terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sport Recife vence o Peixe no jogo 600 de Magrão

Lucas Lima avança, perseguido por Neto Moura e Everton Felipe. Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press.

24 de setembro de 2016

A marca histórica de um ídolo não poderia ser alcançada com uma derrota. Numa partida em que o goleiro Magrão chegava a 600 jogos pelo Sport - se tornando o atleta com mais jogos na história por um clube do Nordeste -, o Leão entrou na partida contra o Santos buscando honrar os seis Campeonatos Pernambucanos e as Copas do Brasil e do Nordeste conquistadas por um dos maiores atletas da sua história. Em campo, soube dosar o ímpeto ofensivo e a segurança na defesa. Atacou e segurou o placar de 1 a 0 quando foi preciso. Ao final, ganhou três pontos preciosos numa competição em que deve brigar até o fim para não ser rebaixado.

O Leão começou a partida com intensidade. As investidas iniciais terminavam nos pés Rogério, único atacante de origem escalado de frente pelo técnico Oswaldo de Oliveira. Logo aos nove minutos, ele já havia desperdiçado duas chances: uma após passe de Diego Souza, e outra em chute de Everton Felipe que sobrou para o atacante dentro da área. Nas duas, Vanderlei defendeu. Aos dez minutos, porém, ele não perdoaria. Após cruzamento de Rodney Wallace, ele venceu a marcação de David Braz e, mesmo desequilibrado, chutou no cantinho, abrindo o placar para o Sport.

Enquanto o Rubro-negro seguia implacável buscando o ataque, o Santos se limitava a esperar por contragolpes, sempre buscando o colombiano Copete sem muito sucesso. O Peixe só chegou com perigo aos 19, em cabeçada de Rodrigão que tocou na trave. A resposta leonina veio logo em seguida, quando Gabriel Xavier recebeu pela esquerda e serviu Everton Felipe. De dentro da pequena área e sem marcação, o meia perdeu um gol feito.

Rogério fez o gol da vitória. Foto: NE10
Na parte final do primeiro tempo, o ímpeto ofensivo do Leão diminuiu e o jogo ficou equilibrado. Até o final da etapa, Sport e Santos ainda perderiam chances claras de marcar, sempre aproveitando os lados do campo. As oportunidades do Leão vieram em cruzamentos pelo lado direito. Ambos chegaram nos pés de Gabriel Xavier, que, mesmo livre de marcação, sequer conseguiu finalizar. Já o Peixe perdeu com Copete, que recebeu cruzamento rasteiro de Lucas Lima e, sem marcação, tentou finalizar de letra e perdeu.

Na volta para o intervalo, o técnico Dorival Júnior sacou o centroavante Rodrigão, que tinha sido acionado apenas em bolas alçadas na área, para a entrada de Jean Mota. Com a mudança, esperava um Alvinegro com mais movimentação e troca de passes. No início da segunda etapa, os papéis se inverteram: foi o Peixe quem fez uma blitz nos momentos iniciais. Ao contrário da postura destemida dos primeiros 45 minutos, o Sport se retraiu e esperou o adversário. Contou com seu goleiro, o homenageado da noite, para garantir o placar.

Logo com um minuto, aproveitou da velocidade em jogada pela ponta, que terminou nos pés de Jean Mota. Magrão fez bela defesa. No rebote, Ronaldo Alves desviou o que seria o gol de empate, em lance no qual os santistas pediram pênalti por um suposto toque de mão. O Santos seguiu pressionando e teve boas chances com Vitor Bueno, que finalizou para fora, e Copete, que parou em Magrão. Só aos 15 minutos que o Leão chegou com perigo, em bonita jogada de Diego Souza, que passou para Rogério finalizar e Vanderlei defender.

E justamente quando a pressão do Santos começava a arrefecer, o meia Elano tratou de facilitar as coisas. Levou dois amarelos seguidos por reclamação e deixou os visitantes com um jogador a menos. Ainda que seguisse tentando buscar o gol, o Peixe esbarrou num Sport bem fechado atrás. A diferença numérica acabou prevalecendo. O resultado, garantido. E a estrela de Magrão, devidamente honrada pelos rubro-negros.

Magrão, 600 jogos com a camisa do leão. Uma lenda do futebol pernambucano. Foto: Folha de Pernambuco.

Sport Recife 1
Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Ronaldo Alves e Rodney Wallace; Rithely, Neto Moura (Paulo Roberto), Gabriel Xavier (Vinícius Araújo), Diego Souza e Everton Felipe; Rogério (Apodi). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Santos 0
Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique (David Braz) e Zeca, Renato e Thiago Maia; Vitor Bueno (Elano) e Lucas Lima, Jonathan Copete e Rodrigão (Jean Mota). Técnico: Dorival Júnior.

Estádio: Ilha do Retiro. Árbitro: Elmo Alves Resende (GO). Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva e Leone Carvalho Rocha (ambos de GO). Gols: Rogério, aos 10 minutos do 1º tempo (Sport) Cartão vermelho: Elano (Santos). Cartões amarelos: Copete (Santos), Matheus Ferraz e Vinícius Araújo (Sport). Público: 7.934. Renda: R$ 129.495,00.

Por: Caio Wallerstein/Diário de Pernambuco.

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