Por motivos distintos, as duas
equipes foram para o clássico com modificações na equipe. Pelo lado do Santa,
tendo na quarta-feira o compromisso contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, o
técnico Itamar Schulle optou por poupar alguns jogadores, como o meia Didira e
os atacantes Patrick Nonato e Pipico.
Já no Náutico, o suspenso Gilmar
Dal Pozzo (viu o clássico das cabines) optou pela volta de Josa à equipe para
fortalecer o setor de marcação. E esse foi o único ponto a dar certo na equipe
alvirrubro em um primeiro tempo fraco tecnicamente. Dos dois lados.
Apesar de ter muito mais posse de
bola, e com isso ser melhor em campo, faltou ao Santa Cruz um maior capricho
nas definições das jogadas, muitas vezes feita de forma precipitada. Tanto que
das 12 finalizações, poucas foram as que de fato levaram perigo à meta do
goleiro Jefferson. Na melhor delas, Paulinho passou com facilidade por
Luanderson e obrigou o arqueiro timbu a fazer uma boa defesa, aos 13
minutos.
Na outra meta, o goleiro Maycon
Cleiton foi um mero espectador. Abusando de ligações diretas e sem acionar o
meia Jean Carlos, o Náutico foi um deserto de criatividade. Se resumindo a
jogar a bola para Kieza se virar na frente fazendo o papel de pivô. Assim, a
única finalização alvirrubra veio apenas aos 39 minutos, com o lateral Hereda
chutando fraco para fácil defesa do arqueiro coral.
Para piorar o cenário, ainda aos
oito minutos Dal Pozzo foi obrigado a queimar a primeira substituição, com o
zagueiro Ronaldo Alves deixando o campo com dores no tornozelo. Fernando
Lombardi foi acionado.
Segundo tempo
Apesar do primeiro tempo fraco
tecnicamente, as duas equipes voltaram para a etapa final sem mudanças. E com
isso, o cenário do clássico também não mudou, com o Santa sendo superior em
campo. Antes dos seis minutos, o Tricolor chegou três vezes com perigo. Na
melhor delas, com Mayco Félix obrigando Jefferson a se esticar para fazer boa
defesa. após uma bomba de fora da área. O gol coral estava maduro.
Aos 16 minutos, Itamar Schulle
tirou Jeremias, a pior figura do Santa em campo, para promover a estreia de
Chiquinho, que entrou aberto pela esquerda. Três minutos depois, enfim, a
superioridade coral se refletiu no placar. Após lindo lançamento de Paulinho,
Victor Rangel recebeu com liberdade e chutou longe do alcance de Jefferson: 1 a
0.

Victor Rangel comemora seu gol diante do Náutico. Foto: Brenda Alcântara/JC.
Em desvantagem, Gilmar Dal Pozzo
tentou colocar o Náutico mais à frente com a entrada de Jorge Henrique na vaga
de Luanderson, apagado tanto na saída para o ataque, quanto na marcação. Não
deu certo. Com campo para jogar, o Santa seguia atuando sempre no campo de
defesa dos alvirrubros.
Aos 27 minutos, Itamar Schulle, tirou Paulinho (melhor jogador em
campo) para a entrada do volante André. Era uma forma de dizer também que o
clássico estava controlado. Tanto que, com naturalidade, o Santa ampliou aos 34
minutos, com William Alves, de cabeça. Vitória tranquila do líder.
Santa Cruz 2
Maycon Cleiton; Toty, William
Alves, Danny Morais e Júnior (Feliphe Gabriel); Bileu, Paulinho (André),
Jeremias (Chiquinho) e João Cardoso; Mayco Félix e Victor Rangel. Técnico:
Itamar Schulle
Náutico 0
Jefferson; Hereda, Ronaldo Alves
(Fernando Lombardi), Diego Silva (Rafael Ribeiro) e Willian Simões; Josa,
Luanderson (Jorge Henrique) e Jean Carlos; Erick, Jhonnatan e Kieza. Técnico:
Gilmar Dal Pozzo
Local: Arruda
Árbitro: Rodrigo José Pereira
Assistentes: Bruno César Chaves e
Humberto Martins Dias
Gols: Victor Rangel, aos 19 min,
e William Alves, aos 34 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Marcão,
Luanderson, William Simões, Jhonnatan (N), Victor Rangel, William Alves (SC)
Público: 8.155
Renda: R$ 117.910
Por: João de Andrade Neto/Diário
de Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário