12 de abril de 2013
Uma nova espécie de porco-espinho foi descoberta no estado de Pernambuco, em uma área preservada de Mata Atlântica, e descrita em um estudo publicado na última semana no periódico científico "Zootaxa". O animal foi identificado por uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor de zoologia Antônio Rossano Mendes Pontes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O animal, coberto com espinhos castanho-escuros com a ponta avermelhada, é conhecido pelos moradores da região como "coandu-mirim", segundo a agência de notícias Associated Press. Ele foi batizado de Coendou speratus pelos pesquisadores.
Uma nova espécie de porco-espinho foi descoberta no estado de Pernambuco, em uma área preservada de Mata Atlântica, e descrita em um estudo publicado na última semana no periódico científico "Zootaxa". O animal foi identificado por uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor de zoologia Antônio Rossano Mendes Pontes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O animal, coberto com espinhos castanho-escuros com a ponta avermelhada, é conhecido pelos moradores da região como "coandu-mirim", segundo a agência de notícias Associated Press. Ele foi batizado de Coendou speratus pelos pesquisadores.
O termo "speratus"
remete à palavra em latim para "esperança", e foi escolhido devido
"à esperança que temos pelo futuro da espécie", disse Pontes em
entrevista à agência.
Os pesquisadores calculam que
haja quatro porco-espinhos desta espécie por km² na mata da área que abrigava a
Usina Trapiche, onde o animal foi descoberto.
O professor de zoologia, no
entanto, põe em dúvida a existência de outros porco-espinhos deste tipo fora da
região, diz a agência. O animal divide o habitat remanescente com outra espécie
de porco-espinho, maior e já conhecida.
O Coendou speratus se
alimenta basicamente de sementes, segundo os cientistas. Ele possui um nariz
pontudo e uma causa longa e flexível que ajuda na locomoção entre as árvores,
mas o animal não consegue saltar entre elas. O porco-espinho é forçado a
escalar para subir ou descer de árvores quando os galhos não estão próximos uns
dos outros, dizem os pesquisadores.
O animal é ativo à noite e tem
como predadores os felinos selvagens, como onças, e cachorros domésticos. Mas a
principal ameaça à espécie é a presença de seres humanos, disseram os
cientistas à Associated Press.
"As pessoas são
responsáveis pelo desmatamento e pelas queimadas nas florestas, e algumas vezes
caçam eles mesmos os porco-espinhos", disse Pontes em entrevista à
agência. Ele vem pesquisando o pequeno trecho de Mata Atlântica preservado na
região Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco e Alagoas, desde
2000.
"Levando em conta a
destruição da área, em que 98% da cobertura original de Mata Atlântica no
Nordeste já foi perdida, várias espécies podem ter sido extintas antes de serem
conhecidas pelos humanos", pondera Pontes.
Por: G1/Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário