29 de abril de 2017 (sábado)
No mais importante confronto
entre Sport e Santa Cruz na temporada, o melhor Clássico da Multidões de 2017.
E com uma festa em três cores. Com uma postura inteligente e bem mais ousada do
que vinha apresentado até aqui, os tricolores souberam anular as principais
armas do Leão e ser fatal quando preciso para sair da Ilha do Retiro com uma
importante vitória por 2 a 1, na partida de ida das semifinais da Copa do
Nordeste. A melhor apresentação coral este ano.
Com o resultado, os tricolores
decidirão a vaga à decisão, na próxima quarta-feira, no Arruda, com uma boa
vantagem. Podem até perder por 1 a 0 que mesmo assim irão manter vivo o sonho
do bicampeonato regional. Também avançam com qualquer empate. Já os
rubro-negros, que perderam a primeira em casa sob o comando do técnico Ney
Franco, estão obrigados a vencer por dois gols de diferença ou por um a partir
do placar de 3 a 2.
Thomás, do Santa Cruz encara Diego Souza. Foto: Folha de PE
O jogo
Para o clássico, os dois times
vieram com novidades. Pelo lado do Sport, Ney Franco, sem poder contar com
Rogério, suspenso, optou pela dupla de ataque formada por André e o prata da
casa Juninho, mantendo o esquema com três volantes. Já o técnico coral,
Vinícius Eutrópio, mandou a campo uma formação mais ofensiva do que vinha
utilizando, com três meias (Pereira centralizado, além de Léo Costa e Thomás
abertos). Como jogador de referência, o centroavante Halef Pitbull.
E com uma postura mais corajosa
do Santa, o primeiro tempo foi bom de se assistir. Passados os primeiros
minutos de estudos, marcação e faltas (o primeiro chute a gol só veio aos 20
minutos, com o tricolor Pereira), as duas equipes, com ímpeto ofensivo,
conseguiram fazer uma etapa bastante movimentada. Com os tricolores
ligeiramente melhores em campo.
Tendo no meia Thomás o seu
principal jogador, o Santa conseguiu preencher com qualidade o meio de campo e
chegar inteiro muitas vezes ao ataque. Com direito a Magrão fazer uma ótima
defesa em chute de Léo Costa, aos 31 minutos. Na sequência, porém, o goleiro
leonino nada pôde fazer.
Após boa jogada individual, e
cruzamento de Thomás, ganhando na corrida para Matheus Ferraz, o mesmo Léo
Costa foi mais rápido que a marcação de Mena e no meio da área cabeceou para o
gol.
Até aquela altura da partida, o
Sport, vivo no clássico, já havia perdido três boas oportunidades. Todas com
Juninho. A melhor delas, aos 25 minutos, cara a cara com o goleiro Jacsson (que
substituiu Júlio César, com problema na vista). O garoto, porém, chutou em cima
do arqueiro coral.
Mas o Sport não ficaria muito
tempo atrás do placar. Sempre explorando a letargia na marcação do lado
esquerdo do rival, Diego Souza entrou na área e foi derrubado por Tiago Costa.
O camisa 87, que havia perdido uma pênalti na quarta-feira, contra o Botafogo,
pela Copa do Brasil, dessa vez não vacilou, tocando do lado esquerdo, sem
defesa para Jacsson, aos 38 minutos.
Satisfeitos com a atuação das
suas equipes, os dois treinadores não fizeram mudanças para a etapa final. A
postura dos rivais, porém, mudou. Com o Santa mais precavido e o Leão tomando a
iniciativa do jogo. No entanto, sem conseguir criar algo de concreto contra a meta
de Jacsson. A primeira delas, só veio aos 16 minutos, novamente com Juninho
desperdiçando.
Logo em seguida, Ney Franco sacou
o prata da casa para a entrada de Lenis. A ordem era seguir explorando a
deficiência de marcação de Tiago Costa. Apesar de maior posse de bola, e
domínio da partida, faltava ao Sport melhor qualidade na finalização das jogadas.
A essa altura, a postura do Santa
já voltava a ser a tradicional da temporada. Primeiro segurar o resultado e
depois tentar a sorte em uma bola. E para puxar os contra-ataques, Eutrópio
sacou o apagado Pereira para colocar o veloz André Luis, aos 28 minutos.
Não demorou para a estratégia de
Eutrópio dar resultado. Três minutos depois, André Luís fez uma grande jogada
individual e tocou para Pitbull, que contou com a falha de marcação de Matheus
Ferraz para chutar sem defesa para Magrão, encerrando um jejum de oito jogos
sem marcar gols.
O Sport ainda buscou um novo gol
de empate. Mas com o Santa, a essa altura fechado na defesa, não deu brechas.
Segurando a vitória e a boa vantagem para a próxima quarta-feira.
Halef Pitbull fez o gol da vitória coral e comemorou no lugar errado.
Sport Recife 1
Magrão; Samuel Xavier, Matheus
Ferraz, Durval e Mena; Fabrício, Ronaldo (Fábio), Rithely e Diego Souza;
Juninho (Lenis) e André (Paulo Henrique). Técnico: Ney Franco
Santa Cruz 2
Jacsson; Vítor, Anderson Salles,
Bruno Silva e Tiago Costa; Elicarlos, David, Pereira (André Luis), Léo Costa
(Wellington Cézar) e Thomás (Everton Santos); Halef Pitbull. Técnico: Vinícius
Eutrópio.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro:
Cláudio Francisco de Lima e Silva (SE). Assistentes: Clariston Clay Barreto e
Daniel Vidal Pimentel (ambos de SE). Gols: Léo Costa (32 min do 1º) e
Diego Souza (38 min do 1º), Hallef Pitbull (31 min do 2º). Cartões amarelos:
Jacsson, Miller, David e Pereira (SC); Matheus Ferraz e Lenis (S). Expulsão:
Lenis Público: 23.574. Renda: R$ 490.335
Por: João de Andrade Neto/ Diário
de Pernambuco.
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