sexta-feira, 20 de julho de 2012

Morre em Caruaru a atriz Diva Pacheco


Diva Pacheco faleceu em Caruaru, aos 72 anos. Foto: NE10.UOL

A atriz e produtora teatral pernambucana Diva Pacheco faleceu aos 72 anos na cidade de Caruaru, no Agreste pernambucano, na manhã desta sexta-feira (20). Junto ao seu marido, o jornalista, militar e teatrólogo Plínio Pacheco, Maria Diva Lucena de Mendonça Pacheco consolidou a ideia da cidade-teatro de Nova Jerusalém, considerado "o maior teatro ao ar livre do mundo”, em Brejo da Madre de Deus, também no Agreste, onde é encenada a Paixão de Cristo.

Diva Pacheco sofria com a metástase de um câncer que, inicialmente, tinha atingido os ossos. Ela passou mal na quinta-feira (19) e foi levada para o Hospital da Unimed de Caruaru. Na manhã desta sexta, Diva não resistiu e faleceu. O velório da atriz será realizado no teatro de Nova Jerusalém, no distrito de Fazenda Nova, a partir das 14h desta sexta. O enterro deve ocorrer por volta das 9h do sábado (21), no mesmo local onde está enterrado o seu marido, também em Nova Jerusálem.


Além de atriz, Diva também era figurinista, carnavalesca, artista plástica e escritora. Ela teve com Plínio Pacheco quatro filhos e criou mais dois. No teatro de Nova Jerusalém, idealizado por ela e o marido, Diva participou desde o primeiro espetáculo, trabalhando na criação e confecção dos figurinos e adereços. Também interpretou vários personagens, inclusive o papel considerado o mais importante da vida dela, o de Maria. 


Diva ainda atuou em filmes e novelas da Rede Globo, como em "A lua me disse", de Miguel Falabela e Maria Carmem Barbosa, de 2005. Em março deste ano, ela recebeu a comenda "José Mariano", a maior homenagem da cidade do Recife, pela sua contribuição à cultura e ao turismo de Pernambuco. Diva fez no cinema: A noite do espantalho (1974); Boi misterioso e o vaqueiro menino (1980) e o Crime da imagem (1992). Diva Pacheco nasceu em 1940, em Panelas-PE

Esta sertaneja pernanbucana é uma mulher de muita coragem, brava e cheia de histórias para serem contadas. No ano de 1972, Diva contraria a vontade de Plinio Pacheco, seu marido, e se dedica a escrever um livro cujo título é “Réu, Réu, Réu, se dessa eu escapei já sei que vou para o céu”. Nesta obra ela narra de maneira simples, mas muito interessante, todas as coisas boas e ruins que experienciou durante sua vida, até aquele momento.

Diva Pacheco, aos olhos dos outros, muitas nuances de uma mesma Diva. Seu marido a considerava como uma, entre as remanescentes heroínas de Tejucupapo. Aos olhos de Paulo Fernando Craveiro, jornalista, Diva Pacheco é o retrato do agreste, de olhos muito azuis, uma mulher solidária, forte, de tamanha amplitude que ganhou pedacinhos do céu em seus olhos.

O marido, Plinio Pacheco, natural do Rio Grande do Sul, já era um homem desquitado ao conhecer Diva no ano de 1956. A paixão nasceu entre os dois, mas a família dela não deu sua aprovação para o relacionamento, pelo fato de Plinio ser desquitado. Mas esta desaprovação não fez com que os dois desistissem, pelo contrário, em agosto do ano de 1957 ele fogem juntos, mas retornaram para Nova Jerusalém no ano seguinte, já casados.

Sempre esteve ao lado de seu marido, e ajudou-o em seu trabalho de criação e confecção de figurinos e adereços utilizados no famoso espetáculo “A Paixão de Cristo”. Nesta mesma peça representou vários papéis, entre eles o de Maria, a mãe de Jesus Cristo.
A jovem Diva Pacheco, juntamente com o marido, ajudou a construir o maior teatro ao ar livre do mundo. Foto: Jornal de Caruaru


A FAMÍLIA-  Diva e Plinio construíram uma bela família formada por quatro filhos, Robinson, Nena, Xuruca e Paschoal, já falecido. De criação foram mais dois filhos, Pedro e Flávio, além disso ela já tem muitos netos e até bisnetos.

A PROFISSIONAL- A atriz Diva Pacheco, fez alguns trabalhos para o cinema, entre eles destacamos “Noite do Espantalho”, “A Compadecida” e “Batalha dos Guararapes”. Trabalhou como diretora de arte pela TV Globo no Rio de Janeiro em “Roque Santeiro” (1985) e em “Morte e Vida Severina” (1981). Sua última atuação para a Rede Globo foi em uma novela de Miguel Falabela, “A Lua Me Disse” (2005). Teve participação marcante em diversos concursos de fantasia, inclusive foi vencedora em muitos deles.

Diva tem grande apreço pela música “Vassourinhas” e acredita que esta deveria ser considerada como o hino do estado de Pernanbuco. Fez tantos amigos ao longo de sua vida que considera muito difícil citar todos eles.

No ano de 1959, para comemorar seus 50 anos de idade, ela organizou uma grandiosa festa na cidade de Nova Jerusalém, mesma data em que batizou sua neta, Gabriela. Ficou viúva no ano de 2002, na ocasião ela e Plinio já estavam separados, mas eram companheiros fiéis e Diva esteve ao lado dele até o final.

Por: Jânio Odon de Alencar
Fonte: NE10- Pernambuco e famosos.culturamix.com

2 comentários:

  1. lamento, minha mãe também se foi a tempo de quem era amiga, por isto não fiquei sabendo. Estes jovens são uns lixos, não trazem informações de ninguém!!!!

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  2. câncer quando vira metástase só Deus pra curar; não há remédio ou médico que cure duvido!!!! Ele dissemina-se pelo corpo todo. Cura-se ali; estou ali, cura ali; estoura-se lá e por aí vai. Cada vez que ele estoura noutro lugar é cada vez mais forte. isto elimina as forças da pessoa aos poucos e a vítima morre no mais alto sofrimento a cada dia que passa só Deus!!!!

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