O placar foi 0 x 0, mas o Santa
Cruz saiu “vencedor” da primeira partida da final do Campeonato Pernambucano
2015, nesta quarta (29), no Cornélio de Barros. O Tricolor suportou a pressão
constante do Salgueiro durante os 90 minutos – que ainda teve um pênalti
desperdiçado no primeiro tempo – e agora precisa de uma vitória simples no jogo
de volta, diante sua torcida, domingo (3), no Arruda, para levantar o troféu do
centenário do Estadual. Novo empate e a decisão vai para os pênaltis.
O JOGO
O Santa Cruz começou melhor a
decisão, acompanhando o bom futebol do meia Biteco, principalmente na armação
da jogada. Foi dele o passe para Emerson Santos, logo aos 7 minutos, ter a
primeira chance de abrir o placar. Ele invadiu a área e chutou forte, mas o
goleiro Luciano defendeu.
A pressão coral durou pouco tempo
e após os 15 minutos de jogo, o Salgueiro equilibrou as ações, com chegadas
perigosas de Kanu e Valdeir, mas sem qualidade na finalização. E o equilíbrio
logo se transformou em domínio, com os sertanejos apertando cada vez mais os
visitantes, que aparentemente esperavam para contra-atacar.
Aos 28, o Santa conseguiu
encaixar o contra-ataque, numa jogada individual de Nininho, que só foi parado
com falta, na entrada da área. A cobrança de Bileu, porém, não teve a mesma
qualidade e a bola terminou na barreira.
Com a pressão salgueirense a todo
vapor, o Carcará também teve sua chance clara. O experiente Lúcio foi lançado e
ficou cara a cara com Fred. Decidiu encobrir o goleiro, mas pegou mal na bola e
o goleiro evitou o pior.
Se tinha uma certa dificuldade
para contra-atacar, o Santa viu uma de suas válvulas de escape sair mais cedo
do jogo. O lateral-esquerdo Thiago Costa sentiu a coxa e, apesar de tentar
ficar em campo, acabou substituído por Renatinho.
A pressão do Salgueiro deu
resultado aos 38 de jogo, quando Kanu invadiu a área mais uma vez e disputou a
bola com o zagueiro Alemão, que deslocou o jogador. O árbitro Marcelo de Lima
Henrique interpretou que a jogada foi pênalti.
O batedor oficial da equipe, o
zagueiro Rogério Paraíba, que já havia marcado os dois pênaltis na semifinal
contra o Sport, foi para a cobrança. Mas na hora “h”, não teve a mesma sorte e
a bola acabou resvalando na trave.
O último lance de perigo do jogo
foi do Santa Cruz, com Biteco, que após o bom início, novamente desapareceu a
medida que o tempo foi passando.
Antes do jogo, fora do estádio, baderneiros começaram os insultos e provocações, até que um deles, do lado coral, resolveu jogar uma lata de cerveja para o lado salgueirense, aí o clima esquentou. Mas, a intervenção enérgica da Polícia Militar detendo os brigões, normalizou o clima. Foto: Peu Ricardo/ Folha PE.
O jogo recomeçou no segundo tempo
sem grandes alterações. O Santa até chegou a criar logo no início, mas o
Emerson Santos estava impedido ao tocar para as redes.
Enquanto o Santa Cruz apresentava
certa lentidão e receio para sair para o ataque, o Salgueiro continuava com a
pressão, criando as chances, mas sem a pontaria ideal para estufar as redes.
Rogério Paraíba e Kanu tiveram boas oportunidades dentro da área, mas
desperdiçaram.
O técnico Ricardinho parece ter
entendido que a pressão do Salgueiro estava grande e tirou o agora apagadissimo
Biteco para colocar o volante Edson Sitta. A intenção era dar mais consistência
na marcação e continuar tentando nos contra-ataques.
Mesmo com a defesa mais
reforçada, o Santa Cruz sofria uma investida atrás da outra do Salgueiro. Aos
23, Marlon cruzou a bola rasteira na área. O goleiro Fred se atrapalhou e
Lúcio, com a barra livre, chutou mal. Renatinho salvou em cima da linha. Foi o
último lance de Lúcio no jogo, que cedeu a vaga para Cássio.
O terço final da partida foi de
um ritmo menor, em parte por que o Salgueiro cansou. Mas mesmo assim, ainda
ameaçou o Santa Cruz em algumas oportunidades. A última delas com Marcos
Tamandaré, que cruzou perigosamente e Fred tirou com as pontas dos dedos.
Melhor para o Santa, que tem
agora a chance de decidir em casa e diante de sua torcida.
FICHA DO JOGO:
Salgueiro: Luciano; Marcos
Tamandaré, Raniere, Rogério Paraíba e Marlon; Rodolfo Potiguar, Moreilândia,
Lúcio (Cássio) e Valdeir (Pio); Vitor Caicó (Jeferson Berger) e kanu. Técnico:
Sérgio China.
Santa Cruz: Fred; Nininho,
Alemão, Danny Morais e Thiago Costa (Renatinho); Bileu, Bruninho (Pedro
Castro), Emerson Santos, João Paulo e Biteco (Edson Sitta); Betinho. Técnico:
Ricardinho. Cartões amarelos: Kanu, Rodolfo Potiguar, João Paulo e Alemão. Árbitro:
Marcelo de Lima Henrique. Assistentes: Clóvis Amaral e Fernanda Colombo.
Público: 10.126 pessoas.
Por: Álvaro Filho/Blog do
Torcedor (texto), VZN (legendas das imagens e título).
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