16 de abril de 2017
O Sport dominou o clássico contra
o Náutico. Mas só conseguiu arrancar a vitória no jogo de ida das semifinais do
Campeonato Pernambucano nos minutos finais, após estar perdendo na maior parte
da partida. E graças a um garoto com talento, faro de gol e estrela. Com dois
gols do prata da casa Juninho, aos 45 e 46 minutos do segundo tempo, o Leão
venceu, de virada, o Timbu por 3 a 2 e agora joga por um empate, domingo que
vem na Arena de Pernambuco, para chegar à final do Estadual.
Aos alvirrubros, resta a missão
de vencer por dois gols de vantagem. Um triunfo por um tento leva a decisão aos
pênaltis. Essa também foi a primeira vitória em clássicos do Sport no ano. E a
primeira derrota do Náutico.
O jogo
Para o clássico, o técnico Ney
Franco, como já havia sugerido, fez mudanças com relação ao último jogo do
Sport, armando a sua equipe à imagem da segunda partida das quartas de final da
Copa do Nordeste contra o Campinense (a melhor do time na temporada), com três
volantes e liberdade ofensiva para Rithely e principalmente Diego Souza. Já no
Náutico, Milton Cruz fez o básico, com dois volantes, dois meias e dois
atacantes.
E nessa disputa tática, os
rubro-negros dominaram os alvirrubros no primeiro tempo. Explorando
principalmente o lado direito de ataque, com Samuel Xavier, Rithely e Diego
Souza, os donos da casa cansaram de criar boas oportunidades, sempre levando
vantagem em cima do lateral Manoel e dos volantes Rodrigo Souza e João Ananias.
E com o time alvirrubro errando muitos passes e rifando a bola, Magrão era um
mero expectador
Já o problema do Sport foi um só.
As finalizações. Com os leoninos desperdiçando, pelo menos, quatro ótimas
oportunidades. Seja com Tiago Cardoso fazendo boas defesas ou por conta do pé
descalibrado de Rogério e principalmente André. O camisa 90 perdeu gols de tudo
quando foi forma. Chutando em cima do goleiro timbu, cabeceando no travessão e
até mesmo após receber uma “assistência” do lateral alvirrubro David, isolando
dentro da pequena área.
E nesse clássico, nunca o batido
ditado “quem não faz, leva” foi tão bem empregado. Na única vez que se arriscou
com mais perigo ao ataque, o Náutico abriu o placar. Após Erick ser derrubado
na entrada da área, depois de uma bela jogada individual, Marco Antônio bateu a
falta no ângulo de Magrão, no último lance da primeira etapa. 100% de
aproveitamento.
O prata da casa, Juninho, entrou e decidiu o jogo. Vitória do leão.
Segundo tempo
No retorno para a etapa final, os
dois rivais voltaram com a mesma formação. E parecia que o enredo dos primeiros
45 minutos se repetiria, com Tiago Cardoso defendendo cabeçada de André, livre,
logo com seis minutos. Porém, logo em seguida, o Sport, enfim, fez jus ao seu
maior volume de jogo. Em outro escanteio, Diego Souza aproveitou confusão na
área do Náutico e chegou mais rápido para empurrar para o gol, empatando o
clássico.
Com o empate logo no ínicio do
segundo tempo, a blitz rubro-negra não cessou. Três minutos depois, Diego
Souza, como um centroavante, mandou de cabeça no travessão de Tiago Cardoso.
Minutos depois, o goleiro foi obrigado a trabalhar de novo em chute de Rogério.
O Náutico só voltaria a ameaçar
novamente em um lance de bola parada, com Ewerton Páscoa ganhando de cabeça
para Magrão e colocando nas redes. O árbitro, erroneamente, marcou falta
inexistente do zagueiro alvirrubro. O lance, porém, parece ter dado um pouco
mais de ânimo ao Timbu. Assim, dois minutos depois, após levantamento na área,
Anselmo foi mais rápido que os zagueiros rubro-negros e mandou para as redes.
Com o Sport novamente atrás do
marcador, Ney Franco colocou o time para cima, com as entradas de Everton
Felipe e Juninho nas vagas de Ronaldo e André. Já no Náutico, Rodrigo Souza,
lesionado, deu vaga ao zagueiro Nirley, com Páscoa passando a atuar como volante.
Na sequência, Maylson entrou na vaga do apagado Dudu. Ciente de que o Leão
teria que se expor, a intenção era melhorar o passe na saída de bola para
encaixar um contra-ataque.
Mas nada disso aconteceu. O que
aconteceu foi a estrela de um atacante. Em dois lances, Juninho resolveu o
problema do ataque do Sport. Aos 45, foi mais rápido que João Ananias e
cabeceou sem defesa para Tiago Cardoso. No minuto seguinte, o nome do jogo
virou após cruzamento na área, novamente em cima de Ananias. Vitória justa do
Sport. Graças a Juninho.
Ficha do jogo
Sport Recife 3
Magrão; Samuel Xavier, Henriquez,
Durval e Mena (Lenis); Fabrício, Ronaldo (Everton Felipe) e Rithely; Diego
Souza, André (Juninho) e Rogério. Técnico: Ney Franco.
Náutico 2
Tiago Cardoso; David, Tiago
Alves, Ewerton Páscoa e Manoel; Rodrigo Souza (Nirley), João Ananias, Marco
Antônio e Dudu (Maylson); Erick e Anselmo (Alison). Técnico: Milton Cruz.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro:
Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa-RJ). Assistentes: Guilherme Dias
Camilo (Fifa-MG) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP). Gols: Marco
Antônio (44 min do 1º), Diego Souza (6 min do 2º) e Anselmo (19 min do 2º),
Juninho (aos 45 min e 46 min do 2º). Cartão amarelo: Rodrigo Souza, Manoel
(N), Mena, Ronaldo (S). Público: 15.082. Renda: R$289.785,00
Por: João de Andrade Neto/ Diário
de Pernambuco.
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