Em 1975, o Sport Clube do Recife estava há 12 anos na fila sem ser campeão pernambucano, só observando o Náutico e o Santa Cruz se revezarem com os troféus. Para conquistar um título e quebrar esse longo jejum, o Sport precisaria formar uma boa equipe e ter um atacante que resolvesse o problema da falta de gols no ataque, já que o último artilheiro do Sport no campeonato havia sido Duda, em 1971. O Sport contratou junto ao Flamengo do Rio, o atacante carioca Dario, o “Dadá Maravilha”. Desengonçado, sem muita técnica, mas um jogador de muita raça, velocidade, ótimo cabeceio e chutes certeiros. Além do mais, Dario era um goleador nato e também um jogador marqueteiro e muito engraçado. Ele costumava dizer: “ Dadá Maravilha é a alegria do povo”; “ Com Dadá em campo, não há placar em branco”; “ Só três coisas param no ar, helicóptero, beija-flor e Dadá Maravilha”.
Ele quando chegou ao Sport Recife já tinha na bagagem: um título do campeonato mineiro pelo Atlético (1970), outro de campeão brasileiro de 1971, ainda pela equipe mineira; além de ter sido artilheiro do campeonato carioca de 1973, pelo Flamengo. Na convocação dos jogadores para Copa do Mundo do México em 1970, onde o Brasil sagrou-se tricampeão mundial. O técnico da Seleção, João Saldanha não relacionou Dario na lista dos 22 jogadores convocados, então, o Presidente da República, Emílio Garastazzu Médici convocou Dadá Maravilha. Irritado, João Saldanha não admitiu a intromissão do Presidente e renunciou ao cargo, assumindo Zagalo.
Ele quando chegou ao Sport Recife já tinha na bagagem: um título do campeonato mineiro pelo Atlético (1970), outro de campeão brasileiro de 1971, ainda pela equipe mineira; além de ter sido artilheiro do campeonato carioca de 1973, pelo Flamengo. Na convocação dos jogadores para Copa do Mundo do México em 1970, onde o Brasil sagrou-se tricampeão mundial. O técnico da Seleção, João Saldanha não relacionou Dario na lista dos 22 jogadores convocados, então, o Presidente da República, Emílio Garastazzu Médici convocou Dadá Maravilha. Irritado, João Saldanha não admitiu a intromissão do Presidente e renunciou ao cargo, assumindo Zagalo.
No Sport Recife, Dario correspondeu plenamente as expectativas dos torcedores, sendo campeão pernambucano e artilheiro do campeonato de 1975, com 32 gols. Já em 1976, Dario não conseguiu ser campeão estadual novamente, mas foi artilheiro do campeonato com 30 gols, numa disputa acirradíssima com centroavante Volnei do Santa Cruz, que terminou em segundo, com 21 gols. O curioso é que no dia 24 de março, Volnei havia feito sete gols na vitória do Santa Cruz sobre o Íbis por 11 x 0. Mas, no dia 7 de abril de 1976, Dario peito de aço, como era chamado pela torcida leonina realizou um dos maiores feitos que um atacante poderia conseguir. Fazer dez gols em uma única partida, isto ele fez contra o Santo Amaro na vitória do Sport Recife pelo placar de 14 x 0. A partir desta data nenhum outro jogador no Brasil conseguiu este feito novamente. Na história do futebol brasileiro, apenas dois jogadores haviam atingido esta marca: Mascote, do Sampaio Correia- MA na vitória por 20 x 0 sobre o Santos Dumont, pelo campeonato maranhense de 1934 e Caio Mário, do Centro Esportivo Alagoano (CSA) na vitória sobre o Esporte Clube Maceió, pelo campeonato alagoano de 1945. Outro jogador que supostamente marcou dez gols em uma partida, foi o atacante Tará do Clube Náutico Capibaribe, do Recife pelo campeonato pernambucano de 1945. Porém há controvérsias, muitos historiadores creditam apenas nove gols, onde há registros em jornais da época. Segundo o próprio Tará que faleceu recentemente, revelou em 1998, ao jornalista esportivo de Pernambuco, Givanildo Alves (falecido em 2004) e que publicou o livro – História do futebol em Pernambuco, garantindo que fez dez gols na vitória do Náutico por 21 a 3 sobre Flamengo do Recife. O que pode ter acontecido é que o jornalista que estava fazendo a cobertura do jogo tenha se equivocado na contagem, diante da avalanche de gols e haver esquecido de contabilizar o décimo gol do injustiçado Tará, já que este jogo consta no Guiness Book como o de maior número de gols em uma única partida. A façanha de Mascote, Caio Mário e Dario só não é maior porque o polonês Stephan Stanis do Racing Club de Lens, da França, marcou 16 gols na equipe do Aubry- Asturies, em Lens, pela Copinha da França de 1942.
Ficha Técnica do jogo da façanha de Dario peito de aço.
Sport 14 x 0 Santo Amaro
Data: 7/Abr/1976
Local: Ilha do Retiro (Recife)
Renda: CR$ 34.527,00
Público: 2.921
Cartões amarelos: Luciano Veloso e Cláudio (sport); Odair, Hilton e Lula Barbosa.
Gols: Miltão aos 12 e Dario aos 25 e 27 do 1º tempo; Dario aos 4, o português Peres aos 9, Dario aos 11, 13,15,18(pênalti), 24 e 31, Miltão aos 33, Lino aos 35 e Dario novamente aos 44 minutos do 2º tempo.
O Sport formou com: Tião; Aranha, Silveira, Djalma e Cláudio; Luciano Veloso ( Assis paraense), Peres e Amilton Rocha; Miltão, Dario, Lima ( Lino).
O Santo Amaro foi goleado com: Odair; Hilton, Edílson e Ramos ( Lula Barbosa); Bicuda, Saguim e Sabará e Lula Queiroz; Ferreira, Oliveira e Eraldo ( Banana). Por: Jânio Odon de Alencar
Fonte: Blog do Marcão e Revista Placar, foto: J.B.Scalco
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