No
último minuto do segundo tempo, o zagueiro Ronaldo Alves, definiu o jogo. Foto:
Rodrigo Lobo/JC
17
de junho de 2012- Domingo
Foi
no sufoco, na luta, na superação. A imagem de alguns jogadores do Náutico,
caídos no gramado, num misto de exaustão e emoção, após o apito final do
árbitro, dizia tudo. A vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio veio
no último minuto, depois de uma partida bastante truncada, de forte marcação
dos dois lados. Um resultado importante para a classificação. O Timbu foi
a sete pontos, avançando para a décima colocação.
A
proposta teoricamente ofensiva do Grêmio, que entrou com três atacantes, não
assustou o Náutico. O Timbu acertou a marcação, com Derley perseguindo de perto
Miralles, que vinha de trás - Kléber e Marcelo Moreno estavam posicionados mais
à frente. A zaga, principal temor do time para a partida, por conta da entrada
de Gustavo, se saiu bem, sem falhas no primeiro tempo.
O
grande problema do Náutico na etapa inicial foi ofensivo. O Timbu teve muita
dificuldade na criação das jogadas. O esquema com quatro volantes de
mobilidade, que havia funcionado diante do Botafogo, não foi tão efetivo. Com
Souza fazendo uma partida pouco inspirada, a equipe alvirrubra tinha problema
em fazer a bola chegar aos atacantes que, por sua vez, eram bem marcados pelo
Grêmio. Araújo não conseguiu nenhuma jogada limpa, enquanto Rhayner recebeu
poucas bolas na direita.
O
time gaúcho também sentiu a boa marcação do Náutico e pouco conseguiu criar. As
principais chances surgiram de bola parada cruzadas para a área ou arremates de
longe - foram duas boas cobranças de Léo Gago, uma delas no travessão. Houve
bastante reclamação dos gremistas quanto ao gramado dos Aflitos. Segundo eles,
estava difícil conduzir e tocar a bola.
As
equipes voltaram sem alteração para o segundo tempo e o panorama do jogo
continuou o mesmo. Uma partida truncada, com as marcações levando a melhor
sobre os ataques. Com 15 minutos, porém, Gallo resolveu mudar. Vendo a
dificuldade na criação, colocou dois meias: Cléverson e Breitner, no lugar de
Souza e Lúcio. Com a alteração, Rhayner passou a atuar na ala esquerda.
Vanderlei Luxemburgo também mudou a forma do time jogar com uma substituição.
Ele colocou Rondinelli no lugar de Miralles, anulado em campo por Derley.
A
partida melhorou, ficou mais aberta e com um pouco mais de criatividade. O
Náutico continuou com mais posse de bola que o Grêmio, agora com certa
efetividade, principalmente graças à entrada de Cléverson, que chamou bastante
o jogo. Araújo, ainda bem marcado, também apareceu mais. Enquanto isso, o
grande perigo do Grêmio continuava sendo a bola parada.
Tudo
mudou quando Douglas Grolli foi expulso. O Náutico teve dez minutos de
pressão na busca pelo gol a vitória. Com mais espaço, o Timbu tocava a bola,
tentando furar o bloqueio que o Grêmio armou para segurar o empate. Após muito
tentar, a equipe alvirrubra foi recompensada. No último minuto, já nos
acréscimos, Breitner cruzou para a área e Ronaldo Alves, de
cabeça, marcou o gol da vitória.
FICHA
DO JOGO
Náutico: Felipe;
Auremir, Gustavo, Ronaldo Alves e Lúcio (Cléverson); Elicarlos, Derley,
Martinez e Souza (Breitner); Rhayner e Araújo. Técnico: Alexandre Gallo
Grêmio: Victor;
Edilson (Tony), Gilberto Silva, Werley (Douglas Grolli) e Pará; Vilson,
Léo Gago e Marco Antônio; Kleber, Miralles (Rondinelli) e Marcelo Moreno. Técnico:
Vanderlei
Luxemburgo
Estádio: Aflitos. Árbitro: Manoel
Lopo Garrido (BA). Assistentes: Roberto Braatz (FIFA-PR) e Marcos
Rocha de Amorim (BA). Gol: Ronaldo Alves. Cartões amarelos: Marcelo
Moreno, Kléber e Rondinelli (G). Cartão vermelho: Douglas Grolli. Público: 14.006. Renda: R$
247.700.
Por: Alexandre
Barbosa/ Diário de Pernambuco
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