domingo, 2 de dezembro de 2012

Náutico vence o Sport Recife, que foi rebaixado

Araújo (Náutico) fez o gol da vitória e da classificação para Sul-Americana. Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press.


Jason? Não desta vez. Numa rodada em que não dependia apenas de si mesmo, o Sport sequer conseguiu fazer a sua parte. Deu Náutico no Clássico dos Clássicos. Os alvirrubros, que haviam garantido a permanência na Série A na rodada anterior, mostraram o motivo de seu sucesso neste Brasileiro. Dos 49 pontos alvirrubros na competição, 42 foram conquistados nos Aflitos. Melhor em campo, o Timbu bateu o Leão por 1 a 0, rebaixando o rival para a Segundona.

As disposições ofensivas de Guedes e Gallo prometia uma partida franca, com boas chances para os dois lados. Mas, visivelmente nervosos, os rubro-negros cometiam erros bobos, cedendo brechas para o rival. Mordido, o Náutico aproveitava para agredir o oponente e antes dos dez minutos, já assustara em duas boas oportunidades. Na primeira, numa bola mal recuada por Cicinho para Saulo, que errou o domínio e precisou esticar-se para dividir com Rhayner. Em seguida, num bate-rebate dentro da área leonina, Alemão isolou a bola que quicou sem sua frente próximo à pequena área.

Embalado pelo bom momento, o Náutico seguiu pressionando o Leão e aos 20, Rhayner teve mais uma chance de deixar sua equipe em vantagem. Com um belo lançamento, Souza deixou o companheiro em vantagem na briga com o zagueiro, obrigando Saulo a sair da barra. Mais veloz, Rhayner tocou por cima do goleiro, mas a bola se perdeu pela linha de fundo. Até aqui, as chances rubro-negras limitavam-se a investidas pontuais pelos lados do campo. Mas foi numa cobrança de falta ensaiada que o Leão assustou pela primeira vez. Da intermediária, Cicinho rolou para Reinaldo, que soltou uma bomba, raspando o travessão de Felipe, que já estava vencido no lance.

Porém, as emoções mais fortes ainda estavam por vir. Aos 44, Felipe Azevedo tabelou com Reinaldo, invadiu a área e tocou na saída do goleiro alvirrubro. A bola só não entrou porque Douglas Santos salvou com um carrinho em cima da linha. Na sequência do lance, Rogério ganhou de Diego Ivo na velocidade e foi calçado pelo defensor rubro-negro dentro da área. Pênalti. Pivô de uma polêmica que incendiou as torcidas antes da hora, Kieza cobrou no canto, mas viu Saulo se esticar e mandar a bola para o escanteio.

O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro acabou: com Saulo salvando o Sport. Numa bobeira de Diego Ivo, Rhayner cabeceou cara a cara com o goleiro do Leão, que espalmou. Em seguida, numa tabela entre Araújo e Patric, o atacante alvirrubro finalizou da meia lua, buscando o ângulo direito. O goleiro esticou-se e deu um tapa na bola, que ainda bateu na trave antes de sair. Foi a última defesa dele no Brasileiro. Logo depois, o camisa 87 sentiu dores na panturrilha e foi substituído por Matheus.

A torcida alvirrubra vibrou bastante com a vitória diante do Sport Recife.


Fazendo sua estréia com a camisa do Leão, Matheus encarou uma verdadeira fogueira logo no primeiro lance. Depois de falta cobrada na intermediária, a zaga não conseguiu afastar e a bola sobrou nos pés de Araújo, que livre de marcação, bateu sem chance de defesa, abrindo o placar aos 19 minutos. Guedes viu-se obrigado a promover mudanças ousadas. Entraram Willians na vaga de Cicinho e Henrique no lugar de Gilsinho. Mas o Náutico seguiu senhor do jogo. Com um sistema defensivo bem postado, o Timbu segurou as investidas rubro-negras e ainda teve as melhores chances para ampliar.

Náutico
Felipe; Patric, Alemão, Alison e Douglas Santos; Elicarlos (Ronaldo Alves), Souza e Araújo; Rogério, Rhayner (Dadá) e Kieza. Técnico: Alexandre Gallo.

Sport Recife
Saulo (Matheus); Cicinho (Willians), Diego Ivo, Aílson e Reinaldo; Tobi, Moacir e Hugo; Felipe Azevedo, Gilsinho (Henrique) e Gilberto. Técnico: Sérgio Guedes.

Estádio: Aflitos.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ).
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ) e Rodrigo Henrique Correa (Asp Fifa-RJ).
Gols: Araújo (N)
Cartões amarelos: Alemão (N), Aílson e Hugo (S)

Por: Celso Ishigami/ Diário de Pernambuco






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