, que obteve a prata. Na prova dos 50m costas, Etiene bateu o recorde
das Américas na semifinal com a marca de 25s99 e o recorde mundial na final com
25s67, batendo por 3 centésimos a marca de 25s70 de Sanja Jovanović, que
perdurava desde 2009. Etiene também bateu 2 vezes o recorde sul-americano dos
100m costas, com 57s36 nas eliminatórias e 57s13 na semifinal, terminando em 7º
lugar na final; e 2 vezes no revezamento 4x50m medley feminino do Brasil, com
1m47s20 na eliminatória e 1m46s47 na final, terminando em 5º lugar.17 18
Em dezembro de 2014, no Open
realizado no Rio de Janeiro, ela bateu o recorde das 3 Américas dos 50m costas
em piscina longa, com o tempo de 27s37. O recorde mundial pertence a Jing Zhao,
da China, com o tempo de 27s06, ainda da época dos supertrajes. Com isso,
Etiene assumiu o topo do ranking de 2014 nos 50m costas também em piscina
longa. 19 20 Ela ainda terminou a competição batendo o recorde
Sul-Americano dos 50m livres, com o tempo de 24s74.
Por: Jânio Odon
Fonte: CBDA- Confederação Brasileira de Desportos
Aquáticos e Wikipédia.
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